"Little girl don't you forget her face
Laughing away your tears
When she was the one who felt all the pain..."
Era uma vez duas princesas! Bem, pelo menos era assim que a minha mãe costumava me chamar... Sua princesinha. Ah, minha mamãe! Chamavam-na de Nina, mas para mim sempre foi "mamãe". Eu acho que ela gostava, sabe? Ficava toda feliz, às vezes eu reparava que seus olhos até brilhavam.
Uma mamãe babona, cuja feição ficou marcada na minha memória e no meu coração para sempre.
Aquele rostinho delicado como o de uma bonequinha de porcelana, cabelos lisos e brilhantes, lindos... combinando com os olhos, bem tocantes, me deixava encantada só de olhá-los. E quando ela sorria? Ela tinha um sorriso lindo! Descontraído e muito contagioso. Tinha a pele toda delicada e um coração... um coração muito bom, porém frágil. Muito frágil... e eu odiava ver esse coração machucado, então fazia sempre o possível para ver um sorrisinho em seu rosto. Quando ela não estava bem, eu cuidava dela e com muito amor!
Descrever a mamãe não é fácil, eu a via como um anjo. Que veio do céu para cuidar de mim e cuidou muito bem, com muito amor e carinho! Sempre tentando me fazer entender que eu era prioridade em sua vida, que nunca e nem ninguém poderia mudar isso. Que ela me amava de todo coração e às vezes chegava até a doer... ela sempre estaria ali para mim.
Sempre a admirei muito, mamãe era corajosa. Teve-me com apenas 14 anos, era apenas uma criança ainda. Nem por isso ela era irresponsável! Um dia mamãe pediu para que eu a ajudasse a procurar um livro de poesias, que ela costumava ler quando pequena. Disse que queria ler algumas de suas poesias favoritas para mim, porque eu ficava muito tempo assistindo televisão!
Então corri para o seu quarto e comecei a procurar, por fim acabei achando outra coisa, uma carta...
.ಌ.