Oi pessoal, demorei mais finalmente está aqui, minha segunda fic! Espero que gostem ... comentários no final.
Importante: quem quiser ler tem um prefácio dessa fic no último cap. da minha primeira fic Secret Love.
AVISO: Sakura Card Captor e seus personagens não me pertencem e sim ao Clamp.
Memórias de um cupido
Cap. 1 – Sakura
O ano estava apenas começando, mas eu já estava trabalhando duro. Desde o ano novo, há exatamente 25 dias atrás, eu já havia unido oito casais. O trabalho de um cupido não é fácil amigo. Eu estou no campo há 300 anos e posso dizer com absoluta certeza que está ficando cada vez mais difícil. De uns tempos pra cá, só amor não basta. As pessoas querem cada vez mais coisas: beleza, dinheiro, popularidade. Eu já estava ficando cansado de tudo aquilo.
- Talvez já esteja na hora de me aposentar. – Falava comigo mesmo enquanto voava pela cidade de Tomoeda. Estava de noite e o tempo estava agradável, perfeito para me sentar em uma árvore e não fazer nada durante horas. – Não seria nada mal me tornar humano e ter um emprego normal. (N/E – Desculpa interromper a história, mas queria explicar essa história de me tornar humano. Nós cupidos somos seres místicos que vivem para sempre, mas temos a opção de nos tornarmos humanos quando quisermos e se permanecermos muito tempos como humanos, acabamos nos tornando mortais para sempre.) E quem sabe, talvez eu até encontre alguém para mim. – Eu estava perdido nos meus pensamentos quando de repente um brilho que veio do nada me cegou e eu dei de cara com uma árvore. – Aí! Essa doeu.
Olhei em volta e encontrei a fonte da minha cegueira passageira. Ele vinha de uma das casas. Havia uma garota apoiada em uma das janelas, ela estava com um espelhinho em uma das mãos e o balançava de um lado pro outro, fazendo-o refletir a luz do poste bem nos meus olhos. Eu me aproximei para poder ver-la melhor. Ela era muito bonita: sua pele parecia macia e delicada, seu cabelo cor de mel era liso e batia um pouco abaixo do ombro e seus olhos eram de um verde intenso. Ela parecia estar no mundo da lua, pensando em alguma coisa. Depois de dar um leve suspiro ela deixou a janela. Eu sei que é invasão de privacidade, mas eu fui atrás dela. Em minha defesa gostaria de dizer que não tenho culpa, sou um cupido, somos curiosos e intrometidos por natureza, faz parte do trabalho.
O quarto dela não era muito grande, na verdade era bem simples, mas parecia bem confortável. As paredes eram rosa bem claro com alguns detalhes brancos em forma de flor, uma escrivaninha ficava ao lado da janela, na frente dela ficava o armário de duas portas e ao lado dele estava a cama. Todos os móveis eram feitos de madeira de carvalho. A garota estava deitada em sua cama e fitava o teto. Ainda bem que os humanos só nos vêem quando nos transformamos temporária mente em mortais, se não ela estaria se perguntando quem era aquele ser parado no ar bem em cima dela. Ela e, consequentemente, eu ficamos ali por mais ou menos dez minutos apenas observando. Até que alguém a chamou.
- Sakura! – O grito veio do andar de baixo. "Então seu nome é Sakura." Pensei. – Vem aqui!
- Já estou indo. – Respondeu. Ela se levantou e desceu para o andar de baixo. (N/E – Não! Ela desceu para o andar de cima!) Vocês devem estar pensando que eu a segui, mas estão enganados. Eu tentei ir embora, mas não pude por causa da ligação. Quando um cupido encontra uma vitima, quer dizer alguém que precisa de nossos serviços, uma espécie de conexão entre os dois acontece. Desse jeito podemos entender melhor os sentimentos dessa pessoa. Foi nesse momento que eu percebi que não poderia me "aposentar", tinha mais um trabalho em minhas mãos. Então, como não pude ir embora, eu fui atrás dela. Tá bom, não estavam enganados.
No andar de baixo havia três pessoas, dois homens e uma mulher. Todos eram mais velhos que Sakura, então eu deduzi que fossem seus pais e seu irmão. Eu estava certo. Os pais dela pareciam pessoas muito simpáticas e bondosas. Já o irmão dela, bem, vamos dizer que ele não parecia muito simpático e, naquele momento, estava com uma cara que me dava medo. Mas eu tinha a sensação de já ter visto ele antes.
- Me chamou papai? – Perguntou ela.
- Sim querida. Precisamos conversar. – Disse ele. O pai dela parecia ser muito inteligente. Ele tinha cabelo castanho, olhos da mesma cor que ficavam ocultos por causa dos óculos, e sempre estava sorrindo. – Sabe que trabalho como professor de arqueologia na faculdade de Tomoeda. – Ela confirmou com a cabeça. – Pois bem. Hoje mais cedo eu recebi um telefonema da faculdade e eles finalmente me chamaram para uma escavação de verdade.
- Que maravilha papai. Meus parabéns! – Disse ao mesmo tempo em que o abraçou. Ela estava feliz pelo pai, eu conseguia sentir através da conexão. – E eu achando que era uma notícia ruim.
- Obrigado querida, mas eu ainda não terminei. – Ela se afastou um pouco e o olhou nos olhos. – Essa escavação é muito importante e eu tenho que partir amanhã de manhã.
- Amanhã de manhã?
- Sinto muito querida. Eu sei que amanhã nós íamos sair para jantar com o seu namorado, mas vamos ter que cancelar. – "Espera um minuto! Namorado? Se ela já tem um namorado o que eu estou fazendo aqui?" Pensava eu indignado. Tentei ir embora depois daquilo, tentei mesmo, mas não consegui. Aquela era a ligação mais forte que eu já senti, alguma coisa me dizia que eu deveria ficar. "Pelo visto eu vou ficar por aqui mesmo." – Eu tenho mesmo que viajar amanhã.
- Eu não estou preocupada com o jantar pai, só fiquei surpresa com a notícia. Eu quero muito que você vá nessa viagem, não se preocupe com o Yashiro. – Ela sorriu docemente. – Além do mais, não precisamos cancelar, a mamãe e o Toya ainda vão.
- Na verdade... – Disse sua mãe. Ela era muito bonita, mais bonita que Sakura, poderia até ser modelo ou atriz. Tinha cabelo castanho acinzentado comprido que ia até a sua cintura, seus olhos eram verdes, como os da filha, só que mais claros e sua face era doce e serena. –... Eu vou com seu pai.
- O quê!
- Seu pai vai ficar fora por muito tempo e eu não aguentaria ficar longe dele por tanto tempo. – Ela abraçou o marido. – Você e seu irmão já são crescidos o suficiente para ficar em casa sozinhos, por isso eu pensei que não teria problema eu ir junto. O pessoal da faculdade disse que tudo bem seu pai me levar, então eu vou com ele.
- Mas mãe...
- Querida eu confio em você e no seu irmão, sei que vão ficar bem sem mim. – Ela abraçou Sakura. "Isso foi golpe baixo. Nenhum filho resiste à confiança de mãe." – São só alguns meses.
- Está bem. Eu vou ligar para o Yashiro e cancelar o jantar. Não se preocupe.
- Não precisa cancelar nada Sakura! Você ainda pode ir com o Toya. – Sakura olhou para o irmão. Ele não parecia ter gostado da ideia.
- Acho melhor não. – Disse ela desanimada. – Eu vou desmarcar. Yashiro não vai se importar.
- Ótimo, porque eu não iria mesmo. – Disse Toya. – Já disse mais de mil vezes que não gosto desse garoto.
- Toya! Não fale assim do namorado de Sakura. Não se esqueça que ele é primo do seu melhor amigo.
- Não importa mãe. Eu não gosto e nem confio nele.
- Novidade, você sempre implicou com os meus namorados. E olha que tirando o Yashiro eu só tive dois e um deles foi quando eu tinha seis anos de idade!
- Eu só estou tentando te proteger. – A coisa tava ficando feia. Parecia que daqui a pouco eles iam começar a tacar móveis um no outro.
- Me proteger do que? De ser feliz? Não preciso desse tipo de proteção!
- Já chega! – Disse o pai dos dois. "Até que enfim alguém vai por ordem nessa bagunça. Imagina depois que eles viajarem. Essa casa vai virar um campo de batalhas e eu é que vou ficar no meio." – Parem de brigar. Os dois estão errados. Toya tem que aprender a ser menos ciumento e Sakura seja mais compreensiva com o seu irmão, não é fácil pra ele ver você com um namorado. Agora peçam desculpas. – Eles continuaram calados. – Peçam desculpas!
- Desculpa. – Disseram ao mesmo tempo.
- Assim é melhor. Agora subam que eu e sua mãe temos que arrumar nossas malas. – "Onde eu estou? No jardim de infância? Esses dois parecem duas criancinhas brigando." – Boa noite.
- Boa noite. – Disseram os dois antes de subirem para seus respectivos quartos.
- Tem certeza que é uma boa ideia deixá-los sozinhos? A casa vai estar destruída quando voltarmos. – Disse o pai depois que eles já haviam deixados a sala.
- Não se preocupe querido. Eu sei que eles brigam o tempo todo, mas um tempo sozinhos vai ajudar. Eles vão aprender a confiar um no outro e a se respeitar. Por acaso não confia em nossos filhos?
- Eu confio. – Disse ele abraçando a esposa. – Mas só pra confirmar, nossa casa tem seguro, não tem? – Os dois riram, foram para seu quarto e eu fui atrás de Sakura. Quando eu entrei no quarto, Sakura estava sentada em frente ao computador com o msn ligado. Ela procurou na lista e encontrou quem procurava.
CONVERSA NO MSN:
- Oi Yashiro! – Digitou depois de abrir a janela.
- Oi amor.
- Tudo bem?
- Sim e você?
- Mais ou menos. Tenho uma péssima notícia.
- Eu também, mas fala você primeiro.
- Meus pais vão viajar amanhã ... Não vamos poder sair para jantar.
- Isso é perfeito!
- O quê?
- Eu ia falar pra gente cancelar mesmo. Amanhã vai ter um campeonato de videogame na casa de um amigo meu e eu queria muito ir.
- Espera um minuto. Você ia me trocar por videogame?
- Mais ou menos. – Sakura não respondeu. – Qual o problema?
- Você ia me trocar por videogame! Esse é o problema. Eu não acredito nisso.
- o quê? Só porque a gente tá namorando eu não posso mais sair com meus amigos?
- Eu não disse isso. Acontece que você queria desmarcar uma coisa que nós planejamos há mais de uma semana pra ir jogar videogame com seus amigos que você vê todos os dias. Nós não nos vemos desde o ano novo. Já faz quase um mês!
- Sakura não começa. Sabe que só voltei de viagem ontem.
- É, uma viagem com seus amigos da faculdade!
- E o que você quer que eu faça?
- Não sei. Pensar um pouco em mim! Parece que você nem quer me ver.
- Quer saber o que eu quero? Acabar com essa conversa, não estou a fim de brigar hoje. A gente se fala amanhã. Deseja boa viagem para os seus pais.
- Não, espera um minuto.
- Beijos. – Ele saiu imediatamente do msn.
FIM DA CONVERSA NO MSN
- O que! – Ela gritou antes de pegar o celular e digitar alguma coisa rapidamente e, em seguida, o colocou em cima do móvel novamente. Não levou mais do que trinta segundos para ele começar a tocar. – Tomoyo?
- Oi Sakura!
- Desculpa te incomodar Tomoyo. Você já deve estar cansada de eu te chamar toda vez que eu tenho problemas.
- Como se eu tivesse mais alguma coisa para fazer, sabe que meus pais estão sempre viajando. Se não fosse você e seus problemas a minha vida seria um tédio. – Sakura riu de leve. – Tudo bem, agora que eu já te fiz rir, me conta o que aconteceu dessa vez.
- Deixa-me ver. Meu pai foi chamado para uma escavação e vai viajar por meses com a minha mãe. Meu irmão continua implicando comigo e com o Yashiro. E por último, mas não menos importante, meu namorado se importa mais com uma competição de videogame do que comigo. Pode escolher. Você tem muitas opções.
- Espera, seu pai foi chamado para uma escavação? Que maravilha! Ele está esperando por isso há tanto tempo. Não está feliz por ele?
- Claro que estou feliz, isso vai ser ótimo pra ele. O problema é que minha mãe também vai e eu não quero passar sei lá quantos meses morando com o Toya. Ele está cada vez mais insuportável. Eu vou ficar loca desse jeito.
- Toya sempre foi super protetor, desde que você era pequena. Lembra quando você tinha seis anos? Ele não quer que você se machuque.
- Eu sei e compreendo, mas eu realmente achei que isso fosse mudar com o Yashiro, afinal ele é primo do Yukito. Foi só por isso que eu...
- Que você aceitou namorar o Yashiro? – Sakura ficou muda por um breve momento.
- Mais ou menos. Eu gosto do Yashiro, gosto muito, mas ás vezes ele me deixa tão zangada. Parece que ele nem liga pra mim. Tomoyo, você acha que fiz a coisa certa aceitando namorar ele?
- Você me fez a mesma pergunta há três meses, quando começou a namorar e a minha resposta continua a mesma. Se você não sabe, como eu vou saber? Você é a única pessoal que pode responder a essa pergunta. Tudo que tem que fazer é perguntar ao seu coração. A melhor parte é que não importa o que ele te disser, pode ter certeza que vai estar certo. – "Nossa, que lindo. Essa garota sabe exatamente do que está falando. Gosto de pessoas assim."
- Você sempre sabe o que falar. – Sakura fez uma breve pausa. – Sabe Tomoyo, pensando bem, eu nunca te vi com um namorado e a gente se conhece desde os quatro anos.
- Não se preocupe com a minha vida amorosa Sakura, você já tem a sua pra cuidar. – "Ai!"
- Calma, foi só um comentário. Mas você sabe que eu conheço vários garotos que estão, digamos assim, interessados em você.
- Mas eu não estou interessada neles. Já te disse que estou bem do jeito que estou. Não quero um namorado agora, isso só vai me trazer problemas. – "Admito que ela tem um ponto bem razoável, mas está sento melodramática de mais."
- Isso não é verdade! Ter um namorado é ótimo.
- Tá bom, dá pra notar. – Disse ela debochando. – Eu vejo como os seus relacionamentos só te trouxeram felicidade.
- É que eu não sou um bom exemplo! Mas olha o meu irmão. Ele está namorando há quatro anos com a mesma garota, eu acho até que vai pedi-la em casamento.
- Algumas pessoas têm sorte, o que não é meu caso e nem o seu.
- Tem razão. – Desistiu por fim. – Mas nosso dia ainda vai chegar, tenho certeza disso.
- Queria ser tão positiva quanto a isso Sakura.
- Não te entendo Tomoyo. Se nunca teve um namorado, como sabe que isso vai lhe causar problemas? Eu acho que você tem medo de amar.
- Não é isso. Eu só acho que não fui feita para ser amada.
- Que besteira, você não ouviu nada do que eu disse até agora. Muitos garotos gostam de você!
- Não Sakura! Eles gostam da minha imagem, não de mim. Nenhum deles me conhece de verdade. Hoje em dia as pessoas só se preocupam com status, poder, dinheiro, beleza... É difícil encontrar alguém que goste do outro pelo que ele é e não pelo que ele representa. Casos como o do seu irmão são raros. – "Quantos anos essa garota tem? Ela fala como se tivesse observado a raça humana durante anos. Uma adolescente normal não tem essa visão da vida. Interessante." – Ás vezes eu penso que tirando meus pais e você, ninguém me conhece de verdade.
- Tomoyo... Um dia você vai achar alguém, mas primeiro você tem que dar oportunidade para essa pessoa te encontrar. Como quer que alguém te ame pelo que é se se recusa a mostrar como é de verdade? Arrisque um pouco, vá conhecer gente nova e quando você menos esperar vai encontrar o que procura.
- Tem toda a razão. Mas sinceramente, ter um namorado agora é a última coisa que me preocupa. No momento quero me concentrar apenas na faculdade. O segundo ano já vai começar.
- Nem me fale. Eu nem acredito que já estamos no segundo ano de faculdade, eu em arquitetura e você em moda. Logo tudo vai voltar ao normal: aulas, provas, trabalhos... É muita pressão pra alguém de dezoito anos. Só de pensar já fico com saudades das férias.
- As aulas nem começaram e você já está com saudade das férias? Ai Sakura, você ainda tem praticamente um mês pra curtir as suas férias.
- Falando nisso, quer vir aqui em casa amanhã? Não tenho nada pra fazer já que o Yashiro me trocou por videogame e meus pais vão viajar.
- Não sei não.
- Por favor! Ai você me ajuda a sobreviver ao meu irmão e o mau humor dele.
- Tá bom, eu vou depois do almoço.
- Iupi! – Eu achei que a conversa tinha terminado, mas estava enganado. Elas ainda tinham muito pra conversar e eu muito para escutar...
Olá!
Como vão? Eu estou bem apesar de estar um pouco atolada com a escola, mas não foi por isso que demorei para escrever. Acontece que eu contei para umas amigas que eu escrevo fics e elas são apaixonadas por fics, só que fics de famosos. Elas costumam ir em site chamado fanfic obssession que te coloca dentro da história com o seu famoso favorito, se vocês gostarem desse tipo de fic eu recomendo. Enfim, elas me pediram para ler a minha fic, só que pediram pra mim trocar os nomes das personagens porque elas não são boas para lembrar de nomes em japonês. Como eu ia mostrar a fic pra elas, fiquei mais nervosa pensando o que elas iam achar da história e etc, por isso demorei mais pra escrever.
Bom, o que vocês acharam? Gostaram do começo? Na minha ideia inicial a Meiling ia ser o cupido, mas recebi uma review da nina sakurai no último capitulo da minha outra fic me sugerindo que fosse o Eriol e eu adorei a ideia! Então mudei tudo. Deu pra notar que o Shaoran não apareceu na história ainda, e já vou avisando que ele não vai aparecer no próximo capitulo também, eu acho... Vocês me conhecem, vivo mudando de ideia. Nessa fic as coisas vão mudar um pouquinho, mas eu prometo que vai ser muito divertida. Estou tentando fazer uma comédia, então me avisem se eu não tiver conseguindo, hehehehe. Estou esperando anciosa pelas Reviews! Mandem bastantes.
.:Beijinhus:.
