Hetalia não me pertence, nem a imagem usada. Mas o Francis pertence ao Matt, e vice-versa. Longfic UA. Gakuen. Insinuações de vários casais, mas se foca mais em Franadá. Dei nome a alguns personagens que existem em Hetalia, mas que não tem nome. E tem alguns OC's.
Ponto de Vista do Francis. Boa leitura!
Eu olhei em volta, admirado pelas luzes da roda-gigante. Já fazia algum tempo que eu não ia num parque, e estava matando a saudade naquela excursão.
— Francis, o que acha de irmos na vidente? — Minha irmã, Amèlie, perguntou, pulando em minhas costas.
— Vamos lá então. — Ela, meus amigos e algumas meninas vieram.
A vidente estava sentada em uma cadeira. Na sua frente, uma mesa que tinha uma caixinha com cartas, algumas pedrinhas, se não me engano, e um pano. E do outro lado, mais uma cadeira. Ela parecia ser uma mulher de quarenta e poucos anos – cabelos castanhos e um pouco volumosos, mas – incrivelmente – bem cuidados, olhos verdes, sua pele era num tom canela e ela tinha uma tonalidade de vermelho sangue nas unhas e no batom. Tinha algumas poucas rugas, mas não era feia.
Fiquei do lado de Antonio enquanto a vidente, concentrada, olhava a mão de minha irmã. De certa forma, nunca acreditei em destino e eu achava que ela estava gastando dinheiro à toa, mas não ousaria dizer isso para Amy.
Gilbert estava numa conversa animada com Elizaveta e Antonio, bem, estava dando alguma cantada mal-feita na Anri. Podia ver a hora que Hansen o daria uma surra por investir em sua irmã. Como não gosto de ser empata foda na vida dos meus amigos, resolvi arranjar outra pessoa para conversar. Olhei em volta, procurando Roderich, Arthur ou Feliciano, mas me distraí quando vi ele.
Cabelos loiros uma tonalidade abaixo dos meus, olhos azuis – um pouco violetas –, uma pele que me lembrava vagamente sorvete de creme, lábios finos – mas rosados – e um sorriso. Ah, aquele sorriso.
O olhar de Matthew cruzou com o meu durante alguns segundos, então o cumprimentei. Ele acenou de volta, então voltou a prestar atenção no que a vidente fazia. E eu continuei a olhá-lo.
Apesar de ser líder do conselho estudantil da escola e ser amigo de todos os alunos – ok, quase todos -, ele era o único com quem eu não conversava. Não era por falta de assunto ou porque eu não queria, mas todas as vezes que eu via Matthew, era como se meu estômago revirasse.
E isso acontece desde o 8º ano, quando brincamos de verdade ou consequência.
"— Mas eu já beijei todos da nossa turma, gente! Quem mais eu poderia beijar? — Perguntei enquanto Gilbert pensava na consequência.
— Mande ele tirar as calças e sair correndo na rua — Elizaveta falou, olhando para Gilbo.
— Você acha que esse sem-vergonha teria vergonha de fazer isso? Se bobear, ele vai sair na rua, correr e dançar Macarena — Antonio falou, fazendo todos da roda rirem.
Estávamos na casa de Alfred, e ele estava dando uma de suas famosas festas. Na roda, estávamos eu, Arthur, Alfred, Anri, minha irmã, Michelle, Jake e Im Yong Soo. Do lado de fora da roda, observando a brincadeira, estavam Kiku, Lily e Matthew. Gilbert olhou na roda e, em seguida, olhou fora.
— Espera... Tem uma pessoa que ele ainda não beijou.
— Antes de tudo, já aviso – não vou beijar minha soe-
— Seu desafio é beijar o Matt. — Gilbert falou, cruzando os braços.
Na mesma hora que ele falou isso, eu olhei para Matt e nossos olhares se encontraram. Foi naquela hora que eu ouvi.
'Tum tum... tum tum...'"
— Ok, quem é o próximo? — A vidente perguntou, olhando para nossa turma. O olhar dela parou em mim — Você, bonitão. Porque não vem olhar sua sorte?
— Porque nós fazemos nossa própria sorte. — Sorri.
— Ora, por favor. Você parece diferente dos outros. Está com medo de que sua mão revele algum segredo seu?
— Não vou cair nessa provocação, minha senhora. — Respirei fundo — Mas se eu não a deixar ler minha mão, sinto que você insistirá.
Me sentei na cadeira e estendi a mão. Ela a segurou e começou a leitura.
— Hm... Isso é estranho. — Traçou uma linha que ia da palma da minha mão até meu dedo anelar — Olhe, essa linha é a do amor. É normal, a maioria das pessoas tem... Mas ela só surge depois que você toca a pessoa que está destinada a ser seu par.
— Ih, Francis, já era, você já tocou todo ser que se move nesse país — O pessoal riu. Eu ri também, mas estava interessado do que ela tinha para falar.
— Essa outra linha aqui — Ela traçou uma que ia do lado direito até o lado esquerdo da minha mão esquerda — indica que você vai se casar, mas que não vai ser virgem.
— Conta uma novidade. — Antonio falou, rindo. Maldito. Mais pessoas riram.
— E essa linha aqui indica que você não pode perder tempo. — Era a mesma linha da esquerda, mas na minha mão direita — Está vendo como ela se torna mais fina? Isso quer dizer que você está perdendo sua alma gêmea. Caso você não se apresse, não terá mais chances.
Ela não acha que eu cai nisso, certo?
"Não foi fácil convencer Matthew a cumprir o desafio. E eu... Bem, eu confesso que estava um pouco hesitante. Não porque eu não queria, mas ele parecia não querer.
Ok, eu queria.
Durante meses, eu imaginei como seria beijar Matthew. Não posso dizer que estava apaixonado porque eu era uma criança, praticamente, e não sabia direito o que era paixão. Mas eu me sentia atraído por ele. Muito.
No final das contas, conseguiram convencer Matt. Fomos para o meio da roda e ele estava com as bochechas muito coradas. Ele fechou os olhos e fez um pequeno bico com a boca. Eu fechei os meus olhos também e, finalmente, selei nossos lábios.
'Tum-tum-tum-tum... Tum-tum-tum-tum...'"
Assim que ela terminou de falar comigo, todos da nossa turma resolveram sair. Eu fui o último. E assim que eu estava saindo de sua tenda, ouvi a vidente me chamando.
— Francis, por favor, fique. — Eu me virei e ela continuou — Você não acha que eu escolhi você como meu cliente apenas para falar coisas bobas sobre amor, não é?
— Você não acha que eu vou pagar mais, não é? — Respondi, dando um sorriso irônico.
— Não lhe cobrarei um centavo por isso. — Ela sorriu, também com ironia — Sente-se, por favor.
Eu fiz como ela mandou e cruzei os braços.
— Tudo isso que falei hoje sobre você... Pura mentira. — Oh, agora me conte uma novidade — Assim que você entrou na minha tenda, percebi que era do tipo popular, que tem vários amigos. Não podia falar coisas sérias sobre você com eles aqui. Rumores se espalham com facilidade, não?
— Você está me impressionando. — Respondi — Porque não me diz o que viu então?
Ela sorriu – não de forma irônica, mas carinhosa.
— Apenas percebi que você tem um futuro brilhante pela frente, mas que se deixa ser influenciado demais pelos outros. E, também, é extremamente inseguro. Porque não tenta deixar o que todos esperam e falam de você de lado? Senhor Bonnefoy, você não vai ser feliz se não deixar isso para trás.
Fui salvo pelo coordenador, que gritava do lado de fora para que nossa turma se reunisse.
— Se quiser conversar depois... — Ela pegou um cartão e me deu. "Irmã Marta". Isso é um nome espanhol, italiano ou português?
— Claro que ligarei. Até mais senhorita Marta — Então deu um "clique" na minha cabeça — Espere, eu não te falei meu sobrenome. — Como aquela mulher me chamou pelo meu sobrenome se eu não havia mencionado ele?
— Ah, senhor Bonnefoy, você não deveria subestimar meus poderes. — Ela riu e eu sai da tenda, indo em direção ao ônibus da escola.
Depois da excursão, sai com Gilbert, Antonio, Hansen, Anri e Jake para comermos uma pizza. Foi divertido, e eu consegui uma desculpa para voltar pra casa tarde. Meus pais não falaram nada – tinham saído para um jantar.
— A vidente tem razão, frère. — Amèlie me falou assim que entrei na cozinha — Você tem que parar de confiar demais nos outros.
— Você estava ouvindo a nossa conversa? — Perguntei, fechando a cara para ela.
— Você não pensou que eu fosse perder isso, não? Bem, eu percebi que você ficou pra trás, então ouvi vocês conversando. Quando o coordenador chamou, sai de perto. Só isso.
Ela se levantou e eu percebi que estava com sua roupa de balé.
— Você ainda vai dançar?
— Tenho que melhorar meu Cisne Negro, frère. — Ela sorriu e saiu da cozinha. Então eu gritei.
— Passe carvão na cara e você se tornará o melhor Cisne Negro da região.
Minha irmã riu, então ouvi a porta do seu quarto fechando.
Após alguns minutos, resolvi ir pro meu. Tomei um banho e, depois de desligar a luz, me joguei na cama. Fiquei algum tempo olhando pro teto.
De certa forma... Eu queria que a vidente estivesse certa sobre minha alma gêmea. Quer dizer, eu já beijei várias pessoas, mas isso me daria uma esperança. Não que eu tivesse alguém em mente, mas talvez... Ah, esquece. Está na hora de dormir.
Desliguei a luz do abajur e fechei os olhos, caindo num profundo sono.
— Quem você acha que é a alma gêmea do Francis? — Anri perguntou para Hansen, sorrindo.
— Você devia perguntar para ele, Anri. — O holandês a respondeu, cruzando os braços e acendendo um cigarro.
— Ouvi dizer que a Michelle tem um interesse nele. Mas acho que o Antonio também tem. Será que os dois são um casal? — Ela sorriu.
— Acho que Antonio tem mais interesse em você do que no Francis. — Hansen respondeu, fechando a cara.
"Eu preciso contar para a Michelle", Anri pensou enquanto, animada, pegava o celular e digitava uma mensagem de texto para a amiga.
Minha primeira longfic Franadá. E é UA. Não acredito que fiz isso. *Corre e esconde* Reviews, por favor? Até semana que vem!~
