NO MORE WISHING

I want a love that's side by side
I want a love that holds me tight
I want a love that feels like a dream
but when I wake up, he's still there with me

Havia o sorriso.

Toda vez que ele estava por perto, era impossível controlar seus lábios. Eles criavam vida própria e se abriam calorosamente. Por vezes ela conseguia virar o rosto e evitar que ele notasse tal ato; geralmente quando estavam brigados e ela não devesse ficar feliz em vê-lo, embora ficasse. Em outras, gostava que ele visse e sorrisse de volta, com aquele sorriso que era só para ela e fazia com que as sardas dele ficassem mais visíveis.

Havia, também, a graça e o riso contido.

Às vezes, só por implicância, fingia não achar graça no que ele dizia. Era uma das melhores maneiras de cutucar o ego dele, tão cheio de si quando se tratava de ser engraçado. Mas gostava, principalmente, de notar como ele parecia fazer aquilo só para chamar sua atenção, e depois ficava atento, à espera de sua reação. Então, por mais que quisesse rir, ela fingia não achar graça - só pra ver como isso o afetava mais do que quando as outras não achavam.

E havia a felicidade.

Sempre que ela estava junto dele, sentia-se bem. Era natural, era certo. Por mais apreensiva que estivesse, quando estavam juntos ele parecia transmitir uma calma e segurança sem igual. Quando era só ela e ele, o sentimento que a invadia era esquisito e diferente, mas igualmente bom e reconfortante. Ela ficava feliz. Ele a fazia feliz.

Naquele dia no vilarejo, havia o sorriso, a graça, o riso contido e não contido e, acima de tudo, havia a felicidade. Aquele dia era uma das memórias que ela usava para executar seu patrono, às vezes.

Ela nunca contou isso pra ele. Se tivesse contado, saberia que ele fazia a mesma coisa.


N/A: Achei que a música combinava e que RHr fosse exatamente a definição de tão completo que não haveria mais desejos. Totalmente indico que baixem No more wishing – Hayley Taylor, aliás.