Monólogo

- Aqui, na sua frente, olhando calmamente para seus sinceros olhos, eu posso dizer que minha cabeça está repleta de pensamentos e memórias. Todas sobre ou com você.

- A maioria dessas tais memórias são boas, no entanto algumas são simplesmente horríveis, e estas me machucam profundamente . Como a do dia em que você me deixou. Sozinha!

- Esse seu ato foi extremamente cruel e egoísta de sua parte! Como você pôde me deixar solitária depois de tudo que eu fiz por você?!

- Você não vai me responder, vai? Eu poderia prever isso. Eu nem ao menos sei o porquê de ter lhe perguntado sobre isso. Como eu sou idiota!

- Coronel, você se lembra de tudo que eu sacrifiquei por você, para realizar seus sonhos?

- Não?! Claro que você não lembraria. Foram muitas coisas!

- O que é tão engraçado para você rir desse jeito, senhor?

- O modo que minha cara fica quando eu estou irritada? Deve ser.

- Se eu não houvesse vivido em sua função esses últimos anos, eu estaria bem melhor do que eu estou hoje.

- Se não houvesse disposto todo o meu tempo para você, eu teria trabalho adequadamente, e, assim, eu estaria numa posição mais alta na hierarquia do exército, provavelmente no alto escalão.

- Eu estaria com uma condição financeira melhor, estaria vivendo numa casa maravilhosa.

- Eu não estaria nesse lugar chorando desesperadamente.

- Não estaria triste.

- Não estaria em pedaços.

- Não teria vivido os melhores anos que uma pessoa pode viver.

- Eu não estaria apaixonada.

- Talvez, se não houvesse feito nada que eu fiz por você, eu não haveria conhecido muitas pessoas que, hoje, são essenciais para mim.

- Então, eu não posso dizer que me arrependo de tudo isso.

- Oh! Está chovendo! A chuva vai levar todas as coisas ruins junto com ela, toda a angústia, inclusive a minha. Ao menos, é o que eu espero.

- Isso me lembra de algo que você me disse quando UHuHHHHHhHughes morreu, após o funeral dele, uma lágrima percorreu seu rosto. E, você falou para mim que estava chovendo, ao meu entender, simplesmente para fingir que não estava realmente chorando.

- Foi isso, não foi?

- Você se recorda de que eu somente entrei no exército para protegê-lo?

- Você se lembra da promessa que fizemos quando me tornei primeiro tenente?

- Eu tinha certeza que você lembraria, mas você a quebrou! Eu era quem deveria protegê-lo e não o contrário!

- Eu tenho conhecimento de que você prometeu ao meu pai, seu sensei, que cuidaria de mim e das pesquisas dele. Porém isso é impossível de ser realizado com você longe de mim.

- Você nem ao menos pensou em mim, em como eu reagiria antes de arriscar a sua vida daquele jeito?

- Eu suponho que você somente o fez por mim e para não quebrar a promessa que fez com meu pai.

- Riza, você vai passar a noite inteira aqui com essa chuva? – Gracia chegou indagando.

- Gracia, por favor... Eu só quero ficar um tempo a mais perto dele, ouvindo sua voz, olhando para ele. – Ela espirrou.

- Venha, Riza! Não fique aqui ou você irá pegar um resfriado.

- Por favor, deixe-nos a sós por um momento e, depois, eu irei para casa com você.

- OK! Como você quiser.

- Eu sentirei muito a sua falta! Eu queria ter tido a chance de ter lhe falado isso antes: eu te amo e o amarei sempre, senhor! Agora, deixe-me ir, porque têm pessoas esperando por mim. Eu prometo que voltarei em breve. Adeus! – Riza beijou a gélida lápide dele, colocou flores perto dela e, depois de tudo, foi embora junto com Gracia.

E, no cemitério, restaram somente gotas de chuva caindo, a lápide de Roy, flores brancas pra dá-lo paz e o coração dela, ainda pulsando, caído na grama.


Essa não é tradução literal de Monologue, tem alguns detalhes diferentes. Espero que gostem e me mandem reviews! ;)