Duas características que podem ser perigosas juntas: Inteligência e psicopatia. Beyond Birthday o novo detendo da prisão tinha ambas as características. E mais um que até mesmo o detetive L desconhecia, os olhos de Shinigami.
O novo preso entrou calado, alguns dos outros prisioneiros o cantaram e quando ele chegou a própria cela apenas olhou por um segundo envolta, as grades, os prisioneiros, os policiais, a própria cela, todos os detalhes sendo captados em poucos segundos.
O homem de cabelos negros e bagunçados e olhos vermelhos soltou uma gargalhada que fez até mesmo os policiais arrepiarem.
– CALA A BOCA DESGRAÇADO! – Gritou o policial – Qual a graça aqui em putinha?
– Nenhuma policial Wandork. – Respondeu o detento com um sorriso maníaco no rosto.
– Idiota entre logo. – O policial empurrou Beyond para dentro da cela. – E fique quieto aqui caso não queira passar um período bem longo na solitária. – Disse o policial que também sorriu com autoridade.
Beyond foi andando para a cama.
Um pouco longe da cela o policial que acompanhava Wandork se espantou!
– O que foi Rafael?
– Você não está usando crachá! Como aquele detento soube seu nome?
– Ah, não importa, ele deve ter ouvido alguma hora, para de se preocupar com idiotices.
– Desculpe, é bobagem mesmo, não há como ele saber seu nome sem ter o ouvido.
Seu companheiro de cela logo pulou da cama de cima e olhou para ele com olhar superior.
– Estou em cima disse ele.
– Claro, claro.
Beyond não disse mais nenhuma palavra desde que chegou.
Olhou para fora e tentou calcular o tempo. 18h50min pensou.
PÉÉÉ
O alarme tocou. "As luzes serão apagadas em 10 minutos" disse uma voz mecânica.
– Se você quiser sobreviver melhor ficar na cela amanhã o dia inteiro. E nem pense em mexer nas minhas coisas, assim que der 19hrs não teremos mais luzes e eu poderei fazer o que quiser com você novato.
– Tsc. – Murmurou Beyond escondendo o sorriso maníaco.
20h
Beyond se levantou.
– Já dormindo Christian Dominc?
– Mas que merda é essa? – Disse o companheiro de cela de Beyond apalpando a cama em baixo do travesseiro.
– Tsc. Procurando por isso? – Perguntou Beyond passando a faca no rosto de Christian.
– Tá a fim de morrer?
– Seu nome é ridículo. Parece nome de mauricinho. Me diga Christian, seus pais eram ricos?
– Saia de perto de mim seu filho da puta!
– Você fala bem bravinho para quem esta com uma faca no pescoço não é? – Beyond fez um corte leve no pescoço do "companheiro". – Odeio que ignorem minhas perguntas. Você é filho de pais ricos?
– Erm... – Disse o homem sentindo mais indefeso ao sentir o corte na garganta. – Você não quer arrumar problemas não é mesmo? Solte a faca!
– HAHAHAHA! – Riu Beyond debochado. – Se eu me preocupasse com isso não estaria aqui não é mesmo?
– Sim. – Disse o maior com uma voz baixa.
– Sim o que?
– Meus pais eram ricos.
– Há. Mauricinho. E o que você está fazendo aqui? Seu papai não pôde pagar para você sair? Ele é inútil de mais para isso?
– Não fale do meu pai! – Christian tentou levantar para socar Beyond, mas este foi mais rápido e fez um furo no ombro do outro.
– Responda! – Disse Beyond. – Você acha que isto é algum tipo de brincadeira?
– Meus pais estão mortos, estou aqui por que matei a gangue que os matou.
– Ridículo! Vir para a prisão por que se vingou e não foi competente suficiente para fazer direito. – Disse Beyond debochado.
– Mas eu matei a gangue!
– HAHAHAHA. Mas veio parar aqui não é mesmo?
– Você também.
Beyond aprofunda a faca no ombro do outro.
– Eu enfrentei um adversário a altura. Tsc. Uma gangue é algo ridículo de se enfrentar.
– Há. Até parece.
– Saia!
– O que?
– Eu não gosto de ficar abaixo.
– Nem pensar.
Beyond coloca a faca próxima ao olho de Christian.
– Eu só não te mato agora e lhe arranco o olho porque isto iria atrapalhar meu plano, mas logo chegará a hora. Desça agora!
Christian desceu com os ombros sangrando e um corte fino no pescoço. Antes de ele descer Beyond passou a mão em seu ombro manchando as próprias mãos no sangue e em seguida lambendo.
O maior agora um pouco mais submisso olhou com espanto a cena do de olhos vermelhos lambendo o sangue.
– C-como sabia meu nome?
– Não te interessa. E se tentar pegar essa faca de volta eu lhe mato. – Disse com sorriso maníaco no rosto. – Já estou com saudade da sensação.
Beyond não se deitou, ficou sentado com a coluna curvada olhando para o vazio por algum tempo e disse.
– Amanhã você irá me dizer algumas coisas sobre os prisioneiros.
Houve silencio, porém Beyond sabia que o outro havia escutado, pois ele ainda gemia de dor pela ferida nova no ombro, e nem mesmo esperou resposta, pois não estava pedindo um favor, e sim dando uma ordem.
