Desculpem a demora para postar a ultima parte da trilogia 'Only Time', infelizmente passei por um período de baixa inspiração que foi difícil, mas as musas andaram me fazendo uma visitinha e tudo voltou ao normal.
Essa ultima parte, será diferente das outras duas fics, que possuíam apenas um capitulo, essa, como já disse, por ser diferente, terá três capítulos.
Eu pensei em contar essa história de outra forma. Como um especial das crônicas, mas como elas já acabaram no volume dez, resolvi que a história da 'Dama das Rosas' seria a melhor para encerrar as cenas editadas de Ariel.
Enfim, vamos ao que interessa. Para todos aqueles que ficaram curiosos para saber como Eurin e Alister se conheceram e como tudo começou, preparem-se, pois essa história ira revelar tudo.
Boa Leitura!
Nota: Os personagens de Saint Seya não me pertencem. Apenas Ilyria, Celina, Eurin, Alister e Giovanni são criações minhas, porém esse último é em homenagem a grande Juliane-chan.
Only Time III
A Dama das Rosas
Capitulo 1: Câncer X Peixes.
I – Tal avô, tal neto.
Desciam calmamente as escadarias do templo com Saga e Litus junto. Faltavam poucos dias agora para o casamento de Ariel e Sorento.
-Tem alguém chegando; Yuuri falou, chamando a atenção do namorado.
-Quem será que é? –Litus perguntou, enquanto eles paravam em Áries tentando identificar pelo cosmo quem era o visitante.
-Aquele é o Giovanni; Saga falou surpreso ao ver o antigo cavaleiro de Câncer ali, próximo as escadarias de Áries.
Os longos cabelos azuis esvoaçaram com a cálida brisa daquele fim de tarde. Os orbes azuis sempre intensos e profundos, como se pudessem enxergar o mais fundo de suas almas, com o mesmo porte de lorde e andar felino que nem o tempo e as pequenas mechas prateadas poderiam tirar.
-Vovô; Guilherme sussurrou, suando frio.
-Vovô? –Yuuri e Litus perguntaram surpresas, ainda mais ao ver o cavaleiro dar pequenos passos para trás, como se fosse sair correndo dali.
Num rápido movimento Giovanni desapareceu, indo surgir na frente do neto, precisamente com a orelha dele em sua mão.
-Seu impiasto, neto ingrato e sem consideração; Giovanni ralhou.
-Ai, meu solta; Guilherme falou, tentando se afastar, mas Giovanni era evidentemente mais forte do que ele.
-Eu deveria te trancar na Prisão do Cabo para você aprender; o canceriano vociferou.
-Sabe, nunca pensei que fosse viver para ver isso; Saga comentou, chocado com a cena.
-Nem eu; as duas responderam juntas.
-AI, SEU MALUCO, ME SOLTA; Guilherme gritou.
-Olha o respeito moleque; Giovanni falou, literalmente fazendo-o se ajoelhar no chão. –Sou mais velho do que você, mais respeito.
-Por isso mesmo, ta ficando esclerosado; o cavaleiro rebateu.
-Esclerosado é a-...;
-Olha lá o que vai falar; o neto falou, voltando-se para ele com um olhar retalhador, soltando-se dele.
Ambos fitaram-se com um olhar mortal, que os três espectadores não conseguiam dizer quanto tempo levariam para um pular no pescoço do outro.
-Qualquer semelhança, não é mera coincidência; Yuuri falou, observando os dois.
O mesmo porte, o mesmo olhar. Extremamente parecidos, a única diferença era a idade.
-Seu desnaturado, não vai nem me dar um abraço? –Giovanni perguntou, abrindo os braços.
-Quem chegou me atacando foi você; ele rebateu, com um meio sorriso indo abraçar o avô.
-Alguém entendeu o que aconteceu? –Litus perguntou, confusa.
-Se não me engano, eles estavam para se matar agora mesmo; Yuuri balbuciou.
-Estavam nada, isso é normal; Saga falou, sem parecer surpreso.
-Como assim, normal? –Yuuri perguntou, arqueando a sobrancelha.
-Você acha que o Mascara da Morte é sádico desse jeito porque? Você tem alguma duvida de quem foi que ele herdou isso? –o geminiano comentou.
-Hei; os dois cancerianos falaram, voltando-se para ele com os orbes serrados.
-Foi só um comentário, calma; Saga falou, suando frio.
Yuuri arqueou a sobrancelha, muitas coisas ficavam claras agora; ela pensou.
-Isso me lembra algo; Giovanni falou, chamando a atenção de todos.
-O que? AIIIIIIIII; Guilherme gritou, ao levar outro puxão de orelha.
-Isso é por ter ido a Sicília e não me visitado;
-AIIIIIIII; ele gritou novamente, devido a outro puxão.
-E isso foi por ainda não ter me apresentado sua namorada; Giovanni completou, fazendo Yuuri ficar escarlate.
-E você me deixou fazer isso por acaso; Guilherme reclamou, afastando-se rapidamente antes que ficasse sem orelhas.
-Detalhes; o canceriano falou, gesticulando displicente.
Guilherme serrou os orbes de maneira perigosa, mas sabia que não podia abusar muito.
-Yuuri, esse doido é o meu avô; ele falou, aproximando-se da namorada.
-Olha como fala garoto; Giovanni ralhou, passando por ele, literalmente o empurrando para o lado. -É um prazer conhecer aquela que finalmente botou um pouco de juízo na cabeça desse desnaturado; ele completou, estendendo-lhe mão cordialmente.
-Igualmente; ela balbuciou, com uma gotinha escorrendo na testa. Definitivamente, agora sabia qual era a fonte da maioria das excentricidades do namorado.
-Hei; o canceriano resmungou, contrariado.
-Estou falando apenas a verdade; Giovanni falou, com falso ar de inocência. -Espero que tenha gostado de sua estadia na Sicília, apesar desse ai, não ter nem lhe levado para me visitar; ele completou, apontando para o neto.
-Gostei sim, obrigada; Yuuri respondeu, um tanto quanto constrangida com a troca de elogios entre avô e neto.
-Mas então, me digam, o que anda acontecendo de novo por aqui? -ele perguntou, voltando-se curiosamente para o geminiano.
-Ahn! Depende do que você considera novo; Guilherme falou, abraçando Yuuri pela cintura.
-Como vai Saga? -o canceriano perguntou, vendo o cavaleiro com um olhar curioso sobre si.
-Bem, mas antes que sobre pra mim, deixe eu lhe apresentar. Essa é Litus, minha namorada; ele falou, indicando a jovem que ficou extremamente corada.
-É um prazer conhece-lo; ela falou, cordialmente.
-Igualmente; ele respondeu.
-Quanto às novidades, é só o mesmo de sempre. Eurin e Alister trocando farpas cada vez que se encontram...; Saga começou.
-O QUE? -Giovanni gritou.
-Ahn! Você por acaso sabia que o Alister estava vivo, não sabia? -o geminiano perguntou, sentindo uma gotinha escorrer por sua testa.
-O Alister esta vivo? -o italiano perguntou pausadamente, com os orbes serrados.
-Longa história; Yuuri e Litus falaram, em meio a um suspiro.
-Ah mais agora eu mato aquele peixe metido a escorpião tarado; Giovanni vociferou. –Onde ele está? –o canceriano perguntou, voltando-se para Saga, que engoliu em seco, apontando para o templo de Athena. –Ótimo, falo com vocês depois, crianças; ele completou, subindo apressado as escadas.
-Criança é a-... AIIIIII! Que idéia é essa Yuuri? –Guilherme perguntou, voltando-se surpreso para a namorada que delicadamente lhe puxava pela orelha.
-Respeite os mais velhos; ela falou, veemente.
-Uhn! A casa caiu para o Alister; Saga murmurou, mantendo a namorada em um meio abraço.
-É; Litus respondeu, assentindo. –Mas amor, que história é essa de peixe metido a escorpião tarado que o avô do Guilherme falou? –ela perguntou, curiosa.
-Vamos logo para sorveteria, que eu te conto no caminho; ele respondeu, balançando a cabeça levemente para os lados. –Vocês dois, vem com a gente?
-...; Guilherme e Yuuri assentiram. Era melhor deixar o canceriano se acertar sozinho com Alister.
II – Velhos Amigos.
Olhou vagamente para a salinha de visitas do templo, respirou fundo, levando a xícara de chá aos lábios, ouvia os dois cavaleiros conversando, mas isso soava apenas como uma conversa vaga e longínqua para si.
Sendo que seus pensamentos voavam, atravessando paredes, corredores, chegando exatamente no quarto ao lado do seu, onde a jovem de melenas esverdeadas estava.
Faltavam poucas semanas agora para o casamento de Sorento e Ariel. Voltaria para Viena depois disso, de lá iria para a Irlanda e sabe-se lá se algum dia retornaria a Grécia novamente.
-Alister. Alisterrrrrrrr; Shaka chamou, passando a mão em frente a seus olhos.
-Uhn! Sim, o que foi? –ele perguntou piscando.
-Estávamos perguntando se você também sentiu um cosmo diferente chegando ao santuário, mas pelo visto sua mente estava longe; Shion comentou.
-Ahn! Me desculpem; Alister respondeu, dando um baixo suspiro. –Acho que acabei me distraído;
-Não se preocupe, não é difícil saber o porque; o virginiano falou. –Mas já pensou em conversar com ela?
-Não adianta, Eurin não quer me ver na frente dela, nem pintado de ouro; ele falou, com certo sarcasmo.
-ONDE ELE ESTÁ?
Os três voltaram-se em direção a porta, ouvindo uma voz conhecia e bastante irritada se manifestar vindo da entrada do templo.
-Acho que já sei de quem é aquele cosmo e você está encrencado Alister; Shaka comentou, tomando um gole de chá, despreocupadamente.
-o-o-o-o-
Salão principal do templo de Athena...
-Hei, vocês estão sentindo isso? –Milo perguntou, voltando-se para Shura e Aioros que conversavam animadamente com os demais ali reunidos.
-Esse cosmo me lembra alguém; Shura comentou, com ar pensativo.
-De quem vocês estão falando? –Ilyria perguntou curiosa, acomodando-se melhor na cadeira que estava sentada ao lado de Mú e Celina.
-Senhor, não pode entrar aqui assim;
Todos voltaram-se para a porta principal, ouvindo Hanay tentar deter a entrada de alguém.
-Não se preocupe, não vou me demorar. Só quero mandar aquele peixe metido a escorpião tarado pro tártaro;
-Milo, o que andou aprontando? –Kamus perguntou, voltando-se para ele.
-Hei! Eu sou inocente; o Escorpião falou, ofendido.
-Amor, não julgue antes de saber; Aishi o repreendeu.
-Viu; Milo falou, mostrando-lhe a língua de maneira infantil.
-Kamus, abaixa esse cosmo; Aldebaran reclamou, vendo que os vidros das janelas já estavam ficando embaçados.
-AI Aishi, que isso? –ele perguntou, ao levar um beliscão da noiva.
-Não seja teimoso; ela falou.
-ONDE ELE ESTA? –Giovanni gritou, gentilmente passando pela senhora e entrando no salão principal.
-GIOVANNI? –Shura, Aioros e Alister, que acabara de chegar na sala acompanhado dos outros dois, literalmente gritaram.
-Ai esta você; o canceriano falou, lançando-lhe um olhar mortal.
-Shaka, me ajuda; Alister pediu, suando frio, puxando o cavaleiro para a sua frente.
-Hei, não me coloca nesse rolo não; o virginiano esquivou-se.
-Ahn! Um momento; Ilyria começou, chamando a atenção deles, levantando-se. –Da pra explicar o que esta acontecendo, antes que eu mande vocês para o tártaro; ela completou com um olhar mortal, fazendo até mesmo Shion encolher-se.
-Isso ai mãe, bota ordem nesse templo; Celina brincou, rindo junto com o mestre do ar aterrorizado dos cavaleiros.
-Celina querida, você não esta ajudando; Shion falou, com um sorriso nervoso.
-Ahn! Acho que tem alguém me chamando; Aioros falou, em tom casual, pretendendo sair de fininho do templo, antes que sobrasse para si.
-Eu vou junto, só para garantir que tem mesmo; Shura falou, seguindo-o. Conhecia bem o temperamento do italiano para saber que ia sair tiro para todo lado.
-Aioros e Shura, fiquem onde estão; Ilyria mandou. –E você; ela começou, voltando-se para o canceriano. –Quem é você?
-Giovanni, Cavaleiro de Ouro de Câncer; ele respondeu, com a sobrancelha levemente arqueada.
-Ah sim, você é o avô do Guilherme; ela falou, calmamente aproximando-se do cavaleiro. Giovanni assentiu.
-AIIIIIIII, QUE IDÉIA É ESSA? –Giovanni berrou, quando a mesma puxou-lhe a orelha, como se fosse um garoto de cinco anos.
-Mas isso não muda o fato de ser um escandaloso, que coisa feia; Ilyria o repreendeu.
-Ela me da mais medo que o próprio Hades; Milo comentou, num sussurro para Kamus que assentiu. Pelo que sabia arianos eram pacíficos e ponderados, porém era evidente que Ilyria era uma exceção a regra.
-Isso ai mãe; Celina falou rindo.
-Agora eu sei quem é o chefe dessa família; Alister sussurrou para Shaka, que assentiu, abafando o riso.
-Alister eu ouvi isso; Shion falou, com um olhar mortal para o cavaleiro.
-Mestre, brincadeirinha; ele falou, com um sorriso nervoso.
-Agora, é melhor ficar bem calminho e explicar o porque desse escândalo todo; Ilyria mandou, o soltando.
Giovanni afastou-se rapidamente, literalmente colocando Shura e Aioros entre ele a jovem.
-Ahn! Quem é ela? –ele perguntou para os dois.
-Ilyria, esposa do grande mestre; Aioros respondeu num sussurro.
-Ah sim, agora eu sei quem é o chefe da família então; Giovanni falou, com um sorriso estranhamente aliviado.
-Giovanni eu ouvi isso; Shion vociferou.
-Shion querido, não vai você começar a surtar agora, não é? –Ilyria perguntou, de maneira calma com um doce sorriso, porém com uma promessa de uma passagem só de ida pro tártaro.
-De maneira alguma; ele respondeu, balançando a cabeça freneticamente.
-Então, explique-se; ela falou, voltando-se para o canceriano.
-Eu não tenho nada para explicar... Quero dizer; Giovanni rapidamente corrigiu, ao vê-la serrar os orbes de maneira perigosa. –E sim essa anta que passa treze anos morto e só aparece agora; ele completou, voltando-se furioso para Alister.
-Ah é só isso; ela falou, gesticulando displicente.
-Como assim só isso? –ele perguntou, arqueando a sobrancelha.
-É que a história é longa; Shura comentou.
-Não se preocupem, tenho todo o tempo do mundo; o canceriano respondeu, voltando-se para o cavaleiro de Peixes, que escondeu-se atrás do virginiano.
-o-o-o-o-
Já fazia algumas horas que estavam no terraço conversando. Passado o pequeno incidente do escândalo, os dois subiram para o terraço, onde poderiam conversar com mais calma. Alister contou ao cavaleiro o que havia acontecido nos últimos treze anos e nos dias que estivera no santuário.
-Se alguém me contasse, eu não conseguiria acreditar; o italiano falou, sentando-se no alpendre; - Alias, só acredito porque estou lhe vendo vivo, na minha frente;
-...; Alister de um meio sorriso, balançando a cabeça levemente para os lados. Não tinha como negar que sentia falta dos amigos depois de todos aqueles anos.
Ele, Giovanni e Miguel tinham passado muita coisa juntos antes de tornarem-se cavaleiros, respectivamente de Peixes, Câncer e Capricórnio. Que se fossem contar, muitos não iriam acreditar.
-E a Eurin, sabe que está vivo? –Giovanni perguntou, tirando-lhe de seus pensamentos.
-Sabe; o cavaleiro respondeu, debruçando-se sobre a o alpendre, olhando para baixo, vendo apenas as nuvens encobrindo o vale às costas do santuário a mais de 1000 metros abaixo do ultimo templo.
-E como ela reagiu?
-Como qualquer outra pessoa no caso dela reagiria; ele respondeu, dando um suspiro triste.
-Surtou, te chamou de egoísta, gritou, bateu uma porta e como sempre fugiu do que sentia; Giovanni falou, contando nos dedos a opções.
-Quanto a ultima parte, já não sei mais se existe algo; Alister comentou, desanimado.
-Porque não pergunta a ela, se não fizer isso, nunca vai saber; o canceriano falou.
-Toda vez que nos encontramos, ela deixa evidente que me odeia. Não posso abrir a boca perto dela, que estou arriscado a levar uma rosa, sabe-se lá aonde ela conseguir acertar. Definitivamente, é melhor as coisas ficarem como estão, pelo menos até o casamento de Sorento, depois disso vou voltar para Viena; ele completou.
-Ai vai ser você a fugir do que sente; Giovanni falou, pacientemente. –Alister, não tente se enganar, você nunca foi passivo e conformado desse jeito. Porque esta tentando ser agora?
-Porque descobri que algumas batalhas já começam perdidas; ele respondeu num sussurro.
-Isso é conversa de perdedor, Alister; o canceriano o repreendeu. –Esse não é o Alister que eu conheci, que estava disposto a tudo para 'domar' uma certa amazona que mandava pro tártaro o primeiro infame que chegasse perto dela; ele completou com um sorriso maroto nos lábios.
-Faz parte do passado, como tudo aquilo que nós vivemos e ela ainda insiste em fingir que nunca existiu; Alister respondeu, passando a mão nervosamente pelos cabelos vermelhos.
-Eurin esta magoada Alister, não se esqueça que as coisas também não foram nada fáceis para ela os últimos anos; o cavaleiro falou, compreensível.
-Agora eu sou o egoísta, novidade; o pisciano falou, sem esconder a ironia.
-Não foi isso que eu quis dizer; Giovanni o cortou. –Mas Eurin passou por maus momentos também, sendo acusada de ter lhe matado;
-Que absurdo; Alister falou indignado. –Como alguém pode ter pens-...; Ele parou, vendo Giovanni assentiu.
-Vocês nunca fizeram questão de mostrar aos outros que eram um lindo casal feliz; ele falou, sarcástico. –Quando a noticia chegou, no dia da sagração, muitos voltaram-se contra ela, achando que de alguma forma ela tivesse algo a ver com o naufrágio do navio e a morte sua e de Sorento;
-Mas...;
-Eu sei, você sabe. Shaka, Aaron, Saga, Aioros e até mesmo Cadmo também sabiam disso, embora nenhum de nós soubesse a ligação de Afrodite nisso. Mas na época a única coisa que os demais sabiam era que vocês se detestavam e se pudessem se matariam se ficassem cinco minutos em uma sala fechada;
-Agora entendo, ela tem todos os motivos pra me odiar ainda mais; ele murmurou.
–Não sei se os outros já lhe contaram, mas a muito Eurin já não é mais aquela amazona que você conheceu;
-Do que esta falando? –ele perguntou, voltando-se para ele.
-Seis meses depois que você 'morreu'; o canceriano começou, fazendo um sinal de aspas com os dedos. –Ela retornou ao santuário, entregando a armadura;
-Porque? –Alister perguntou surpreso, quando conversara com Shaka sobre a jovem, ele não lhe contara nada sobre isso.
-Ela nunca explicou o porque, mas nunca mais retornou ao santuário, nem para visitar o Filipe; Giovanni completou. –Mas ela mudou demais a sua morte, anos depois com a de Aimê, o desligamento completo com os pais;
-Como sabe disso? –o pisciano perguntou, curioso.
-O fato de eu não estar por perto, não quer dizer que eu não tenha algumas formas de conseguir as informações; ele falou, com um meio sorriso.
-Sei, esses meios; Alister falou, balançando a cabeça levemente para os lados.
-Enfim, antes de você pensar em continuar com esses pensamentos patéticos e medíocres, lembre-se de como as coisas aconteceram e se vale realmente a pena, desistir depois de tudo o que já passaram; ele falou, levantando-se.
-Aonde vai? –Alister perguntou.
-Vou ver para quando meu neto pretende me dar um bisneto, afinal, temos que garantir a próxima geração; Giovanni brincou, acenando para o cavaleiro, afastando-se;
-Tal avô, tal neto; ele pensou, com uma gotinha escorrendo na testa. Era melhor não contrariar.
Continua...
