Oi Pessoal! A Segunda parte da trilogia Sem Barreiras, dessa vez apresento-lhes Os Protetores....nossa, vocês não têm idéia de como esse sub-título foi complicado....mas com uma ajudinha das minhas queridas amigas Patty, Kath e Andy, cheguei a esse, enfim.... Kath é que deu a deixa, valeu amiga. Nós estávamos acostumadas com O Protetor, minha idéia inicial, quando me deparei com todo mundo protegendo todo mundo...eheheheh....
Meus agradecimentos a essas três amigas, que muito ouviram, leram e opinaram, a ajuda de vocês foi muito importante e o resultado final é este.
Patty, valeu por ter revisado a fic dando altos toques. A revisora também erra, vocês pensam o quê?...eheheh
Eu sugiro a quem quiser começar a ler essa história, dar uma olhada na primeira parte, Sem Barreiras – Uma Nova Esperança, apesar de as duas histórias serem diferentes, com missões diferentes, talvez precisem de alguns elementos acontecidos anteriormente.
Nessa temos um caso de seqüestro de crianças, a princípio apenas crianças orfãs, mas quando a filha de um influente político também desaparece, nossos agentes entram em ação. Teremos um novo vilão, que.... argh, comecei a ficar com raiva a partir de... ah vocês terão que ler para saber.
Eriol e Tomoyo aparecem um pouquinho mais, mas não tanto quanto alguns gostariam, Kero não aparece mesmo, já vou adiantar, ele é muito maluco, para entrar na minha história.
Infelizmente os personagens não me pertencem, o que é uma pena, adoraria tê-los criado, mas cabe à Clamp essa honra.... apenas estou aqui me divertindo mais uma vez, juntamente com vocês.
Boa leitura!
SEM BARREIRAS - OS PROTETORES
Por Rosana (Rô)
Capítulo 1
Akemi corria, queria chegar logo ao Orfanato, para encontrar-se com sua amiga Keiko, mas tinha que ser honesta consigo mesmo, queria também ver Ryu. Um sorriso maroto desenhou-se nas belas feições da garota, ele podia ser grosseiro, e sempre estar carrancudo, mas quando achava que ninguém estava olhando, ele a fitava com um doce sorriso, ele ainda não tinha lhe dito nada, mas ela tinha certeza que ele sentia alguma coisa por ela, teria paciência, pensava a garota, do alto de seus quinze anos.
Ela agora estava próxima, virou a esquina aumentando a corrida, e parou de repente, o sorriso congelando em seu rosto, um carro negro, com vidros escuros estava parado um pouco a sua frente, um pouco distante do portão do Orfanato, dois brutamontes estavam tentando colocar uma garota à força dentro do carro.
"Keiko!" – gritou Akemi antes que pudesse se conter.
Os dois olharam em sua direção, um deles soltou Keiko e com isso a garota deu um forte tapa no outro homem, mas foi o mesmo que nada.
Akemi ficou petrificada no chão, não sabia se corria para acudir a amiga, ou se corria para chamar ajuda, um grito a fez olhar para o lado. Ryu vinha correndo em sua direção.
"Corra Akemi."
Ela não precisou de um segundo incentivo, dando a volta, saiu em disparada pelo caminho em que viera, olhou para trás e viu Ryu se atracar com o homem que saiu em sua perseguição, decidiu em um segundo voltar para ajuda-lo, não podia deixar seus amigos a mercê daqueles bandidos.
"Não. Vai chamar ajuda." – gritou Ryu quando percebeu-a se aproximando de novo. – "Saia daqui."
Ela nem lhe deu atenção, no trajeto pegou uma pedra e atirou com força no homem que segurava Ryu, sua mira foi perfeita, afinal era a arremessadora do time de beisebol, acertou bem na cabeça, o que fez com que ele soltasse Ryu, ele saiu correndo em direção à Akemi, puxando-a pela mão. Ela ainda olhou para o carro, onde Keiko fora jogada.
"Keiko..." – disse tentando segura-lo.
"Depois." – foi a pronta resposta dele.
O bandido que Akemi acertara já estava se refazendo da dor, e começou a correr atrás deles.
Ryu dirigiu Akemi pelas ruas numa corrida desabalada, não encontrando ninguém pelo caminho, afinal o orfanato ficava em um bairro distante do centro de Tóquio, em um lugar que ninguém parava para perguntar se precisavam de ajuda. Seu perseguidor ainda corria atrás deles, entraram em uma viela, escondendo-se no beiral de uma porta.
"Você está bem?" – Ryu perguntou baixinho.
"Sim. E você? Ele o agarrou com força."
"Nada com que eu já não tivesse lidado."
De repente, o som de um carro fez com que os dois ficassem em silêncio. Na penumbra do beco, eles puderam ver o carro negro passando devagar, vasculhando as ruas atrás deles. Akemi continha a respiração, e Ryu encolheu-se mais ainda de encontro à porta, protegendo a garota. Mas o carro passou sem parar. Os dois soltaram um suspiro.
"Temos que ir à polícia contar que seqüestraram Keiko." – disse Akemi baixinho.
"Vamos voltar ao orfanato primeiro."
Os dois saíram devagar de seu esconderijo, estavam chegando à entrada do beco, quando foram encurralados pelo carro negro que voltara. A porta abriu-se e puderam ver a brasa vermelha de um cigarro dentro da escuridão.
"Ora, mas se não foi um dia produtivo." – disse uma voz.
"Ah Tomoyo, você não sabe como estou grata por você estar aqui."
"Acha que eu não viria cuidar da minha amiga em um momento que ela precisava muito de mim?" – disse Tomoyo olhando com carinho para a amiga sentada a sua frente.
Ela tinha vindo da Inglaterra onde agora morava com Eriol e os filhos, especialmente para cuidar da amiga convalescente.
As duas estavam recostadas em espreguiçadeiras sob uma cerejeira, carregada de flores, mais a frente duas crianças brincavam correndo pelo amplo gramado, dando gritinhos satisfeitos.
"Eles cresceram tanto." – disse Sakura observando as crianças.
"Sim. São duas pestinhas, ainda bem que o Eriol sempre sabe o que eles vão aprontar." – Tomoyo sorriu suavemente para a amiga ao falar no marido.
Sakura pensou em Eriol, ele era um excelente pai para Tallin e Emma, os dois filhos do casal, de quatro e dois anos respectivamente.
"Você teve alguma notícia dele?" – pergunta Tomoyo discretamente.
Sakura sabia que "ele" era Syaoran.
-"Yelan ou Meiling, sempre me ligam dando notícias. Aparentemente, ele recuperou completamente suas memórias." – ela falou sem deixar transparecer a menor sombra de tristeza, parecendo satisfeita com os progressos de Syaoran.
Mas Tomoyo conhecia sua amiga o suficiente, para saber que a decisão de Syaoran de se manter afastado dela a feria profundamente. Não soube o que dizer para ajuda-la.
"Quem sabe ele não mude de idéia..." - ela começou, mas foi interrompida.
"Não. Tenho certeza que não mudará. Ele deixou isso bem claro no hospital depois que recuperei a consciência. Tem um estranho senso de honra, que o faz correr o mundo atrás dos familiares de suas vítimas, sujeitando-se ao julgamento dessas pessoas, sendo perdoado ou não." – Sakura no fundo entendia o que Syaoran buscava, alívio para sua alma atormentada, só estava magoada por ele achar que ela não compreendia a extensão de sua dor. – Acha que eu não posso conviver com o que ele fez.
O que não conseguia entender é por que ela não entrava no meio dessas pessoas. Por que a ela, ele não pedira ajuda? Ela que nunca o julgara, que sabia de tudo pelo que ele passara, que ficaria ao lado dele, bastando apenas ele ter pedido. Mas não, o poderoso guerreiro jamais faria isso, ele achava que era errado ela ficar com um assassino, ninguém conseguia tirar isso de sua cabeça, ele preferia sofrer sozinho. O tolo! Pensava Sakura às vezes com raiva
Enquanto ele não se perdoasse, ela continuaria a sofrer sua ausência, talvez para sempre, estava ciente disso. Mas como já tinha dito antes, bastava a ela saber que estava vivo e bem. Pelo menos, ela tentava convencer-se disso.
If I Let You Go
Westlife
Day after day, time pass away
And I just can't get you off my mind
Nobody knows I hide it inside
I keep on searching, but I can't find
The courage to show, to letting you know
I've never felt so much love before
And once again I'm thinking about
taking the easy way out
-chorus-
But if I let you go
I will never know
What my life would be
Holding you close to me
Will I ever see, you smiling back at me
How will i know
if I let you go
Night after night, I hear myself say
Why can't this feeling just fade away
There's no one like you
You speak to my heart
It's such a shame, we're worlds apart
I'm too shy to ask,
I'm too proud to lose
But sooner or later I gotta choose
And once again I'm thinking about
taking the easy way out
-repeat chorus-
And once again I'm thinking about
Taking the easy way out
tradução
Se Eu Lhe Deixar Ir
Dia após dia, o tempo passa
e eu simplesmente não consigo te tirar da cabeça
Ninguém sabe que escondo isso dentro aqui dentro
Eu continuo a procurar, mas não consigo encontrar
A coragem para demonstrar, pra deixar você saber
Nunca senti tanto amor antes
E mais uma vez estou pensando
em tomar a saída fácil
-refrão-
Mas se eu lhe deixar ir
Eu jamais saberei
Como seria minha vida
Abrançando você junto a mim
Será que verei você me devolvendo o sorriso
Como eu saberei
se eu lhe deixar ir?
Noite após noite, eu me ouço dizer
Por que este sentimento não pode sumir?
Não há ninguém como você
Você fala ao meu coração
É uma pena mesmo estarmos a mundos de distância
Sou tímido demais pra pedir,
Orgulhoso demais pra perder
Mas mais cedo ou mais tarde eu tenho que escolher
E mais uma vez estou pensando
Em tomar a saída fácil
-repete refrão-
E mais uma vez estou pensando
em tomar a saída fácil
Sakura voltou ao momento presente, olhando para Tomoyo. Syaoran tinha feito sua escolha.
"Não Tomoyo. Ele não mudará de idéia."
Tomoyo não soube o que dizer para consolar a amiga, as duas ficaram alguns momentos em silêncio, perdidas em seus pensamentos.
"Touya chegou." – disse Sakura de repente.
"Como você sabe, Sakura?" – surpreendeu-se Tomoyo.
"Eu senti." – ela disse simplesmente, levantando-se.
Nisso surgem no jardim, Eriol seguido de Touya.
"Tem certeza que já está pronta para voltar ao trabalho?" – Tomoyo estava preocupada, mas a amiga lhe garantiu que já estava bem.
Sakura se sentia culpada por não ter contado sobre sua vida secreta, mas sabia que era o melhor para sua amiga. Não queria de jeito nenhum colocar Tomoyo e sua família na mira de bandidos que porventura estivessem atrás dela, mas também tinha certeza que Eriol sabia de tudo, apesar dele não falar uma palavra. Sakura apenas contara a amiga o suficiente sobre o que houve com Syaoran, mas não exatamente a participação dela e de Touya, para Tomoyo Sakura havia se machucado no resgate de Syaoran, por uma bala perdida.
"Estou bem, Tomoyo, não se preocupe."
"Oi, Tomoyo." - diz Touya chegando até as duas. – "Pronta para ir?" – olhando para Sakura.
"Sim."
Tomoyo abraça a amiga.
"Cuide-se Sakura, apesar de ter gostado de conviver com você nesse mês, não gostaria que você se machucasse de novo."
"Esse caso foi à parte Tomoyo, um acidente. Obrigada, por tudo que você fez, largar sua casa na Inglaterra e dedicar seu tempo a mim."
"Eu é que tenho que agradecer por você ter ficado aqui em casa e me permitido cuidar de você. Você sabe que te amo muito." – diz Tomoyo emocionada.
"Ei você duas, que rasgação de seda, daqui a pouco eu e o Touya estaremos em lágrimas." – interrompe Eriol brincando.
As duas afastam-se rindo.
Sakura vai em direção às crianças para despedir-se.
"Ela está bem, Tomoyo?" – pergunta Touya preocupado.
"Fisicamente, está. Emocionalmente, é difícil dizer. Às vezes a vejo triste com o olhar perdido, para logo em seguida balançar a cabeça como se estivesse afastando pensamentos ruins. Acredito que ela está sofrendo, mas saber que ele está vivo a mantém inteira." – analisa Tomoyo.
"Talvez voltar ao trabalho seja mesmo a melhor solução. Deu certo uma vez." – Touya queria ter certeza do que estava dizendo. – "Quando ela abriu a loja." – ele disse para disfarçar.
"Tia Sakura, faz aquilo?" – pede Emma.
"Não, faz aquele outro?" – grita Tallin correndo em direção à madrinha.
Sakura pega o garoto nos braços sorrindo para ele.
"Você gosta de ação, não é, meu pequeno? Vamos primeiro atender ao pedido de Emma que é mais fácil, depois o seu, OK?" – diz ao garoto colocando-o no chão.
Sakura segura sua chave mágica, invocando seu báculo, faz a acrobacia que Tomoyo montou para ela há anos atrás, olha para a amiga sorrindo.
"Uma chuva de flores para a pequena Emma. Flor!"
Flores das mais variadas cores e formas caem do céu, com Emma em baixo dançando e tentando pega-las.
"Uma demonstração de luta. Gêmeos!"
Duas criaturas mágicas idênticas se postam a frente de Tallin, fazendo uma mesura ao mesmo tempo, começam uma luta entre si em uma sincronia perfeita. O garoto batia palmas feliz.
Depois de algum tempo Sakura recolheu suas cartas para tristeza das crianças. Despediram-se dos amigos e foram embora.
"Então..." - começa Touya lançando um olhar de esguelha para a irmã, quando já estavam dentro do carro. – "Como você está?"
"Meu ombro já está cem por cento." – diz Sakura flexionando o braço esquerdo.
"Sei." – não era bem isso que ele queria saber. – "Não quer ficar no apartamento?"
"Não Touya, já falamos sobre isso, eu já morava sozinha antes e vou continuar muito bem sozinha, já basta o papai ligar todos os dias."
O pai de ambos que estava no Egito, bem que quisera vir para cuidar da filha, mas Touya o convencera de que tudo estava bem, e quando Sakura falara com ele ao telefone, Fujitaka fingira acreditar, ligava todos os dias para falar com a filha e assim convenceu-se de que as coisas já estavam normais.
"Ok, não custava tentar de novo." – e ficou em silêncio até chegarem a casa de Sakura.
Os dois desceram do carro, Touya depositou a bagagem de Sakura ao pé da escada.
"Bom, eu já vou, se você precisar de alguma coisa me liga, OK?"
"Touya!" – Sakura chamou quando o irmão já estava na porta.
Ele vira-se para ela.
"Você é o melhor irmão do mundo." – diz sorrindo e abraçando-o.
Ele retribui feliz, mas com um aperto no coração. Tinha certeza que sua pequena Sakura iria sofrer muito ainda.
"Tem certeza que já está pronta para uma missão Sakura?" – pergunta Touya à irmã, agora não havia mais motivos para esconder-se, ele estava a frente da Divisão Nipônica, comandando os agentes da Central.
"Claro que tenho. E por favor, Touya, nenhuma atitude especial para comigo. Gostaria que as coisas fossem como antes, quero trabalhar sozinha, e me dê missões que estejam a minha altura, OK? Nada de protecionismo, desse jeito vou ficar mal falada na agência." – completou baixinho olhando para os lados. – "Você sabe que devido às cartas eu tenho mais chances de ser bem sucedida em uma missão difícil do que um agente normal. Não que eu esteja me gabando, é claro." – completou pomposa.
"Está bem Sakura, você terá missões mais de acordo com suas aptidões, está bem assim?" – ele disse irônico.
Sakura concordou.
Touya passava as missões, mas ele via que sua irmã se jogava com tudo no trabalho, muitas vezes arriscando-se desnecessariamente. Ele tentou conversar com ela, mas ela dizia que ele estava maluco, que fazia tudo como antes, nem mais, nem menos.
Mas vivia sendo atendida pelo médico da agência, um corte no braço, um pé machucado, por enquanto os ferimentos não eram sérios, mas Touya começava a se preocupar.
Na realidade, ela substituiu seus pensamentos em Syaoran pelo trabalho, uma missão atrás da outra, sem tempo para descanso, isso evitava com que ela pensasse nele. Ela cortara as ligações de Meiling ou de Yelan, mandava dizer que não estava, ou dava outra desculpa qualquer, não queria mais saber dos progressos de Syaoran, não queria nem pensar nele.
Mas em suas noites solitárias era impossível seus pensamentos não irem para ele, seu humor variava entre a felicidade por ele estar vivo, e a extrema irritação por ele ser tão cabeça dura, até a mágoa por tê-la dispensado, preferindo a companhia da prima em sua busca pelos familiares de suas vítimas.
Sakura estava em um ciclo de negação. Não falar em Syaoran fazia com que se sentisse melhor, mas as pessoas ao seu redor viam como ela mudara. Touya e Yukito principalmente. Mas ela não dava a mínima abertura para conversas, então os dois preferiram se conter.
"Pegamos esse caso em conjunto com a Polícia Federal. O seqüestro de Akemi Inoue, quinze anos, é uma incógnita. Não houve pedido de resgate até o momento. Como vocês sabem, a garota é filha de um político, e por isso mesmo querem nossa cooperação. Esta não é a primeira criança que desaparece sem pedidos de resgate, mas é a primeira do alto escalão. Droga, só assim para entrarmos nas buscas, as outras crianças não são importantes, afinal não são ricas." – Touya extravasava sua indignação.
"Quanto tempo faz que ela desapareceu?" – pergunta Sakura.
"Três dias. Vocês podem continuar em seus casos rotineiros, mas quero que fiquem de olhos e ouvidos atentos, vasculhem suas fontes, paguem informantes, mas eu quero notícias logo. Vão." – ordena aos agentes. – "Sakura." – ele chama antes que saia.
"Quero que você fique somente com esse caso."
"Mas Touya, eu tenho aquele caso em conjunto com a polícia de narcotráficos, aquela batida. Fui eu que passei as informações, então pediram se eu poderia me juntar a eles, e eu concordei, aliás, você concordou. Lembra?" – ela disse levemente irritada.
Ele lembrava, e era exatamente por isso que a queria no caso da garota desaparecida, e fora da batida.
"Eles podem ficar sem você, as crianças são mais importantes. Você não acha?" – ele apelava para o coração mole da irmã.
Depois de olhá-lo com alguma suspeita, ela confirma com a cabeça.
"O que você quer que eu faça?"
"Vasculhe Tóquio. De cima a baixo literalmente. Essas crianças não podem ter sumido no ar. Quero que você cheque todas as saídas do país. Vá até os bairros periféricos, e nos de elite, cheque hotéis baratos, e os mais sofisticados, não quero que você deixe pedra sobre pedra. Entendeu?" – Touya nunca agira assim antes em uma missão, aquilo estava deixando-o realmente preocupado.
"Fique tranqüilo Touya, se há alguém que pode achá-las, esse alguém sou eu. Sem querer ser convencida." – ela deu um sorrisinho de desculpas.
"Eu sei que você pode encontrá-las Sakura, e o quanto antes melhor."
Acenando que sim com a cabeça ela saiu.
Sakura voava com Alada, somente usando-a de noite, de dia chamaria muita atenção. Ela já checara aeroportos, e vira que o sistema de segurança funcionava perfeitamente, fora em pistas de pouso clandestinas, e depois de uma certa persuasão, conseguira algumas informações, mas nada de crianças desaparecidas. Tinha ido até a costa, atrás de barcos suspeitos, mas até agora nada. Nesse momento estava indo até uma sauna em um dos bairros mais mal afamados de Tóquio, onde poderia encontrar um de seus informantes.
Entrou de cabeça erguida, por mais humilhante que era esse lugar, somente sendo visitado por homens, a atendente saiu correndo atrás dela, chamando-a, mas ela não parou, foi barrada na entrada de uma das saunas por um enorme lutador de sumô.
Ele não disse nada, apenas encarou-a de braços cruzados, impedindo totalmente sua entrada. Sakura deu seu sorriso mais insinuante, mas não deu certo, ele não moveu um músculo. A moça atrás dela tentava dizer-lhe que não poderia entrar, que era uma sauna masculina.
"Tudo bem." – disse virando-se para sair, mas pegando uma de suas cartas. – "Sono!"
Seus dois obstáculos caíram exatamente onde estavam, Sakura passou sorrindo pelo lutador de sumô, pisando em sua avantajada barriga.
Várias cabeças viraram em sua direção ao verem surgir uma mulher, que não era funcionária, em um lugar onde somente clientes homens colocavam seus pés, alguns indignados por terem sua privacidade desrespeitada, outros maliciosos por verem a bela figura a espreitar cada ala da sauna, um mais engraçadinho até tentou chegar junto, mas foi repelido por um olhar gélido. Sakura procurava rapidamente Taiju, até que encontrou-o em uma sala de massagens, entrou silenciosamente, fazendo um sinal para que a moça saísse substituindo-a na massagem.
"Ah você tem mãos maravilhosas, minha deusa." – dizia ele embevecido e de olhos fechados, com a cabeça na abertura da mesa de massagens.
Sakura sorriu diabolicamente quando pressionou mais as mãos.
"Nossa, você está se esforçando muito não é mesmo?"
Sakura achou que não, rapidamente pegou a Carta Força, e colocou as duas mãos no pescoço do homem.
"Pelo jeito não muito, não é mesmo Taiju?" – e apertou com força seu pescoço.
O homem gritou, primeiro de surpresa, depois de dor, quis virar-se, mas Sakura continuou pressionando sua cabeça sobre o colchão, não com força suficiente para machucá-lo, apenas para não movimentar-se.
"Preciso de algumas respostas. Você me ajudará?"
Ele tentou acenar que sim, mas estava difícil. Então Sakura soltou-o. Rapidamente ele sentou-se enrolando-se no lençol, lançando um olhar assustado para a mulher a sua frente, poucas vezes foi procurado por ela, mas em todas ela o matava de tanto medo, ela tinha uma aparência doce e angelical, mas ele sabia que quando ela queria alguma coisa, era melhor dar logo, ela tinha alguns poderes estranhos, que ele já vira uma vez, para nunca mais.
"O que você quer saber?"
"As crianças seqüestradas."
Senhor, tudo, menos aquilo.
"Eu não sei de nada." – disse desviando os olhos.
Sakura ergueu uma sobrancelha apenas, em sinal de descrença.
"Está mentindo." – disse simplesmente.
"Por favor, peça-me qualquer coisa, mas sobre isso não." – Taiju estava aterrorizado. – "Eles podem me matar."
"Eu posso mata-lo." – Sakura lembrou-o, ela nunca fizera nada contra ele, mas uma vez ele a vira usando a Carta Tempestade, fora o suficiente para ele morrer de medo dela a cada vez que se viam, e ela usava isso sem o menor pudor.
Ele soltou um suspiro vendo que não teria jeito, contaria o que sabia e depois tiraria umas férias.
"Há uma mansão, próxima ao mar, de um cara da alta, sabe, cheio da grana, mas ele é mau, muito mau. Ouvi dizer que há vários hóspedes por lá, eu não sei para que, não me pergunte." – disse rápido.
"Nome."
"Katsu Kuroki." – falou suspirando, sem ter outra solução.
"Muito obrigada Taiju, e desculpa o mal jeito, espero não tê-lo machucado." – Sakura era a inocência em pessoa.
"Não...não machucou." – falou um confuso Taiju. – "Você nunca dirá seu nome?"
"Não." – disse ela retirando-se.
"Céus, eu não sei se amo ou odeio essa mulher." – ele suspirou jogando-se na cama.
Continua
Gente primeiro capítulo postado, depois de não sei quanto tempo, nossa é tão bom enfim ver essa história on-line.....
Espero que vocês tenham gostado. Acredito que muitos irão se surpreender um pouco com a Sakura, ela está muito mais determinada quanto ao que quer e não terá medo de mostrar isso, ou de falar, ou de sair batendo em todo mundo...eheheh.....
O início dessa história a Andy andou dando umas dicas, a Kath também..... mas no decorrer eu andei me perdendo sobre quem disse isso ou disse aquilo, então o mérito além de ser meu, é dos meus termômetros também: Andy, Kath e Patty.... Valeu meninas.
Por favor, uma propaganda passem no blogg da Patty onde eu sou visita e vivo me intrometendo, há uma enquete bem legal sobre quem deve ficar com o Seiya, o Cavaleiro de Bronze de Pégaso, na realidade ele já é meu, a Patty que quer tirar a dúvida, então VOTEM EM MIM PARA FICAR COM O CHOCOLATE!..... Se alguém quiser saber por que Chocolate, passa lá no blogg, algumas semanas atrás eu contei....eheheheheh
Ah sim, o endereço... cerejeira.weblogger.terra.com.br
Pessoal quem quiser escrever, fique a vontade:
robm@teracom.com.br
Adoro comentar sobre as histórias, então não fiquem constrangidos, se quiserem criticar algo.
Beijos e até a próxima semana.
Rô
