O começo do fim.
"Se lembra de quando chegou um dia acreditar, que tudo era para sempre, sem saber que o para sempre, sempre acaba".
O céu resplandeceu sob o brilho das sete estrelas da ursa maior e Sirius, mais alta e mais brilhante... era uma noite sem lua, e Harry sentia em cada pedacinho do seu coração a força devastadora de cem adagas rasgando-o, a angustia consumindo-o pouco a pouco, a culpa... merlin a culpa... seus olhos ainda estavam ardendo com o gosto amargo das lágrimas que teimavam em não cessar... como ele... há... cruel ironia... o menino que teimava em sobreviver... tão heróico!... a aberração... o grifinório perfeito... arrrr... como doía...
"Nada vai conseguir mudar o que ficou, quando penso em alguém só penso em você e ai então estamos bem".
A saudade era devastadora, ele sentia se desfalecer cada vez que lembrava da risada, das brincadeiras, de quando ele bagunçava (ainda mais!) seu cabelo já tão desgrenhado... como ele o amara... ahhh a culpa, almejar o que já se foi... ele não vai voltar... ele não vai voltar...
"Vem pra me matar, anjo da malicia,
Vem pra me consumir,
Em seu fogo, seu inferno,
Toma-me,
Mata-me,
Entrego-te minha alma,
Com todo o meu poder..."
Ele se foi... ele se foi... ele não vai voltar... não vai... voltar...
Sua respiração se entrecortou... os músculos tensos... lentamente ele compreendeu... como se a agulha que o perfurasse com o torpor agora o matasse e se tornasse algo maior... então ele sentiu... o sangue queimou em suas veias...
Ele não vai voltar... não vai... voltar...
E é tudo minha culpa... minha... e dela!
Vingança... Ela pagaria... eles pagariam... fosse o que fosse, nada mais de dor... eles pagariam... e no final ele poderia se redimir... eles pagariam... todos eles...
Como?
"Lá em casa tem um poço, mais a água é muito limpa".
Voldemort.
