Disclaimer: Harry Potter não me pertence, e sim a J.K. Rowling, Warner Bros e qualquer outro que tenha direito sobre os amáveis - ou não - bruxinhos. Não há qualquer intenção em obter lucros por parte da autora, é apenas diversão.
Aviso: Essa fanfic contém slash, ou seja, relações homossexuais entre homens. Caso não goste, faça-nos um favor: aperte alt F4 e seja feliz.


Rabicho estava certo. Aquela era realmente a melhor hora para atacar. A rua estava silenciosa, não havia nenhum tipo de vigilância e seus dois maiores obstáculos estavam fora do caminho. Não que eles fossem problema, não seria difícil matá-los, mas alarmaria suas vítimas e eles teriam tempo o suficiente para sair. James provavelmente sairia e tentaria matá-lo por seus amigos e morreria junto, mas não era ele quem queria. Se tudo desse certo, somente uma vida seria tirada aquela noite; a vida que lhe permitiria tirar ainda mais vidas sem se preocupar com nada. Sim... Aquela noite marcaria o início de uma era ainda mais escura para todos: bruxos, humanos, animais ou criaturas fantásticas.

Naquela noite, Lord Voldemort mataria seu único inimigo perigoso. E o melhor? Seu inimigo não tinha nem consciência da própria existência e provavelmente dormia embalado por um sono do qual nunca mais acordaria.

Recitou mentalmente o endereço que Rabicho havia lhe passado da casa dos Potter e viu uma porta se abrir ao lado da casa onde moravam Sirius Black e Remus Lupin, que haviam, oportunamente, viajado a serviço da Ordem. Sua fina boca esboçou algo medonho que se aproximava de um sorriso. Os dois estavam à sua procura e ele estava ali, onde mais temiam que estivesse. Nada atrapalha um plano do Lord das Trevas. Nada.

Adentrou a casa coberto pelo negro manto da noite e, silenciosamente, encaminhou-se para onde seu espião informara que o pequeno garoto dormia. Para sua sorte, não era no quarto dos pais. Mas que pais ruins... Deixando o pobre garoto à mercê do maior e mais cruel bruxo de todos os tempos! Talvez ele matasse James quando acabasse com o garoto... Ele merecia, afinal não se unira a ele porque não o quis. E todos aqueles que não estão com o Lord estão contra; mas ele não fazia questão de esconder sua aversão à nobre atitude do Lord, que queria apenas limpar o mundo de trouxas, abortos, mestiços e seres dessa laia.

Subira a escada lentamente e entrou no quarto do pequeno. Destrancado. O bebê dormia profundamente. Parecia um bebê comum... O Lord se aproximou do berço para examinar bem seu rival antes de exterminá-lo. Mas, por Merlin, que tinha aquele garoto? Que "poder que o Lord das Trevas desconhece" poderia aquele pequeno e frágil corpo abrigar? O pequeno abriu os olhos muito verdes e o encarou sem medo; na verdade, aquele rosto ofídico que a tantos assustava parecia diverti-lo. A visão encantadora do garoto que teria derretido o mais frio dos corações não fora o suficiente para o Lord, que apontou a varinha para ele. Não precisaria nem ao menos pronunciar o feitiço. Acabaria com ele com um feitiço mentalmente lançado, afinal gostaria de proclamar isso ao mundo assim que se tornasse seu líder. "Matei o garoto como se fosse nada", ele diria. "E ele realmente o era". Sim... Ele conseguia ver os rostos num misto de medo e adoração.

- Você! – Ele ouviu uma voz exclamar. Era a voz dela, que corria para o berço e tomava o garoto nos braços.

- Vamos, Senhora Potter – disse o Lord educamente –, apenas uma vida precisa ser tirada essa noite.

- E será a sua! – Gritou uma voz masculina por trás dele. – Expelliarmus!

O Lord bloqueou o feitiço apenas levantando a varinha.

- Crucio. – Ordenou ele, fazendo o homem se contorcer de dor no chão, enquanto olhava desesperado para sua mulher e filho.

- Vamos. Largue o bebê e vocês dois saem vivos. Se, é claro, se juntarem a mim.

- Nunca! – Ela abraçou o bebê, protegendo-o com o próprio corpo. – Mate-me, mas deixe Harry e James!

- Lily, não! – Gritou seu marido entre vários gritos de dor.

- Vamos, não grite tanto, ninguém irá ouvi-lo. – O Lord olhou novamente para a ruiva. – Não entregará o garoto ao Lord?

- Nunca! – Ela repetiu, olhando-o com determinação. Não havia medo em seus olhos incrivelmente verdes. Havia... Havia algo estranho. Era mais que a vontade de proteger seu filho. Aquilo era... Era algo que o Lord não sabia identificar.

- Admiro-a, Senhora Potter. Muito corajosa. – Elogiou o Lord. – Mas sua coragem não é o suficiente para salvá-la, nem ao seu filho. Avada kedavra!

Um raio verde iluminou toda a rua por um instante e, logo depois, a casa estava no chão.

N/A: Bem, é a primeira longfic que faço sobre o Draco e o Harry, espero que gostem! Eu vinha com essa idéia há tempo, mas não tinha tido idéia de como começar (problema que estou com outra idéia, aliás), e ontem à noite... Tcharam! Consegui escrever! Não sei se o Prólogo ficou muito bom, mas espero que gostem. Bem, é isso. O primeiro capítulo já está em andamento, e espero que mandem reviews! Até o próximo capítulo.