POV Narrador
Na noite fria, pela rua deserta anda um vampiro, um vampiro em busca de sua presa, como qualquer outro. Mas esse não gosta apenas de matar suas presas, antes de matá-las ele conta sua história, sobre sua vida antes de virar um monstro cruel e sem alma, sobre como ele se sente quando caça alguém.
Nessa mesma noite, por essa mesma rua, anda uma mulher, apressada para chegar em casa e descansar de seu dia solitário. Uma mulher sem filhos, sem marido e sem família, uma pessoa qualquer eu diria, até simples demais. Sem saber o perigo, ela entra em um beco, sujo e mais escuro que a noite. O vampiro sorri, essa vai ser uma presa fácil, ele pensa.
- Ora, ora. Uma moça não deveria andar sozinha. – Ele diz. O medo percorreu da cabeça aos pés na mulher. Ela apressa seu passo, achando assim que se livraria desse indivíduo. Porém, em uma velocidade inexplicável, ele chega ao seu lado e a prende contra a parede.
- Por favor, não me machuque. – Ela tenta implorar.
- Qual é o seu nome bela moça? – O vampiro pergunta, cheirando seu pescoço, sentindo o adocicado aroma.
- Isabella. Isabella Marie Swan. – Diz gaguejando um pouco.
- Isabella... – Sussurra ele. – Sabe Isabella, eu já conheci muitas mulheres, mas não uma com um aroma tão delicioso, tão viciante.
- Quem é você? E o que quer de mim? – Sua pergunta parecia tão inocente, mas para o vampiro não.
- Eu sou Edward Masen. E eu quero beber seu sangue, tudo bem para você Isabella? – Embora a resposta desse medo nela, sua voz a excitou. Seu pulso estava acelerado, como seu coração. – Você é tão linda, é uma pena ter que te matar.
- Não precisa me matar. – Disse tão objetiva, que causaria arrepios nele, claro, se ainda fosse humano.
- Ah, Isabella. Você parece ser tão fascinante, por quê? – Edward faz essa pergunta mais para ele mesmo do que para ela.
- Você pode ver o quanto fascinante eu sou. – Os olhos vermelhos encararam os olhos cor de chocolate com dúvida e desprezo, "Como uma criatura pode ser tão petulante? Não sabe que está lidando com uma criatura das trevas?", o vampiro pensa.
- Então, conte-me, quanto o fascinante você? – Ele nunca havia lhe dado com um humano assim, nunca tinha tido uma conversa civilizada, se essa conversa pode se chamar civilizada.
- Eu sou tão fascinante, ao ponto de você querer saber sobre mim. – Isabella não estava se entendendo, como ela pode estar calma nessa situação? Edward pensou e repensou sobre isso. Se afastou dela, ele precisava se afastar, essa humana já confundiu bastante a vida dele. – O que você está fazendo? Por quê está se afastando? – Ele não entendia, ela o queria perto?
- Me afasto porque você me deixa confuso. Vou deixar você ir Isabella. – Edward ia seguir seu caminho, mas parou quando a ouviu dizendo...
- Não vá, por favor, fique. – Virou aturdido com tal atitude. Que pessoa em sã consciência pediria para ele voltar?
- Quer que eu fique? Por quê? – Isabella levou um leve susto ao presenciar seu rosto tão próximo ao dele.
- Eu não sei... Me sinto segura ao seu lado. – Poderia ser mentira, mas era totalmente verdade o que ela dizia.
- Segura ao lado de um monstro? Ao lado de alguém que ia te matar? – Era visível a revolta e agressividade na voz do vampiro. – Você é muito estranha, Isabella...
- Eu sei. – Disse ela. Edward olhava atentamente o rosto da sua ex-presa, seu olhos fixaram-se mas aos lábios carnudos e vermelhos, estava louco para prová-los, para sentir o sabor e a maciez. O vampiro não se aguentou e capturou-lhe os lábios, o gosto era sensacional ele diria, melhor que o sangue até. Isabella ficou sem ação, mas aos poucos foi cedendo. O beijo não foi calmo, foi bruto, as mãos dele percorriam o corpo dela, sentindo-se incrivelmente excitado.
Porém, seu autocontrole não era de ferro, e o desejo por seu sangue aumentou, tendo então que parar antes que cometesse um erro. Estavam ofegantes, quer dizer, pelo menos ela estava.
- Por que parou? – Perguntou Isabella ainda ofegante e trêmula por conta do beijo intenso.
- Preferiria que eu a matasse? – Ela apenas negou. – Ótimo.
- O que vamos fazer agora? – Ele não entendeu a pergunta.
- Como assim?
- O que vai acontecer entre nós dois agora? O que vamos fazer em relação a isso? – Edward não tinha sequer pensado sobre isso, era tudo muito novo para ele, muito diferente das coisas que ele faz.
- Eu não sei. – Sua resposta foi verdadeira.
- Como assim não sabe?
- Isabella, eu sou de outra época, onde as coisas não aconteciam desse jeito. As coisas aconteciam muito lentamente, quando eu ainda era humano... – As lembranças vinham em sua mente, porém, eram muito vagas, meros borrões.
- Por que você quis virar vampiro? – Ela perguntou com o cenho franzido.
- Eu nunca quis. Fui transformado em 1918, estava morrendo de gripe espanhola. Minha mãe descobriu que o médico era um vampiro, e seu último pedido foi para que me salvasse. Quando me transformou, deixou-me sozinho, tendo que descobrir as coisas por mim mesmo, nunca soube seu nome e não o vi mais desde então. – Edward contou, lembrando-se do homem jovem e loiro com seus brilhantes olhos âmbar.
- E por que mata pessoas? – Isabella perguntou tocando a face do vampiro com carinho, sua história à estava fascinando.
- E há outro meio? – Retrucou ele com desdém.
- Não sei. Talvez animais, ou se você tentar parar de beber sangue de pessoas. – Sua teoria de parar de beber sangue era absurda e quase o fez rir, mas a de beber sangue animal não.
- Nunca tentei tomar sangue de animais... Me dá um certo nojo. – Parecia estranho, mais ele achava animais nojentos, eles possuem tantos pelos.
[...]
2 semanas depois
O vampiro antes sádico, agora toma apenas sangue de animais. Isabella mudou bastante coisa em sua vida, só para melhor, claro.
Amanhecendo, Edward acaricia gentilmente as costas nuas de Isabella, a noite passada tinha sido a primeira vez que faziam amor. Sim, amor. Isabella já tinha seus sentimentos concretos em relação a ele, ela o ama. Já Edward, ainda não sabe seus reais sentimentos, fica em dúvida, aliás, ele passou muito tempo só, mas tem certeza que é isso que quer, passar todos os dias ao lado de sua amada...
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