Adolescence

Lucy C. Gaunt

Categoria: Wincest (DeanxSam), AU, SAP (Sweet as Possible), unsual

Avisos: Incesto.

Classificação: K+

Capítulos: Único

Completa: [x] yes [ ] no

Resumo: Um rosto desconhecido se reflete com um suave sussurro que eu não quero ouvir. Vou quebrar esse espelho e jogar fora esses cacos distorcidos. Derrubamos o nosso castelo de brinquedo construído em pedaços, e o sino anuncia o fim do cavaleiro e da princesa.

PS.: Eu recomendaria que você assiste antes, ou ouvisse enquanto lê, Adolescence. Você pode ver o vídeo legendado (por mim, oi.) no meu blog.


Capítulo Único

A promessa em que nós dois dançamos juntos para sempre

É transformada em uma mentira do meu peito crescendo

Com os cabelos loiros refletindo no espelho,

Nós nos revezávamos para pentear um ao outro...

Nós costumávamos ser embalados na mesma cama

Estávamos conectados com as nossas mãos unidas

Agora, um rosto desconhecido se reflete

com um suave sussurro

Vou quebrar esse espelho

Com o martelo na mão e limpar os pedaços

Sam ergueu os olhos claros para o espelho ao ouvir a porta abrir e sorriu ao reconhecer o irmão gêmeo, mas ele parecia diferente. Tinha certeza de que alguma coisa estava errada, estranha entre eles. Mesmo assim, não fez nenhum comentário enquanto ele penteava seus cabelos calmamente, estranhando o silêncio que reinava entre eles naquela noite.

- Dean?

- Sim irmãzinha? - Dean sussurrou e sorriu levemente e deixou a escova de lado quando a garota se virou para fitá-lo.

- O que foi? - Sam perguntou. - Você está estranho hoje.

- Não foi nada. - O gêmeo loiro sorriu e deu um beijo na testa da irmã. - Já é hora de ir para a cama.

- Está bem. - Ela se levantou e no mesmo momentou reparou que Dean ainda não estava de pijama. - Não vai se trocar?

- Assim que você for pra cama.

- Mas...

- Venha. - Dean pegou gentilmente o braço da irmã e a guiou até a cama, a fazendo se deitar. A cobriu e sorriu quando seus olhos se encontraram. - Boa noite Sammy.

Sam ficou em choque por alguns instantes, mas quando o irmão tocou a maçaneta, saltou da cama e agarrou a roupa dele, o impedindo de sair. Ainda não havia entendido o que estava acontecendo e corou sem perceber quando Dean se virou, segurou sua mão e deu um beijo leve, sorrindo.

- Vá se deitar irmãzinha. Já está tarde.

- M-mas você...

- Oh sim. - Ele soltou um suspiro pesaroso e cruzou os braços. - Nós... Não iremos dormir mais no mesmo quarto.

- Por quê? - Sam arregalou os olhos levemente, surpresa e chocada.

- Papai disse que já somos muito crescidos. Não podemos mais ficar como antes. Você já é uma moça.

- M-mas... Dean...

- Agora vá se deitar, já está tarde. - O rapaz insistiu, levando a garota de volta à cama e a cobrindo, sorrindo levemente. - Tenha bons sonhos irmãzinha.

- Não apague a luz. - Sam pediu quando o irmão iria tocar o interruptor. - Vou dormir sozinha hoje... - Ela sentiu um soluço em sua garganta mas o conteu, e num impulso se levantou e socou o peito do irmão algumas vezes, sentindo as lágrimas em seus olhos. - Eu não quero isso ainda!

- Ei. - Dean segurou os pulsos da garota gentilmente. - Dizer coisas como "eu tenho medo de fantasmas" é um tanto infantil, minha princesa.

- E-eu não tenho medo... - Sam soluçou e o loiro notou alguma coisa diferente nos olhos marejados dela. Só agora ela notava o quanto o irmão havia crescido a mais que si. - Eu não quero ficar sozinha.

- Você se acostumara irmãzinha. - O rapaz suspirou e deu um beijo leve na testa da irmã. - Por favor, não torne tudo mais difícil. Vá se deitar. - Ela sentiu um arrepio quando ele chegou perto e sussurrou em seu ouvido. - Amanhã a noite virei vê-la. Eu prometo. Boa noite.

- Boa noite...

-x-x-x-x-x-

Ela mordeu o lábio inferior com força, os braços apertados em volta dos joelhos que trouxera contra o peito e os olhos fixos na porta, ansiando, quase desesperadamente, para que ela se abrisse. Respirou fundo quando a maçaneta girou e, no instante seguinte, Dean já estava dentro do quarto, trancando a porta tão silenciosamente quanto podia. Por alguns segundos, apenas se olharam nos olhos, procurando uma resposta naquilo em que ainda eram parecidos. O rapaz se aproximou e Sam se levantou, estremecendo quando ele segurou sua mão e entrelaçou seus dedos, a puxando para um abraço leve e distante.

- Dança comigo essa noite? - Ele pediu num sussurro, sorrindo.

- Claro...

Dean sorriu mais e permitiu que a irmã pousasse a cabeça em seu ombro, começando a guiá-la gentilmente, apenas o calor que emanava do corpo dela o embalando.

- O que aconteceu, Dean? - Sam perguntou baixo, respirando profundamente contra as roupas do irmão. Gostava do cheiro que emanava dele, era tão... Reconfortante. Dean abraçou a irmã com força.

- Nada, Sammy. Vamos continuar dançando.

- Mas não tem música. - A garota retrucou.

- Imagine uma, oras. - Dean riu baixo.

- Hunf. - Ela desviou o olhar, emburrada, e corou quando o irmão deu um beijo rápido em sua bochecha.

- Ouvi você chorando ontem. - Ele segredou.

- Eu... Fiquei com medo. - Sam sibilara, envergonhada.

- Por quê?

- Porque você não estava comigo.

- Não precisa ter medo. - O rapaz sorriu levemente. - Eu estou no quarto ao lado.

- M-mas não está aqui.

- Eu sei. Nossos pais acham que você já é grande e que pode dormir sozinha, Sammy. - Dean sorriu levemente. - É que você ainda não se acostumou, é por isso. Daqui um tempo, você vai dar graças a Deus que tem um quarto só pra você.

Sam ficou emburrada. - Não vou não.

- Tem certeza? - Ele a rodopiou e teve que sorrir quando a garota riu baixinho. - Logo você estará pronta para ter um noivo.

- N-no... O que? Não!

- Não grite. - Dean pediu.

- M-mas... Eu não quero me casar! Nunca! - Sam falara exaltada.

- Por quê?

- Porque... Porque... - Ela engoliu em seco.

- Porque... - Dean insistiu, sorrindo docemente.

- Eu não quero. - A garota murmurou, desviando o olhar. - Não quero ficar longe de você. - Ela suspirou, voltando a encostar a cabeça no peito do irmão.

- Sammy... Você não vai ficar longe de mim, não seja boba. - Dean sorriu docemente.

- Vou sim! - Ela fungou. - O meu... Meu noivo - Fez uma careta de desgosto. - não vai querer que eu dê atenção pra você e...E...

- Shh. - O loiro pousou o indicador sobre os lábios da irmã, silenciando-a. - Fale mais baixo. Vai acordar o papai e a mamãe.

- Você nunca vai me deixar, não é? - Sam pediu. - Prometa Dean.

- Eu... Não posso prometer isso irmãzinha. - Ele suspirou.

- Por quê?

- Amanhã eu irei partir. - Dean soltou um suspiro pesaroso.

- Não, você não pode! - Sam o soltou, incrédula.

- Sam...

- Não! Dean, não! Eu não quero que você v-vá! - A garota já estava a beira de lágrimas, não impedindo que elas corressem furiosas por seu rosto. - N-não!

- Sam... Vem cá. - Dean abriu os braços na direção dela, chamando-a. - Vem cá. - Chamou baixo.

- V-você não pode me abandonar...

- Nunca abandonaria você. - O rapaz sorriu e permitiu que a irmã o abraçasse com força, então passou os braços pela cintura dela, a trazendo para perto. - Nem por um momento eu pensaria nisso, minha princesa. Apenas... Ficaremos longe por algum tempo.

- Q-quanto tempo?

- Pouco.

- P-por que não posso ir com você? - Sam soluçara.

- Você precisa ficar aqui com a mamãe, Sammy. Não gosta de fazer companhia pra ela?

- Gosto mas... - Ela fechou os olhos com força. - Eu quero ficar com você... Pra sempre...

- Pra sempre é tempo demais, Sammy. Você vai ver. - Ele beijou sua testa levemente. - Vai até ficar feliz alguns dias quando eu não estiver aqui.

- Não, eu não vou ficar feliz. - Sam fungou. - E-eu quero ficar com você. - Ela repetiu, corando quando o irmão enxugou suas lágrimas.

- Não chore. - Dean pediu. - Me sinto mal por isso, te fazendo chorar.

Sam fungou, não respondendo e o gêmeo mais velho torceu os lábios com certa tristeza, trazendo a irmã para mais perto e cantarolou uma canção de ninar no ouvido da garota, baixinho.

- Não, não adianta. Isso funcionava quando nós tinhamos cinco anos. - Ela soluçou e levou um susto quando ergueu o rosto e notou os lábios do irmão bem perto dos seus. - Dee... Por favor, não vá embora...

- Serão só alguns meses, irmãzinha. - Dean segredou. - Nosso aniversário está perto. Lembra-se? Faremos 15 anos.

- S-sua maioridade...

- Sim. - Ele sorriu e estremeceu ao sentir a respiração da garota contra seu rosto.

- M-mas... M-mas... Eu não quero que você vá. - Sam choramingou, e acabou se aproximando demais de Dean, colando seus lábios nos dele.

Era apenas um beijo fraterno, o garoto rapidamente, não tinha nada demais, ela era irmã dele, pelo amor de Deus. Mas mesmo assim, passou os braços pela cintura da garota novamente e a trouxe para perto. Já haviam feito aquilo muitas vezes, em segredo, apenas crianças demonstrando o amor um pelo outro, mas agora ambos sabiam que aquele beijo era diferente, completamente diferente de todos os outros.

-... Dean... - Sam gemera baixinho contra a boca do gêmeo mais velho quando se separaram para arfar por um momento. - Não vá... - Pedira ofegante num tom baixo.

- Eu preciso, Sammy... - Dean pronunciou aquelas palavras de forma baixa e dolorida e soltou a irmã, se afastando para poder lhe estender a mão. - Venha.

- P-para onde?

- Uma surpresa.

Ela assentiu e segurou a mão do rapaz, entrelaçando seus dedos, e sorriu levemente. Permitiu que ele o guiasse silenciosamente pela casa até chegarem numa sala que vivia trancada, e que era usada às vezes para festas. Dean destrancou a porta e empurrou a garota para dentro delicadamente, sorrindo quando ela pareceu encantada. Por um momento, apertou-lhe a mão com carinho e se afastou até o som, colocando uma música lenta e baixa.

- Dean? - Sam chamou, não entendendo, e corou um pouco quando o rapaz lhe estendeu a mão novamente, num chamado mudo.

- Se essa será a nossa última noite juntos por algum tempo, quero que seja especial. - O loiro sorriu e puxou-a para perto quando a irmã segurou sua mão. Por um momento, apenas se olharam nos olhos.

- Promete pra mim que irá voltar? - Sam pediu assim que começaram a dançar lentamente, os corpos próximos o suficiente para sentir as batidas rápidas do coração um do outro. - Que irá me levar com você? Promete que não irá me deixar pra trás?

- Eu prometo.

Eles sorriram quando seus olhos se encontraram mais uma vez e sentiram as batidas acelerarem. O contato tão próximo era maravilhoso, e saber que perderiam aquilo era algo que não queriam pensar no momento. Era como se o tempo tivesse parado, e gostariam que fosse mesmo verdade. Quando finalmente pararam de dançar, continuaram abraçados, sem saber quanto tempo havia passado.

- Eu amo você... - Sam sussurrou, envergonhada, e Dean sorriu. Delicadamente ergueu o rosto da irmã e selou seus lábios novamente, num beijo calmo e cheio de amor. - Muito...

- Eu também amo você irmãzinha. - Ele sorriu novamente e se assustou quando a mais nova o soltou e caiu sentada, e com rapidez se ajoelhou, preocupado. - Sam?

- P-por que tem que ser t-tão errado? - Ela soluçou, escondendo o rosto molhado de lágrimas entre as mãos. - E-eu te amo...

- Shh, não chore. - Dean pediu, sentando-se, e trouxe a irmã para perto, fazendo-a afundar o rosto em seu peito. - Eu também amo você minha princesa. Venha. Está na hora de você se deitar.

- E-está bem...

Ela permitiu que o irmão a ajudasse a levantar, mal vendo quando ele a levou para o quarto, soluçando baixinho enquanto caminhavam. Finalmente Dean a colocou na cama e lhe deu um beijo leve na testa, mas Sam o puxou de repente e selou seus lábios, procurando passagem entre os dele, querendo descobrir se o gosto da boca do irmão era como o seu.

Espantou-se quando pareceu bem melhor do que estava pensando e corou fortemente quando Dean acabou se colocando por cima de seu corpo, num contato íntimo que nunca haviam tido. Piscou várias vezes quando quebraram o beijo e notou que o irmão também estava corado, provavelmente percebendo apenas naquele momento o que havia feito.

- D-desculpe...

- T-tudo bem...

- É melhor eu ir... - O rapaz se sentou na beira da cama e sorriu docemente para a irmã. - Eu prometo que irei voltar. Vai passar mais rápido do que você imagina irmãzinha.

- Eu espero que sim. - Sam havia se ajoelhado entre as cobertas e soltado um suspiro baixo e triste. - Não quero ficar sozinha por muito tempo. - E se sobressaltou quando Dean colocou algo em seu pescoço, mas reconheceu o medalhão dourado que ele sempre levava.

- Eu quero que fique com isso. - Ele sorriu e ajudou Sam a abrir o medalhão, fazendo-a soltar uma exclamação baixa de surpresa ao reconhecer a foto deles juntos, apenas crianças, mas felizes por estarem juntos. - Para que se lembre sempre de mim.

- Eu jamais iria esquecê-lo Dean.

Seus olhos se encontraram mais uma vez e eles sorriram, um sorriso cheio de segredos e cumplicidade, que só eles entendiam, porque não precisavam de palavra alguma para conversar. Dean se aproximou e selou os lábios nos da irmã, notando o quanto eram macios e doces, e sorriu ao se levantar, enfiando as mãos nos bolsos da calça.

- Bem. Boa noite minha princesa.

- Boa noite... Meu cavaleiro.


Antes de vocês me tacarem pedras, eu sei que muita gente já imaginou e/ou escreveu uma fic assim. Eu mesma já li fanfics em que um dos garotos era uma garota, e eu achei extremamente fofo.
Já eles serem irmãos gêmeos, bem... Vocaloid deu um empurrãozinho quanto a isso. Eu adorei MESMO escrever essa fic, eu precisava de um pouco de açúcar na minha vida esses dias, sei lá. Eu tenho a mania irritante de só querer ler fics de morte/dor/drama e eu preciso de coisas doces de vez em quando. Whatever, Sammy is a girl... (8) HAHA, eu não resisti, desculpem. Alías, quanto à "maioridade", eu tirei a idéia de um anime que eu vi há algum tempo, Pandora Hearts, em que os garotos atingiam sua maioridade aos 15 anos. Bem, o resto, é só imaginar. Talvez eu faça uma continuação algum dia, não sei. Por enquanto, beijos e obrigada por ler!