A dama na sacada

Titulo: A dama na sacada

Autora: Bela

Shipper: Miroku/Sango (talvez isso seja um pouco forçado)

Gênero: One/Drama/SAP

Censura: livre

Beta-reader: Meu Word :p

Sinopse: Um homem que se apaixona por uma desconhecida, ele nunca se declarara para ele e sofre com esse amor, ela uma dama, casada e infeliz. Será que um dia poderão ter a visa que sempre quiseram?

Direitos autorais: Todos os personagens são de Rumiko Takahashi, ate que eu consiga roubar o Inuyasha pra mim .

N/A: Essa é a primeira one que eu posto e também a primeira e única que escrevo sobre Miroku e Sango, espero que gostem.

Aqui estou eu, mais uma vez, sentado enfrente a sacada dela. Ela! Nunca vi mulher mais bela, seu cabelo negro como a noite ondula com a leve brisa da tarde formando um delicado véu que cobre ate o meio de suas costas. Seus olhos brilhantes, rápidos, tristes, correm pela rua sem se demorar em um ponto especifico. Ora! Eu poderia me afogar no lago de mel de seus olhos.

Seu vestido, hoje vermelho, mas antes fora amarelo, azul, verde, e não me lembro mais, deixa amostra um pouco de sua pele clara. Como será o toque daquela pele? E seu cheiro? Como é? Imagino que tocá-la deve ser como acariciar o melhor dos veludos e que as mãos dela, acariciando meu rosto, seriam como seda fina, mas seu cheiro, nunca consigo me decidir, talvez algo floral e frutífero, mas ao mesmo tempo leve, fresco e envolvente.

Penso o que ela pode querer comigo um mero monge chamado Miroku e ela uma dama, a dama da sacada como costumo chamá-la,

Todas as tardes venho e me sento de frente para casa dela. Todas as tardes exatamente às 4 horas ela aparece em sua sacada alimentando esse amor platônico.

Não posso me declarar para ela. Ela nunca ira se casar com alguém como eu, uma moça tão bela e de berço nobre não casa com um monge e sim com um senhor de terras.

Queria poder abraçá-lá, mas quando? Talvez em algum tempo longe do Sengoku Jidai. Onde? Qualquer lugar que não fosse o Japão. E se ela não me quiser? Poderia dizer que tentei, mas nos meus sonhos ela sempre será minha.

E, enquanto não passa a época, não muda o lugar e não sei sua resposta, apenas posso sonhar com uma vida ao seu lado, uma vida que nunca vai existir.

Será que ela nota a minha existência? Suspiro, qual o seu nome oh dama?

OOooOOooOOooOOooOOooOOooOOooOOooOOoo

Vejo minha vida passar minha juventude se esvair, presa em um casamento feito por interesses, não tenho mais uma vida, apenas vivo por Kohaku meu filho. Sei que meu marido não me ama, ele se quer me conhece, e realmente acho que ele não se importa.

Pelo menos ele entende que isso é só por convenção, tivemos um filho pelas aparências. Eu gostaria de sair desse circulo de falsidades.

Oh! Como eu queria ser uma serva! As vejo passar apressadas pela rua com seus afazeres e preocupações. Elas podem casar por amor, podem escolher com quem passar suas vidas.

O tédio me leva a observar a rua, sempre vendo as mesmas pessoas, as crianças brincando, às carruagens passando e sempre há um único homem sentado em frente a minha casa.

Do alto de minha sacada vejo os outros podendo viver suas vidas como quiserem. Me sinto como enclausurada no alto de uma torre, mas não tenho príncipe para me salvar. Agora se aproxima à hora mais triste do dia, o pôr do sol, a hora que melhor representa aminha vida. Oh pôr do sol, belo e fabuloso, poetas descrevem toda a sua beleza, mas, além disso, deveria ver o qual triste você é. Você representa o fim de um dia, de uma oportunidade, de uma vida.

Minha vida é um eterno pôr do sol, pode ter a aparência bela, mas é só uma mascara para esconder a solidão que ela me passa. Gostaria que algumas mulheres que quisessem ter uma vida como a minha penassem "nunca gostaria de ser como Sango".