Oi genteeee! Estou postando pra vcs mais uma adaptação, os c´reditos estão lógo abaixo. Espero que gostem.

Autora: Jaci Burton

Tradução e Revisão: Cris F.

Revisão Final: Camila Luppi

A rendição de Sesshoumaru

Vencida e inconsciente na batalha, Rin, rainha de Dognelle, é capturada

por Sesshoumaru, rei de Raynar. Sesshoumaru tem a intenção de tratá-la como qualquer

outra mulher de seu reino. Será bem alimentada, proporcionarão-lhe vestidos e será

tratada com respeito, mas não lhe darão sua liberdade. Rin deseja, com cada fibra de

seu corpo escapar; especialmente quando os beijos sensíveis de Sesshoumaru e suas

carícias ardentes a fazem duvidar de sua resolução de viver como uma mulher livre.

Mas Sesshoumaru tem outros planos para a formosa e obstinada guerreira.

Tentar lhe demonstrar que a vida em Raynar pode ser bastante agradável.

Uma guerra que começa dentro e fora do campo de batalha.

Capítulo 1

Sesshomaumaru, Rei de Raynar, permanecia em pé sobre a carnificina. Os corpos semeavam a árida e desértica paisagem. A batalha tinha sido feroz, ainda mais porque se encontraram com dois clãs diferentes.

Alguns daqueles que jaziam mortos sobre a dura e implacável terra eram mulheres. Não tinha sido possível evitar.

Girou-se quando escutou um gemido, percebendo que uma mulher a seus pés ainda respirava. Lembrava-se dela. Pensava que a tinha matado, embora não a tivesse atravessado com sua espada, mas simplesmente a golpeara com o punho da espada em sua cabeça protegida pelo capacete.

— Está morta?

Sesshoumaru encolheu os ombros em resposta à pergunta de Hakudoushi. Ajoelhou-se, se inclinado sobre a mulher inconsciente e colocou dois dedos ao lado de seu pescoço.

— Tem pulso.

— Oh, que merda.

Sesshoumaru olhou com cenho franzido a seu melhor amigo.

— Vamos levá-la de volta conosco. Verifique os outros. Veja se alguém mais ainda está vivo.

Hakudoushi franziu ainda mais o cenho; sua expressão estava cheia de cólera.

— Ela tentou te matar. Por que simplesmente não termina com isso?

Em realidade, por quê? Se ela fosse qualquer outro guerreiro, já estaria morta. Mas no reino Raynar, as mulheres eram protegidas. Embora ela não fosse de Raynar, ainda era uma mulher e não a machucaria intencionalmente.

Além disso, tinha sido seu golpe que a tinha derrubado. Embora fosse perfeitamente aceitável defender-se, mesmo contra uma fêmea quando esta te atacava, não havia nada de nobre em feri-la enquanto jazia desmaiada sobre a terra.

— Vou levá-la comigo.

Com um suspiro de repugnância, Hakudoushi girou sobre os calcanhares e montou seu cavalo, dando aos outros guerreiros a ordem de procurar sinais de vida entre os corpos. Hakudoushi puxou as rédeas e galopou, afastando-se, deixando Sesshoumaru sozinho com a mulher.

Tirou-lhe o capacete e examinou sua cabeça, procurando outras feridas. Parecia um desastre, com seu cabelo recolhido para trás em uma espécie de trança e suja pela imundície da batalha. Suas calças e os protetores de seus braços estavam rasgados e, além disso, cheirava mal.

Com mãos mais gentis do que deveria usar com um inimigo, levantou-a e a montou facilmente em seu corcel negro, colocando à fêmea diante dele, de maneira que pudesse sustentá-la em seu lugar. Sua cabeça caiu contra seu peito e ele a envolveu com os braços. O animal relinchou, e com uma ordem de Sesshoumaru, saiu galopando rapidamente.

A cavalgada de volta a Raynar era longa, mas a mulher ainda não tinha recuperado a consciência quando chegaram até as portas. Levantou-a do corcel, ordenando a seu ajudante que enviasse ao médico nas câmaras contiguas a seu dormitório.

A mulher era leve como uma pluma, seu pequeno corpo similar ao de um menino. Mas era o corpo de uma mulher. Seus seios eram arredondados e cheios, conforme se fez evidente ao olhar a abertura do decote, que mostravam os andrajosos cordões de sua fina camisa.

Sesshoumaru abriu com uma patada a porta de sua câmara, e andou até o segundo dormitório. Depositou à mulher no centro da manta de seda.

Ainda não havia nenhuma resposta dela. Tocou sua garganta outra vez e encontrou seu pulso, que ainda pulsava estável.

— Chamou-me?

Sesshoumaru voltou-se ante a pergunta de Jinenji, o médico real.

— Sim. Esta mulher Dognelle foi ferida e não recuperou a consciência. Faça-a despertar. Retornarei dentro de pouco tempo.

Jinenji assentiu e se inclinou sobre a mulher, desatando rapidamente os cordões de sua camisa. Sesshoumaru inclinou a cabeça para um lado e olhou, desfrutando da exposição da lateral de um cremoso seio.

Ficar ali era desnecessário, mas ainda assim não parecia poder afastar seus olhos do lento descobrimento. Jinenji lhe comunicaria suas conclusões quando terminasse de examinar a mulher. Além disso, Sesshoumaru necessitava um banho e trocar de roupa. Estivera sete dias fora, sofrendo o calor e a sujeira, e provavelmente fedia mais que a mulher.

Entrou na escura câmara de banho revestida com painéis artesanais, dispensando as concubinas que tinham ido ajudá-lo. O aroma de cedro alagou o ar, recordando-lhe a época em que tinha nadado nos lagos quando era um adolescente. Tirando a roupa, suspirou profundamente ante a vista acolhedora da água fumegante. A piscina turquesa era grande o bastante para acolher uma dúzia de pessoas, mas agora mesmo não estava, absolutamente, com humor para companhia feminina.

Deslizando-se no calor, jogou sua cabeça para trás e estudou as clarabóias, abertas hoje para deixar entrar o quente sol.

Hakudoushi uniu-se a ele, amaldiçoando enquanto entrava no quarto.

— Condenadas mulheres — resmungou Hakudoushi, despindo-se rapidamente e deslizando-se na água. — Necessita que os guardas ou algum outro empregado as sirva enquanto estamos fora. Conforme ponho um pé no palácio, tenho ao menos a dez delas sobre mim.

Sesshoumaru riu.

— E se queixa? Ama a todas elas, e sabe disso.

Um meio sorriso curvou os lábios de Hakudoushi.

— Talvez. Mas agora estou profundamente cansado. Quero dormir até a manhã. Sozinho.

Sesshoumaru sabia como se sentia Hakudoushi. Seus músculos estavam doloridos tanto da dura cavalgada, como das batalhas sofridas. Já levavam três dias lutando contra os guerreiros do Reino de Centuri quando se toparam com as Dognelle, em seu caminho de volta para casa.

As Dognelle, embora fossem mulheres, eram guerreiras bem treinadas. Matar mulheres ia contra tudo o que Sesshoumaru acreditava, ainda assim não tiveram outra opção quando as encontraram por acaso. A guerra com as Dognelle não era diferente das que mantinham com qualquer dos outros clãs. Raynar era um dos reino mais ricos, situado sobre o topo de uma terra excelente que qualquer clã, dentre uma centena deles, gostaria de possuir.

As Dognelle tinham tido a possibilidade de integrar-se ao reino de Raynar, mas tinham rechaçado categoricamente a união. Em vez disso, entraram em guerra com Raynar, assim como o clã Centuri.

— Às vezes, parece como se tivéssemos estado em guerra desde dia em que nasci — murmurou Sesshoumaru, olhando fixamente a ondulante água azul.

— E estivemos. Desde que fomos grandes o bastante para segurar uma espada e montar um cavalo, fomos guerreiros. Antes disso, brincamos de guerra, e logo nos treinamos para ela. É nossa vida, Sesshomaru. Temos que defender o que é nosso.

O cansaço alagou a alma de Sesshoumaru.

— Dou-me conta disso. Simplesmente gostaria que pudéssemos ter um pouco de paz.

Hakudoushi suspirou.

— Paz? Com quem? Com as Dognelle? Antes cortar meu próprio pau do que me deitar com essas pagãs.

— São só mulheres — resmungou Sesshoumaru.

— São bárbaras. Provavelmente cortariam nossas gargantas, ou algo ainda pior, enquanto dormimos.

E uma jazia inconsciente na câmara do lado. Talvez devesse dormir com sua espada essa noite.

Depois de banhar-se, vestiu-se com uma calça. Quando voltou para a câmara secundária, Jinenji tinha terminado seu exame.

— Tem um inchaço na cabeça, que é o que a faz dormir. Não encontrei nenhum osso quebrado, nem nenhuma ferida interna. Muito provavelmente despertará no meio da noite. Dê-lhe água e nada mais até a manhã.

Sesshoumaru assentiu e olhou fixamente à mulher. Parecia tão pequena no meio da gigantesca cama. Aproximou-se, enrugando o nariz ao chegar junto a ela.

— Maldição, mulher. Realmente necessita de um banho — disse ele, lhe franzindo o cenho como se ela pudesse ouvi-lo. Girou-se e se afastou, decidido a ignorar a presença da fedorenta criatura do quarto. Tinha assuntos mais urgentes a atender, que cuidar de alguém que deveria estar dormindo com os cavalos, em vez de em uma sedosa cama.

* * * * *

Rin despertou com uma sensação desconhecida sob ela. A suave seda, docemente perfumada, enrugou-se sob seus dedos.

Onde infernos estava? Incorporou-se de repente até ficar sentada, estremecendo quando uma dor aguda atravessou sua cabeça. Estava escuro como a boca de um lobo, mas não havia nenhuma estrela no alto. Sob seu corpo não havia terra abrasadoramente quente. Estava dentro, mas dentro de onde?

A última coisa que se recordava era a luta com o Raynar, quando torrões de terra saltavam dos cascos dos cavalos, mesclando-se com as faíscas do aço que se produziam quando chocavam as espadas. Recordou uma presença escura que bloqueou o sol ante seus olhos. Um guerreiro Raynar tinha ido para ela, brandindo a espada sobre sua cabeça. Então, seu mundo se obscureceu.

Até agora. Moveu-se a um lado, seguindo seu caminho para a beira do que assumiu era uma cama. Não podia estar no reino Dognelle, pois sua gente não possuía tecidos como este. Ásperas lãs que pinicavam e linhos serviam para fazer as camas onde dormiam, não uma seda tão suave como água de chuva.

Raynar. Estava no reino de Raynar, apostaria seu último ouro nisso. Mas como, e ainda mais importante, por que. Em realidade, deveria estar morta agora. Se tivesse sido golpeada pelo guerreiro Raynar, ele a teria matado. Tinha visto muitas de suas guerreiras jazendo sem vida sobre a terra, algo que a afligiria o resto de seus dias.

Por que não podia haver paz? Por que deveria Raynar ter tudo quando sua gente não tinha nada? Onde estava a igualdade nisso?

Devido a esse monstro, Sesshoumaru de Raynar, sua gente se estava morrendo. Sua recusa a compartilhar os bens do reino, fez com que muitos dos clãs dos arredores fossem à guerra, para aumentar os pequenos recursos que ficavam disponíveis neste lugar afastado da mão de Deus. Enquanto isso, o povo de Raynar vivia uma vida de luxo, a julgar pela suave e sedosa cama da qual acabava de sair.

OH, ele se tinha devotado a abrir as portas de Raynar e admitir às Dognelle. Mas nenhuma mulher em Raynar era livre, e nenhuma mulher Dognelle estaria de acordo em converter-se em escrava, simplesmente para poder usar finas roupas e ter abundantes mantimentos. Prefeririam passar fome no deserto antes de viver sob o domínio de um homem.

Com os olhos adaptando-se à escuridão, podia distinguir débeis formas na habitação. Por que estava neste quarto, e não na prisão? Nem sequer estava algemada. Nada disto tinha sentido, mas ela não ia ficar ali o tempo suficiente para encontrar as respostas.

Mataria a quem quer que se colocasse em seu caminho, por que ela conseguiria retornar à Dognelle nesta noite.

Rin esquadrinhou um alto floreiro situado sobre um pedestal, e se arrastou lentamente para ele; os dedos de seus pés se afundaram no grosso tapete situada diante da cama. Suas mãos se fecharam sobre a parte inferior do floreiro e o levantou.

Era pesado. Perfeito para golpear a cabeça de um enorme Raynar.

Ficou paralisada para ouvir um som no piso de madeira do quarto contiguo. Uma luz brilhou através da ranhura da porta. Rin se apressou em colocar-se junto à porta, esperando que quem quer que entrasse não a visse ali à espreita, antes que tivesse a oportunidade de lhe partir o crânio.

A luz se intensificou ao abrir porta, e ela levantou o objeto, preparada para golpear.

De repente, alguém lhe tirou o floreiro das mãos e um par de fortes braços rodearam sua cintura, deixando-a sem fôlego. O estranho a empurrou contra seu enorme peito e a arrastou rudemente através da porta de entrada. Ela fechou os olhos ante a brilhante luz, tentando rechaçar a quem quer que mantinha aquele apertão mortal ao redor de sua cintura.

— Me deixe, bárbaro! Não posso respirar!

Ele a voltou bruscamente, de modo que suas costas descansasse contra seu peito.

— Bom. Agora me escute — sussurrou ele, seu fôlego quente contra sua bochecha.

— Não me interessa escutar nada do que tenha que dizer. — Ela se inclinou para frente tão longe quanto pôde, criando espaço para chutá-lo com o pé e lhe romper as bolas. Mas ele respondeu empurrando a forte coxa entre suas pernas.

Ela lutou, e certamente, não era absolutamente fisicamente débil. Mas sua força não estava à altura da do guerreiro Raynar. Finalmente se rendeu, aspirando ar profundamente quando ele relaxou seu aperto. Girou-a e segurou seus ombros. Ela lançou um olhar para cima e finalmente obteve uma boa visão da besta que a sustentava.

Só que ele não era nenhuma besta. Ombros largos emolduravam um amplo peito coberto por uma nuvem de pêlo claro. Sua cintura estreita e quadris magros descansavam sobre coxas musculosas, moldadas por apertados calças de couro. Era tão alto que teve que inclinar a cabeça para trás para poder ver seu rosto.

Brilhantes olhos âmbar reluziam sobre a pele bronzeada pelo sol. Seu cabelo, prateado, rodeava sua face.

Pelos halos de Kame, era magnífico.

Enquanto que ela estava asquerosa e cheirava como estrume de cavalo. E por que demônios se preocupava? Ela nunca recebia os homens, não lhe importavam, nunca tinha tido um homem e não tinha nenhuma intenção de deitar-se com este.

Lógico, tinha uma profunda ferida na cabeça. Que outra coisa a faria reagir desta maneira ante o pagão que estava situado diante dela?

— Já me comeu o bastante com os olhos? — Perguntou ele, com a diversão dançando em seu sorriso cruel.

— Eu nunca como a ninguém com os olhos — disse ela. Não até este momento, de qualquer forma.

Soltou-lhe os braços e se dirigiu para uma mesa situada contra a parede. Olhou-o com cautela enquanto planejava sua fuga pelas portas duplas do outro lado do quarto.

— Não se incomode — disse-lhe despreocupadamente, ainda de costas a ela. —Há guardas no outro lado da porta.

— Acaso consegue ler minha mente?

— Não. Simplesmente vejo o óbvio.

Bastardo.

Ele se voltou e se aproximou dela, oferecendo-lhe uma taça.

— Beba isto.

— Foda-se.

— Nem pelas jóias do Reino. Você fede.

O calor se elevou de seu pescoço até as bochechas e agradeceu a sujeira que tampava sua face. Nem sequer podia lhe dizer que ele cheirava igual porque obviamente se banhara.

— Sinto muito, não tive tempo de me arrumar com antecedência para nossa reunião — foi tudo o que ela conseguiu para responder.

Um canto de sua boca se elevou.

— Beba isto. É água. O médico disse que tinha sofrido uma ferida na cabeça e que devia beber água quando despertasse.

Ela olhou o copo com desconfiança. De maneira nenhuma ia beber um líquido que poderia ser veneno.

Então ele tomou um gole, e logo lhe passou a taça. Ela lambeu os lábios, apenas capaz de tragar devido à areia que raspava sua garganta. O impulso de tomar o copo de suas mãos e tragar o conteúdo era quase sufocante, mas se condenaria antes de aceitar algo dele.

— Não quero nada.

Ele encolheu os ombros e pôs o copo sobre uma mesa ao lado dele.

— Você que sabe.

Morria por beber, estava quase a ponto de desmaiar de sede, mas nunca mostraria debilidade ante este bárbaro.

— Também ordenei um banho para você.

Caminhou para a porta e a abriu, sussurrando algo ao guarda que estava ali de pé. Enquanto ele estava de costas, agarrou o copo, tragando o líquido tão rapidamente que parte se deslizou por seu queixo.

Um banho. Daria seu braço direito por um banho agora mesmo.

— Não necessito de um banho.

Ele fechou a porta, logo caminhou de novo para ela, detendo-se a centímetros de distância. Arqueando uma sobrancelha, inspirou forte.

— OH, como há inferno que sim, necessita.

Bem consciente de quão mau cheirava, cruzou os braços, elevando insolentemente o queixo.

— Não pode me obrigar a me banhar.

A altura dele ultrapassava a sua. Nunca tinha se considerado pequena. Mas ao lado deste guerreiro, parecia uma criança.

— Posso te obrigar a fazer o que eu quiser, e você me obedecerá.

Ela zombou dele.

— Talvez me confundiu com uma de suas concubinas. Sou uma mulher livre, não uma escrava.

— Agora não mais. Agora está no reino de Raynar, e como mulher que é, isso te põe sob nosso amparo. Quaisquer que fossem as liberdades que desfrutava antes, agora acabaram.

Ela afastou o medo que a atravessava ante o pensamento de que lhe tirassem sua liberdade.

— Então me mate agora. Prefiro estar morta que ser a escrava de um homem.

Ele puxou seu queixo com um dedo. Ela o rechaçou, afastando-se, desafiando-o a tratá-la como a uma das muitas concubinas que sabia que existiam neste reino.

— Como se chama, mulher? — perguntou ele.

— Meu nome é Rin, e sou a Rainha de Dognelle. Vai me devolver imediatamente a minha gente.

Seus olhos se arregalaram um momento, e logo ele riu.

— Não é uma rainha. Uma moça pequena e leve como você, com mais sujeira no corpo que seu próprio peso, não poderia ser a líder de nenhum povo.

Este guerreiro, mais imundo que a escória, definitivamente teria que morrer. E logo.

— Me leve ante seu rei. Quero falar dos termos de minha liberação.

Os olhos do alto guerreiro se entrecerraram e cruzou seus braços, alargando sua atitude. O gesto o fez aparecer ainda mais imponente.

— Sou Sesshoumaru, o Rei de Raynar, e não haverá nenhuma discussão a respeito de sua liberação. É minha cativa, minha escrava, e farei com você o que eu quiser.

Rin deixou que seus olhos se fechassem durante um segundo, rezando aos deuses para que isto não fosse verdade. Este homem, este selvagem, vivia comodamente atrás de suas opulentas paredes enquanto a gente de Dognelle passava fome. Acabar com sua vida seria seu maior desejo.

— Lutarei com você por minha liberdade — ofereceu ela. — Me dê uma espada.

Tinha confiança suficiente em suas habilidades para pensar que o superaria, independentemente da força que ele possuísse. Podia ser mais alto e mais musculoso que ela, mas não era rival para sua rapidez e agilidade.

— Não lutarei de novo com você. Veja o que lhe aconteceu na primeira vez.

Seus olhos se arregalaram enquanto suas palavras se cravavam em seu interior. Era ele quem a tinha golpeado na cabeça. E ainda assim, não matara. Por quê? A dúvida queimava dentro dela, mas recusou-se perguntar.

— Além disso, — acrescentou ele — não é mais que uma menina.

Uma menina? Oras, com quem ele acreditava que estava falando?

— Pensa que sou uma menina? — Voltou para seu alarde em uma rajada de cólera. Rodeou-o, olhando seu corpo como se estivesse examinando um pedaço de carne. — Está tão intimidado pela idéia de lutar com uma mulher. Acaso tem medo de perder?

Ele riu calorosamente, e o som se expandiu por toda a câmara.

— Não pode estar falando a sério. Te derrubaria em um instante.

Com as mãos apoiadas nos quadris, ela o desafiou.

— Quer tentar?

Seus olhos brilharam, olhando por cima do ombro.

— Mais tarde. Temo que seu aroma poderia me matar.

Antes que ela pudesse responder a seu insulto, dois guerreiros Raynar entraram no quarto. Sesshoumaru a apontou e disse.

— Levem-na e lhe dêem um banho. Devolvam-me quando estiver pronta.

Os homens a agarraram pelos braços. Ela lutou, dando patadas e arranhando, mas foi inútil. Não podia competir com sua força física. Ao menos, não antes de havê-los tranqüilizado, fazendo-os pensar que cooperaria. Então atacaria.

Enquanto a arrastavam por um vestíbulo sombrio, Rin jurou que se vingaria de Sesshoumaru de Raynar. Quando escapasse, partiria levando seu sangue na espada.

Fim do capítulo 1

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Uau! Uma Rin feroz e fedida e um Sesshoumaru extremamente machista. Como será qua vai se desenrolar essa história? Aguardem. Bjus.