N/A: Esta história não me pertence.É uma adaptação de um livro de Lynsay Sands. Os personagens são de Stephanie Meyer.

Prólogo

Inglaterra medieval, 1173

—Maldição! — O Rei Aro amassou o cilindro de papel que estava lendo em uma bola e o jogou no chão com desgosto. Passou um momento resmungando sobre as peculiaridades e as obsessões das mulheres, então suspirou com resignação e estendeu a mão para Felix.

—Pode me dar a mensagem de Lorde Cullen.

As sobrancelhas do homem se arquearam com assombro diante do pedido, um pouco de medo misturado com desconfiança apareceram em seus olhos.

—Como sabe?

—Não é magia nem adivinhação ou nada parecido, Felix, simplesmente experiência. Nunca recebo uma reclamação de Lady Swan sem que receba uma mensagem de Lorde Cullen. Além disso, vi seu homem cavalgando mais cedo e assumi que ele trazia uma mensagem. Houve algumas pequenas insurreições na Normandia, e pedi a Edward que se ocupasse delas por mim. Sem dúvida ele está esperando para falar-me sobre isso.

—Ah. — Relaxando-se, o homem deu-lhe o documento em questão.

Aro abriu o pergaminho um pouco irritado por ter que explicar tudo. Felix só estava trabalhando em substituição de seu capelão há dois dias - seu secretário habitual estava doente - mas Aro já estava desejando sua pronta recuperação.

Seu substituto era um homem muito nervoso e supersticioso, e parecia estar extremamente disposto a acreditar na reputação de Aro como a semente do diabo. Sacudindo a cabeça, Aro enfocou sua atenção no pergaminho que agora segurava. Um momento mais tarde, estava amassando o pergaminho e lançando ao chão não longe do primeiro, Aro ficou de pé para começar a caminhar impacientemente diante de seu trono.

Como esperava, Lorde Cullen havia sufocado as pequenas revoltas na Normandia e estava a caminho de sua casa. Mas ele também tinha agregado uma reclamação ou duas sobre sua vizinha. Parecia que seu vassalo sentia-se poderosamente hostilizado por

Lady Swan e estava assediando o rei com cartas a respeito dessa mulher.

Na mensagem Cullen respeitosamente solicitava que o rei fizesse alguma coisa a respeito da mulher ou, ele mesmo, faria. Soava muito parecido com uma ameaça, e Aro não gostava muito de ser ameaçado por um de seus vassalos. Na verdade, se Edward não fosse um guerreiro tão valioso e não tivesse o ajudado tão frequentemente nos últimos dez anos, o teria castigado.

Mas, diferente de seu pai, Edward era um homem muito útil.

O rei fez uma careta ao pensar no Lorde Cullen anterior, o pai de Edward. Nascido como segundo filho, Carlisle esperou permissão para unir-se a um monastério e viver sua vida rodeado pelos empoeirados escritos papais que tanto adorava. Infelizmente, seu irmão primogênito morreu, forçando-o a abandonar esses planos em favor de um casamento que produzisse um herdeiro.

O homem descarregou todo seu ressentimento em seu filho.

Para ser honesto, na opinião de Aro, Carlisle foi um louco.

Felizmente, Edward ainda não demonstrara a mesma tendência. Infelizmente - para Edward, pelo menos - tampouco demonstrou a ansiedade em aprender o que seu pai teve, e os dois não se davam nada bem. O ódio de Carlisle dirigido ao rapaz o fez fugir de sua casa e apresentar-se ao serviço do Aro quando ganhou suas esporas de cavalheiro.

Ah, a perda de Carlisle foi um ganho para ele, Aro decidiu. Mas isso não eximia Edward de sua obrigação de respeitar seu rei.

—Que diabos vou fazer com esses dois? — o rei se perguntou com frustração.

—Eu não tenho certeza, Sua Excelência. Qual é o problema exatamente? — Felix perguntou timidamente.

—Eu percebo que ambos estão reclamando, e por sua reação, eu diria que muitas vezes, mas, queixam-se sobre o que exatamente?

Aro voltou-se para lançar um olhar feroz, abrindo a boca para explicar que sua pergunta era retórica, quando ele mudou de ideia.

Pelo contrário, ele disse:

—Lady Swan escreve para avisar-me do comportamento cruel e abusivo de seu vizinho para com seus servos e aldeãos, porque ela sabe que eu não quero ver nenhum dos meus súditos sendo maltratados.

—Ah... — Felix disse novamente, suprimindo um sorriso de escárnio com a imitação do rei da voz estridente das mulheres. — E Lorde Cullen, do que se queixa?

Aro deu uma risada curta.

—Ele escreveu-me para dizer que Lady Swan é intrometida, fofoqueira e uma megera que faz de sua vida um inferno.

—Hmmm. — O novo capelão ficou quieto por um momento, então murmurou. — Sua excelência, a esposa de Cullen não morreu a vários anos atrás?

—Sim. Dez anos atrás. No parto. E Edward foi meu melhor guerreiro desde então. Sempre pronto para lutar, sempre em campanha com minhas missões. Eu não sei o que faria sem ele.

—Lady Swan não perdeu seu marido a uns quatro ou cinco anos atrás?

—O que? — Aro fez uma careta brevemente, em seguida, sua expressão relaxou. — OH, não. Esse era seu pai. Lady Swan nunca se casou. Uma negligência de seu pai por não ter se ocupado disso antes de morrer.

—Ela está na idade de casar, então?

—Oh, sim. Ela já passou da idade para o casamento, eu acho. Ela deve ter...

Aro fez uma pausa, calculando mentalmente.

—Eu acho que ela deve ter uns vinte anos... mais ou menos. — Gemendo, ele apoiou sua mão no trono. — E há outro problema. Vou ter que casá-la em breve. Diabos, Como vou encontrar um marido para uma megera como ela?

—Novamente, o rei começou a andar nervosamente.

—Talvez já tenha encontrado um, Excelência, — Felix ofereceu com ousadia. Quando o rei olhou para ele gravemente, ele encolheu os ombros. — Talvez a solução é fazer Lorde Cullen casar-se com ela. Pode Resolver os dois problemas de uma vez. Ela estará casada, e eles serão forçados a resolver seus próprios conflitos, sem perturbar o rei.

—Eles vão se matar em menos de uma semana! — Aro predisse com desgosto.

—Talvez. — Felix fez uma pausa ingenuamente. — Mas ainda assim os dois problemas estarão resolvidos, ou não?

Aro o contemplou com admiração.

—Maldição, Felix, — ele finalmente suspirou. — Você tem uma mente afiada e malvada, — ele se apressou a voltar para seu trono e começou a falar excitadamente. — Você precisa escrever duas mensagens em meu nome... e levar adiante este plano —Então ele virou-se para o capelão com um olhar perigoso em seus olhos. — E, Felix, — ele adicionou. — Não me falhe.