Por trás do treinamento de Gohan.
Capitulo 1
Generalidades.
Piccolo observa Gohan. Músculos retesados. Postura ofensiva. Quanta diferença de quando eu o deixei por si mesmo aqui. A frente dele talvez o maior predador que já existiu. Tiranossauros Rex. Durante meses ele fez Gohan se esconder como um rato, em meio a essa floresta. Piccolo sorri. Quem tenta se esconder agora? Golpeado diversas vezes o animal luta. Talvez pela primeira vez por sua vida. Mau se lembra de seu ninho. E dos filhotes que ali estão. Foge nesse exato momento por um desfiladeiro em desabalada carreira. Sua língua pendendo para fora da mandíbula. Passos em falso que soam como estrondos poderosos pelas redondezas. Percebendo estar indo de encontro ao um pequeno amontoado de pedras num dos lados da encosta, o animal não pensa duas vezes e colide contra elas seguindo em frente, as fazendo voar em todas as direções.
Gohan volta ao ninho do animal. Feito de galhos fortes, três ovos enormes postados próximos ali se abrigam. Antes teria um medo terrível desse local. Como parece perfeito agora tal e o seu cansaço. Ele esboça um sorriso só perceptível a seu mestre. Inicialmente senta. Imaginando, conjectura Piccolo, o que aquela vitoria significaria. Seu pai? Ou talvez apenas a idéia do fim do treinamento.
Gohan deita e fecha seus olhos. Quando isso acontecia, mesmo sem ele saber, Piccolo estava lá. Sempre. Hoje será a primeira noite de descanso de Gohan, assim como de Piccolo.
Os dois adormecem. Gohan se ajeita próximo aos ovos procurando com a mão um apoio para a cabeça. Seu cansaço é tanto, que não o deixa perceber quando um dos ovos começa a trincar e se partir. Revelando um enorme ser, completamente sem pelos e de pele verde envolto em gosma que surgi agarrando e retirando o pequeno Gohan de seu leito...
Assustado Gohan dá um pulo e vira-se para ver quem é o ser que o acorda.
Com uma feição estarrecida. Gohan identifica no vulto, Piccolo. Nota que o mesmo vem em sua direção com um olhar faminto. Piccolo estende a mão chamando Gohan para próximo de si.
Como um pupilo obediente Gohan vai se aproximando.
Ao se chegar junto de Piccolo. O mesmo começa a tirar sua própria roupa. Gohan se assusta com a ação. Dando assim um passo para trás.
-o que você esta fazendo senhor Piccolo?
- shiiiiiiiiiiiiii.
Piccolo diz essas palavras com a mão na boca pedindo silencio a o pequeno Gohan.
- não tenha medo.
Ao terminar de dizer isso Piccolo se aproxima do corpo de Gohan e beija os lábios do menino. Que fica imóvel com a atitude de seu mestre. Aos pouco Gohan vai cedendo os toques de Piccolo. Notando que Gohan já tinha se deixado levar. Piccolo segura o braço de menino e conduz ate seu membro. Com o toque ousado Gohan puxa sua mão com medo.
-o que foi? Não tenha medo Pequeno. Isso e mais uma lição que seu mestre ira lhe ensinar.
Depois dessas palavras o pequeno sayajin se deixa levar por seu mestre.
Piccolo começa a movimentar a mão de Gohan sobre seu falo.
A sensação de um ser inocente, completamente entregue a sua fantasia deixavam Piccolo louco de prazer. Quando a velocidade do ato aumenta Piccolo acorda assustado. Soa em demasia. O que foi aquilo!? Não! Não! Imagens de Gohan despido todo encolhido numa das bordas do ninho, surgem em sua mente. Piccolo emite um grito sufocado. Novas imagens de Gohan. Agora ele esta em pé em cima do ninho descobrindo suas partes intimas e estendendo seus braços para Piccolo, aparecem em seu cérebro. O sorriso do garoto imerso em lagrimas.
Com um simples impulso Piccolo levanta vôo. Montanhas e florestas passam por ele rapidamente. Ele avista um lago. Nele o reflexo na água é o rosto de Gohan iluminado pelo luar. Mais rápido Piccolo voa. O ar se torna mais úmido. No horizonte as luzes da cidade já são visíveis, escurecendo toda a mata e terra atrás dele.
Piccolo pousa na entrada da cidade. Um caminhão passa por ele na estrada. Seu motorista é um homem pato. Perdido em devaneios ele houve a voz de Raditz:
- Kakaroto se tornou fraco como os habitantes desse maldito planeta!!!
Goku e eu. Humanos como o pato que dirige caminhão ou o homem cachorro guarda de transito que Piccolo vê orientar os carros num cruzamento. Kamisama sempre o recriminou por se aproximar demais de Goku. Talvez fosse o lado humano, aquilo que Kamisama mais temia em Goku. Não! Isso é besteira.
Piccolo perscruta as múltiplas luzes e vozes. Se deixa perder nelas. Problemas fúteis e sonhos infantis. A face de Gohan fica cada vez mais longe.
Trovões rompem o ar. Repentinamente, uma chuva grossa e pesada começa a cair pela rua. Cada pessoa procura um abrigo para se proteger. O que faz tudo silenciar-se novamente. Imerso num enorme breu Piccolo vê Gohan agarrando sua calça e puxando ela para baixo. Lentamente despindo-o.
Uma mão toca o ombro de Piccolo. Não existe mais Gohan. Apenas um homem de terno que o pede que entre em seu estabelecimento para evitar a chuva. Piccolo aceita. Caminha com o homem porta adentro atento a seu sorriso malicioso. Do tipo que só encontrou em Kamisama e suas conversas.
- O senhor não gostaria de um café? Após essa chuva me parece a melhor opção. Eu recomendaria o café colombiano, mas alguns clientes preferem o cubano...
A voz do homem de terno some por um instante, assim que entram numa área maior onde varias pessoas assistem atentamente a uma apresentação musical. Garçons cruzam o salão com bandejas cheias de comes e bebes.
- O senhor gostou! Vejo pela sua cara que esta impressionado. Sabe... algumas pessoas ainda menosprezam meu estabelecimento. Acho que é misto de preconceito com desinformação promovida por meus concorrentes... Bom. Se o senhor gostou daqui já sei o que vai lhe deslumbrar ainda mais.
O homem caminha com Piccolo transpassando uma grossa porta dupla. Piccolo avista um corredor dividido pelos dois lados por varias câmaras, nas quais homens trajados em ternos finos bebem enquanto apreciam o canto de crianças.
Piccolo e deixado numa dessas câmaras. No momento vazia.
- A um cardápio com nossa cartela de opções de comidas e bebidas em cima da mesa como pode ver. Enquanto escolhe pedirei que um de nossos jovens lhe faça companhia.
Antes que Piccolo dissesse algo, o homem estala os dedos e entra um garoto, que senão fosse pelos cabelos loiros seria idêntico a Gohan. Sua semelhança estarrece Piccolo que nada mais ouve das palavras do homem de terno. Ao fim de seu discurso o homem se retira. Piccolo volta a soar. Alguém a pouco adormecido, parece retornar das sombras da floresta lhe escancarando seus próprios desejos não digeridos. Falta lhe o ar. E como isso fosse pouco. O garoto lhe sorri condescendente.
Um silencio instaura-se. Piccolo tenta falar, mas é o garoto o primeiro a fazê-lo. Ele começa a cantar. Não produz palavras. Apenas notas musicais numa harmonia desconhecida e melodiosa. Piccolo fica imóvel. Pisca os olhos, mas a imagem do garoto e ele na câmara perduram. Insistem em lhe mostrar a verdade.
A musica do garoto termina. E como se estivesse esperando apenas isso, o homem de terno retorna acompanhado de um homem lagarto, que imediatamente se aproxima do garoto passando a mão em suas madeixas loiras e inicia uma conversa ao pé de ouvido. Novamente as palavras do homem de terno são inaudíveis. O sorriso do homem lagarto e os movimentos da mão dele tomam toda sua atenção. As únicas palavras as quais ouve são quando o homem de terno toca o ombro do homem lagarto com a mão, fazendo ele a contragosto olhar na direção do homem.
-Sua sala é após aquela porta senhor.
O homem lagarto e o garoto rumam para fora do alcance de visão de Piccolo. O homem de terno permanece nela.
-Me desculpe por esse inconveni...
Mesmo eles estando longe, Piccolo pode ouvi-los. O homem lagarto arfa de satisfação em sua voz abafada.
-Eu não podia estar fazendo essas extravagâncias agora sabia!? Mas não consigo me controlar. Não me importo com as conseqüências no mês que vem. Minhas lembranças compensarão tudo. São tudo que tenho afinal. Só peço que tenha paciência. Não vamos querer reduzir uma noite inteira há apenas um minuto, não é mesmo.
-Vamos! Abra meu zíper bem devagar e...
Piccolo levanta. Sua expressão deixa o homem de terno pálido. Sua raiva é tamanha que ruma violentamente em linha reta ate o outro salão destruindo tudo em seu caminho. Madeira e concreto rodopiam. Piccolo surge em meio a fuligem e destroços pega o homem lagarto pelo braço, devidamente desorientado e de calças na mão, e levanta vôo com ele. Abrindo um buraco no teto.
Piccolo atravessa todos os andares, com o homem lagarto preso a seu braço. Faíscas e fuligem tomam cada andar que passam. Seguido de gritos de pânico e terror. Quando Piccolo chega ao topo do prédio, tem segurado pelo braço nada mais que um farrapo humano lagarto. Suas roupas rasgadas e ensangüentadas. Olhos revirados tomados de medo e dor. Quão fácil seria matá-lo?
-Po... Na... aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa.... Me s...
Não! Piccolo o solta na beirada do topo do prédio. Milagrosamente ele caiu em pé. Porem não muito firme cambaleando para fora do mesmo. Piccolo assiste atento ao desequilíbrio do homem. Ao seu próprio também? Apegando-se a que ele se pergunta. Ele se afasta do local flutuando, ainda com o homem lagarto em vista. O desfecho não demora. O homem lagarto cai quase inconsciente na beirada do prédio, deixando uma das pernas pendendo para fora, balançando ao sabor do vento.
Piccolo parte deixando o prédio e uma coluna de fumaça que cresce dele para trás.
Poucos segundos são necessários para que ele volte a ver montanhas e florestas. Para no pé de uma cachoeira. Enche as mãos com a água que cai porem ao levá-la a boca não a bebe.
O sol no rosto de Gohan o acorda em meio aos galhos no ninho. Ele levanta sentindo-se revigorado e encontra uma jarra com água do lado de fora.
CONTINUA...
