IMPRESINDIVEL

"Talvez eu realmente não queira saber
Como seu jardim floresce
Eu apenas quero voar
Ultimamente você sentiu a dor
Numa manhã de chuva
Como se estivesse molhado até os ossos

Talvez eu nunca serei
Todas as coisas que eu quero ser
Mas agora não é hora para chorar
Agora é hora de descobrir por quê
Eu penso que você é igual a mim
Nós vemos coisas que eles nunca verão
Você e eu iremos viver para sempre"

N/A : Eu sei que imprescindível tem sc! Tem uma rasão pra esse erro! vlw...

A Penumbra do quarto era mortificante... A casa dos Dursley era insuportável, combinado ao fato de estar ali contra a própria vontade (e de ter uma imensa necessidade de procurar e acabar com aquele infeliz, desgraçado, filho de um puta...) era um martírio, uma tortura... Muito embora Harry ainda não tivesse conhecido uma tortura que se possa dizer verdadeiramente atordoante (talvez algumas doses de cruciatus, mas felizmente doses curtas.. é claro, existem outras um tanto quanto preocupantes com as quais ele nem sonhava)... A casa quase o expelia.O seu passado, o que tinha feito até então e a maneira com tinha se portado pareciam transforma-lo em algo que as pessoas insistem em chamar de Herói, um Herói? E por que não? Sim! Nosso Herói, aquele cuja História costuma levar o nome, aquele que infelizmente não teve uma infância feliz, aquele que sempre teve a cabeça a prêmio (não que ele soubesse o motivo, até a pouco menos de dois anos) aquele que sempre foi corajoso, que renegou aos próprios prazeres e felicidades para o bem daquela que estava sempre passeando dentro de sua mente (visto que tinha um idiota disposto a tudo para acabar com ele, inclusive não diretamente)... É, um Herói... Herói de História, por assim dizer!.. A nossa historia e o nosso Herói! Fazia já três dias que nosso herói estava ali, e gostaria partir em, no máximo, mais três, mas teria de esperar a maioridade para se ver livre daqueles que o tinham como um peso... Mas um certo bruxo muito velho e barbudo e "prateado" o tinha feito voltar àquela casa e cumprir o ultimo prazo de estadia ali. E Harry pretendia pensar muito no que fazer ao sair dali. Queria entrar na Ordem e ajudar! Sabia que não o deixariam, mas ele não iria obedecer às ordens que lhe fossem dadas, ia dar um jeito de partir para a luta! Estava trancado no quarto, a meia-luz que vinha do abajur sobre a escrivaninha debaixo da janela fazia as sombras dançarem na penumbra; as paredes acompanhavam a dança, desenhadas com luzes oscilantes da rua e do abajur, e com o vento, que formava-as ao brincar com a aba, contando seus segredos mais íntimos e horripilantes em uivos que talvez só os lobos pudessem entender... A cama bagunçada, os livros empilhados no malão, o armário aberto e vazio, a escrivaninha acompanhada apenas daquele mesmo abajur, sem nem um pergaminho sequer, diziam que não importava muito quem estava ali, sendo no nosso herói ou não, não estava aproveitando a estadia. Nosso herói se apoiou no peitoral da janela, sentindo a dança do vento em seu rosto, a sua vida tinha dado uma volta irritantemente forte, de um dia para outro se vira no funeral daquele que o mantinha seguro, e longe daquela que o mantinha feliz, para mantê-la segura... É, o nosso herói passou por maus bocados, e algo nos diz que estes estão inda longe de acabar! Que vontade, vontade louca de dizer "DANE-SE"... E que o mundo se explodisse, quem liga? Nosso herói só queria ter seus amigos, ter a Sua Gina de volta... Mas é claro, como bom herói ele se importava, se importava muito, e se Voldemort (aquela bicha louca desvairada nojenta) estava fazendo uma guerra, azar o dele, por que Harry (sim! O nosso herói!) pretendia ser curto e grosso! Pа-PUM! Era encontrá-lo e matá-lo... Sem esquecer é claro de umas boas surras naquele seboso desgraçado traidor!... Mas é ai que o nosso herói se lembra: 'Pronto' não era exatamente a palavra certa para descreve-lo, considerado o "duelo" que travara com aquele poço de óleo logo após a morte de Dumbledore ele precisava treinar MUITO... E é o que nosso herói pretende fazer, não se preocupem... Ficar Bom. O básico! Dumbledore... Mas que inferno, por que desgraça todos os que ele gostava tinham que morrer? E ainda por cima de um jeito cruel e triste? O rosto de Dumbledore quando viu Snap, as palavras temerosas: "Severo, por favor.." quase uma súplica, vinda de ninguém mais nem menos que Dumbledore! Harry lembrou dos pais, de Sirius, até mesmo de Cedrico... Mas que bela merda que tinha virado aquela vida! Se pelo menos ele pudesse ter Gina! Aquelas sardas encantadoras eram tão... Gina! Quando foi que nosso Herói ficou tão sentimental? Ninguém sabe, mas é garantido de que se você estivesse no lugar dele, não estaria tão diferente... Por Merlim, nem se matar o infeliz podia.. A Profecia (outra filha da mãe...) diz que um só poderá morrer quando o outro matar! (Em termos)... Não que o nosso herói quisesse se matar... mas saber que nem na nossa própria morte podemos inferir é realmente perturbador... Oras se queres morrer, pois então mata-te e não reclamais! É, ainda bem que nosso herói não é nem um tipo de gótico maluco obcecado pela morte! A única coisa que queria era ter uma vida NORMAL! Uma namorada, amigos! Ah! Mas ele tinha, tinha amigos que não se encontra em lugar algum desse mundo, e temia por eles também! Rony e Hermione, o que teria sido do nosso herói se não fosse aqueles dois o tempo todo ao seu lado... O que seria se não os tivesse mais... Não que pretendesse impedi-los, aqueles dois e Harry era farinha - do - mesmo - saco! Era simplesmente injusto tentar impedi-los de agir, para não mencionar os outros tantos motivos para não faze-lo! É bem verdade que no final era sempre Harry que finalizava (e com chave de ouro... de bronze, ultimamente), que enfrentava o maior perigo... Esteve preocupado, após o funeral do diretor, sobre como ia acontecer tudo a partir de então, não existia mais espaço para personagens secundarias, e nem para alguém que "ajudasse" meramente... Meio "esnobe" da parte do nosso herói pensar assim, e Gina achou a mesma coisa ao ouvi-lo: "Sabe, Harry, não se desculpe, às vezes agente pensa assim mesmo. Mas nunca se esqueça nem por um segundo que sem Rony ou Hermione, você não teria chegado nem na metade do caminho." Era a mais absoluta verdade.

Nosso herói andava de um lado para o outro no quarto, em pouco tempo faria um buraco no chão! Estava preocupado... Era véspera do seu aniversário e Harry ainda não sabia como agir! Onde procurar as malditas Horcruxes... Quem seria R.A.B.? Tomara que tenha destruído logo a Horcrux que pegou, embora o diretor tenha morrido... É algo a menos pra se preocupar. Assim que terminassem as três semanas que deveria ficar ali, obrigado, sairia da casa dos Dursley e iria para A Toca... O Sr. Weasley viria busca-lo com uma escolta do ministério, tinha que ir ao casamento de Fleur e Gui, queria isso! Pensar em coisas como casamentos fazia um bem tão grande como Harry nunca pode imaginar, pessoas amando e tentando ser feliz, mesmo com uma "guerra" iminente.

O carro começou a balançar desconfortavelmente quando saíram da estrada de asfalto para a estradinha de terra que levava até A Toca. O Sr. Weasley falava uma porção de coisas sobre os preparativos da festa de casamento e ainda outras coisas menos importantes da Ordem, as quais Harry só prestou atenção na metade; não que achasse incômodo o Sr Weasley, mas repentinamente seu cérebro entrava em "alfa" e era como se o Herói parasse de pensar, e nesse meio tempo seu cérebro produzisse tantas coisas quanto se é possível, sem que ele notasse, tudo ao mesmo tempo.
-...Que ele falou aquilo, sem saber, é claro, e no instante seguinte todos estavam boquiabertos pe... Harry? tudo OK?
Harry pareceu despertar - Ah! Sim, claro... - então ele olhou para o pai de Rony, envergonhado - desculpe... Eu... Meio que, bom... Me destrai!
- Não se preocupe Harry! - Disse o bruxo com aquele velho sorriso amigável - Todo mundo pode se distrair, se despreocupar... Aliás, em tempos estressantes como esse é aconselhável de vez em quando! - Arthur Piscou para Harry - Mas repare bem, de vez em quando!... Não deixe que o velho Alastor saiba que eu te disse isso! - então se calou e cantarolou uma musica que o rapaz não conhecia.


Por que será que as pessoas teimam em manter coisas, para evitar constrangimentos, mesmo quando todos já sabem da verdade?
Hermione acordou cansada naquela manhã, dormira duas horas. Desde que voltara das férias estava mal, pois não dormia bem a muitas notes, estava estressada de preocupações e não comia direito, seus pais estavam preocupados e ela jamais se lembrava de ter procurado tanto por alguma coisa, ainda que estivesse fora de Hogwarts, em livros, na internet e mesmo na própria cabeça. Uma mocinha um tanto quanto diferente das normais, ou das românticas, tendo em vista que essas passam mal de febre e ficam de cama por qualquer preocupação... Ou sei lá!
A mocinha estava de pé, encarava-se a si própria, os dois olhos fundos pareciam chorar, mas não o faziam, o cabelo estava bem despenteado. Mione ficava imaginando por que "cargas d'Аgua" ela fazia aquilo... Já reparou que as pessoas têm tendências a fazer as mesmas coisas repetidamente, depois de alguma coisas estranha/traumatizante acontece? Reparou? É mesmo sério isso? Que estranho... O costume de olhar sempre nos livros é vélido? Ah! Mas isso foi sempre, nunca precisou acontecer nada pra essa mania aparecer... É, pois é! Tem dessas coisas na vida da gente, e por isso, a Hermione, podemos considerar que é a mocinha dessa nossa história não é? Não? Ah... Azar o seu!
Huhum (...) A nossa mocinha finalmente parou de seu olhar obsessivamente no espelho e foi se trocar; a calça e a camiseta branca de sempre... Ela desceu as escadas da casa, não muito grande mas uma boa casinha num bairro de classe media em Londres, ficou na sala observando os livros e os papéis cheios de esquemas bizarros bolados pela moça para 'ter idéias' sobre Horcruxes, R.A.B., e até o Voldie - morto - vivo (o apelido surgira numa dessas noites cheias de isquemas, acompanhada de 'American pie' e afins).

Hermione já não agüentava ver aquelas folhas, a deixavam tonta. Pensou em Harry, ele bem que deveria estar se matando de vontade de fugir... E, é claro, de descobrir todas as mesmas coisas que "elazinha" viva a tentar; chegara a pensar na possibilidade de procurar as horcruxes nas coisas dos pais do Harry, uma vez que Voldie - morto - vivo gostava de "troféus" de suas "conquistas", como confidenciara Harry a ela e a Rony, após as seções noturnas com Dumbledore; mas desistira completamente, era uma idéia ridícula e era a mais razoável à que chegara.
- Hermione, querida! Está na mesa! - Ouviu a voz da mãe chamando da cozinha, hora de comer! A mocinha adorava aquela hora, às vezes era bom fingir que nada existia.
Durante o almoço a cabeça da mocinha estava em mil lugares, tentando distinguir o real e o irreal, e ao mesmo tempo tentava se concentrar na conversa com os pais e a irmã; era tão difícil para a moça ter aquelas conversas... Passava dez meses do ano longe, em Hogwarts, era até estranho que se lembrasse dos gostos da família! Depois do almoço encontrou-se outra vez na frente do espelho. As pernas eram finas e o corpo todo era magro, nunca se sentira bem consigo mesma, o corpo muito esguio não era nada bom com o cabelo cheio, usava roupas largas quando não estava com as veste da escola e nunca tivera paciência quanto à arrumação própria. Sempre tinha imaginado para si um futuro brilhante, independente do cabelo, sabe-se lá com o que, mas que todos a reconheceriam pelo que fez, mas é claro que uma vez que se descobrira bruxa nunca mais teve essas vontades, oras, mas agora que tudo está diferente o que posso esperar de mim mesma, perguntava, vou provar-me melhor que todos mesmo nunca tendo sabido de nada! Nem mesmo da minha condiçãp de bruxa!Dizia-se a sim mesma, aos onze anos. Saiu da frente do espelho. Sua irmã bateu a porta:
-Mione, vem conosco à noite?
- Ah... Vamos sair?
- É! Aonde anda sua cabeça? Passa dez meses no fim do mundo e chegando não presta atenção em nada!! O pai e a mãe vão entrar em depressão!
-Não fala assim! Não tem nada a ver, você não tem idéia do que me acontece! ...Eu vou sim, mas aonde?
-No cinema... E dá um jeito nesse cabelo, pelo amor de Deus! - E jogou para a mocinha um pote de creme para pentear sem enxágüe - Eu posso não ser bruxa, mas isso faz mágicas! Pode passar uma tonelada!
- Ta... - A menina saiu do quarto deixando uma Hermione assustada com cara de bunda.


O sol estava muito bonito lá fora, brilhava forte e até atrapalhava a vista. Só agora Rony achava possível sentir a brisa fresca que vinha, gentil, nos cabelos em conjunto com o ar quente do verão. Era horrível ter um dia tão bonito.
Além das colinas que separavam aquela construção torta e desequilibrada do mundo desenrolavam-se medos e tristezas, e enquanto as pessoas se escondiam pavorentas, as colinas protegiam aquele que talvez fosse o ultimo lugar ainda doce e agradável onde era até possível a união de duas pessoas que se apaixonaram. Uma união em tempo de desavenças.
O mocinho de cabelos ruivos saiu da janela, a vista de fora parecia uma grande conspiração sacana; enquanto todo mundo se preocupava e se amedrontava debaixo daquele céu, o sol surgia no mesmo tirando um sarro da cara de todo mundo, às vezes dava até para escutar as nuvens zombando "Ha, ha, ha, por que não vão brincar? Esta um dia tão bonito. Até parece que se alguém sair de casa vai morrer! Ha, ha, ha, ha, ha!"... Filhos da Mãe!
Deitou na cama e pôs-se a olhar o teto, enquanto uma imagem do Shuddley Cannons acenava bobamente, então fechou os olhos e viu dançar na sua frente memórias de bons momentos, depois pensou no casamento, estava animado e gostava da idéia de uma festa, a família toda estava em casa, no momento encontravam-se nos jardins ajudando os preparativos ou na cozinha fazendo a comida ou ainda na sala descansando, mas Rony quis descansar só, até por que sendo um rapaz que cresceu com mais sete irmãos, ele apreciava bastante tais momentos, às vezes até nem ligava de estar acompanhado, desde que não fossem seus irmãos, coisa boba, ressentimento de irmão mesmo. A mente cansada passeava por lembranças agradáveis que acariciavam a cabeça do mocinho gentilmente e um sorriso formou-se em seus lАbios. Um livro se fechou com força e por trás dele um monte de cabelos e uns olhos muito fortes o focaram. Abriu os olhos. Porcaria, mas que coisa, o que aquele "ser" tinha a ver com isso? Ou com qualquer coisa? Sorriu outra vez... Era mesmo muito estranha! Que esquisita!
- DА isso aqui! - dizia Carlinhos para Fred - Eu faço isso, deixa de ser abobado e faz o teu trabalho direito! E se continuar com esse sorrisinho maldoso idiota no rosto, meto-lhes umas boas porradas que é pra deixar de ser besta!
- Ui! Assim me mete medo! - Responde Fred provocando e levou uma belo cascudo na cabeça, mas a Mãe não viu, só olhou quando foi revidar, o que ela não aprovou e deu-lhe mais broncas e outro cascudo.
- É pra ter medo mesmo! - Respondeu o irmão e deu uma piscadela para o mais novo.
Rony, no caso o nosso mocinho da história, arrumava as mesas para o casamento, no dia seguinte apareceria uma montanha de parentes, amigos, conhecidos e agregados, para o casamento, inclusive por parte da noiva, o que significava muita coisa, aliás; muita gente! Quando caiu a noite todos os Weasley estavam exaustos, chovera bastante ao final da tarde dificultando tudo, ansiavam por banhos e camas. Rony não foi exceção e tomou um banho bastante demorado, depois foi dormir, Carlinhos e Gui ocupavam o quarto dele, estava no dos gêmeos, e quando chegasse Harry teria um lugar junto com ele, depois Carlinhos ficaria n'A toca por uns dias quando todos já tivessem ido, no quarto de Percy, e Harry poderia usar sozinho o dos gêmeos
- Cuidado com essa mesa rapazes! Não queremos nenhum acidente!
- Meninos! Hora, por favor, eu já disse milhares de vezes! PONHA NO CHÃO!
-Mãe! Onde eu coloco isso?
- O que você esta fazendo? É do outro lado!
E reinava o caos. Estava começando a doer nos tímpanos, de verdade, aquela gritaria toda; isso por que a maioria na casa já era maior de idade e podia fazer mágicas... Diga-se de passagem, só ela não era apta para tal, fora da escola, ainda. Ficou imaginando como seria a arrumação de um casamento trouxa... Sem magia! Mas talvez não fosse tão frescurento.
- Gina, querida, pode ir descansar agora. - Ótimo... Acabara seu turno! Vinte minutos de folga dentro de casa, e longe do sol. Normalmente o sol significa bons presságios e aquela coisa toda de um dia ensolarado; no caso era um estorvo. Rony achava que era "paradoxal" (é claro que ele não usara esse termo) um dia de sol em meio a tempos de tantas trevas; Gina dissera ao irmão para parar de ser besta:
- Rony, acorda! Não vivemos num romance, ou num conto de fadas! Os dias não seguem nosso humor, sabe...Quem falou que é preciso um dia feio para matar alguém, ou fazer coisas más?! Não tem nada a ver, o sol intenso é quente e nos cansa mais depressa! Seria melhor um dia fresco! É claro que eu gosto do sol, mas por que achar que sol é símbolo de felicidade? Estava um dia bastante ensolarado quando Sirius morreu, caso não se lembre!
- Não precisa ser tão mórbida... Nem tão agressiva!
- Não sou mórbida! Sou realista, "tô" falando a verdade, não "tô"? E agressividade é coisa da sua cabeça! - Discutiram ainda mais algumas vezes, não era do feitio dos dois, mas ambos andavam carregados e tensos... Discutiam por besteira.
O seu turno recomeara, estava arrumando o "celeiro" (Se é que aquilo poderia receber tal denominação) que tinha na parte de traz da casa, perto de onde costumavam jogar quadribol, ou pelo menos os meninos costumavam... Tinha que limpar e enfeitar ele todo, tinha a ajuda de Gui. De repente ouviu-se um forte trovão.
- Acha que vai chover, Gui?
- É... - disse olhando o céu - talvez... É melhor terminar logo, por via das dúvidas!
Quando as ultimas armações estavam para terminar começou o maior dilúvio! Gina saiu correndo do "celeiro" para pegar mais fita colorida e sentiu a chuva bater em sua pele... Era estranho como estava bonita aquela visão, ela olhou para o céu com a mão protegendo os olhos, o céu ainda estava azul, apesar das nuvens carregadas. Pôs-se a pensar em inúmeras coisas, pensou no que devia e no que não devia, pensou nos irmãos, no casamento, no que significava o casamento, nas brigas estúpidas com Rony, pensou nos pais e nos irmãos e pensou em Harry também... Sentiu vontade de chorar, mas não era hora para chorar, nem pra ficar xingando Harry, ela era muito parecida com ele, já era hora de descobrir isso... Sentiu que as gotas de chuva caíam fortes, que molhavam até os ossos.
- Gina! Saia da Chuva! Que foi que te deu!
-Ha... Não... Não é nada Gui... Senti um cheiro bom das flores... Eu já vou indo! - Era mesmo muito boa inventando desculpas... Mas as flores começaram a cheirar fortemente, então.

Não acontecia algo assim desde os... 11 anos, é, na época do 1º ano! Quando veio a noite e a lua banhou o jardim, ela subiu para o quarto e deitou-se na cama... Ficou pensando em Harry... Pensava de mais nele! Sentia-se uma criança besta apaixonada pelo amigo do irmão só por que ele faz truques legais com a varinha e sabe as azarações da moda... Talvez tivesse um pouco disso antes... talvez esse pouco ainda perdurasse até agora... Mas Harry não era exatamente o que se pode dizer "O Cara, na escola!". Nem de longe! Mas ele era, assim... Foda! É claro! E era tão bonito... He,he,he... Desde quando? Que sorriso maravilhoso! Mas que cabeça aparvalhada, oca e sem miolos! Qual era a dele? Ta, talvez algum problema patológico vindo de que todo mundo que um dia ele se importou (tipo assim) morreu... (Tirando o Rony e a Mione...) Talvez ele se achasse amaldiçoado ou coisa assim... Af, mas ele ainda gostava dela, fazia pra protege-la (tão piegas, mas tocante, é claro!) Mas por que ele tinha que ser assim? Por que tanta coisa, e tanta gente, envolvida? Oras, sua anta, Gina Weasley, por um acaso você se apaixonou por ele pela belíssima performance dele no quadribol? Não! É claro que não, sua carpa mitológica da Macedônia! Foi pela bravura, meiguice, coragem, nobreza e blá, blá, blá... O "Senhor Fibra Moral", é claro!
Aquilo não era agradável! Sentia-se uma criança que se encantara com o Herói de veste dourada e varinha em punho e sonhava em ser a Heroína! Mas que droga de Heroína era aquela?! Sentiu-se péssima! Queria ser diferente daquilo! Queria ser o que sempre fora... Simplesmente a Gina... Cortou os cabelos na metade do pescoço no segundo dia em casa. Junto com as lindas madeixas ruivas foi embora toda a depressção, ficara muito bom... Não se arrependeu, a Heroína, mas ficou preocupada... E se então Harry a achasse horrorosa e parasse de sentir algo por ela? Dã! Acorda, que tipo de livro adolescente idiota é esse? Não, é claro que não! Af.. Quem liga?
TAP, TAP, TAP, o barulho continuava a ressoar, TAP, TAP, TAP, ia para a direita, TAP, TAP, TAP, ia para o lado esquerdo do quarto. A porta abriu-se de supetão.
- PORRA Gina! - Rony estava fu-ri-o-so - como você consegue, nessa finura, fazer tanto estrago andando!
- Finura? Eu não sou magricela! E o que você quer dizer com estrago?
- Enquanto você "andava" de um lado pro outro o teto quase desabou sabia?
- Não... Af, que seja, vo... Pera aí, seu quarto é acima do meu!
- Estou arrumando o quarto dos gêmeos para as visitas - (As visitas significam, também, Harry... Droga.)
- A... Bom, nesse caso me desculpe! Mas a estrutura da casa é fraca e antiga, não tem nada a ver comigo!
- Claro que tem! É só agir como uma moça e ser mais delicada!
- A, claro, agir como uma moçaa! Farei isso assim que você agir como Homem e "agarrar" a Mione de uma vez... Sabe, agente xinga e inferniza quem agente gosta quando temos sete anos, e não dezessete! - A face do irmão corou absurdamente, era possível sentir a luta interna de seus miolos.
- C... Ca... Cala a boca! Você não sabe do que está falando!
- Sei melhor do que você! Aliás, diga-se de passagem, todo mundo sabe!
- Não sem meta na minha vida!
- Ha... Claro, a inevitável falta de argumentos... Acontece quando apenas um detém a verdade Rony!
- Olha pro que você está falando!
- Rony! Gina! - Os dois viraram para a porta ao som da voz da mãe! - Temos uma convidada! - era alguém muito bom, pois ela não parecia alarmada, estava feliz.
- Oi Rony, Gina, tudo legal? - Uma estonteante massa de cabelos castanhos "cacheados" caia como colírio para os olhos do ruivo mais próximo, e uns olhos muito fortes o penetravam, isso Gina podia ver nitidamente, era até cômico aquela hora... Desde quando o cabelo dela era assim? - Her...mione... Só te esperávamos amanha!- É, confirmado, ele esta besta!
- É, eu sei, mas meus pais tiveram um probleminha, e a sua mãe falou que estava OK se eu viesse hoje... De quebra ganham mais uma ajudante!
- Mas que ótimo - concordou a Heroína - vamos ver o que temos pra você! - Antes de descer todas as escadas fez, Rony ouvir um certo "pensamento" - É a sua chance... Como uma luva, heim?!

(Continua)
N/A: HA! Terminei! Huahuahauhau.
Os caps não serão todos assim, estão assim por que eles estão separados, física e psicologicamente... Quando ele se juntarem vai ser mais "normal".
Mandem comentários e conselhos e até xingamento, qualquer opinião serve! Não pretendo continuar a fic sendo que ngm le!
Pleaaaaaaaaase! XD
P.S. A propósito: a música do começo é "live forever" do oasis! \o\