Título: Valsa de Viena
Fandon: Kuroshitsuji
Casal: Sebastian/Ciel
Classificação: NC-17
Gênero: Yaoi/Slash, Shota, Lemon, tendência PWP
Direitos Autorais: História sem fins lucrativos. Por mais que eu goste de idéia ganhar algum com isso, o que jamais vai acontecer, tem como único intuito entreter os leitores.
Notas: Primeira fanfic de Kuroshitsuji; primeiro shota; apenas uma desculpa para ver dois personagens que eu gosto se agarrarem... 8D
Eu não sei se ela vai ver isso, mas essa fic é especialmente dedicada a Eri-chan, já que é DELA a culpa por este vício. Espero nunca ter que listar meus vícios ou seria um problema e tanto... -.-"
Bom, voltando ao assunto... Serei eternamente grata a você, amore!
Valsa de Viena
Definitivamente, a última coisa que Ciel Phantomhive esperava ao chegar era dar de cara com sua noiva. Especialmente quando esta havia decorado todo o interior de sua mansão para parecer mais "fofa", além de também vestir seus empregados à caráter, claro. Não satisfeita, ela ainda queria organizar um baile para que pudessem dançar juntos e era exatamente neste ponto que seus problemas começavam...
Sebastian estava ali, servindo seu chá enquanto falava sobre não terem outra escolha além de acatar ao desejo da garota, ainda assim o pequeno conde estava resoluto. Alegava "não ter tempo para perder com essa brincadeira de menina". Porém o mordomo percebera que havia algo mais ali, só então se dando conta de certo fato.
– Bocchan. – Ele o chamou ouvindo como resposta um "O quê?" levemente irritado – Eu nunca presenciei isso antes, mas... O senhor sabe dançar?
O garoto não respondeu, apenas girou sua cadeira bruscamente ficando então de costas para seu empregado. Era aquilo afinal. Sebastian suspirou, tudo fazia sentido agora. Em festas seu mestre costuma agir como uma pessoa tímida, mas na verdade só estava escondendo que não sabia dançar.
A cadeira fora girada mais uma vez, nesta pelo mordomo, e Ciel se viu obrigado a encarar aquele par de orbes vermelhas que o fitavam profundamente. Enquanto ele falava sobre a importância de um cavalheiro de elite saber dançar, seu rosto se moldava num sorriso que poderia ser classificado como "divertidamente cruel".
– Já entendi! Eu só preciso aprender, não é? Chame algum professor particular. Pode ser a Sra. Bright ou a Sra. Rodkin, tanto faz.
Sebastian consultou seu relógio, constatando não ser possível atender ao pedido de seu mestre.
– Agora não temos mais tempo para chamar essas madames, como no baile de hoje só será tocada uma música, iremos dominar somente a valsa.
– Então quem vai me ensinar?
Ciel estava curioso, especialmente pelo fato de que as únicas pessoas que o cercavam eram os empregados da casa e, seria capaz de apostar sua vida que, nenhum daqueles três soubesse dançar valsa. Se soubessem o que era uma valsa...
– Não se preocupe. Mesmo sendo um pouco audacioso, eu serei seu instrutor de dança.
O mordomo sorria amavelmente para seu mestre enquanto este "digeria" suas palavras. Visivelmente irritado, o garoto custava a acreditar no que Sebastian acabara de dizer.
– Não diga besteiras! Como eu vou dançar com um cara enorme como você?!
Passada a irritação inicial o jovem suspirou. Não havia escolha, não é?
– Afinal, você sabe como dançar valsa...?
– Se for a Valsa de Viena, pode contar comigo. – Ele sorriu minimamente – Eu costumava me intrometer bastante no Palácio de Schönbrunn...
O garoto olhava para seu mordomo ainda descrente de que aquilo pudesse realmente dar certo, mas o que poderia fazer naquela situação?
Elizabeth queria dançar com sua pessoa no tal baile, então, pelo menos, não poderia fazer feio em frente à garota. No melhor estilo "Sebastian de ser", o mordomo lhe estendeu a mão esquerda, um sorriso sedutor dançava em seus lábios pouco antes de lhe fazer o convite...
– Me daria a honra desta dança? Milord.
... ... ... ...
Não fora preciso muito para que o mordomo, agora instrutor de dança, chegasse a uma conclusão... Ciel Phantomhive não possuía o menor talento para aquilo. Seus pés e canelas doloridos eram a prova de tal fato.
– Me parece que seu talento para a dança é zero. Deve ser humilhante, não é, bocchan?
– Você é que é muito grande!!!
Ao encará-lo, Ciel percebeu que o mordomo olhava-o de uma maneira diferente. Quase poderia jurar que era como se apenas seu corpo estivesse presente ali, pois sua mente parecia distante, perdida em seus próprios pensamentos. Os quais o garoto teve curiosidade em desvendar.
Sebastian Michaelis sempre, ou pelo menos até o término do contrato, lhe seria fiel, sabia disso. Porém essa era a única certeza que tinha acerca dele. O demônio era apenas uma peça em seu jogo, então não conseguia compreender porque tinha esse desejo de 'desvendar seus pensamentos'...
A proximidade com o pequeno corpo, o calor que sentia emanar dele... Sebastian tentava, sem sucesso, não ver seu mestre com 'outros olhos', mas era quase impossível. Firmaram o contrato há mais ou menos dois anos, e durante esse tempo foram incontáveis as vezes que se viu obrigado a refrear o desejo de tocá-lo, de possuí-lo.
A hora do banho, as trocas de roupas... As partes mais angustiantes de seu dia. O tinha a sua frente, seu corpo desnudo, porém não podia tocá-lo. Não como desejava...
Desejar?
Ciel Phantomhive era seu mestre, era apenas um garoto de 12 anos, ele só podia pensar que era loucura de sua parte! Mas ainda assim não havia como negar, aquele garoto despertara em si, um demônio com centenas de anos, sentimentos há tanto tempo esquecidos.
Luxúria... Libido... Prazer...
Quando fora a última vez que essas palavras lhe fizeram tanto sentido? Sem dúvida tempo demais para que pudesse se lembrar.
Antes que fosse capaz de refrear qualquer sentimento, analisar qualquer movimento, Sebastian percebeu sua mão mover-se sozinha, passeando pelas costas de seu jovem mestre. Acariciava-o lentamente, perdido em seus pensamentos de que aquilo era "politicamente incorreto" demais até mesmo para ele...
– O que você acha que está fazendo, Sebastian?
– Perdão, bocchan. Não pude resistir. Não acontecerá novamente... – Sorria maliciosamente – Ao menos que o senhor queira, claro.
– E por que eu iria querer?
– Se me der uma chance, talvez, eu lhe mostre...
A voz do mordomo saiu um tanto rouca, sedutora. O garoto não entendia o que aquele demônio poderia estar tramando, mas descobriria. Se ele assim queria, entraria em seu jogo.
– Está tentando me seduzir, Sebastian?
– Não sou eu quem diz isso.
- Pois eu quero que o faça.
O tom firme e autoritário de seu jovem mestre deixou o mordomo sem entender direito o que estava acontecendo. Ele estava, realmente, dizendo o que imaginava?
– Como?
– Me seduza, oras. – Ciel sorria debochado – Não se esqueça que o baile de Elizabeth começara logo, então seja rápido. Se conseguir, claro...
O olhar do garoto parecia desafiá-lo, porém ainda não estava muito certo de que ele realmente quisesse. Não parava de se perguntar se ele tinha noção do que significava aquilo...
– Tem certeza disso, bocchan?
– É uma ordem.
Sorrindo, Sebastian não mais argumentou. Se seu mestre o ordenara, o que mais poderia fazer além de cumprir?
– Yes, my lord.
Para Ciel aquilo não passava de mais um jogo. Mesmo que a "brincadeira" se resumisse a seduzi-lo, participaria. Gostava do clima que qualquer tipo de jogo proporcionava, além de estar particularmente curioso para saber até onde seu mordomo poderia chegar. Sabia o quão obstinado e eficiente ele era em cumprir suas ordens, o que tornaria aquilo tudo ainda mais interessante.
Percebendo o súbito interesse que o garoto demonstrara, o mais velho entendeu a real intenção dele. Para seu jovem mestre era apenas uma forma de desafiá-lo, testá-lo. Sabia que ele se achava no controle da situação, mas o surpreenderia. Afinal, era um demônio e um mordomo¹ e iria seduzi-lo.
Ao final do contrato teria a alma do jovem, mas o convívio com ele o fazia querer mais. Queria o carinho dele, mas sabia que ele era orgulhoso demais para isso. Queria sua atenção e, apesar de tê-la parcialmente, seu mestre sempre fazia questão de fingir o contrário. Desejava seu pequeno e frágil corpo, mas talvez ele ainda fosse inocente demais para perceber.
Quando sua mão voltou a percorrer a extensão das costas de Ciel tudo que o mordomo conseguia pensar é que talvez aquela fosse a única chance que teria, deveria fazer tudo direitinho para ser "recompensado" no final.
Se tudo corresse como esperava seu prêmio seria o orgulhoso Ciel Phantomhive, então não importariam quais meios fossem necessários...
Sua mão direita ainda segurava a do pequeno com firmeza; a esquerda agora subia, traçava um caminho na direção da espinha, parando apenas ao alcançar a nuca dele. Os dedos de Sebastian circulavam o local, a carícia era lenta, e na opinião de Ciel, torturante. Ele havia se inclinado, seus lábios tocavam a cútis do pescoço do garoto distribuindo beijos suaves, ora ou outra sentindo que seu hálito o arrepiava.
As sensações causadas por aquele demônio eram, até então, desconhecidas pelo jovem conde. Um estranho formigamento em seu baixo-ventre; um calor que se espalhava rapidamente por seu corpo; a única coisa que ainda conseguia manter sob controle, mesmo que a muito custo, era a insana vontade de gemer em resposta aos toques dele.
O mordomo sabia que estava acertando com suas "lentas" investidas. Por mais que seu mestre se esforçasse em parecer imune, o sentia estremecendo. Ciel Phantomhive podia ser um bom jogador, mas, em compensação, estava se saindo um péssimo ator...
– Gosta, bocchan? – Sua voz saía arrastada, maliciosa.
– Não diga... bobagens...
Aquele era seu mestre. Simplesmente não admitia que pudesse ser derrotado, mantendo sempre seu característico ar de superioridade. Algo que apenas fazia com que o mordomo se excitasse mais...
Não tardou para que o pequeno Phantomhive notasse a "situação" na qual o outro se encontrava. Quando Sebastian endireitou seu corpo, mais uma vez o colando ao do jovem, Ciel sentiu um volume sendo pressionado contra sua cintura. Involuntariamente a mão que permanecia caída ao lado de seu corpo moveu-se e buscou por espaço entre os corpos, repousando sobre aquela região desperta nele.
O demônio não fora capaz de conter que um alto gemido escapasse por seus lábios. O toque havia sido completamente inesperado e por isso ainda mais prazeroso. Os dedos dele o acariciavam de maneira tímida, desajeitada. Era evidente que nunca havia tido esse tipo de relação com alguém, o que fez Sebastian sentir-se ainda mais animado por ser ele quem daria essa primeira experiência ao seu mestre.
Os gemidos do mordomo aumentavam conforme sua mão se movia. Os sons de puro deleite que deixavam a boca do mais velho, e que este não fazia a menor questão de refrear, instigavam o jovem a continuar, porém Ciel começava a se dar conta de algo. Sebastian era quem devia estar seduzindo, não ele. Estava apenas entregando o jogo para o demônio e não poderia permitir que isso acontecesse...
Interrompeu a carícia ouvindo dele um suspiro resignado. Considerou aquilo um ponto a seu favor, porém a atitude seguinte de Sebastian simplesmente tirou-lhe o chão. Fora apenas alguns segundos e então os olhos vermelhos daquele ser ficaram frente a frente com os seus, a respiração dele batendo contra seu rosto... Os poucos centímetros que os separavam foram eliminados por ele e quando Ciel se deu conta, a língua de seu mordomo passeava sensualmente sobre seus lábios, pedindo uma passagem que logo fora concedida.
A princípio o garoto estranhou o ato, já que nunca havia beijado ninguém antes, e passado o 'desconforto' inicial começou a sentir o prazer que aquilo podia lhe dar. Sua boca sendo violada, a língua sugada por ele, o contato intenso era constantemente exigido e o garoto não se via com outra opção além de gemer.
O som não passou despercebido pelos ouvidos de Sebastian. Este se afastou e, mais uma vez, questionou seu jovem mestre.
– Gosta, bocchan?
– N-não...
Era evidente, para ambos, que aquilo era mentira. Nada além do que o desejo do jovem de não parecer fraco ou vulnerável. E como já havia constatado anteriormente, Ciel era um péssimo ator...
– Estranho... – O mordomo murmurou próximo ao ouvido do garoto – Não é o que essa parte parece "dizer"...
Sebastian movera sua mão livre até o pênis do menino, percebendo-o desperto. Sorriu malicioso, e também satisfeito, ao vê-lo morder o lábio inferior com força, tentando conter o som que queria explodir em sua garganta. Com dificuldade Ciel conseguiu abafá-lo parcialmente, porém não fora o suficiente para que o outro não o ouvisse.
– Não se contenha, bocchan. Eu quero ouvi-lo...
– V-você deve... Apenas... Obedecer-me...
O pequeno falava em meio à respiração arfante. Jamais imaginou que simples toques pudessem ser tão... Enlouquecedores...
– Quais são suas ordens então?
– Faça... Sebastian...
– Desculpe-me, bocchan, preciso que seja mais específico...
- Faça-me... Seu... Agora!
A urgência no pedido, na voz de seu mestre era algo que não podia ignorar, pois, não seria ele o mordomo dos Phantomhive se não pudesse fazer isso...
– Yes, my lord.
Finalmente a mão direita de Sebastian se soltava do contato com o jovem conde e, com sua característica velocidade, despiu o corpo menor. Virou-se na direção da mesa do escritório e com seu braço varreu a superfície.
O som dos objetos quando colidiram contra o chão fora alto, mas provavelmente ninguém os ouviria. Todos na casa deviam estar ocupados demais com as excentricidades de Elizabeth, a noiva de Ciel. Foi naquele momento que o mordomo lembrou-se de que precisava ser rápido, já que logo começaria o baile da garota.
Com delicadeza pegou o corpo do menino em seu colo e o deitou sobre a mesa, sorrindo ao vê-lo se arrepiar pelo contato com a madeira fria. Aproximou-se e afastou as pernas ligeiramente dobradas, expondo-o intimamente. O garoto corou, instintivamente tentando cobrir sua nudez.
Sebastian apenas sorriu, segurava as mãos dele longe co corpo, impossibilitando-o de atrapalhar sua visão. Seu mestre era apenas um garoto, e como tal, seu corpo ainda não estava completamente desenvolvido, mas mesmo assim aquela parte dele, em muito aumentada pela excitação que sentia, parecia perfeita aos olhos do mais velho. Sua boca buscou tocar o local e Ciel estremeceu completamente ante o contato.
A língua dele subindo e descendo por sua ereção, abocanhando-a por completo para então voltar a lambê-lo... Àquela altura o garoto não sabia mais descrever as sensações que transpassavam seu corpo, uma única certeza se fazendo presente em sua mente... Sebastian precisaria fazer aquilo mais vezes...
Ciel sentia a língua do mordomo descer para seus testículos, os lambendo e, ora ou outra, os sugando. Já não conseguia mais controlar seus gemidos ou mesmo o volume dos mesmos. O demônio, sempre atrevido, descia ainda mais seus toques, alcançando o ponto mais íntimo do garoto. Este se contorcia sentindo a língua dele primeiro "passear" pelo local, só então penetrando o pequeno orifício.
O jovem conde sentia-se envergonhado por pensar na posição na qual se encontrava, porém não queria, e nem podia, parar agora. Precisava de mais contato. A forma como chamou o nome de seu parceiro apenas o fez excitar-se ainda mais...
– Se-bas...tian... – Sua voz estava carregada de luxúria.
Pouco depois Ciel sentiu as carícias cessarem. Por alguns instantes acreditou ter feito algo que desagradou ao outro, apesar de não fazer idéia do que poderia ser, mas antes que pudesse entender o que acontecia, Sebastian fez sua "jogada".
Um dígito penetrou lentamente o corpo menor, comprovando algo que o mordomo já desconfiava. Seu mestre era incrivelmente apertado. Percebera no garoto um desconforto inicial, porém, logo este foi sendo substituído por puro prazer.
Não demorou e um segundo dígito foi adicionado. Sebastian sorriu, apenas estes pareciam preencher completamente o interior do jovem. Mas àquela altura não conseguiria dar-se por satisfeito com tão pouco. Precisava de mais, muito mais...
Quando o terceiro dígito forçou sua entrada a reação do corpo de seu mestre fora contrair-se, tornando-o ainda mais apertado. O mordomo sentia sua calça apertá-lo demais. Sua vontade era de que fosse outra parte que estivesse sendo pressionada loucamente por ele, mas precisava ter calma. Sabia muito bem disso.
O bem estar do pequeno conde sempre estaria acima de tudo e era exatamente por isso que se mantinha sob controle. Ele era apenas um garoto, estava tendo sua primeira experiência, não queria machucá-lo de forma alguma.
Sebastian meneava seus dedos lentamente, alternando entre movimentos circulares e leves estocadas, visando sempre preparar o local para que pudesse recebê-lo sem maiores problemas. A tensão que ele apresentara antes havia se dissipado, porém o mordomo sabia que esta retornaria quando tentasse, efetivamente, penetrá-lo.
Por mais que sua excitação implorasse por alívio ele não se importaria de continuar as carícias até que Ciel se sentisse seguro para consumarem o ato. Porém, hoje, ele não teria esse tempo disponível. Enquanto uma de suas mãos continuava o "trabalho", a outra se moveu até sua própria calça. Com dificuldade o mordomo conseguiu abrir o botão e ao deslizar o zíper acabou por tocar-se, e mesmo ante o simples contato seu corpo reagiu imediatamente, deixando que um gemido alto abandonasse seus lábios.
Nessas horas Sebastian sentia-se internamente agradecido por sua condição sobre-humana, o que lhe garantia um pouco mais de autocontrole. Vendo Ciel morder o lábio enquanto tentava, inutilmente, conter seus gemidos, sua mão livre adentrou a própria roupa íntima finalmente revelando sua ereção.
Os dedos que até instantes atrás estavam em seu interior o abandonaram, fazendo o garoto virar-se para ver o que o outro estava fazendo. Incapaz de conter sua surpresa, o jovem arregalou seus olhos ao ver o tamanho do membro entre os dedos do demônio. Arrepiou-se completamente ao imaginar aquilo tudo dentro de si, as sensações de dor e prazer que percorreriam por seu corpo...
– Quer mesmo fazer isso, bocchan?
Sebastian não havia conseguido ler a expressão dele, uma mescla de medo e ansiedade, então achou melhor consultá-lo antes. Ao ouvi-lo a face, um tanto rubra, do jovem conde desenhou-se num sorriso malicioso, levemente debochado. Ciel Phantomhive jamais entrava em um jogo que não pudesse ganhar. Ou nesse, também sair ganhando...
– Pretende desobedecer minha ordem?
Aquela era a resposta que o mordomo esperava ouvir dele. No segundo seguinte seu pênis pressionava o corpo do garoto, exigindo um espaço que parecia impossível. Lágrimas corriam pela face do garoto, não pode evitar preocupar-se com ele. Por alguns instantes se viu prestes a desistir, porém, mesmo que não quisesse continuar, ainda possuía o contrato que o impedia de não realizar os desejos de seu mestre. Independente de quais fossem esses desejos...
Quando finalmente conseguiu que a glande o penetrasse, todo o resto de seu membro deslizou com um pouco mais de facilidade. Ciel ainda tinha o rosto marcado pelo choro, sentia uma ardência indescritível, seu corpo parecia prestes a ser rasgado ao meio, mas mesmo isso não conseguia apagar a agradável sensação de ter Sebastian preenchendo-o.
Doía? Sem dúvida! Mas, com certeza, era bom...
Suas mãos seguravam a beirada da mesa com tal firmeza que a ponta de seus dedos estavam muito brancas. O demônio esperou que o garoto lhe indicasse algum sinal de que poderia se mover, porém fora a voz dele, que ainda tentava manter certo nível de superioridade, que o "alertou"...
– Até quando... Pretende... Ficar parado... Sebastian...?
O mordomo sorriu, começando então a mover-se dentro daquele interior tão apertado. Saiu por inteiro, arrancando um grito do garoto ao entrar novamente. Os movimentos passaram a se repetir constantemente, não demorando a se tornarem mais curtos, mais fortes.
Tanto Ciel quanto Sebastian não conseguiam controlar o volume de seus gemidos, deixando-os escapar por seus lábios. Juntamente com os murmúrios indistintos e o chocar dos corpos, formavam uma melodia excitante para ambos.
Os movimentos eram rápidos, quase alucinantes. Um não parava de chamar o nome do outro, imersos em nas sensações que transpassavam seus corpos completamente. O garoto jamais imaginou todo o prazer que poderia obter naquele ato. O mordomo, que há tempos não sentia tudo aquilo, estava feliz por estar redescobrindo aquele prazer com seu mestre.
Ambos não demoraram a atingir o ponto máximo de seu prazer. Ciel sobre seu próprio corpo, Sebastian dentro do menino.
Sua vontade era ficar ali o observando, tão frágil e tão diferente da forma como sempre o via. Seu mestre parecia esgotado, mas ainda havia muito que fazer. Relutando em abandonar aquele interior tão acolhedor, o mordomo finalmente retirou-se de seu mestre, imediatamente ajeitando suas roupas. Poucos segundos e estava impecável novamente.
Pegou o garoto no colo, cobrindo seu corpo desnudo com as vestes até então jogadas ao chão. Precisava levá-lo aos seus aposentos para dar-lhe um banho e vesti-lo apropriadamente para o baile. Antes, porém, consultou seu relógio. Elizabeth já devia estar à espera de seu jovem mestre...
No final Ciel não havia aprendido direito a valsa, mas acreditava que mesmo assim o orgulhoso Ciel Phantomhive daria um jeito. Como era de costume, ele provavelmente encarasse aquilo como um jogo e, talvez, isso o desse um "estímulo" extra.
Enquanto se dirigia aos aposentos do garoto, um sorriso divertido dançava em seus lábios. Apesar de a aula não ter sido exatamente o que esperavam, desconfiava que Ciel pudesse querer mais algumas dessas "sessões" particulares.
Afinal, ele não seria o mordomo dos Phantomhive se não pudesse agradar seu mestre...
Fim
¹Akumade shitsuji desukara: Frase de duplo sentido. Dependendo da forma escrita originalmente pode ser lido como "Eu sou apenas um mordomo" ou "Eu sou um demônio e um mordomo".
Tia Aria adverte: cuidado com os meios que usam para se desestressarem!
A idéia pra fic surgiu depois de um domingo estressante em que esta pessoa aqui, literalmente, "encheu a cara" com remédio pra dor de cabeça. Pro meu azar o infeliz tinha cafeína na composição, e o resultado foi passar a noite em claro assistindo as séries na TV enquanto escrevia.
Detalhe: Escrevendo com a cabeça ainda doendo mesmo depois do terceiro comprimido. Legal, não? XD~
