Título: In Your Dreams
Autora: -Aria-
Beta:
Fandom: Katekyo Hitman REBORN!
Casal: Reborn/Tsuna (R27)
Classificação: NC-17
Gênero: Yaoi/Slash, Lemon, PWP, Shota (?), Angst, Drama.
Disclaimer: História sem fins lucrativos. Por mais que eu goste de idéia ganhar algum com isso, o que jamais vai acontecer, tem como único intuito entreter os leitores.
Sinopse: "A madrugada corria tranquila por toda Namimori e a casa dos Sawada não era uma exceção ao fato. Todos dormiam um sono pesado, livre de qualquer problema ou preocupação. Ou pelo menos quase todos..."
Notas: Primeira tentativa de uma fanfic decente de REBORN. Vamos ver no que dá...
Surto louco, estranho, insano e totalmente nonsense. Será que alguém tem coragem de encarar?
ACHO que não tem spoilers, mas vai saber...
In Your Dreams
A madrugada corria tranquila por toda Namimori e a casa dos Sawada não era uma exceção ao fato. Todos dormiam um sono pesado, livre de qualquer problema ou preocupação. Ou pelo menos quase todos...
– Hmm...
Tsuna rolava de um lado para o outro na cama, seu sono se tornando cada vez menos tranquilo, e em meio a essa agitação momentanea o garoto sentiu algo diferente. De uma hora para outra seu corpo parecia tão pesado, como se estivesse "colado" a cama.
Lentamente seus sentidos despertavam, mas ainda assim não era o suficiente para que fosse capaz de diferenciar sonho de realidade. Porém, por mais zonzo que pudesse estar naquele momento, ele tinha certeza de que algo ali não estava certo. Provavelmente devia ser sua Hiper Intuição trabalhando...
Um peso, que parecia ser alguém, sobre seu corpo; beijos e carícias sendo distribuídas por seu pescoço; mãos agéis abrindo-lhe os botões do pijama. Ainda atordoado pelo sono, Tsuna demorou a entender o que acontecia e seus olhos estavam tão pesados que abrí-los parecia uma tarefa quase impossível.
"Engraçado... Eu tenho aimpressão de que tem alguém me..."
Ao sentir uma língua atrevida passeando por seu tórax, demorando-se em um de seus mamilos, o jovem Vongola teve certeza de que tinha, sim, alguém ali. E o pior era que esse alguém estava lhe acariciando sem pudor algum, como se fosse a coisa mais normal do mundo!
Tsuna entrou em desespero. Tentava libertar-se daquelas mãos fortes a todo custo, porém mal se movia sob ele. E com se não bastasse o homem ignorava completamente suas reações, não parando de dedicar-se ao que fazia nem por um instante.
Ainda assim tentava lutar, sem sucesso, apenas arrancando um riso divertido do desconhecido.
– Q-quem é você? – O garoto começava a sentir-se fraco sob os toques dele – Como entrou aqui?
– Não me reconhece mais, "Dame-Tsuna"¹?
Aquela voz grossa, levemente rouca, era completamente desconhecida, mas não conseguia deixar de achar que lhe soava, de alguma maneira, familiar.
– Do que você... – De repente, algo lhe veio à mente – REBORN?!
A cara de espanto do Décimo Vongola não poderia ter sido mais engraçada, o que fez aquele homem novamente sorrir divertido.
– Ciaossu.
Tsuna ainda tentou fugir, mas a posição não o favorecia em nada. O desconhecido, que dizia ser Reborn, estava de joelhos sobre a cama. Com as pernas posicionadas lado a lado com seu corpo, na altura de suas coxas, ele o impedia de mover-se.
Segurando-o pelos pulsos o homem tentou beijá-lo, porém o garoto ainda resistia. Por muito pouco conseguiu virar-se e evitar o contato. Debatia-se loucamente enquanto tentava entender o que acontecia ali.
– O que você está fazendo?! O que deu em você?! Reborn!
Somente naquele momento algo "estalou" na mente de Tsuna, que instantaneamente parou de se mover. O garoto voltou sua face na direção do outro, encarando-o demoradamente. Finalmente percebeu um fato que, no mínimo, era óbvio demais...
– Por que você está assim? Você não... Não era uma... Criança?
– Não. – Ele sorria – E eu não tenho muito tempo, então...
Reborn tirou seu chapéu e jogou-o de lado, voltando a distribuir as mesmas carícias pelo pescoço e tórax, ainda expostos, de Tsuna. Este também voltou a debater-se, tentando livrar-se a todo custo dele. Sem sucesso, claro.
Porém, em meio aos movimentos desesperados, acabou por reparar que se não fosse pela roupa, seria impossível acreditar que era realmente ele. A julgar pela aparência, diria que ele parecia ter por volta de vinte e cinco anos, trinta no máximo.
Percebendo o olhar fixo sobre si, Reborn parou o que fazia e permaneceu encarando o garoto. Tentava ler a mente dele, mas os pesamentos estavam muito confusos. Ainda assim conseguiu "ouvir" algo relacionado a sua idade e, com um sorriso malicioso, aproximou seus lábios da orelha do menor.
– Eu não poderia fazer isso com aquele corpo. Sabe... Não teria graça alguma, "Dame-Tsuna"...
Aquela voz grossa soou incrivelmente sensual aos ouvidos do jovem Vongola. Reborn mordiscava-lhe o lóbulo e aquilo foi como um "sinal" para que voltasse às tentativas de livrar-se dele.
Mas aquela altura já não tinha mais tanta certeza do que realmente queria fazer. Uma parte de si gritava loucamente para afastar-se, enquanto isso a outra clamava por mais contato.
Era dificil escolher qual delas atender e percebendo a confusão, o hitman continuou investindo. Seus lábios percorrendo o pescoço alvo, marcando-o em alguns pontos. Não demorou a alcançar seu ombro, local onde uma leve mordida foi dada.
Por mais que quisesse resistir, pouco a pouco estava sendo "levado" pelas carícias dele. Tsuna começava a relaxar sob os toques, rendendo-se ao desejo de gemer.
Os primeiros sons que deixaram os lábios do Décimo Vongola saíram baixos e tímidos, porém foi suficiente para fazer o maior sorrir contra a pele do garoto. Satisfeito com a desistência dele, Reborn livrou os pulsos do outro e quase de imediato suas mãos buscaram pelo tronco desnudo.
Seus dedos percorriam o corpo magro e sem músculos lentamente, como se tentasse memorizar cada pequena parte. Afastava um pouco mais a camisa do pijama enquanto via a face do garoto extremamente vermelha, virada para o lado devido à vergonha que sentia.
Com uma das mãos segurou-lhe pelo queixo com firmeza o obrigando a olhá-lo. Tsuna ainda tentou resistir, mas não podia contra a força dele.
Por alguns instantes seus olhares permaneceram fixos um no outro. O contato só foi quebrado quando o maior aproximou-se, sua boca buscando a do menor. O beijo iniciou-se tímido, até um pouco desajeitado, porém o desejo que ambos sentiam logo os fez entrar em sintônia.
As línguas se encontravam dentro da boca do mais novo, dançado juntas, sensuais. Ao mesmo tempo as mãos de Reborn percorriam o corpo do garoto dando a impressão ao mesmo que cada local tocado ardia em chamas.
Tsuna apenas gemia em meio ao contato, incapaz de fazer qualquer outra coisa. Aquela situação toda ainda lhe parecia surreal, mas estava pouco se importando. Os toques dele pareciam ter o poder de fazê-lo esquecer tudo a sua volta.
Sabia que provavelmente se arrependeria mais tarde, mas, naquele momento, tudo que conseguia desejar era que ele não parasse... Por nada...
– Ahhh... Reborn... – O jovem Vongola gemeu assim que sua boca se viu livre do contato.
A voz arrastada e luxuriosa era mais que estimulante para o outro. O homem deliciava-se com as reações que causava no garoto. Especialmente quando seus dedos desceram pelo corpo esguio, enroscando-se ao elástico da calça que ele vestia.
Sob o olhar fixo do mais velho, lentamente pijama ia sendo movido para baixo, revelando pouco a pouco o corpo de Tsuna. Este sentia o constrangimento que aquilo causava, exponencialmente aumentado pela expressão de expectativa no rosto do outro, mas mesmo que quisesse se mover não seria capaz.
Seu corpo parecia estar colado à cama. Além do fato de que, mesmo acompanhando o movimento do tecido, Reborn ainda estava sobre ele.
A peça foi movida até um pouco abaixo dos joelhos do garoto e, pela falta de uma cueca, agora ele se via completamente exposto. Não sabia definir aquela expressão em palavras, mas apenas aquele sorriso malicioso, que agora adornava os lábios do maior, era mais que suficiente para fazê-lo querer enfiar-se em um buraco e nunca mais sair de lá...
– Reborn... – Sua voz soou mais falha do que imaginava – N-Não... Não me olhe... Assim...
Não tinha coragem de encará-lo. Especialmente por sentir que o olhar dele estava fixo em seu rosto. No instante seguinte tudo havia acontecido tão rápido que o garoto quase não conseguiu acompanhar.
De repente o peso do corpo maior estava todo sobre o seu e a boca dele mordiscava levemente sua orelha, fazendo-o ofegar. Não gemer parecia algo impossível àquela hora.
– Não posso evitar...
Ele refazia o trajeto para baixo lentamente. Os lábios deslizando pela pele do jovem, fazendo-a arder sob os toques. Pescoço, tórax, mamilos, barriga... Não importava o local, o mínimo contato era suficiente para a sensação de a cútis estar em chamas.
Tsuna agora tinha seus dedos entrelaçados ao cabelo dele, incerto se queria pará-lo ou estimulá-lo. A falta de ação foi vista pelo outro como um "incentivo", o qual não disperdiçaria.
Enquanto continuava sua descida pelo corpo menor encontrou o umbigo dele e não resistiu a provocá-lo um pouco mais. Sua língua contornando-o para só então penetrá-lo.
O garoto prendeu a respiração. Estava em um estado que até mesmo o simples ato de respirar parecia uma tarefa exageradamente complicada. Incapaz de controlar o que sentia, apenas deixava-se levar por ele e por suas carícias enlouquecedoras.
Seus olhos também permaneciam fechados, muito por causa da vergonha que sentia, já que apenas o pensamento de vê-lo fazer aquilo era constrangedor demais...
Somente ao perceber que ele havia parado é que se arriscou a soltar o ar que anteriormente prendeu e mirá-lo. Arrependeu-se no segundo seguinte.
A face de Reborn estava posicionada a poucos centímetros de seu membro, que a esta altura estava bem desperto. Ao ver que Tsuna estava olhando-o, uma das mãos moveu-se até a base do pênis dele, começando a massageá-lo no mesmo instante que sua língua tocava a ponta, ainda sem quebrar o contato visual.
O jovem Vongola sentiu seu corpo inteiro arrepiar-se. Arqueando-se na direção dele, o maior envolveu-o completamente. As mãos firmes agora seguravam seu quadril enquanto pouco a pouco os movimentos eram intensificados.
"Sanidade"... Naquele momento, palavra completamente desconhecida para o menor. E o hitman trabalhava para que ele se mantesse assim. Entregue, insano... Queria-o sem reservas e faria o possível para tê-lo daquela maneira.
– Re-Reborn...
Sabia o que aquele chamado precedia, podia sentir. Não tinha muito tempo, mas também não queria que fosse daquela maneira tão rápida. A contragosto obrigou-se a parar o que fazia e afastar-se da região.
Postou-se de joelhos sobre o colchão. Abria os botões do terno negro com calma, precisava deixá-lo "recuperar-se" um pouco, e com igual tranquilidade afrouxou a gravata. Apesar de perceber o outro se movendo, continuou agindo normalmente.
Tsuna agora estava parado a sua frente, também de joelhos, a face corada, com pensamentos confusos sobre "querer tocá-lo, mas estar com medo".
– Você não muda mesmo... – Tocou os lábios dele levemente com os próprios – Faça isso... Como se fosse seu último desejo...
O garoto estremeceu ao ouví-lo. Sempre se esquecia do fato de que ele podia ler mentes.
Ainda receoso suas mãos tocaram o corpo dele pela primeira vez. Podia sentir que seus músculos eram levemente definidos e estranhamente sentiu um grande desejo de poder vê-los melhor; tocá-los diretamente.
Reborn deu um meio sorriso, típico dele, e começou a se livrar das peças de roupa que o cobriam. Primeiro o terno, depois a gravata, lentamente desabotoando a camisa laranja sob o olhar atento do mais jovem.
Tsuna não conseguia disfarçar a expectativa que sentia e aquilo apenas ajudava a deixá-lo ainda mais excitado Fato que apenas "piorou" quando as mãos trêmulas dele começaram a ajudar no serviço, cuidando de livrá-lo da calça que vestia.
O leve roçar dos dedos dele enquanto o zíper era aberto foi o suficiente para que um gemido alto deixasse os lábios do homem. Este sabia que, a partir de agora, "controlar-se" seria uma tarefa quase impossível...
Sua linha de pensamento foi para o espaço quando sentiu a mão dele acariciar-lhe aquela região tão sensível, e mesmo que ainda por cima das roupas, o toque dele fazia seu corpo inteiro esquentar, clamando por mais contato.
Num movimento rápido, e até um tanto brusco, saiu de cima do colchão, postando-se em pé ao lado da cama. Com agilidade livrou-se da calça, também levando junto à outra peça ainda mais incômoda. A camisa ainda estava em seu corpo, porém totalmente aberta, não "obstruindo" a visão do outro em nada.
Tsuna, a princípio, achou ter feito algo que havia o desagradado, mas foi então que ele começou a se despir e... E agora o jovem Vongola não sabia como encará-lo...
– Não precisa ter medo, Tsuna. – A voz soou suave e Reborn se aproximou novamente, dessa vez sentando-se a beirada da cama e o encarando – Mas se você não...
– Não! – O garoto apressou-se em dizer – Não é isso... É que... – Porém ele se calou.
Não sabia como dizer o que sentia. Na verdade mal sabia explicar o que sentia.
– É que você é apenas um covarde, não é? – O mais velho sorria.
– Reborn! – Ele estava corado e, antes que pudesse argumentar qualquer coisa, sua boca foi tomada pelo outro novamente.
O beijo era calmo e por alguns instantes sentiu-se "tranquilo" nos braços dele. Permaneceram assim por algum tempo e logo que se afastaram sentiu-se um pouco mais confiante. Ainda estava com um pouco de medo, claro, mas confiava plenamente no homem a sua frente.
Sempre confiou nele e não seria agora que aquilo mudaria. Reborn não pôde deixar de sorrir com ternura ao saber dos sentimentos do garoto. Faria o possível, e o impossível se necessário, para não quebrar esse elo que havia entre eles.
O mais velho moveu-se sobre a cama novamente, estava ajoelhado sobre a mesma outra vez. Aproximou-se de Tsuna e em silêncio empurrou-o levemente até fazê-lo deitar. Engatinhou sobre o colchão, postando-se sobre o corpo tenso.
Mais uma vez tomou os lábios dele, porém nesta muito mais brevemente. Sua boca traçava um caminho pelo pescoço e tórax, logo alcançando a barriga. Não demorou em local algum, sempre descendo por sua "trilha".
O garoto sentia o corpo inteiro arrepiar-se a cada novo local tocado, especialmente ao dar-se conta de onde ele pretendia chegar. Não esperava por aquilo, outra vez, e quando sentiu os lábios dele lhe envolvendo suas forças pareceram esvair-se de uma só vez.
E não foi apenas isso...
Enquanto a boca de Reborn ocupava-se em lhe sugar avidamente, um dos dígitos do mesmo começava a tocar e acariciar seu ponto mais íntimo. Seu corpo inteiro retesou-se diante do ato e, mesmo confiando sua vida a ele, não conseguiu impedir-se de ficar cada vez mais amedrontado.
O mais velho percebeu o que acontecia e por alguns segundos seus lábios abandonaram o que fazia. Afastou ainda mais as pernas do garoto, distribuíndo beijos pelas coxas dele enquanto o ouvia suspirar dolorido.
Pouco a pouco Tsuna parecia relaxar sob seus toques, mas ainda não era suficiente. Ele precisaria estar muito mais a vontade para o que viria em seguida.
– Tsuna, você precisa ficar calmo. – Ele falava com ternura.
– Mas... Eu... Eu não...
Ele continuava com os movimentos, o que fazia com que as palavras fugissem-lhe a mente. Naquele momento mal poderia dizer seu próprio nome, quanto mais dizer qualquer outra coisa...
– Você não aprende mesmo... – O maior sorria divertido – Ter medo não é algo ruim, mas não se deixe levar por ele.
Por alguns instantes o garoto encarou o homem a sua frente. Desde o dia em que o conheceu, o que parecia ter sido há muito tempo, era assim. Reborn era seu ponto de apoio, não importando qual fosse a situação.
Porém, antes que Tsuna pudesse fazer ou pensar em qualquer coisa, os toques em seu pênis recomeçaram. Enquanto a mão direita acariciava-lhe em uma massagem lenta e torturante, os dígitos ainda moviam-se sensualmente dentro de si.
Seu corpo, involuntariamente, ainda tentava lutar contra a invasão, porém tudo que ambos conseguiam sentir era um enorme prazer com aquela sensação. Em especial o mais velho que quase delirava ao pensar que outra parte sua poderia estar ali, sendo deliciosamente "esmagada" por ele...
– Re-Reborn...
A dupla estimulação estava sendo quase o ápice para o jovem. E como não queria que ele fosse o único, o maior cessou todas as carícias de uma vez.
Segurando-o pelo quadril com firmeza, Reborn posicionou-se em frente ao corpo, ainda trêmulo, de Tsuna. Seu sexo ereto estava pronto para adentrá-lo e pela última vez buscou nos olhos do garoto a certeza de que era aquilo que ele realmente queria.
O olhar de desejo e expectativa que encontrou foi suficiente para livrá-lo de qualquer dúvida que ainda pudesse ter. Em um movimento firme, porém cuidadoso, ele foi entrando no corpo do outro, buscando por um espaço que parecia impossível.
O jovem Vongola estava com os olhos fortemente fechados, mas ainda assim as lágrimas encontravam um caminho e então rolavam por sua face.
Era apenas "metade do caminho" quando Reborn parou de se mover, sua mão buscou afastar a sensação de dor dele substituindo-a por prazer. O ato funcionou, pois em pouco tempo os gemidos doloridos transformavam-se em sons luxuriosos.
Aquilo envolveu completamente o mais velho, que logo voltou a investir contra o corpo menor. Acariciava-o enquanto encontrava o abrigo perfeito dentro daquele interior quente e aconchegante. Apertado, admitia, mas nada que não fosse ainda mais prazeroso.
Tsuna estava ofegante, seu lábio inferior sendo fortemente mordido por ele mesmo numa falha tentativa de amenizar o que sentia. Tentava acostumar-se com o volume que, de alguma maneira, parecia preenchê-lo com perfeição, mas estava sendo difícil.
Não podia negar que era algo excitante, mas ainda havia o receio daquela situação em geral. Aquele era o Reborn, confirmou isso, mas até onde se lembrava, ele era apenas uma criança antes de irem dormir!
Qual era o segredo tão bem guardado por ele? Por que, naquela madrugada, ele exibia aquela aparência? O que aconteceria depois daquilo?
– Você pensa... Demais... – A voz soou mais rouca que o normal e o garoto pôde ver toda a luxúria presente naqueles olhos escuros.
Ainda pensou em dizer algo, mas, provavelemnte sabendo que ele o faria, Reborn moveu-se. No instante em que Tsuna sentiu-o deslizar para fora de seu corpo e menos de um segundo depois retornar com certa força, qualquer coisa que poderia estar passando por sua cabeça se perdeu em meio ao prazer.
O movimento havia sido desconfortável e dolorido, porém queria mais. Muito mais.
Aquela "mescla" de sensações era o toque especial e o garoto sabia que era algo viciante, porque em poucos minutos estava quase implorando para que o outro se movesse mais forte, mais rápido.
O pedido não precisou ser verbalizado para que Reborn o atendesse. O mais velho aumentava gradativamente a cadência com a qual se movimentava; as carícias feitas no membro do mais jovem também acompanhando o novo ritmo.
Não demorou para que o som do corpo maior chocando-se contra Tsuna fosse alto o suficiente para preencher o ambiente. Ambos faziam um esforço quase sobre-humano para que seus gemidos não fossem ouvidos além daquelas quatro paredes. Afinal, não seria nada fácil explicar aquela situação...
Seja pela aparência que Reborn apresentava, seja pelo que faziam. Não conseguiria encarar ninguém naquela casa. Em especial sua mãe...
E novamente sua linha de pensamento foi cortada por ele. Dessa vez, enquanto achava que era impossível sentir ainda mais prazer, seu "professor particular" o surpreendeu novamente.
Um movimento. Um único toque naquele ponto e Tsuna sentiu seu corpo inteiro tremer de êxtase.
– Re-Reborn...
Não foi preciso terminar aquela frase. E mesmo se o quisesse, não poderia. Seu ser estava completamente perdido em meio aquele prazer que se repetiu incontáveis vezes.
O mais velho não parou de mover-se, aumentando seu ritmo até o limite entre "dar-lhe prazer" e "machucá-lo". A cadência imposta era quase frenética e não demorou para que sentisse o corpo do garoto arquear-se, desfazendo-se então em seus dedos.
O garoto não tivera chance de tentar avisá-lo, apenas deixando-se levar pela sensação de "plenitude" que o consumia. Reborn sentiu o corpo do jovem se contrair, apertando ainda mais seu sexo com seu interior. Deliciou-se com aquela sensação e, se pudesse, permaneceria daquela maneira por muito mais tempo.
Mas infelizmente não o tinha. Não naquele momento...
Enquanto era pressionado ainda moveu-se mais algumas vezes ouvindo os gemidos de Tsuna, mesclados aos seus próprios, tomarem sua mente por completo.
Mais alguns poucos movimentos e então o fim. Em meio a um ofego alto, o mais velho deixou a prova de seu prazer preencher o corpo do Décimo Vongola.
Ambos estavam completamente esgotados e a última coisa que o garoto percebeu foi o outro aproximar-se, tomando seus lábios num beijo cheio de sentimentos e desejo. Não se lembrava de mais nada após isso, pois o cansaço o fez desmaiar.
Reborn ainda o observou por alguns instantes, seus dedos acariciando o rosto do menor. Quando chegou a hora de ir, deu um beijo rápido nele e juntou suas roupas caídas ao chão. Antes de sair direcionou um último olhar ao garoto, sorrindo em seguida.
... ... ... ...
Ao acordar o Décimo Vongola estava suado e ofegante. Sentou-se sobre a cama quase num salto, só então olhando ao seu redor.
Seu quarto parecia normal. Exatamente do jeito que se lembrava estar quando foi dormir.
– Reborn!
Um clarão do que havia "acontecido" atravessou seus pensamentos. Imediatamente buscou-o com o olhar. Encontrou-o dormindo na rede, quase ao lado de sua própria cama.
Ele ainda parecia ter cinco anos de idade...
– Aquilo foi... Um sonho?
Não sabia explicar o porquê, mas de alguma forma sentiu-se "desapontado". Não sabia exatamente o esperava encontrar, mas, definitivamente, não era aquilo...
Talvez esperasse encontrá-lo com aquela aparência adulta e então ele o beijaria. E se tudo aquilo realmente não havia acontecido, poderiam torná-lo realidade...
"O que eu estou pensando?!"
Tsuna repreendeu-se mentalmente ao ver o rumo que aquilo tomava. Havia sido apenas um sonho insano. Nada mais.
Por mais que tentasse, aquelas palavras não o convenciam. Queria acreditar que aquilo havia acontecido...
"Será que se eu perguntar..."
– Nee, Reborn...?
Não houve resposta. Ainda chamou-o mais algumas vezes, mas aparentemente ele dormia um sono profundo, o que fez o garoto desistir de continuar.
"Foi apenas um sonho..."
Tsuna suspirou cansado e voltou a deitar-se, porém sabia que não dormiria mais aquela noite. Estava confuso e, de certa forma, irritado demais. Rolou sobre a cama tentando achar alguma posição que lhe agradasse, mas não teve sucesso.
Agora encarando a parede, abraçava seu próprio corpo. Ainda podia sentir como se fosse ele que o tocasse...
– Por quê?
A pergunta escapou por seus lábios enquanto uma lágrima solitária rolava por sua face. Não entendia que sentimento estranho era aquele, apenas sentia que lhe faltava algo. Como se seu coração não estivesse "completo".
– Por quê?!
A pergunta se repetiu a medida que seu choro aumentou. Por estar de costas, o garoto não viu que Reborn agora estava virado em sua direção.
O hitman não estava tão "acordado" quando o outro o chamou, mas ainda sim pôde ouvi-lo. Apenas preferiu não respondeu.
Por mais doloroso que pudesse ser, era melhor que tudo ficasse assim. Tsuna merecia algo que não poderia lher dar. Jamais.
"Nunca esqueça que eu estive em seus sonhos..."
A madrugada ainda corria tranquila por toda Namimori, mas na casa dos Sawada apenas duas pessoas não conseguiam dormir um sono pesado, livre de qualquer problema ou preocupação.
Fim
¹"Dame-Tsuna", ou simplesmente "Bom-em-nada-Tsuna".
Notas da autora: Final horrível. Fato.
