The Darkest Hour In My Heart

Foi naquele momento, quando eu não fui capaz de atirar nele, que senti meu coração sendo eclipsado pela dor.

Eu, tão impotente, tão patético, tão submisso àquela existência. Com o terror pesando tanto sobre mim a ponto de me obrigar a cair de joelhos.

E ele, tão imponente, tão austero, emanando toda a sua glória e seu poderio. Olhando-me de cima, com os orbes de um índigo tão profundo, que seriam lápis-lazúlis se houvessem veios de ouro correndo por eles, trazendo uma profunda decepção, causada por inúmeros fatores, mas, sobretudo, por eu não demonstrar resistência o suficiente, por eu permitir que ele se fosse de forma tão fácil.

Você parecia ser... tão maior...

Meus olhos arregalaram-se perante tal constatação e todo o fluxo de lágrimas tornou-se maior, se precipitando pela minha face tal qual a chuva precipitava-se do céu.

Não havia o que fazer além de lamentar minha fraqueza e rezar para que os dias que viriam para eu e ele – pois não existia mais o "nós" – fossem claros e prósperos para Alfred, enquanto eu me contentaria em suprimir e disfarçar o sofrimento que para sempre estaria marcado a ferro em minha alma.

Deste momento em diante meu coração permaneceu em sua hora mais sombria, fria e solitária que jamais havia presenciado antes.