Sam? Quem é Sam?
A destiempo van viniendo
tus fantasmas a escupirme
tus recuerdos
Sabe aquela vontade de mandar todo mundo a merda? Se já sentiu ou sente isso, bem vindo ao clube dos miseráveis de saco cheio. Eu sou Leah Clearwater, membro honorário e líder do clube. Ascender um cigarro e dar um trago, é tudo o que eu posso desejar fazer, na esperança de que isso me mate mais rápido. É claro que não funciona, a bebida nem faz cocegas e eu não vou morrer por um câncer de pulmão, lobisomens não morrem tão fácil.
Sabe o que eu realmente queria? Uma bala, disparada entre meus olhos. Também não vai me matar, mas com sorte vai apagar minha memória permanentemente e eu esqueça essa coisa amarga e masoquista que eu me tornei. Não, eu não gosto de dor, só me acostumei com ela muito mais do que aquilo que é saudável a um ser humano normal. Eu também não sou normal, então não deveria me preocupar, certo?
Eu queria, sinceramente, saltar de um penhasco e poder manter a sensação da adrenalina em minhas veias e o coração tão acelerado que chega a doer dentro das costelas. Porque quando você está saltando, não se pensa em nada além daquela sensação pungente de liberdade desmedida. Nada de transformação, nada de dever, de lealdade a matilha, ou qualquer merda que os anciãos vivem colocando em nossas cabeças. Fechar os olhos e saltar, simples assim. Era a única hora do meu dia que eu não pensava nele.
Ele...Eu não quero falar dele. Mas parece que é meio inevitável. Está ali, sobre a minha pele morena, em qualquer lugar indefinido do meu corpo, como um câncer negro que se espalha rapidamente. Uma gota de veneno que se propaga em minhas veias, que turva meu cérebro. Um par de mãos fortes ao redor do meu pescoço, me asfixiando. Talvez já tenha ouvido dizer que amor dói. Colega, você não faz nem idéia do quanto!
Pra mim é como ter cada osso do seu corpo quebrado em três partes, sem a menor chance de cura. Te imobiliza em um estágio de dor permanente e amargura, não tem princípio nem fim e mover um músculo é quase insuportável. As vezes a morte, ou pelo menos o silêncio, são infinitamente preferíveis.
fuiste una comida sin vino
una piedra del destino
un domingo de resaca
Então é o seguinte! Eu to pouco me fodendo se ele está prestes a se casar com a minha prima! DÁ PRA ACREDITAR NISSO?! Alguém lá em cima deve ter um senso de humor muito deturpado! Eu quero que aqueles dois morram asfixiados com tanto "amor sublime" e livrem o mundo de todo esse melodrama! Eu não ligo, eu não quero nem saber!
Ele nem é lá essas coisas! Está ficando velho e com tantos outros garotos na reserva nem é tão difícil arranjar uma boa visão pra deixar o dia mais colorido! Músculos morenos e bem definidos é coisa bem comum por aqui, até meu irmão pirralho tem! Então por que eu não consigo esquecer de quando dele me chamava de Lee-Lee de manhã? Por que eu não consigo desejar que ele sofra a metade do que eu estou sofrendo? Eu devo ser muito idiota mesmo!
Emily, eu queria muito conseguir odiá-la pelo que ela fez, mas é inútil. Não tem como culpá-la por isso. Nem como dizer que ela é a infeliz que roubou o cara que era meu, porque a coisa não funciona assim. Ela não teve escolha, ele também não. Além do mais, ela era como uma irmã, minha melhor amiga e eu sei, por mais ridículo ou ingenuo que possa soar isso, que ela preferia ser atropelada sucessivas vezes a me ver sofrendo daquele jeito. Mas eu não queria a pena dela, nem dela nem de ninguém. Sou dura na queda, ou pelo menos gosto de pensar que sim.
O que se faz pra esquecer que você é a miserável mal amada, que nem mesmo pode ter filhos, porque alguma coisa naquele corpo de mulher loba obviamente não funcionava direito? Eu não pensei muito, fui pelo instinto. Me mandei de La Push na véspera do casamento deles. De lembrança, só deixei uma nota pra minha mãe presa na geladeira. Joguei uma mala pequena no banco de trás do carro e pisei fundo. Próxima parada: Las Vegas!
Cara, eu atravessei o país inteiro naquele carro velho. Foram dias na estrada, comendo pouco, dormindo menos ainda. Viva a cafeina e os energéticos! É claro que viajar como loba seria muito mais rápido e eu não tinha que respeitar limites de velocidade, mas é tremendamente inconveniente levar bagagem quando se está transformada. Eu não me importava com tempo, eu não tinha preça nem de chegar, nem de voltar pra casa. Elvis era a melhor companhia que eu poderia ter naquele momento.
Atravessar o deserto quando se está habituada ao clima horrível da Península Olimpyc foi torturante e minha temperatura corporal elevadíssima também não ajudava. Aposto que poderia fritar um ovo na testa sem problema nenhum! A essa altura aquela dieta de ovos com bacon já estava me enjoando muito!
Quando consegui avistar no horizonte os letreiros iluminados da cidade, foi como sentir uma luz acender dentro de mim. Esperança, e eu não sabia o que era isso a um bom tempo. Meu carrinho cortou a cidade muito rápido, até demais pra sua idade avançada. Procurei uma pensão barata, bem do tipo muquifo! Paguei adiantado por um mês, até lá eu teria um emprego e poderia procurar um apartamento pequeno pra morar, o resto das minhas economias dariam pra sobreviver.
Joguei minha mala em qualquer canto do quarto pequeno, feio e mofado. Corri para o chuveiro pra tomar um bom banho e tentar parecer gente. Em Las Vegas, ninguém estranharia a minha aparência, ou repararia muito, essa é a cidade onde o mais bizarro e o mais vulgar convivem muito bem. Enquanto a água caia sobre mim eu pensei em Sam, que a esta altura estava casado com minha prima. Me contive pra não socar a parede e fazer um buraco ali.
Sai do banho e coloquei um jeans e uma regata qualquer, estava sem paciência pra pensar no que vestir pra encarar o desconhecido. Um pouco de maquiagem nos olhos e eu sai, precisava de uma bebida antes que as memórias voltassem a me assombrar. Sem muita atenção eu acabei indo parar no bar de um cassino qualquer. Não é difícil encontrar esse tipo de coisa, estou em Las Vegas, isso é que nem água por aqui.
Escorei no balcão e pedi uma cerveja. Nada de drinks elaborados, meu gosto era bem simples nesse sentido e tudo que eu podia esperar é que ela estivesse gelada. Fazia um calor dos infernos ali. O brilho das máquinas me cegava um pouco, me dava uma dor de cabeça leve e o barulho do lugar não ajudava. Sem brincadeira, em meia hora devo ter visto uns três Elvis passando por mim. Era ridículo, já que em um deles a barriga mal cabia na roupa e ele não sabia rebolar.
Eu podia notar alguns olhares sobre mim, mas eu não dei muita atenção, naturalmente. Sam ainda estava lá, martelando minha cabeça, me causando aquela dor infernal. Queria poder arrancar meu coração com as unhas, seria mais prático do que espera-lo se consumir em angustias e sofrimento. Cara, eu estava no inferno e o diabo usava peruca de Elvis, com costeletas e tudo.
fuiste una tarde en el infierno
una noche en el aeropuerto
una invierno sin mantas
Olhei para moeda em minhas mãos, o troco da cerveja. Será que aquele era o meu dia de sorte? Ou eu colocaria ela em um caça niqueis e descobriria que eu não nasci para isso? Azar no amor, sorte no jogo. Talvez pudesse dar certo. Sai do balcão e fui à maquina mais próxima. Coloquei a moeda dentro e puxei a alavanca, com cuidado pra não quebrar nada. Observei angustiada as figuras passando uma a uma e pararem em uma posição. Cereja, cereja de novo e....Meu coração vacilou, mas a máquina pulou a ultima cereja. Parou num sete dourado. Definitivamente eu não tinha sorte.
Voltei para o balcão e pedi outra cerveja. Talvez eu devesse falar com o gerente dali e pedir um emprego. Eu estava no segundo gole quando senti meus músculos todos se contraírem e uma sensação familiar de alerta. Aquilo era instinto, puro e simples, perigo por perto. Eu estava tentando clarear minha mente e pensar no que fazer, minhas mãos já tremiam, mas eu não podia me transformar dentro de um cassino. Respirei fundo, sentindo a tensão se espalhar por mim. Fique calma, Leah!
Foi quando senti alguém se escorar no balcão ao meu lado, cada pelo do meu corpo se arrepiou em resposta imediata e com muito cuidado eu olhei para ver quem era. Alto, esguio como uma pena, mas visivelmente forte. O rosto tinha traços bem marcados e quadrados, o cabelo castanho escuro era um pouco longo e desordenado, ele havia tentado afasta-lo dos olhos, mas alguns fios teimavam. E os olhos, é claro, olhos de alguém que vive focado, preparado pro ataque, num intimidador tom de verde musgo. Era lindo, e sem sombra de dúvidas, era perigoso. Ele me encarou por um segundo, acho que o tempo parou ali. O rosto estava sereno, mas o olhar era tão objetivo e intimidador que me fez travar. Então ele sorriu.
Não precisa ficar tensa por minha causa. - a voz parecia veludo. Acho que nem um sanguessuga tinha uma voz clara, profunda e suave como aquela. Deus do céu, aquele homem estranho era quase tão bom quanto chocolate derretido. - Não queremos causar confusão aqui, não é mesmo? - meu sangue gelou, ele sabia o que eu era. Minha expressão facial deve ter sido muito obvia, ele sorriu de novo e bebeu um gole do copo de uísque que tinha nas mãos. - Acho que te assustei, não foi minha intensão. - ele disse descontraído – Eu sou Áquila, é um prazer conhecê-la. - ele estendeu a mão livre para mim. Sam? Quem é Sam? Aquele homem MARAVILHOSAMENTE perigoso e sexy estava falando comigo e eu nem conseguia lembrar meu nome direito. Apertar a mão dele fez meu corpo sentir milhares de descargas elétricas.
Leah Clearwater. - respondi, tentando parecer indiferente, coisa que eu não estava.
O que trás uma nativa-americana a Las Vegas? - ele perguntou sorrindo – Você não parece ser daqui.
Pode-se dizer que eu estou fugindo. - respondi enquanto aquele peso chamado Sam voltava ao meu coração – E você tem razão, não sou daqui. Sou de uma cidadezinha chamada Forks. Melhor, sou de uma reserva chamada La Push que fica perto de Forks.
Já ouvi falar do lugar. - ele riu, parecia satisfeito – Na verdade, eu estava indo para lá quando algo desviou meu caminho consideravelmente para Las Vegas. - arqueei uma sobrancelha.
E o que seria? - perguntei dando outro gole na cerveja.
Pode-se dizer que eu estou fugindo também, mas por motivos diferentes dos seus, eu acho. - ele também bebeu mais um gole do uísque. - Está querendo esquecer alguém, não é? - meus olhos se arregalaram quando ele disse aquilo. Quem era aquele homem a final? Como ele parecia saber tanto sobre mim?
Como sabe disso? - perguntei. Ele riu um riso abafado.
Não sabia, mas você acabou de confirmar minha suspeita. - ele respondeu divertido, foi quando notei o sotaque engraçado na voz dele. Britânico? Talvez fosse, se não houvesse algo meio brusco na forma como pronunciava as palavras. - O que um cara pode fazer pra que uma garota como você sinta necessidade de fugir? - ele perguntou, me encarando com aqueles olhos intimidadores, que pareciam estranhamente quentes agora. Suspirei pesadamente.
Casar com a minha prima. - respondi desanimada.
Que idiota. - ele respondeu – Me parece um grande desperdício a troca que ele fez. - Áquila respondeu com um meio sorriso. Ele definitivamente estava flertando comigo e eu não sabia o que fazer. A lembrança de Sam estava ali ainda e ouvir aquele estranho chamá-lo de idiota fazia meus dentes trincarem.
É difícil de explicar. - respondi relaxando um pouco – Não foi o tipo de coisa que eles pudessem evitar, aconteceu e de repente eu estava sobrando na história. Como aquilo ia me enlouquecer cedo ou tarde, eu preferi virar as costas e viver minha vida longe.
Não pretende voltar pra casa? - ele perguntou e eu vi seus olhos entristecerem um pouco.
Um dia, talvez. Por enquanto eu preciso de um tempo longe daquilo tudo. - matei o resto da cerveja.
Qual é o seu animal? - Áquila perguntou certeiro como uma flecha. Eu fiquei assustada com aquilo. Ele realmente sabia o que eu era, mais do que isso, ele encarava aquilo com uma naturalidade assombrosa! Ele devia me chamar de aberração ou coisa assim. Eu não sabia o que dizer, mas com o sorriso pacífico e compreensivo que ele me lançou, eu não consegui dizer nada além daquilo que ele havia perguntado.
Loba. - foi a única palavra que eu disse. Ele pareceu surpreso e então sorriu. Juro que senti minhas pernas fraquejarem.
Uau, isso é bem diferente. - ele parecia divertido, satisfeito com aquilo – Achei que fosse uma felina, mas acho que você não se parece com uma, de qualquer jeito.
Certo, acho que essa conversa está ficando estranha de mais pro meu gosto. - respondi me afastando um pouco do balcão na intensão de sair dali. Então ele segurou meu pulso, impedindo que eu saísse de lá. Parecia preocupado.
Não vá. - ele não estava pedindo, estava quase ordenando. Aquilo me arrepiou – Eu não estou tentando assustar você ou nada disso. É que...Você não é a única "amante da natureza" aqui. - ele sorriu pra mim – Ficaria surpresa se soubesse quantos iguais a nós existem por ai.
O que quer dizer com "nós"? - eu o encarei desconfiada, ele deu um meio sorriso que mandou minha racionalidade pro espaço. Jesus! O demônio tinha nome! Áquila!
Acho que o bar de um cassino não é o melhor lugar para falar sobre isso, não concorda? - ele falou com aquela voz de veludo enquanto seus olhos perigosos suavizavam.
Não sou uma vagabunda que vai pra cama de um desconhecido que conheceu num bar. Você está me confundindo com outro tipo de mulher. - rosnei enquanto sentia os tremores percorrerem meu corpo. Droga! Se ele me fizesse perder a paciência as coisas ficariam muito feias! Então ele notou o que poderia acontecer, mas não me soltou, assim como não quebrou o contato visual. Ele começou a acariciar minha mão com cuidado, mantendo um sorriso calmo no rosto.
Mantenha a calma e o foco. - ele sussurrou – Se ficar irritada vai acabar explodindo aqui dentro e nós dois teremos problemas. Não acho que seja uma vagabunda e me insulta que pense assim de mim. Só estou dizendo que será mais fácil ir para um lugar mais reservado, caso um de nós perca o controle, não haverão testemunhas. - a voz dele me acalmou de um jeito que só aquele vampiro loiro tinha feito. Eu não conseguia mais ficar nervosa, não quando ele falava e sorria pra mim daquele jeito. Áquila era perigoso, alguém que sabia ser tão persuasivo tinha um foco constante e era objetivo quando queria algo. Ele queria algo de mim, eu só não sabia o que.
Onde sugere? - perguntei desconfiada. Ele sorriu.
Estou hospedado no hotel deste cassino. Acho que o quarto é espaçoso o bastante, caso algum incidente aconteça. Eu só quero conversar com você, Leah. - não consegui duvidar dele, apenas aceitei. Então ele me conduziu por todo salão do cassino, colocando o braço ao redor dos meus ombros. Mesmo que ele quisesse me levar pra cama, não teria problemas com isso. Eu não me sentia capaz de recusar nada a ele, meu corpo e minha consciência diriam sim para tudo o que ele quisesse. Entramos no elevador em silêncio, ele apertou o ultimo botão. Ótimo, ele estava hospedado na cobertura!
Quando a porta do elevador se abriu notei que só havia um quarto no andar. Ele abriu a porta e então eu tive que segurar meu queixo para que ele não caísse no chão. Era inacreditável o tamanho daquela suíte. Do tamanho da minha casa em La Push e totalmente bem decorada. Áquila se movia lá dentro como um tipo de fantasma, silencioso e rápido. Ele providenciou uma outra cerveja pra mim e logo se serviu de mais um copo de uísque.
Então ele parou na minha frente e me indicou o sofá para que eu me sentasse. Eu me sentei e ele preferiu ficar na poltrona em frente, mantendo uma distância obviamente respeitosa. Ele queria ganhar minha confiança. Como se fosse preciso muito esforço da parte dele, eu não estava pensando direito com ele por perto, como se tudo em mim convergisse para dizer e fazer tudo o que ele queria. Aposto como eu não escaparia se ele quisesse o que eu estava querendo que ele quisesse. É exatamente o que você está pensando neste minuto. Ele voltou a sorrir e aquilo uma hora ia me matar.
Eu estou indo para Forks por um motivo muito específico. - ele começou. Como eu não disse nada, ele continuou – Fiquei surpreso quando me disse que vinha da reserva de La Push, porque o que me leva a Forks é justamente conhecer as lendas dos Quileute. - ele tinha um ar de satisfação no rosto – Justamente as que falam de criaturas como nós. - então ele apontou para si e para mim.
Quer que eu acredite que você é como eu? - eu arqueei uma sobrancelha – Você não me parece um lobo. - eu o analisei por um segundo – Você é meio...Fraquinho, pros nossos padrões, pelo menos. - aquilo não o ofendeu, ele estava rindo.
Não, eu não sou um lobo. - ele respondeu – Mas posso me transformar em um animal. Sou um transmorfo como você, pude sentir no seu cheiro, pude sentir na energia que você exala, na maneira como se move. Um humano não pode ver isso, mas eu já estou tão acostumado a perceber as diferenças que de certa forma fui atraído até você.
Qual é o seu animal, então? - eu perguntei meio desconfiada. O sorriso dele era ainda mais satisfeito agora.
Meu nome não te dá nenhuma idéia? - ele perguntou – Achei que fosse bem obvio.
Águia? - arqueei uma sobrancelha e ele confirmou com a cabeça. Agora os olhos dele faziam todo sentido do mundo – Que falta de criatividade! - ele riu do meu comentário.
Existem mais pessoas como nós de onde você veio? - ele perguntou e aquilo me deixou incomodada. Até agora eu estava arriscando só a minha vida, a minha parte do segredo. Responder a ele significava expor toda matilha, tanto de Sam, quanto de Jacob. Ele pareceu entender meu dilema. - Entendo que possam existir segredos quando se tem uma vida como essa, gostaria que você entendesse que eu também faço parte deste mundo e não tenho motivo algum para desejar o seu mal ou de qualquer outro que compartilhe esse segredo, Leah.- respirei fundo. Havia alguma coisa que ele me pedisse que eu não fosse capaz de entregar na mesma hora?
Uns doze, eu acho. - ele realmente ficou espantado com o número.
Algum macho? - ele continuou, um pouco ansioso. Achei a pergunta meio idiota. Olá! Só eu sou uma fêmea lobo anormal!
Todos, menos eu. - respondi. Ele arregalou os olhos. - Eu sou a anormal do bando, a única garota esquisita.
Que animais? - ele perguntou após se recuperar do susto.
Lobos. - respondi automaticamente.
Todos lobos?! - ele realmente estava espantado – Não me surpreende que não tenha encontrado vocês antes, são muito fáceis de confundir com lobisomens. - ele disse e então em algum lugar um telefone tocou. Ele puxou o aparelho de dentro do bolso e atendeu imediatamente. A voz do outro lado da linha era feminina, agitada e meio autoritária. O cara tinha uma namorada ciumenta então. Aquilo acabou com minhas esperanças de um flerte. Acho que não era meu dia de sorte. A imagem de Sam voltou a minha mente, mas desta vez casado e ao lado de Emily. Foi com um certo alívio que percebi que não doeu como antes, parecia algo nostálgico. Talvez eu estivesse me acostumando à dor.
fuiste y lo importante ha sido eso
que es pasado aunque me quejo
ni te extraño ni te siento
fuiste una mañana de lunes
un escenario sin luces
una vela que se apaga
Ele falava com a mulher no telefone, sua voz e seu rosto pareciam cansados. Talvez estivessem em crise. Talvez ele estivesse fugindo dela. Áquila, mesmo que estivesse impaciente com a garota, ainda agia como um perfeito cavalheiro. Ele parecia um executivo tratando de negócios importantes, tão focado no objetivo que por mais que o cliente irritasse ele mantinha na mente um objetivo maior do que ele próprio. Ele não era um lutador, nem mesmo seu animal sugeria isso. Ele era um estrategista, possivelmente um espião. Com este ultimo pensamento eu me senti alarmada, mas antes que pudesse agir ele já tinha terminado de falar com a mulher e voltava a se concentrar em mim.
Desculpe por isso. - ele falou apontando para o celular enquanto o desligava.
Namorada? - perguntei meio desanimada e ele sorriu um sorriso compreensivo e aliviado.
Não mesmo. - respondeu satisfeito – Era minha chefe querendo saber o que raios eu estou fazendo em Las Vegas. - eu ri.
E qual foi sua desculpa? - perguntei e ele se sentou mais confortavelmente na poltrona.
Nenhuma, disse que tinha achado o que procurávamos fora de La Push. - ele respondeu simplesmente. Eu fiquei ainda mais alarmada com aquilo. Mais pessoas sabiam sobre mim! Sobre minha matilha! Comecei a tremer de cima a baixo. - Leah, acalme-se. - a voz dele soou suave e macia em meus ouvidos. Uma dose de calmante natural. - Não tem que se preocupar com ela. Leona é como nós também. - ele disse e aos poucos eu me contive.
O que? - eu perguntei chocada.
Isso mesmo. - ele respondeu – Ela é a chefe do meu bando. - uma mulher alfa?! Aquilo realmente me assustou. Então eu não era a única! - Como vê, você não é uma fêmea anormal. Aliás, eu conheço algumas fêmeas como nós. Leona é só a mais geniosa delas. - ele riu da própria piada. - Acho que também não é difícil adivinhar o animal dela.
Leão. - eu disse rindo e ele concordou.
Leoa, ela ficaria brava se eu não fizesse a distinção. - ele disse simpático – Há também uma Cheetah, uma Pan, de pantera; uma Tigra, tigresa e uma onça pintada que não escolheu seu nome, mas como é a mais nova chamamos de Jaguatirica. - ele riu junto comigo – Criatividade não é nosso forte, como pode ver. E eu tinha todos os motivos do mundo para me achar o "macho anormal" da história.
E de onde são? Como conseguem viver em bando quando são tão diferentes? - perguntei chocada. Áquila soltou a gravata que usava e desabotoou dois botões da camisa, em seguida tirou o paletó que usava. Certo, eu confesso que tive idéias que não deveria.
Leona e Tigra são irmãs, a família delas é de origem inglesa, mas elas nasceram e cresceram na África do Sul. Cheetah também é de lá, mas é de origem cem por cento africana. Elas se encontraram quando Leona entrou para a faculdade ou algo parecido. As outras foram encontradas quando as duas irmãs começaram a pesquisar sobre as lendas que falavam de transmorfos. Pan é da Índia e a nossa Jaguatirica é do Brasil. - ele disse amistoso. Tinha falado de todas, menos dele, quem eu mais queria saber!
E você, de onde veio, ou como as encontrou? - eu bebi mais um gole da cerveja. Ele então ficou um tanto sério, mas disfarçou com outro sorriso estonteante. Eu ia acabar me viciando nisso!
Eu vim da Itália e estava em Joanesburgo quando vi aquele grupo nem um pouco comum. Eu as procurei e encontrei. - ele disse divertido – Leona quase teve um enfarto quando eu apareci perguntando se ela se transformava em águia também. Eventualmente encontramos outros como nós, mas são difíceis de achar, já que nos guiamos por lendas e mitos para encontra-los.
Então vocês chegaram às lendas do meu povo. - constatei e ele confirmou com a cabeça. Eu não sabia quanto tempo eu tinha passado ali, com ele, mas com certeza estava tarde e eu precisava dormir um pouco – Áquila, foi muito bom conhecer você, mas acho que já está na minha hora de ir. - eu me levantei, mesmo que cada milímetro do meu corpo dissesse que eu devia ficar ali. Meus instintos estava ficando muito alterados, talvez fosse por causa daqueles sorrisos ou daqueles olhos perigoso. Antes que eu pudesse abrir a porta, Áquila estava atrás de mim, com a mão sobre a minha mão ao redor da maçaneta. O calor da pele dele contra a minha foi atordoante, tanto quanto a respiração dele tão próxima do meu pescoço.
Não vá, Leah. - ele pediu, era quase uma súplica. Minhas pernas amoleceram e eu senti que cairia no chão a qualquer minuto. Ele estava muito próximo de mim, e aquilo ia acabar com a minha sanidade de maneira muito mais rápida do que Sam. O nome de Sam parecia um eco sem sentido dentro da minha cabeça agora.
fuiste una guerra inacabada
un puñal cuando se clava
un incendio en las montañas
fuiste y lo importante ha sido eso
que es pasado aunque me quejo
aunque me quejo a destiempo
Eu tenho que ir, Áquila. Preciso dormir, sabia? - tentei ser convincente, o que eu não estava conseguindo muito bem. Ele afastou minha mão da maçaneta e girou meu corpo graciosamente para que eu ficasse de frente pra ele, encarando-o nos olhos.
Por que está tentando fugir de mim dês da hora em que me viu? - ele perguntou suave – Sei como é ter instinto aguçado, mas eu não quero fazer mal a você. Não pode estar sentindo que eu sou um inimigo porque eu não me sinto assim com você. É bem o contrário disso, eu diria. - a voz dele não passava de um sussurro. A mão dele agora estava pousada em minha cintura e seus dedos roçavam contra minha pele exposta pela blusa curta. Eu conseguiria sair dali? Eu tinha alguma chance de não ceder a ele? - Por que está fugindo de mim, Leah?
Há vários motivos, na verdade. - minha parte racional falou, mas não parecia convincente. Ele me encarou com aquele olhar arrebatador, misturado com curiosidade. - Conheço um estranho num bar e tudo nele parece gritar para os meus instintos "perigo!". Um estranho que diz ser como eu e eu acredito porque sinto as "semelhanças", mas seria confiável? Um estranho que consegue me persuadir sem esforço algum a ir pro quarto dele e agora não me deixa sair. - ele sorriu como alguém sorri para uma criança teimosa. Sua mão livre retirou uma mecha de cabelo que caia sobre meus olhos e depois afagou minha bochecha. A esta altura, minha racionalidade estava BEM comprometida.
Faz parecer que sou algum tipo de agente secreto. - ele riu – Me chame de Bond, James Bond.
Não estou brincando! - aquilo parecia mais um ronronar do que um rosnado. Ele não parou de acariciar o meu rosto.
Eu não sinto que você é uma estranha. Me pergunto o por que disso. - ele disse suavemente - Sei que é perigosa, como eu. É fácil perceber que seu temperamento e sua força são difíceis de controlar e isso a torna um tipo de bomba relógio, sem falar na sua velocidade. Ambos somos perigosos, Leah, mas isso não quer dizer que vamos fazer mal um ao outro, não é? - ele continuava falando com sua voz de mel, desmontando meus argumentos sem esforço nenhum – Sou confiável na medida que você é, mas eu não me sinto capaz de tentar nada contra você. Acho que está bagunçando meu senso de autopreservação. - ele riu quando disse a ultima frase – E eu não acho que tenha convencido você a vir até aqui, assim como não estou te convencendo a ficar. Se quisesse sair, já teria feito sem grande esforço.
Com você me confundindo? - mais uma vez eu ronronei, ele estava roçando o nariz contra o meus pescoço.
Então diga que não me quer. - ele disse como se aquilo fosse a coisa mais fácil do mundo – Me afaste e eu não voltarei a perturbá-la. - ceder tão fácil me parecia errado. Eu não amava ninguém além de Sam e eu não mudava de sentimentos tão facilmente, ou ao menos eu esperava que não. Mas onde estava Sam agora? Casado e apaixonado por outra. Onde eu estava? Solteira, em Las Vegas, no quarto de um homem maravilhoso e que estava me seduzindo sem grandes dificuldades. Eu merecia ser feliz? Eu merecia aquela sorte? Ou eu acordaria no dia seguinte me sentindo miserável? - Seja quem for que magoou você, não posso acreditar que tenha cometido uma burrice dessas. É ele quem está te impedindo, não é? Ainda está presa a lembrança dele. - Áquila lia pensamentos também?
Não estou presa a nada... - murmurei e ele beijou meu pescoço de leve.
O que ele é pra você agora que está casado? - ele afastou o rosto do meu pescoço e voltou a me encarar nos olhos. Era uma expressão que eu nunca tinha visto, mas parecia com o rosto de Jacob quando teve o imprinting. Um arrepio percorreu meu corpo. O que Sam era? A resposta me acertou mais rápido do que eu podia esperar.
Passado. - respondi sem vacilar e Áquila sorriu satisfeito.
Sente falta dele agora? - ele beijou minha bochecha.
Não. - respondi fechando meus olhos automaticamente.
a destiempo van viniendo
tus fantasmas a escupirme
tus recuerdos
en mi alma otro saco de cemento
en mi cabeza malos pensamientos
fuiste un cuba libre sin hielo
un demonio en el cielo
ni exagero ni te miento
Eu gostaria muito de dizer que não vou te magoar, mas eu não posso prever o futuro sem o risco de estar mentindo pra você. - ele disse fazendo o contorno dos meus lábios com os dedos – Então eu prometo ser sincero com você. Posso mentir para qualquer um, menos pra você.
Não quero promessas. - respondi meio entorpecida.
E eu não quero nem seu passado, nem ser como ele foi para você. - ele respondeu objetivo – Só me interessa o seu presente e o seu futuro. Todo resto eu posso ignorar. - ele me beijou. Não vou tentar descrever como, mas ele me beijou e eu senti meu coração arder, como uma fênix que acabava de renascer das cinzas. Meus receios, meus medos em relação aquele estranho conhecido, evaporaram. Eu estava entregue.
As mãos dele eram precisas, alcançavam justamente os pontos que eu desejava ser tocada e acariciada. Como se ele lesse meus pensamentos, ele sempre fazia exatamente o que me dava mais prazer, como agarrar os cabelos da minha nuca e morder meu lábio inferior. Ele suspendeu minha blusa e a retirou sem problemas, deixando meus seios expostos e acariciando-os com habilidade. Apertava, massageava, arranhava e tudo o que eu conseguia fazer era fechar os olhos e jogara a cabeça para traz.
Minhas mãos se tornaram urgentes. Desabotoei a camisa que ele usava para sentir melhor a pele dele contra a minha. Áquila, sem que eu percebesse, me conduziu ao quarto. Eu não reparei no lugar, apenas senti a cama contra as minhas costas, tão fofa que parecia uma nuvem. Áquila se afastou de mim e eu fiquei atordoada com aquilo. Queria ele, queria o calor dele. Eu estava deitada na cama e ele de pé ao lado dela, sorrindo. Os olhos dele estavam escurecidos, puro desejo. Ele me deu as costas enquanto pegava alguma coisa dentro da mala. Ele tinha uma tatuagem de águia nas costas, uma águia em pleno ataque que estranhamente se parecia com ele.
Então ele voltou até mim, com um lenço preto e algo que se parecia com uma corda de seda. Eu devia ter ficado alarmada com aquilo, me parecia evidente o que ele faria com a corda, mas uma onda de adrenalina passou pelo meu corpo e agora eu estava curiosa pra saber até onde ele iria me levar. Sam não era criativo, também não ligava muito para as preliminares, talvez por isso minha primeira vez tenha sido tão dolorida. Áquila era determinado, aparentemente não só em ter prazer, mas em da-lo também.
Ele suspendeu meus braços a cima da cabeça e com agilidade prendeu meus pulsos um ao outro com a corda de seda. Em seguida prendeu a corda a cabeceira da cama e começou a me beijar de novo. Sua boca percorreu meu pescoço e seios, se detendo nos mamilos e sugando-os com vontade. Tudo o que eu conseguia fazer era gemer. Ele se posicionou entre as minhas pernas, ainda cobertas pela calça jeans. Ele desabotoou a calça e deslizou até que eu estivesse apenas de calcinha diante dele. Ele sorriu malicioso para mim. Afastou-se novamente para dobrar o lenço preto. Uma venda!
Ele voltou a se aproximar. Colocou a venda em meus olhos e beijou minha bochecha e depois minha boca. Sem minhas mãos e sem meus olhos, todos os outros instintos reagiram imediatamente. Eu ouvia muito mais claramente, eu sentia os odores muito melhor do que antes e minha pele parecia hiper sensível. A espectativa, os instintos apurados e a adrenalina no sangue estava me enlouquecendo. Eu não tinha chegado ao orgasmo, mas do jeito que estava não demoraria muito a acontecer.
Relaxe. - ele sussurrou com a voz rouca, próximo ao meu ouvido. Senti sua mão apertar meu mamilo com força, me fazendo gemer alto – Já brincou com seus sentidos antes? - ele perguntou. Resmunguei qualquer coisa em negação a pergunta dele. Ouvi o riso baixo próximo ao meu ouvido – Normalmente os nossos sentidos são mais aguçado do que os de um humano. Retirar um deles provoca uma sensibilidade ainda maior. - a mão dele deslizou pelo meu abdômen e alcançou meu clitóris, fazendo pressão e massageando-o. Eu queria gritar de prazer, ao invés disso me contorci embaixo dele e mordi meu lábio inferior com tanta força que senti o gosto de sangue. - Vou torturar você um pouco, fazer você desejar tanto que eu esteja dentro de você que vai achar que está prestes a enlouquecer. - ele continuava me massageando com força, tanta que eu queria cruzar minhas pernas tentando contar aquela sensação irrefreável de orgasmo. Ele não deixou, já que estava entre elas. Sem aviso enfiou dois dedos em mim e eu gritei. - Você me quer, Leah? - ele perguntou irritantemente calmo! Gemi outra vez e ouvi o riso dele.
S...Sim. - foi tudo que consegui dizer antes de outro gemido alto. Ele beijou meu pescoço outra vez. Então ele tirou os dedos de dentro de mim e eu protestei. Senti o corpo dele se afastando de novo. Ele ia me deixar louca. Ouvi o barulho do zíper descendo e algo sendo atirado ao chão. Depois ouvi minha calcinha ser rasgada e me senti totalmente indefesa. Ele realmente estava me torturando, me deixando louca.
Senti algo roçando contra a minha entrada e o peso dele sobre a cama fofa. Ele não fez nada, apenas voltou a me beijar e brincar com meus seios. Tentei mover o quadril para provoca-lo, mas ele não fez o que eu queria. Desceu a mão pelas minhas pernas, apertando e arranhando com vontade. Queria gritar com ele, mas não conseguia fazer nada além de gemer.
Então, sem aviso algum, ele me penetrou com força e se eu pudesse teria me agarrado aos lençóis da cama. Ele se movia com uma precisão calculada, sempre forte e lento, ainda me torturando quando tudo o que eu queria era velocidade. Eu não durei nem cinco minutos com ele, antes que eu tivesse qualquer intenção de me controlar eu já estava no céu, enquanto ele continuava firme. Senti a alteração na respiração dele, os movimentos ficarem mais difíceis pra ele também, enquanto eu já estava a caminho de outro orgasmo. Finalmente ele explodiu e me arrastou junto de uma maneira quase violenta. Nunca, nem de longe, eu havia sentido tanto prazer.
Áquila soltou minhas mãos, senti como se elas fossem feitas de chumbo. Em seguida desvendou meus olhos e os encarou por um longo minuto antes de deitar ao meu lado. Ele me puxou pros braços dele e me manteve ali, bem presa, como se eu fosse fugir a qualquer momento. Uma águia e um lobo, parecia tão estranho pensar que aquilo pudesse dar certo. Ele tão certo, tão objetivo e racional, enquanto eu não passava de caos sobre duas ou quatro pernas. Tive vontade de poder deixar meu passado pra traz, largar tudo e voar com ele, mas o lobo é a força da matilha e a matilha é a força do lobo.
Em que está pensando? - ele perguntou brincando com uma mecha de cabelo da minha nuca.
Em águias e lobos. - respondi baixo, mas a audição dele era tão boa quanto a minha.
Ele é um lobo também? - ele perguntou.
Quem? - eu estava com um raciocínio bem lento. Ouvi um riso baixo.
Seu ex. - ele falou divertido. - Admito que seu esquecimento faz bem pro meu ego.
Oh! Sim, ele é. - respondi sem graça – Era o alfa da matilha a qual eu pertencia, mas resolvi passar pra concorrência. - ele beijou minha nuca e outro arrepio percorreu minha espinha.
Eu acho que lobos e águias são fascinantes. As diferenças existem, mas quem quer viver ao lado de alguém igual a si? - ele perguntou me abraçando mais forte. Eu não respondi aquilo. Viver ao lado? O que ele estava falando? Tudo bem que Sam agora era alguem que conhecia em outra vida, quase irreal, mas Áquila estava levando algumas coisas muito a sério. Com o meu silêncio ele dormiu. Minutos depois eu fui a terra dos sonhos lhe fazer companhia.
fuimos dos perros callejeros
eternamente en cueros
jugando a hacernos daño
jugando a no entendernos
a destiempo van viniendo
tus fantasmas a escupirme
tus recuerdos
en mi alma otro saco de cemento
en mi cabeza malos pensamientos
Nota da Autora: Hey! Fic nova e essa vai ser dedicada aos Clearwater! XDDDDDDD Por enquanto Leah é o foco, mas logo logo vamos ter notícias de La Push. Áquila, alguém ai também quer um de presente de aniversário? Pois é, eu quero XDDDDD. Ele é um ilustre misterioso, um homem de negócios, um cara perigoso e quando quer um excelente espião. Próximo capítulo vamos ver o dia seguinte. That's what you get for waking up in Vegas XDDDDDDDDDDD. E também vamos conhecer as felinas, Leona e seu bando. O que faz uma águia querer voar? Ter que agüentar cinco felinas na TPM!
Eu estou com raiva de uma certa criatura que andou plagiando uma fic minha, disse que não ia postar nada por uns tempos, mas os leitores não merecem ficar sem entretenimento por alguém tão baixo.
Música do capítulo é "Malos Pensamientos" da banda argentina La Fuga. Eu adoro a letra. Pensem nela como um tapa de luva na cara do Sam.
Bjux e comentem !*.*
