Oi, eu sou Ellen. Alguns de vocês já devem ter me visto, já que eu deixo muitas reviews nas histórias que eu gosto. Enfim, sou nova nisso, mas resolvi postar uma fic! O primeiro capítulo é justo, mas prometo alongar o outro! Peguei a idéia de uma incrível escritora de postar um cap a Kagome narrando e o Inu narrando o outro. Espero que gostem! Por favor, deixem reviews! OS PERSONAGENS NÃO SÃO MEUS, SÃO DA RUMIKO.
Meu nome é Kagome Higurashi. Eu sou uma garota normal, tenho uns 1,70 de altura. Meus olhos são azuis claros, herdados da minha mãe. Eu gosto de ler e amo música. Estudo num colégio perto da minha casa, o Shikon no Tama. Minha melhor amiga é a Sango, uma garota um tanto complicada. Meu namorado é o Kouga, um garoto alto e moreno. Por fim, meu melhor amigo é o Miroku, que é um tanto tarado, mas no fundo é boa pessoa.
Hoje combinei de sair com o Miroku, a Sango, a Kikyou e um tal de Inuyasha. Eu não gosto realmente da Kikyou, pois ela é muito patricinha, mas ela é namorada do Inuyasha, que é, por sua vez, melhor amigo de Miroku. E então, que escolha eu tenho? Gosto de ver meus amigos felizes e tento fazer tudo para que isso seja possível. Mas hoje estava um pouco difícil, já que Kouga queria sair comigo e o Miroku não queria que ele fosse.
Resolvi ligar mais uma vez para o Miroku. Afinal, se ele não gostasse eu ia ter que levar o Kouga ou ele iria sozinho (mencionei que o Kouga é extremamente ciumento?). O telefone tocou cinco vezes, e nada. Estranho, pois o Miroku atendia as minhas ligações logo no segundo toque. Já estava no oitavo toque e, quando eu ia desligar, uma voz diferente atendeu.
- Alô? – disse a voz masculina, parecendo se divertir.
- Alô, eu gostaria de falar com o Miroku. – falei, insegura – Ele se encontra?
- Miroku! – a voz gritou para longe do telefone, mas gritou tão alto que pude ouvir – Bem, ele está no banho agora... quer deixar recado?
- Pode ser... – formulei um recado rápido – Olha, diga a ele que a Kagome ligou, dizendo que o Kouga vai conosco, pois não consegui me livrar dele. Acho que é só isso.
- Namorado ciumento? – a voz perguntou, solidária e simpática – Sofro do mesmo problema. Mas claro que a Kikyou não é um homem.
- Ah! – compreendi – Você é o Inuyasha, melhor amigo do Miroku.
- Embora as pessoas prefiram me rotular como "o namorado da Kikyou", acho que você pode me chamar assim. – o ouvi rir do outro lado da linha – E você é a melhor amiga dele...
- Sim, embora sofra do mesmo problema e as pessoas prefiram me chamar de "namorada do Kouga". – eu ri.
- Quantos anos você tem? – Inuyasha perguntou.
- Tenho 17. – respondi – Por quê?
- Sua voz é de uma garota de 13 anos. – ele respondeu, rindo.
- Você é bem a cara dos amigos do Miroku mesmo... – falei, suspirando de frustração – Então, diga a ele que eu liguei, sim?
- Inuyasha! – gritou Miroku – Você atendeu meu celular? Quantas vezes eu já pedi para que não fizesse isso? Quanta ousadia!
- Desculpe, mamãe. – Inuyasha respondeu – Kagome, eu vou passar para o Miroku agora.
- Oi, Anne. – Miroku falou, alterado – O que houve?
- Só liguei para avisar que o Kouga vai com a gente para o shopping. – eu falei, tentando mostrar indiferença.
- Anne, esse idiota não te deixa em paz nem um pouco! Por que continua com ele mesmo assim? – pude ouvir Miroku suspirar de desgosto – Você e o Inu são umas pestes, mesmo.
- Não me chame de peste! – o repreendi – Mi, ele é meu namorado e vocês não o conhecem como eu conheço. Ele é gentil, carinhoso e muito mais... só é um pouco ciumento!
- Um pouco? – Miroku gritou – Ele nem deixou você viajar comigo e com a minha família, e você obedeceu, Anne, obedeceu!
- Ora, Mi, deixe o Kouga em paz, certo? – pedi – Vou tentar controlá-lo. Fora que se eu não levasse ele, iria ficar deslocada...
- Por que deslocada? – ele pareceu preocupado.
- Ora, ponhamos os fatos no lugar: você e a San, o Inuyasha e a Kiky-vaca... e eu sozinha? – marquei a página e fechei o livro.
- Anne, você vai ficar bem? – ele perguntou parecendo preocupado – Quer dizer, com a Kiky-vaca lá?
- Vou sim, Mi. – prometi – Afinal, eu tenho você!
- É verdade! – ele riu – Te pego daqui a 30 min, OK?
- OK! – sorri – Vou tomar banho. Tchau, Mi, te amo!
- Tchau, Anne, também te amo! – ele riu e desligou.
Eu e o Miroku sempre fomos assim. Éramos hiper unidos. Não era de se admirar que o Kouga tivesse tanto ciúmes dele. Mas eu jamais pensaria em namorar o Miroku. Primeiro, por que ele é um irmão mais novo para mim e segundo, por que a San gostava dele. Ela podia não admitir, mas gostava dele sim! Escolhi uma regata azul-marinho, a cor predileta do Mi, para ver se o agradava e ele ficava mais feliz e uma bermuda que o Kouga gostava, para empatar os dois. Uma sandália com um salto baixo, emprestada da San e um conjunto de colar e pulseira com pingentes de "Friends". A San tinha o mesmo conjunto, mas escrito "Forever".
Brega, mas muito fofo. Tomei banho e lavei o cabelo, fazendo-o cair em cachos até a minha cintura, mesmo que o preto tão escuro do meu cabelo não deixasse os cachos mais vistosos. Pus a roupa e calcei a sandália. Me olhei no espelho novamente enquanto colocava a pulseira e o colar. Depois de pronta, desci a escada da minha casa, já levando uma bolsa com dinheiro e celular.
Já ia ligar para o Kouga quando terminei de descer a escada e, ao erguer os olhos, o encontrei ali. vestia uma camiseta branca e uma calça jeans clara, e um colete preto por cima da camiseta, o pé um All Star azul. Corri para ele e o abracei e ele logo aproveitou para me beijar. Quando nos soltamos, ele riu.
- Está muito bonita. – ele me elogiou.
- Azul-marinho! – ouvi a voz animada de Miroku rir e me soltei de Kouga para ir até ele e dar uma volta na sua frente – Linda, Anne!
- Por que Anne se seu nome é Kagome? – falou a voz de Inuyasha, que reconheci de imediato.
Inuyasha era muito bonito. Tinha cabelos louros quase brancos de tão claros, mas era a única coisa clara em seu visual. Usava calça jeans preta e uma camiseta também preta, dando a impressão de rockeiro e um All Star preto. Tinha um físico bonito, não tão malhado quanto o Kouga, mas chegava perto. Os olhos pareciam ser dourados.
- Longa história. – revirei os olhos – Muita bobagem e coisa de melhor amigo sem noção.
- Não é não! – Miroku falou – É por que, quando menor, a Anne gostava daquele desenho da Barbie que tinha uma tal de princesa Anelise, aí começamos a chamá-la de Anelise, mas o apelido é muito grande e não colou, aí a San inventou Anne e ficou assim!
- Barbie? – ouviu-se uma voz desagradável – Nunca pensei em você assistindo Barbie, Kagome!
- Ela deixou de assistir por que não precisa de ninguém que lhe dê exemplos, - Kouga veio à minha defesa – pois ela já é linda, engraçada...
- Tem amigos incríveis e um namorado maravilhoso. – interrompi Kouga, sorrindo quando ele passou o braço pelos meus ombros.
- Concordo com a parte dos amigos maravilhosos. – Miroku se intrometeu e eu ri alto.
- Querida? – minha mãe chamou da cozinha.
- Estou indo, mãe! – respondi por sobre o ombro – Fica aqui, galera. E vocês, - apontei Kouga e Miroku – Se brigarem vão ficar sem brigadeiro.
Não esperei a resposta dos garotos e fui até a cozinha. O cheiro de brigadeiro infestava a casa. Sorri para a minha mãe, que colocava brigadeiro em três taças de sobremesa, cantarolando.
- Cinco, mãe. – falei, já indo pegar mais dois copos – A Kikyou e o namorado dela estão aí.
- A Kikyou tem namorado? – minha mãe se surpreendeu e eu ri (ela sabia que eu detestava a Kiky-vaca) – Como?
- Ué, tendo, mãe. – eu dei de ombros – E é até bonito, se quer saber a minha opinião.
- Nossa! – minha mãe segurou duas taças de sobremesa – Essa eu tenho que ver! – e disparou para a sala.
Eu ri e peguei as três taças e, com dificuldade, fui até a sala bem mais devagar. Quando cheguei lá, ri da cena. Aparentemente, minha mãe havia amado o namorado da Kiky-vaca. Conversava com ele animadamente, deixando Kikyou, Miroku e Kouga totalmente deslocados e Kouga um pouco irritado. Minha mãe estava no sofá de dois lugares com o Inuyasha, então só havia sobrado um pequeno espaço entre eles.
Mesmo assim, caminhei até o sofá e me sentei apertada entre minha mãe e o Inuyasha. Minha mãe finalmente parou de falar e sorriu para mim.
- Chega, mãe. O pobre do Inuyasha nunca mais vai querer voltar aqui. – e me virei para o Inuyasha – Brigadeiro?
- Pode me chamar de Inu. – ele sorriu e pegou uma taça, deixando apenas duas em minha mão – E contanto que me dêem brigadeiro sempre que eu venha, vou voltar tanto que vou lhe encher.
- Isso eu posso afirmar, Anne. – Miroku concordou, já com uma taça na mão.
- Aqui, Kiky-va... quer dizer, Kikyou. – ofereci uma taça a ela e me levantei do sofá – Pode sentar junto do seu namorado também, eu vou ligar para a San e ver se ela já está a caminho.
- Obrigada. – Kiky-vaca falou falsamente.
Nem ouvi nada. Já estava ligando para a San. No terceiro toque, alguém atendeu:
- A-alô? – soluçou Sango.
- Amiga! – gritei – O que foi? Foi o Miroku? Mas ele está aqui! Foi o idiota do seu irmão? Ele fez alguma coisa?
- Não, amiga... é só que... – ela chorou mais.
- Calma, eu vou aí! – desliguei.
- O que houve com a Sango, Anne? – perguntou Kouga, solidário.
- Ainda não sei. – corri da sala para pegar meu skate e voltei – Mas vou descobrir e vou resolver o problema...
- Sem shopping? – Kiky-vaca pareceu assustada.
- Podem ir, mas eu vou à casa da San. – falei, já a caminho da porta – Fiquem e terminem o brigadeiro...
- Se você não vai, também não vou. – Kouga disse e foi para o meu lado, na soleira da porta.
- Não vou ficar segurando vela para o casalzinho aí. – o Mi falou.
- Acho melhor deixar para outro dia. – Inu completou.
- Obrigada, Kouga, Mi e Inu. – dei um selinho em Kouga, um beijo na bochecha de Miroku e abracei o Inu – Até, meninos!
- Eu amo você! – Miroku e Kouga gritaram juntos.
- Também amo vocês! – gritei e soprei um beijo, já virando a esquina numa velocidade impressionante de skate.
O que será que havia acontecido à San? Ela nunca chorava. Era a coisa mais rara de se ver no mundo. Será que a mãe dela estava novamente no hospital? Ou o pai dela havia sido demitido? A Sango me contava tudo e a família dela era realmente problemática. O irmão dela envolvido com drogas, o pai brigando constantemente com o chefe e a mãe delicada quase sempre no hospital. Mas não podia ser isso.
A San já havia se acostumado a essas coisas, ela mesma havia me dito! O que poderia ser tão grave assim? Não demorei muito para ver a porta de entrada da casa da San, já que ela morava apenas duas ruas atrás da minha casa. Desacelerei e parei na frente da calçada. Peguei o skate e fui correndo até a campainha. Toquei duas vezes impacientemente e bati o pé até a própria Sango aparecer na soleira, os olhos inchados.
- Ai, amiga, não precisa falar, não precisa falar. – eu a consolei e a abracei enquanto ela chorava alto.
- Entra, amiga. – disse Sango após bastante choro.
Peguei meu skate e entrei e a primeira coisa que eu ouvi foi: nada. Isso me chocou profundamente. A casa da San sempre tinha ou algum som alto, ou a mãe brigando com ela ou o pai brigando com ela ou o irmão brigando com ela. Porém, desta vez, não consegui ouvir nada a não ser os soluços da minha amiga parada bem atrás de mim.
- Que silêncio. – falei para ela, me sentando sem pedir permissão.
- M-meus pais, Anne! – ela chorou e se sentou no meu colo, colocando a cabeça no meu ombro direito – Vão se divorciar!
- Que barra, amiga! – eu procurei algo para fazê-la rir em meus pensamentos – Mas sabe o que é de chocar mesmo? A Kiky-vaca arrumou um namorado!
- O quê? – deu certo, a San se afastou incrédula – Deve ser horrível, tão ridículo quanto ela!
- Que nada! – continuei tentando fazê-la manter a cabeça longe do problema dos pais – Lindo que dá vontade de trocar o Kouga por ele!
- Amiga... – Sango estreitou os olhos, desconfiada – Não está pensando em entrar em mais uma briga com a Kiky-vaca para ganhar o namorado dela, está?
- Eu jamais começaria uma briga com a Kikyou! – falei, me fingindo de indignada – Ela é tão doce e gentil...
- É. – Sango falou com ironia – E o Miroku não é nem um pouco mulherengo.
- Nossa, pegou pesado! – eu falei, tentando fazê-la rir, e deu certo.
- Só você mesmo para me fazer rir numa hora dessas, Anne. – a San percebeu meu jogo – Era piada, não era? A história da Kiky-vaca ter namorado?
- Que nada! – neguei, agora séria – Foi lá em casa hoje, é melhor amigo sabe de quem?
- Do Kouga? – gritou Sango, escandalizada.
- Pior! – fiz que não com a cabeça – Do Miroku!
- Não acredito! – Sango berrou.
- Hei, escuta! – protestei, pois havia ouvido uma batida na porta.
- Quem será? – a San ironicamente perguntou quando bateram de novo (afinal todo mundo sabia que só o Miroku batia na porta da Sango ao invés de tocar a campainha).
- Sango! – Miroku exclamou, ao ver Sango com os olhos vermelhos e tristes.
Droga! Atrás de Miroku estavam Inuyasha e ninguém menos do que a sua insuportável namorada. Fiquei ao lado de Sango e cruzei os braços na frente do peito, mostrando que não estava para brincadeiras idiotas. Sango pareceu ficar chocada com o garoto do lado de Kikyou e me olhou, como quem pergunta "Ele é o cara de quem você me contou?". Assenti para ela e ela ficou ainda mais chocada. Inuyasha, notando o olhar da garota, se apresentou:
- Inuyasha Taisho, prazer conhecê-la. – ele estendeu a mão.
- Ognas... quer dizer, gosan... quer dizer, Sango! Espantada... digo... encantada! – Sango se enrolou devido ao choque de Kikyou realmente ter namorado.
- Por que o espanto? – Kikyou perguntou com aquela voz irritante.
- Por que ele é bonito e, pelo que a Anne me contou, também é legal. – Sango falou com sinceridade.
- E daí? – Kikyou continuou com aquela voz irritante.
- E ele tem uma namorada como você! – ela se espantou – Coitado! É muito carma para se pagar, mesmo que se tenha grudado centenas de chicletes na cruz! – ela apertou a mão de Inuyasha, que até agora esperava a dela – Minhas condolências!
- Quem morreu? – Inuyasha perguntou.
- Sua diversão. – Sango respondeu e eu não me aguentei, dando uma risada alta e sendo acompanhada por Miroku.
- Pois diga a eles, Inuyasha, como eu sou uma boa namorada! – Kikyou falou como se estivesse ordenando o pobre Inu como se fosse um cachorro – Diga!
- Dizer o que, Kikyou? – Inuyasha explodiu – Quer que eu minta dizendo que você presta? Por que isso seria uma tremenda mentira!
- Kikyou, acho melhor você ir e deixar o Inu aqui. – intervi.
- E você, sua imbecil, não se intrometa! – Kikyou gritou e eu estava prestes a gritar quando Inuyasha me poupou do trabalho, empurrando Miroku para dentro e entrando em seguida.
- Adorei a idéia, Anne. Tchau, Kikyou. – ele fechou a porta na cara dela.
Fez-se um silêncio mortal dentro da casa, todos escutando Kikyou bradando furiosamente xingamentos para Inuyasha e Kagome e mandando Sango para o inferno, até que ela se cansou a saiu, o som dos passos ecoando na varanda com piso de madeira de Sango. Quando não se ouvia mais nada, olhei para Inuyasha.
- Desculpa. – pedi sinceramente – Você me conhece a uns 20 min e eu já: fiz você brigar com o Mi, aturar os paparicos da minha mãe e brigar com a sua namorada, eu realmente...
- É incrível. – ele completou, sorrindo – Levei todo esse tempo e nunca consegui dizer o que eu realmente gostaria na cara da Kikyou e você chega e, em 20 min, consegue me fazer ser respeitado por ela. É realmente ótimo te conhecer.
- Tenho a impressão de que vou perder meus dois melhores amigos para eles mesmos. – Miroku falou, desconsolado.
- Não, Mi, não importa o que aconteça, você sempre será o homem da minha vida! – eu falei e envolvi seu pescoço com meus braços, fazendo Sango rir.
- Que bom! – Miroku abraçou a minha cintura – E você sempre será a mulher da minha vida, depois da Sango.
- Ah, é? – me soltei dele me fingindo de indignada e abracei Inuyasha, como se tivesse muita intimidade com ele – Então você vai ser depois do Inu!
- Eu disse, Sangozinha! – Miroku se aproveitou para abraçar a cintura de Sango e descansar a cabeça entre os seios da garota – Eles vão me trocar! O Inu vai me trocar pela Anne e a Anne vai me trocar pelo Inu!
- E se você não me soltar agora eu vou te trocar pelo Kouga! – Sango falou, percebendo o jogo dele e Miroku soltou a garota imediatamente.
Passamos à tarde assim: rindo, contando idiotices e contando ao Inuyasha sobre os defeitos e costumes irritantes uns dos outros. No final da tarde, Inuyasha já fazia parte da turma e Sango havia esquecido o problema dos pais dela.
x-x-x
Acordei com o meu celular tocando "Fashion" da Lady Gaga e me senti muito feliz. Gosto da Lady Gaga desde que eu ouvi a primeira música dela e a partir de então meu celular tem umas 20 músicas dela. Levantei sonolenta sem desligar a música e comecei a fazer passos como se estivesse num clipe.
I am, I'm too fabu-lous
(Eu sou, eu sou tão fabu-losa)
I'm so fierce that it's so nuts
(Estou tão feroz que é tão louco)
I live, to be model thin
(Eu vivo, para ser modelo esbelta)
Dress me, I'm your manne-quin
(Me vista, sou seu mane-quim)
Cantei e comecei a rebolar pelo quarto, jogando o cabelo que eu havia escovado antes de dormir de vez em quanto e fazendo aquele gesto perto do olho que a Gaga adora fazer e é a sua marca registrada. Comecei a cantar mais alto.
Fashion put it all on me
(Moda coloque isso tudo em mim)
Don't you want to see these clothes on me?
(Você não quer ver essas roupas em mim?)
Fashion put it all on me
(Moda coloque isso tudo em mim)
I am anyone you want me to be
(Eu sou alguém que você quer que eu seja)
Fashion put it all on me
(Moda coloque isso tudo em mim)
Don't you want to see these clothes on me?
(Você não quer ver essas roupas em mim?)
Fashion put it all on me
(Moda coloque isso tudo em mim)
I am anyone you want me to be
(Eu sou alguém que você quer que eu seja)
Comecei então a rebolar sensualmente como havia aprendido com a Gaga nos clipes dela, rindo bobamente. Então uma voz começou a cantar, uma voz que não era a minha.
I need, some new stile-ttos
(Eu preciso de alguns novos esti-los)
Can't walk, down the street in those
(Não posso andar, descer a rua com isso)
You are, who you wear it's true
(Você é o que você usa é verdade)
A girl's just as hot as the shoe she chooses
(Uma menina é tão quente quanto os sapatos que ela escolhe)
Olhei para a soleira da porta do meu quarto e encontrei a minha melhor amiga, que ria e cantava comigo. Pulei na cama e desliguei a música, rindo também. Minha melhor amiga sorriu e veio até a minha cama.
- Por que está aqui tão cedo, San? – perguntei, rindo da cara de sono dela – Você está com uma cara de sono horrível.
- O Mi me obrigou. – ela disse, bocejando – E obrigada.
- Ele já está aí? – perguntei, incrédula.
- Está. – San confirmou – Estão os dois: o Inu e o Mi. Eles queriam subir também, mas eu não deixei.
- Ainda bem. – eu falei, indo pegar meu uniforme – Mas o Inu vai para a nossa escola?
- Vai. – San confirmou.
- Eca! – reclamei – A Kiky-vaca vai estar insuportável, apresentando o namorado dela para todas as amigas como se mostrasse uma bolsa nova da Gucci.
- Sabe de quem eu tenho pena? – San perguntou e eu neguei com a cabeça – Do pobre do Inu. Tadinho dele, vai ser exibido por aí como os sapatos novos dela.
- Verdade. – concordei, pegando roupas íntimas e um par de sapatilhas, indo com tudo para o banheiro do meu quarto – Vou tomar banho. Pode deixar a bagunça aí, eu arrumo depois. Fica lá com o Inu e o Mi.
- Vou arrumar a sua bagunça. – San falou decidida – A Kiky-vaca está aí e eu não quero ficar com ela também.
- Eca! – falei, solidária e indo tomar banho.
Depois de tomar banho e fazer a minha higiene, me sequei e pus a farda. A farda da minha escola só a blusa, mas eu tinha uma calça específica para cada dia da semana. Como hoje era quinta-feira, pus a calça mais clara com a blusa com o logotipo da escola. Calcei as sapatilhas sem salto meio verdes e penteei o meu cabelo que estava liso, devido à escova de ontem à noite. Deixei-o solto, pois o Mi iria ficar impaciente se eu inventasse um penteado agora.
Quando saí do banheiro, a San já tinha decido. Olhei a cama arrumada impecavelmente e ri. Ela tinha realmente feito muita coisa para evitar a Kiky-vaca. Peguei a minha mochila de lado e arrumei-a de acordo com o horário. Por sorte, a San, o Mi e eu ficamos na mesma sala. Por azar, a Kiky-vaca também. Pus a mochila e desci as escadas, como sempre olhando para o chão.
Ergui os olhos e sorri. Fui correndo até o Mi, que parecia emburrado. Parei na frente dele e dei uma voltinha.
- Estou bonita? – perguntei, sentando no colo dele em seguida e envolvendo seu pescoço com meus braços.
- Claro que sim, Anne. – ele respondeu, sem se deixar alegrar pelo meu entusiasmo – Podemos ir agora?
- Podem ir à frente, eu alcanço vocês depois. – me levantei e fui à direção da cozinha – Vou tomar café-da-manhã.
- Nós esperamos. – disse Inuyasha, falando pela primeira vez – Não estamos atrasados.
- Obrigada! – sorri – Em que sala você ficou Inu? – gritei da cozinha, pegando algumas torradas e um suco de laranja e voltando para onde meus amigos estavam (amigos, Kikyou).
- Na turma de vocês. – Inu respondeu, sorrindo – Falei com a diretora e ela me pôs na turma do Miroku.
- Miroku é um nome tão grande, por que você não o chama de Mi? – perguntou San enquanto eu comia a primeira torrada.
- Por que esses apelidos melosos não são para garotos saírem falando, San. – Mi respondeu pelo Inu.
- Mas você me chama de San. – San retrucou.
- Mas você é diferente, você é menina! – ele tentou explicar.
- Homens! – Sango falou, revirando os olhos – Você os entende, amiga? – ela falou se referindo a mim.
- Homens são muito complexos. – falei após engolir a quarta torrada e me levantando – Eu desisti já faz tempo. – virei o suco de uma vez – Vamos.
- Vá por isso na pia primeiro, Anne! – San ordenou, o tom de voz autoritário.
- Sim, mamãe! – falei fazendo uma reverência e indo até a cozinha, de onde pude ouvir os risos dos meus amigos (amigos, Kikyou).
Saímos conversando paralelamente em quase pares: eu e a San discutíamos sobre quem era melhor: Rihanna ou Gaga. Mi e Inu discutiam sobre quem tinha as melhores músicas: Green Day ou NxZero. Olhei pelo rabo do olho para os meninos, vendo o que eles usavam. O Mi usava uma calça escura, a blusa da farda normalmente e um tênis azul-marinho.
O Inu usava tudo preto: calça, sapato e tinha posto um par de luvas daquelas que os skatistas usam. E a blusa da farda. Soltei um gritinho, espantando todos e deixando Kikyou com cara de quem comeu-e-não-gostou.
- Eu procuro luvas dessas a um tempão! – falei, indo para o outro lado de Inuyasha (o que Kikyou não ocupava) e pegando uma das mãos dele para examinar a luva melhor – Não usaria preta, embora seja uma cor legal. Onde você comprou isso?
- O Miroku me deu. – Inuyasha parecia se divertir.
- Mi! – gritei, me fingindo de desconsolada e soltando a mão do Inu – Você me trocou, foi?
- Jamais, Anne! – Mi falou, se divertindo e passou um braço pelos meus ombros, enquanto nós continuávamos a andar.
- Sai! – o empurrei rudemente, fazendo becinho – Não ando mais com você.
Imitando a Kiky-vaca num dos seus acessos de raiva, joguei a cabeça para cima e empinei o nariz, marchando na frente de todos. Os meus amigos (amigos, Kikyou) começaram a rir. De repente, um par de braços fortes me envolveu a cintura (provavelmente seu dono estava incomodado por causa da mochila que atrapalhava o abraço) e me levantou.
- Sai Kouga! – gritei, rindo.
- Como você sabia que era eu? – perguntou Kouga, não me dando chance de responder e me dando um beijo.
- Simples. – falei quando ele me soltou e pegou minhas mãos – Só você é besta a ponto de fazer isso comigo.
- Por que estava tão afastada do grupo? – ele perguntou, parecendo preocupado.
- Besteira. – dei de ombros e peguei o celular no bolso – Vou escutar Gaga. – avisei para Kouga, já que ele não gostava da Gaga.
- Vou à frente. – ele anunciou e me deu um beijo antes de me deixar e eu fiquei parada, esperando que o grupo me alcançasse.
- Oi, amiga! – San foi à primeira, continuei andando ao seu lado.
- Oi. – falei, procurando uma música da Gaga no meu celular.
- Não, por favor! – Mi pediu, sabendo o que eu ia fazer.
- Nem vem. – sorri e pus Alejandro, da Gaga, no volume máximo.
- O que você tem contra a Gaga? – Inu perguntou – Ela até canta bem!
- Finalmente um menino de bom gosto! – falei, juntando as mãos como quem ora e dizendo – Obrigada, Senhor!
- E a pessoa só tem bom gosto se gostar das mesmas coisas que você gosta? – Kiky-vaca perguntou com aquela voz insuportável dela.
- Óbvio. – respondemos eu, Mi, San e Inu.
Olhei para o Mi e comecei a correr, tentando procurar algo verde. Quando vi uma árvore, peguei numa folha e gritei:
- Peguei no verde, a sorte é minha! – e ri.
- Sem-graça! – Mi resmungou, parando para tomar fôlego.
- Nossa! – Inu riu – Você é a única pessoa que eu conheço que, além do Miroku, ainda faz isso.
- Super normal. – dei de ombros.
Então fomos rindo e falando besteiras até chegar na escola.
