A Guerreira de Valinor
Capítulo 1
Eram tempos difíceis pois, Sauron havia retornado e elfos e homens se uniram em uma grande guerra chamada de Guerra da Última Aliança, o objetivo era destruir o Inimigo que assombrava á todos.
Eles conseguiram destruir O Senhor do Escuro mas também sofreram perdas irreparáveis, grandes líderes e guerreiros morreram, Gil-Galad, Elendil e Oropher entre outros.
Então Thranduil filho de Oropher voltou para a casa com seu exército diminuído, e todos do Reino da Floresta Verde sentiram pesar pela morte de seu Rei. Agora quem lideraria a todos os elfos da floresta seria o príncipe, Thranduil.
Ele contava com o apoio e amizade de Voronwë,um dos guerreiros do reino(o melhor, só comparado talvez á Thranduil) que também havia lutado na Guerra da Última Aliança mas, havia sobrevivido.Enfim, ele era o melhor amigo de Thranduil.
Acorreu que, um dia o rei enviou Voronwë como mensageiro até Valfenda para tratar assuntos políticos com Elrond, mas o guerreiro teve uma surpresa do destino, lá ele encontrou uma linda donzela chamada Elruwien, que pertencia á raça dos noldor.E então Voronwë se apaixonou pois, a elfa era de fato uma das mais lindas elfas que ainda habitava a Terra-Média, ela tinha longos cabelos ondulados da cor castanha clara e olhos muito azuis, sua pele era alva e possuía uma voz doce e suave.
Elruwien vendo Voronwë também se apaixonou mas não queria se juntar a ele porque ela já estava cansada da Terra-Média e desejava partir e sabia que ele ainda gostaria de ficar mais um pouco.O que aconteceu foi que , Voronwë estava tão apaixonado que decidira partir para Valinor se ela se juntasse á ele.Então, o poderoso guerreiro se despediu de seu amigo Thranduil e partiu junto com sua amada para as Terras Imortais.
Depois de alguns anos, nasceu em Valinor a Filha de Voronwë e Elruwien, seu nome era Elenedhel.Todos que a viam se encantavam pois ela tinha a pele alva e cabelos como o de sua mãe mas, o que mais chamavam a atenção eram seus grandes olhos verdes como os de seu pai só que mais brilhantes.No entanto, ela tinha uma personalidade forte e desde pequena já mostrava isso, pois ela adorava a luta com espadas, características que herdou de seu pai.Então, Voronwë ensinou-a a lutar, pois assim ele matava as saudades em seu coração dos tempos em que era conhecido como guerreiro e também (embora ele não assumisse) ele adorava ver que a filha se interessava pelas mesmas coisas que ele, na verdade, ele sentia muito orgulho dela e adorava mostrar para os outros elfos como sua filha manuseava tal arma com invejável habilidade para sua idade, sabem como é, coisa de pai.
Passado algum tempo Voronwë decidiu voltar para a Terra-Média para convencer Thranduil a largar seu reino e conduzir seu povo aos Portos pois, ele sabia o que havia acontecido, ele sabia que uma sobra se espalhava pela Floresta e que um grande mal estaria por vir.
Mas ele teve uma surpresa ao receber a notícia de que sua filha também gostaria de ir junto com ele, claro que a resposta foi não mas, a menina insistiu tanto que ele não resistiu afinal, ele sempre fazia suas vontades, pai coruja.Então, ele e sua filha voltaram para a Terra-Média.
Capítulo 2
(Primeiros anos da Terceira Era)
Voronwë estava montado em seu cavalo e ao seu lado estava Elenedhel, durante toda a viagem pela floresta a menina observava tudo, desde as árvores até os animais estranhos que via, e também ouvia sons estranhos.
Minha filha, vê como aqui até as criações de Yavanna são diferentes?...
É uma pena pois, esse lugar não me parece de todo mal. – Voronwë se surpreendeu com a resposta da filha, como ela pode saber uma coisa dessas?Ele começava a se arrepender de ter levado a filha nessa viagem, ele temia que ela conhecesse o mal tão cedo.
Você tem razão minha filha - ele disse apenas, existia mesmo coisas boas naquela floresta – Elene, veja!Já estamos chegando.
Elenedhel olhou em frente e pode ver os portões do rei, havia uma ponte que cruzava o rio, este tinha a água negra ,ela também viu alguns elfos em frente ao grande portão de madeira. Eles pararam em frente dos guardas e um deles reconheceu o guerreiro;
Ilúvatar ! Voronwë ?Não posso acreditar, você não tinha partido para Valinor?- o guarda estava confuso .
Sim mellon-nîn, vim porque tenho assuntos importantes á tratar com o Rei.- disse rindo da cara do guarda que mais parecia estar vendo o espírito do guerreiro – Vamos, me deixe passar e matar a saudade de minha terra.
O guarda abriu o portão e Voronwë e sua filha entraram.A pequena elfa olhava tudo, deslumbrada, com o palácio, e seu pai sorria ao ver que a filha estava gostando e por ela mesma poder constatar que, como ela mesma disse, ainda existia coisas boas naquela terra.
Eles foram ao gabinete, lá encontraram outro guarda junto á porta e, a reação deste não foi diferente da do outro guarda, depois de se recuperar da "surpresa", ele foi falar com seu rei e se demorou lá dentro, provavelmente Thranduil estaria surpreso como todos os outros, Voronwë se divertia imaginando a cara de espanto do todo sério rei da floresta.Depois de algum tempo...
Voronwë, o rei o aguarda.- disse o guarda.
Voronwë achou melhor alertar a filha do gênio do rei.Visto que as crianças não se agradavam muito com a presença deste, digamos que, "ele colocava medo " nos pequenos.
Querida, por favor tente não se intimidar...
Há motivos pra isso, ada?
Ele se abaixou e como se estivesse contando um segredo disse baixo :
Muitos, isto é, se Thranduil não mudou seu jeito de ser...e isso é praticamente impossível, eu acho...- ele estava rindo – ele tem uma cara assim... de poucos amigos- ele fazia as caretas, imitando o rei e a menina ria muito – Às vezes parece que ele vai te comer vivo mas, ele é um bom elfo, um ótimo governante e amigo.É só você se comportar, ser uma boa menina.
Já sei ada. O senhor quer que eu fique como se fosse uma das estátuas do nosso jardim, tudo bem, eu sei fazer isso – ela se lembrou das inúmeras vezes que teve que esquecer o seu lado "guerreira aventureira" para se portar como uma "verdadeira donzela" quando estava diante de um elfo importante em uma festa onde havia vários destes ou diante de um dos Valar.
Você me entendeu...- ele se divertia com a filha e adorava seu senso de humor, muitas vezes sarcástico que, por sinal, o fazia lembrar uma certa pessoa.- Vamos entrar agora está bem?
Sim ada.
