Amy pensou. Ela nunca tinha pensado tanto na vida, nem na busca pelas pistas.

Ela tinha tomado uma decisão, mas só Ian podia dizer se a merecia.

Então Amy ligou para ele. Não me pergunte como ela sabia o telefone dele.

- Você não pode mudar? – alguns começariam com um simples "oi" ou "olá", mas Amy sempre queria ir direto ao ponto.

Ela ouviu um sussurro de Ian, ele devia ter reclamado do susto ou algo do tipo. Demorou um pouco até ele responder:

- Eu nunca mudaria, esse sou eu.

Um silêncio ficou entre os dois.

- Não vamos falar disso pelo telefone. Que tal você me encontrar no...

A campainha tocou.

- Espere um pouco Ian, vou atender a porta.

Ainda com o telefone no ouvido, ela abriu a porta. No momento em que viu quem estava lá, desligou o telefone.

- O que você...

- Vamos.

Ele a puxou pelo braço. Estava descendo as escadas do prédio dela correndo e saiu rapidamente. Ele e ela correram até chegar a um lugar específico em Nova York.

- Central Park? – Amy perguntou. – Por que você, pelo amor de Deus, está me levando ao Central Park?

Ele não respondeu. Só estava guiando-a até chegar a um conjunto de árvores, que escondido no meio estava um banco feito de madeira artesanal.

Ele parou e se virou contra ela.

- Pode falar agora.

Amy estava um pouco surpresa. Afinal, como ele tinha chegado lá tão rápido? Ian não estava em Londres?

Ela engoliu a seco, mas continuou a conversa que eles tinham tido no telefone.

- Se você mudasse, seria uma coisa boa. Tiraria os restos de Isabel Kabra que estão dentro de você.

Ele se aproximou dela.

- O que você faria se eu mudasse?

Ela não sabia o que falar, estava petrificada. Odiava quando ele fazia isso com ela.

Parecia que ele conseguia a puxar para mais perto dele, queria que ela sentisse o seu perfume, que encarasse os seus...

Lábios.

- Eu não sei, acho que ficaria feliz.

- Você só acha? - ele enfatizou a última palavra.

Percebendo onde o olhar de Amy estava, Ian deu seu sorriso favorito.

Ele começou a brincar com o cabelo dela, mas ela não ligava. Na verdade, nem estava prestando atenção.

Foi então quando ela sentiu uma mão na sua nuca, a empurrando ao encontro dos lábios dele.

Automaticamente ela colocou ambas as mãos no peito dele.

Amy tentou se afastar dele, mas Ian era mais forte. Sempre fora.

- Pare - ela ordenou, quase entregue ao beijo

- Você não quer que eu pare. Não minta para si mesma.

- Ian. Pare - ela mandou, agora com um tom diferente.

Ele tirou as mãos da nuca dela e Amy percebeu o quanto o seu coração batia forte.

- Adeus Ian.

Amy começou a ir embora, como da última vez. Mas dessa vez Ian foi mais rápido.

Ele não precisou gritar por seu nome, ou correr atrás dela.

Ian só precisava pegar na sua mão e a beijar de surpresa, porque ele sabia que ela queria.

Porque afinal ele era Ian Kabra. E ninguém resistia a ele.

Amy foi à única exceção. E a última.

Porque ele a beijou, e foi como se tudo o que aconteceu entre eles não existisse mais.

Eram apenas ele e ela, entregues ao sentimento que ambos sabiam que compartilhavam.

E nada, nem ninguém podia negar. Nem mesmo Amy Cahill. Porque essa foi à escolha dela. Era isso que ela tinha gastado noites e noites pensando.

E agora sabia que tinha sido a melhor escolha, apesar dos riscos.


Heeey Cahills! Então, aí está a continuação de "Uma Viagem Histórica"! :D

Ficou muito clichê? D: Eu to achando que estou rebaixando ao clichê, ME AVISEM SE EU ESTIVER!

Enfim, gostaram? Odiaram? Reviews! :D