Disclaimer: Fruits Basket não me pertence, a história pertence à sua autora e a idéia utilizada são todos dela XD, agora...quase todos os outros personagens, dessa Fic, são invenção minha o/

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Sobre um Predecessor

Capitulo 1 – Um começo para o Gato.

"ESPERE! ESPERE LEITOR! Antes de fechar essa janela, antes de correr por aí, percorrendo outros links, visitando outras janelas, lendo outras coisas fúteis, antes de tudo isso, saiba que eu te amo. Apesar da sua doce insignificância, das suas atitudes arrogantes perante uma pessoa de tanta importância como eu, apesar de tudo isso, eu te amo...eu te amo, não só porque é meu dever amá-lo, mas porque é a minha bondade que me faz ser assim. Afinal de contas, sou eu aquele a quem você deveria se resignar, a quem você deveria viver sua vida por, ou você se julga superior a Deus?"

E assim teria dito Deus, caso fosse ele quem tivesse escrito tais relatos. Entretanto, meu caro leitor, quem escreve essas linhas tão resignadas não passa de um monstro. Um monstro que foi enganado por um rato e por tal ato faceiro não faz parte de uma festa que se repete por inúmeras gerações. Eu sou o gato, o amaldiçoado gato da família Souma. Criado para ser aprisionado, para ser odiado por todos, por me acharem amaldiçoado, criado para ser e estar sempre: Sozinho. Porém, mesmo alguém tão amaldiçoado, alguém com uma predestinação tão ruim, pôde, um dia, encontrar um amor para si. Algo para sentir-se feliz pelo resto de sua vida.

Meu nome é Izuie Souma, creio que seja bom avisar, para não me confundirem com um futuro descendente meu, não que eu queira transmitir essa descendência, mas, mais que isso, creio ser impossível pensar que ninguém terá que carregar o mesmo fardo que eu: O fardo do gato.

Tudo começou com uma morte. Antes sequer do nascimento, da vida, minha história já começou com uma morte, mais precisamente, a morte de meu predecessor. Foi com essa morte que o espírito do gato esteve apto a ressurgir em mais alguém, um alguém qualquer, que por ventura tivesse o incrível azar de nascer possuído pelo signo mais monstruoso de todos. Esse azar acabou sendo todo meu.

Quando meu precedente morreu todos sabiam que se tratava de um suicídio. Aprisionado em uma cela, destinada somente aos possuídos pelo gato, um dia, ele simplesmente parou de comer. A vida naquela cela provavelmente não fazia mais sentido para ele. Uma vida sem liberdade não pode ser uma vida, afinal.

Depois de uma morte tão triste como essa eu nasci e aí começa de fato a minha história. Embora fosse algo já previsível todos na família ficaram surpresos com a vinda do gato. Sabiam da possibilidade, mas não a esperavam, é a tal história: Nunca irá acontecer comigo, ou próximo a mim, mas aconteceu, e, querendo, ou não, eu nasci.

Não fui criado pela minha família mesmo, pouco depois que nasci eu já estava sendo rejeitado pela minha mãe. Embora na época eu não tivesse idade, nem lucidez, suficiente para ficar magoado com isso, hoje, e pouco depois de começar a entender melhor o mundo, essa rejeição é motivo de muita tristeza. A verdade é que só vim a conhecer minha mãe e meu pai depois de muitos anos após meu nascimento, pode-se dizer até que talvez tivesse sido melhor nem conhecê-los, principalmente porque acabei entendendo os motivos que os levaram a rejeitar o próprio filho.

Pouco depois de nascer a primeira marca de uma prisão constante já foi posta em mim, uma pulseira feita de ossos e pintada em algumas partes com sangue humano, presa em meu pulso, evitava que minha verdadeira forma surgisse diante das pessoas.

Durante minha infância não tive ninguém em quem me espelhar, não tive uma figura paterna, nem uma materna, fui criado em um canto escondido dentro da sede da imensa família dos Souma. Talvez outro mal que me assolava sempre era minha falta de carisma, poucas eram as pessoas que minha presença realmente cativava, com isso, não tiveram tanto interesse por Izuie e deixaram-no sendo criado, praticamente largado, em um canto da sede.

Quem me alimentava e cuidava de mim, quando bebê e quando criança, eram sempre criadas da sede, aquelas que sabiam sobre o segredo dos signos. A criada que tive mais contato foi uma, chamada Tae. Nos primeiros anos da minha vida ela era a pessoa mais próxima. Não a encaro propriamente como uma figura materna, mesmo porque era mais obrigação que a movia do que propriamente amor, ou carinho por mim. Repito, eu não era do tipo carismático no qual as pessoas acabam gostando com facilidade e ela parecia ser um tipo frio de pessoa e que se resumia sempre em falar e fazer basicamente o essencial, mas, mesmo assim, por vezes eu sentia um olhar diferente em sua expressão, não sei se era pena, ou talvez um amor muito contido, mas esse olhar sempre me alegrava.

Demoraram para me colocar em uma escola, queriam esperar eu ter idade suficiente para não espalhar coisas muito importantes, até lá um instrutor da própria família me ensinava o essencial das matérias, todo dia. Quando chegou essa idade, aos 10 anos, os familiares optaram por me colocar em uma escola apenas de garotos. Naquele ambiente todos me olhavam com certa desconfiança, nunca antes haviam visto um cabelo laranja, natural ainda por cima, como o meu. O primeiro dia de aula apenas olhares de todos os lados, aquilo me pesava de um certo jeito, estava acostumado a ser evitado e lá eu era basicamente o centro de todas as atenções, pela primeira vez desejei muito fortemente ter nascido mais normal.

O tempo passava e eu não me aproximava de ninguém e ninguém se aproximava de mim. Era basicamente a relação que eu conhecia e que eu tinha com todas as pessoas à minha volta. Até que, aos poucos, as pessoas pareciam querer quebrar essa barreira toda, porém do pior jeito, invocavam constantemente comigo, eram apenas agressões verbais, mas não deixavam de ser agressões. Aquele lugar era horrível de se estar, não só lá, mas todos os lugares eram assim. Até que um dia, alguém veio me resgatar. Não só na escola, mas do mundo todo.

Lembro vagamente, nada se forma muito claramente na minha mente, as imagens parecem foscas e apagadas. Lembro que eu estava brincando sozinho, balançando em uma das cinco balanças da escola quando um menino, da mesma idade que eu, senta-se na balança ao lado, de quatro balanças vazias ele escolhe justo a que estava do meu lado. Na hora eu julgo que era melhor eu sair, antes que ele mesmo pedisse, ou que falasse alguma coisa que pudesse me ferir, no fundo eu vivia me protegendo, porém ele me surpreende.

-Será que eu sou tão chato assim? – seu tom tinha um certo desânimo.

Tento fingir que a reclamação não é comigo, mas não havia simplesmente como ignorar, me arrisco e respondo para ele.

-Não sei – a verdade era essa, eu acabava de conhecê-lo, como poderia saber?

Por um tempo nós dois ficamos em silêncio, a verdade é que nenhum dos dois sabia o que falar. Porém ele inicia novamente.

-Seu cabelo tem uma cor engraçada.

Na hora achei que ele simplesmente fosse fazer o mesmo que todos os outros, apenas baixei a cabeça e esperei ser xingado, porém ele mudou radicalmente de assunto.

-Você reparou que não tem meninas aqui?

-Sim, por ser uma escola só de garotos acho que isso é bem natural até.

-É, você tem razão – disse sorrindo.

-Mas em todo caso eu quase nunca vejo meninas da minha idade, quase nem sei como elas são.

Ele parece se surpreender.

-Como não?

-Desde que eu nasci falam que eu tenho que evitar meninas e mulheres, principalmente abraçar elas.

Seus olhos parecem se encher de uma surpresa cheia de louvor e glória.

-Finalmente entendi! – diz em tom triunfante.

Por um momento fico ansioso, o que será que ele havia descoberto? Obviamente pergunto:

-O que você descobriu?

-Como nós nascemos, oras essa.

-Como assim?

-Simples, a história das cegonhas trazerem os bebês sempre me pareceu muito estranha, um dia, coincidentemente ontem, conversando com o meu irmão mais velho, ele disse que na verdade os bebês nascem de um homem e uma mulher. Se sua família te diz que você não deve abraçar, então, provavelmente é porque não querem que você engravide ning... – ele interrompe sua narrativa e começa a suar frio.

-Eu nunca tinha pensado nisso. – digo surpreso, afinal eu realmente nunca havia pensado coisas tão profundas do tipo "de onde eu vim".

Ele olha para mim, ainda estava com os olhos cheios de surpresa e espanto.

-Eu...vou ter um filho! – fala baixo.

-Não pode ser! – naquela idade! Eu não sabia se tinha pena por ele, ou se me sentia com inveja, já que ele havia abraçado uma menina.

-Não...pensando bem...eu vou ter...MUITOS filhos – era uma prole que começava a se formar em minha cabeça. "Que vida ele leva para ter tantas meninas e filhos assim?" Pensei comigo mesmo.

-Talvez você deva falar com o seu irmão – sugeri o que me parecia o mais óbvio – quem sabe tem algum jeito de voltar atrás.

-Você é um gênio! – seus olhos enchem-se de alegria. Mais que isso, eu sinto uma alegria, pela primeira vez eu estava recebendo um elogio de alguém, aquilo era novidade, uma novidade que colocou um sorriso sincero, satisfeito e, realmente, feliz, em minha boca, pela primeira vez.

-Em casa eu pergunto. Aliás, acho que eu ainda nem sei o seu nome.

-Eu não acho, eu tenho certeza. Meu nome é Izuie.

-Entendo – ele sorri.

-E você não vai me dizer o seu? – por um momento eu achei realmente que ele fosse se apresentar também, mas acabei tendo que perguntar.

-Ah, sim, meu nome é Kaji Hiragazawa. – sua apresentação me parece tão formal que sinto a necessidade de fazer o mesmo.

-E meu sobrenome é Souma, Izuie Souma.

Por um tempo ele põe a mão no queixo e parece pensar um pouco.

-Eu conheço mais um Souma... – com um tom baixo de voz, como que falando consigo mesmo.

-Quase todo mundo que eu conheço é Souma... – eu não sabia o que devia responder.

-Ah, sim – ele diz em voz alta e sorrindo como sempre fazia – o melhor amigo do meu irmão é um Souma, eu lembrei porque ele tem o cabelo engraçado que nem o seu.

Uma certa esperança de que houvesse mais alguém, que fosse como eu, acaba despertando em mim um certo interesse por esse parente.

-Só que o cabelo dele é Branco e atrás preto – fala como que analisando.

Lembro-me então de uma das histórias que eu havia lido sobre os doze signos, cada qual nascia com uma característica física do animal que o possuía, o exemplo que melhor haviam usado na história era justamente esse: O possuído pelo boi tem cabelos brancos e pretos. Assim como um boi.

O Sinal bate.

-Agora eu tenho que ir... – diz quase saindo.

-Espere...depois tem como eu conhecer esse Souma?

-Não sei – ele me responde quase com o mesmo tom que eu havia usado para responder se ele era chato e sai.

Finalmente o mundo estranho à minha volta começava a me interessar mais.

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Bom, é isso aí, Segunda Fic minha de Capítulos. A história ainda ta muito inicial, ainda não tem praticamente nada que prenda o leitor na história XD tenho, aqui no computador, até o Capitulo 5 escrito, queria terminar a Fic toda antes de publicar, mas a ansiedade de ver os comentários e as críticas falou mais alto u.u

Espero que tenham gostado desse Capitulo 1 o a história tende a melhorar mais para frente.

Ah e por último – leitores pensando: "Que gralha! Não pára de escrever obs! u.u" – p/ facilitar p/ quem achar que essa fic mereça ser acompanhada – em torno de umas...1 pessoa, no máximo, XD – resolvi colocar uma espécie de resenha de cada personagem que já apareceu, aqui no fim, e nos demais Cap no começo.

É isso...Abraço o/ espero realmente que tenham gostado xD

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Personagens até aqui:

- Izuie Souma: - Personagem Principal, possuído pelo Gato.

- Tae Souma: - Criada que cuidava de Izuie quando criança.

- Kaji Hiragazawa: - 1º amigo de Izuie.