AVISO: Eu não tenho nenhum direito sobre os personagens d'Os Incríveis. 'Os Incríveis' são criação da Pixar, com todos os direitos reservados. O direito que eu tenho é de desfrutar dessa criação maravilhosa!
"Pena é ela ser rica e isso dar uma facilitada na vida dela na cadeia!"
Diferente do que a então adolescente Violeta pensou, não houveram privilégios. Se os depoimentos dos heróis controlados e suas poucas memórias não tinham muito a dizer sobre o incidente, as câmeras do navio Semprejusto mostraram tudo o que a promotoria precisava ver: uma ação terrorista que ameaçava vidas, como jamais vista em solo americano, só pra provar um ponto de vista.
Gelado, na última tentativa de impedir que a colisão causasse mortes, encheu os prédios de neve e congelou a água abaixo do navio até 35 centímetros abaixo do nível do mar, o que retardou a submersão do navio e tornou o trabalho da polícia mais fácil. Nada ajudou a irmã e ex-parceira de Winston. O crime ser obra de uma humana sem poderes (como o falecido Síndrome) ajudou a mostrar que a legalização dos heróis nunca deveria ter sido anulada.
A pena foi de 30 anos, mas a brecha na lei para a redução deixava todos temerosos. Mas a tecnóloga tentou maquinar fugas durante 5 anos, se frustrando por não ter nada a mão, e isso ajudou a manter a pena inalterada, ou quase. A ameaça de aumento de pena foi uma tentativa que ninguém achava que ia adiantar, mas ela lembrou de seu irmão, que ainda vinha visita-la, apesar de tudo. Ela não via sentido em sair da cadeia para acabar sozinha.
No fim, preferiu esperar até o fim para receber o anúncio de soltura. Tal notícia mexe com qualquer um que tenha sido privado de liberdade, e não seria diferente nem mesmo com Evelyn Deavor. Geralmente fria e cínica, ela se levantou com um discreto, mas sincero, sorriso de felicidade.
A idade pesou no corpo, deixando suas marcas principalmente no rosto. A diferença mais visível, porém, era um couro cabeludo completamente nu. Ela raspou a cabeça como castigo após a primeira fuga e conviveu com isso. Detestou nos primeiros dias, até se acostumar. Hoje ela gosta da "careca", acha que lhe dá um visual diferente. Além disso, sempre achou fútil ter que se preocupar com um novo corte de cabelo.
A primeira decisão que tomou foi ir a uma loja de roupas baratas ao lado do presídio. Trocou a roupa laranja por uma calça comprida, uma babylook, uma jaqueta e um gorro que não colocou na hora: ela gostava do seu visual sem cabelos. A roupa moderna ajudava a rejuvenescer o visual e melhorar a autoestima, algo bem necessário para uma ex-detenta.
Após devolver a roupa ao presídio, ficou ansiosa por procurar seu irmão! A tristeza transpareceu no seu rosto. Ela se sentiu culpada, lembrando do seu irmão que a visitava frequentemente apesar de tudo o que ela fez... por milésimos de segundo. Logo, seu rosto já assumiu um semblante mais sério e focado.
"Ele nunca me julgou antes... Não vai ser dessa vez!"
Como a pessoa lógica que sempre foi, tomou a atitude mais óbvia que foi a de procurar no lugar onde estava. A Devtech ficava a duas horas de ônibus, como se lembrava: ela pôde confirmar essa informação com as outras pessoas do ponto. Ela podia ter ligado pra seu irmão ainda de dentro da cadeia e pedido um carro, mas ela continua preferindo não depender de ninguém.
Após os olhares de desprezo de alguns idosos – pareciam mais velhos que ela, claro que tinham idade o suficiente pra lembrar do que ela fez – ela resolveu colocar o gorro novo para não ser reconhecida assim que subisse ao coletivo da linha necessária. Ao entrar, pagou a passagem, procurou um lugar no ônibus dentre a metade dos lugares disponivéis e se espreguiçou ao sentar. A liberdade, natural para quem sempre a teve, era inebriante pra alguém que tinha passado 30 anos em reclusão.
