Sinopse: Kai conhece uma garotinha muito intrigante no hospital após sua luta com Brooklyn. KaiXOC.
N/A: Minha primeira fic publicada de beyblade, que emoção *w* (fala a pessoa que ficou a noite toda criando coragem pra postar XD) Waah nem sei muito o que dizer! Ah sim, o título da fic foi inspirado na música de mesmo nome da cantora e compositora de jpop YUI, as músicas dela são lindas, recomendo.
Beyblade e seus personagens não me pertencem... Infelizmente DX apenas Glícia é de minha autoria.
Essa historia não possui fins lucrativos, escrevo apenas por diversão.
Ready to love
Abriu os olhos lentamente, dando de cara com o teto branco, que lugar era aquele? Olhou para os lados, as paredes impecavelmente brancas assim como as cortinas, o cheiro de etanol, aquilo só poderia ser um hospital. A última coisa que tinha na memória era ter derrotado Brooklyn e desacordar no corredor do ginásio.
Ele ouve um barulho do outro lado do quarto e só então repara que não estava sozinho, na parede oposta onde sua cama estava encostada tinha uma outra cama, uma garotinha estava lendo um livro distraída. Ele limpa a garganta pra chamar a atenção da garota.
-Ah finalmente acordou... Ohayou. –disse a garota com a voz rouca e fraca quase sussurrada. A garota tinha os cabelos castanhos claros repicados até a altura dos ombros, os olhos eram de um vermelho opaco, sem brilho e ainda tinha olheiras escuras embaixo deles, vestia um pijama de hospital comprido, mas Kai reparou que suas mãos eram extremamente finas, assim com seu rosto apagado.
-Quem... é você? –perguntou com certa dificuldade.
-Não se esforce, por favor! Esta sob efeito de anestesias. –falou preocupada no mesmo tom de antes. –Me chamo Glícia, prazer. –sorriu-lhe gentil.
Ele apenas murmurou um "hm" desinteressado. Estava tentando adivinhar por quanto tempo esteve desacordado, e o que tinha acontecido com Tyson e o torneio.
-Nee... –começou a garota um pouco receosa. – Você é o Hiwatari Kai-san não é? A luta do seu amigo vai começar em algumas horas...
-Como?
-Você ta desacordado desde ontem quando chegou. –explicou ela. –Os médicos disseram que você precisa de bastante repouso, vai ficar no hospital por um tempo.
Ele tenta se levantar, mas cai deitado de novo. As suas feridas começam a arder, parece que o efeito da anestesia estava passando.
-Você ta sangrando! –a garota exclama assustada, pegando um controle ao lado da cama com um botão vermelho pendurado em um fio e o aperta.
Não passaram nem dois minutos e um medico chegou no quarto com um equipamento de primeiros socorros.
-O que ouve? –o médico entra apressado e logo nota uma mancha vermelha nas ataduras do Kai, indo até ele apressadamente. –Consegue se sentar?
O medico o ajuda a ficar sentado e começa a desfazer os curativos do seu peito, onde estava sangrando. A garota apenas observava aflita. Depois de desfazer os curativos ele limpou as feridas que abriram passando uma espécie de pó para estancar o sangue. Ele refez os curativos ajudando-o a se deitar novamente.
-Não se mova muito, para as feridas não abrirem de novo e teremos que refazer os pontos. –Ele nada respondeu. –E você Glícia, como se sente?
-... –ela virou o rosto e não falou nada, parecia incomodada.
-Se você continuar assim sabe o que pode acontecer, não sabe? –seu tom apesar de ser calmo mais soava como um aviso, ou uma ameaça.
Ela novamente não respondeu, o doutor apenas a olhou uma ultima vez e saiu do quarto meio contrariado.
-O que ele quis dizer com aquilo? –o garoto de cabelos bicolores não conseguiu segurar a pergunta, ainda mais pelo tom que aquele cara usou.
-... Nada. –retrucou tão baixo que ele mal pode ouvir.
-Mentira. Se você não vai falar tudo bem, mas pode me esclarecer o porquê de estarmos no mesmo quarto de hospital?
-Uh... Ah, eu não sei direito, mas é algo sobre ter poucas vagas na UTI, então juntaram alguns pacientes da ala de traumas em um quarto só. –sorriu sem graça por não saber responder-lhe.
-Hum... –murmurou fitando o teto. Aquelas seriam longas horas naquele quarto de hospital.
Nenhum dos dois falava nada, Kai estava calado perdido em pensamentos fitando o teto enquanto Glícia continuava a ler seu livro sem querer incomodá-lo.
Passou cerca de meia hora quando uma das enfermeiras bateu na porta do quarto e entrou com seus almoços.
-Hora de comer crianças. –disse ela com um sorriso meio forçado típico de enfermeiras que passam mais tempo trabalhando no hospital do que nas suas próprias casas.
Ao lado da cama tinha uma espécie de mesa dobrável que ficava suspensa sobre esta, primeiro ajeitou a cama de Kai e colocou a comida sobre a mesa.
-Consegue comer sozinho? –ele apenas pegou os talheres e começou a comer.
Depois ela foi até a cama de Glicia e arrumou a mesa, colocando a comida sobre ela.
-Vai comer hoje não vai? –disse incentivando-a.
-Não estou com fome. –a garota respondeu cabisbaixa.
-Mas você está fraca e não come a dias, coma nem que seja um pouquinho... –tentava convencê-la.
-Não quero...
-Sabe que só esta complicando as coisas então por que não come? Só um pouco...
-Já disse que não quero! –exclamou irritada dessa vez. –Vai embora!
A enfermeira recuou um pouco amedrontada, ela nunca tinha perdido a paciência, talvez devesse dar um tempo a ela.
-Ok, mas vou deixar aí caso mude de idéia. –e saiu do quarto deixando a menina emburrada de braços cruzados para traz.
-Por que não deixa de ser birrenta e come de uma vez? –perguntou Kai que já havia acabado.
-Por que não te interessa. –respondeu estupidamente.
-Se não comer eu mesmo vou aí e te enfio goela abaixo. –ameaçou.
-Duvido. –foi a única coisa que o garoto de cabelos bicolores precisou ouvir para se irritar de vez.
Ele se levantou devagar por causa dos cortes e foi até o lado da garota pegando certa quantidade de comida do prato com uma colher. A garota teimosa fechou a boca com força para ele não ter como colocar a colher lá. Com apenas uma mão Kai conseguiu imobilizar a cabeça dela e trancar seu nariz, a garota tentava lutar contra ele, mas mal tinha forças pra levantar os braços, quando estava quase ficando azul sem respirar abriu a boca pra tomar ar e então o garoto enfiou a colher lá no fundo e tapou a boca dela para que não cuspisse a comida fora.
-Mastigue e engula. –ordenou com um tom de voz quase assassino e a garota fez o que ele disse.
Depois que ele destapou a boca dela ainda tossiu um pouco, ficando ofegante.
-Ta querendo me matar engasgada?! –gritou tossindo mais um pouco.
-Você é que sabe, vai comer do jeito fácil ou prefere que eu continue do jeito difícil? –olhou estreitamente para ela.
-Ta bem, ta bem. Eu como. –se deu por vencida pegando a colher das mãos dele.
Ela bem que tentou, mas estava tão fraca e tremia tanto que metade da comida que tinha na colher era derrubada antes que ela pudesse chegar até a boca.
-Me da isso aqui. –disse ele impaciente com a situação.
Começou a dar comida para ela com um pouco mais de gentileza dessa vez (mas bem pouco mesmo). Depois que terminou de tratar a menina mimada voltou para a sua cama, deitando-se e voltando a fitar o teto.
-Obrigada... e desculpe. –sussurrou ela. –acho que fiquei um pouco irritada por causa da fome e do sono. Hehe. –completou de maneira infantil.
-Hum... –murmurou sem olhar pra ela.
Um tempo depois a enfermeira veio recolher os pratos, surpreendendo-se que a garota finalmente tenha se alimentado. Encarou ela que estava de braços cruzados com um beiço infantil nos lábios e depois olhou para Kai, que estava perdido em pensamentos e mal tinha se movido. Saiu sem dizer nada.
O tempo passava e o dia ficava cada vez mais tedioso, Kai olhou para o lado e se deparou com aquela garota dormindo profundamente.
"Garota esquisita." Pensou ele voltando-se para o teto, quando pensou em escapar pela janela (apesar de estarem no segundo andar) o médico entrou novamente no quarto.
-Como se sente Kai? –perguntou ele formalmente.
-Melhor quando sair daqui. –respondeu indiferente.
-Ora, não seja tão rude, se repousar adequadamente poderá receber alta amanha pelo final do dia, e retornar apenas para tirar os pontos.
-Humf.
-E como você e Glícia tem se entendido? –falou olhando para a figura da menina que ainda dormia com metade do corpo destampado assim como uma das pernas.
-Por que a pergunta? –questionou desconfiado pelo jeito que ele falou.
-Sabe, ela está passando por uma fase muito difícil da vida dela, você poderia ser mais compreensível, já que ela parece gostar de você de algum modo.
-Não diga as coisas pela metade, fale de uma vez o que aconteceu com a menina.
-Bem... Ela sofreu um acidente de carro no qual perdeu os pais, milagrosamente só ela sobreviveu. Desde que chegou ao hospital não comia nem bebia nada, e passava noites em claro, o mais estranho de tudo isso é que desde o acidente... Ela ainda não chorou.
-E por que está falando tudo isso pra mim? –falou como se não tivesse nada a ver com o assunto.
-Antes de você chegar ela apenas vegetava na cama, mas parece que você causou umas mudanças aqui... O que por um lado é uma pena. –disse ele indo até a garota cobrindo-a, passando a mão descaradamente na coxa dela no processo.
-Seu... –sussurrou ameaçadoramente.
-Oh, não era você que não se importava? –sarcástico.
-Vai à merda. –respondeu com raiva. –e não ouse tocar nela de novo! Ou eu...
-Vai fazer o que? Se você se importa com essa garotinha indefesa é bom cuidar bem dela, ou algo não muito agradável pode acontecer... A ela. –dizendo isso ele saiu do quarto.
Kai encarou a menina adormecida mais uma vez. Ele entendia o que ela estava passando, ele também passara por isso quando era criança. Perdeu-se em pensamentos mais uma vez.
Continua...
N/a: esse primeiro capítulo... não gostei muito dele DX ta ruim, eu acho. Não to muito acostumada a escrever em terceira pessoa, mas numa fic onde os protagonistas são duas pessoas misteriosas não ficaria legal escrita em POV's. Tentarei melhorar no próximo capítulo n.n
A fic vai se focar mais nos dois personagens desse capítulo, mas de inicio não vai ser necessariamente um romance, pelo menos não aqueles clichês de que os dois se apaixonam a primeira vista, enfrentam vários obstáculos pra ficarem juntos e vivem felizes para sempre, não. Tenho muitos planos para esses dois, mwahaha. No próximo capítulo vou explorar mais a Glícia e o que aconteceu com ela, mas eu queria saber o que estão achando dela? Eu queria criar uma persona que ao mesmo tempo que é fofa, inocente e delicada (daquelas que você fica diabético só de olhar), mas também é mimada, teimosa e carente, não sei se eu consegui expressar isso nesse capítulo xD''
Qualquer erro me desculpem, revisei umas três vezes, mas posso ter deixado algo passar .
Se você gostou, não gostou, tem uma crítica (construtiva), ou quer dar uma sugestão de onde posso melhorar, mande-me reviews (L) são sempre bem vindas e serão lidas com carinho~
