O Legado Lunaris


Disclaimer: Infelizmente Harry Potter não é meu, não que eu não o quisesse...

Capítulo Um – Sonhos Perturbadores


Estava escurecendo, e mesmo assim ela continuava sentada em uma mesa de jardim para escrever aquela carta. Hermione escrevia, riscava, olhava para as nuvens do céu, e depois voltava a escrever.

Escrevia uma carta para Harry, para convidá-lo a passar as férias na sua casa.

Depois de tudo que aconteceu em Hogwarts, ela temia que, se ficasse mais algum tempo sozinho na casa dos tios, Harry poderia fazer alguma besteira, e acabar se precipitando.

Por isso essa era uma carta um tanto difícil de escrever. Hermione não poderia explicar r o que sentia, pois tinha medo que a carta fosse interceptada: e se isso acontecesse Harry e ela estariam em perigo. Ela nem cogitou a hipótese de mandar a carta por correio trouxa, já estava muito acostumada com o correio-coruja, além do mais, não sabia se Harry conseguiria ler a carta, depois de tudo que lhe contara sobre a carta de Hogwarts.

Quando terminou a carta, viu que, no fim, não tinha convidado Harry, era uma carta completamente normal, perguntando e dizendo apenas coisas simples e insignificantes para outras pessoas que lessem a carta. Fechou-a e a entregou para a coruja acinzentada que estava ao seu lado.

- Anúbis, entregue essa carta para o Harry, ok? E tome muito cuidado – Hermione apenas terminou de falar e a ave, que ganhara dos pais naquele verão, levantou vôo.

A garota juntou o que sobrou de pergaminhos e penas que tinha usado, voltando para dentro da casa, a fim de se preparar para o jantar.


- Hermione, você já mandou a carta para seu amigo Harry? – a mãe dela perguntou durante o jantar.

- Sim, agora de tarde.

- Então nós vamos buscá-lo no sábado, certo?

- Perfeito.

- Hermione, Julie está no telefone. Quer falar com você – anunciou a empregada, uma mulher de estatura mediana, da porta.

- Com licença mãe, pai – eles assentiram com a cabeça – obrigado Carol.

Hermione foi correndo para a sala atender ao telefone.

- Alô?

- Mione! Que saudades! Tenho uma coisa importantíssima para te falar, mas eu não quero falar pelo telefone.

- Então para que ligou? Agora vou morrer de curiosidade!

- Te falo quando chegar aí.

- Então seus pais deixaram?

- Lógico! – retrucou Julie em um tom indignado - Esqueceu-se que eu tenho um ótimo poder de persuasão?

- Só se for o que você aprendeu comigo! Quando vai chegar?

- Daqui mais ou menos umas duas semanas, eu acho. Minha mãe não deixou eu ir antes.

- Antes tarde do que nunca. – brincou Hermione feliz.

- É, tá certo. Agora eu tenho que desligar, meu irmão tá me enchendo o saco. Manda um abraço para os teus pais.

- Para os teus também. Tchau.

- Beijos. Tchau.


- Eu tenho que te dizer uma coisa muito importante, Hermione – enquanto ele falava, chegava cada vez mais perto.

- O quê? – ela perguntava meio inebriada com a proximidade dele.

- Eu...

Ela acordou de repente, ainda com a imagem dos olhos verdes na sua mente. Era a única coisa que ela conseguia ver, imaginar, e até mesmo pensar.

Ultimamente, o dono daqueles olhos verdes não saía de sua mente, quando ia dormir sonhos como aquele rondavam seu sono, e ela acordava sempre no mesmo momento do sonho, por um motivo ou outro. E ela queria ver, pelo menos nos sonhos o desfecho daquela conversa.

Já fazia algum tempo que ela vinha reparando nele de maneira diferente, por menos que ela quisesse, não podia evitar. Hermione não queria admitir que estava se apaixonando pelo seu melhor amigo, mas no fundo, o que ela queria era ser correspondida.

Só ela mesma sabia o quanto havia sido difícil dar conselhos ao Harry sobre como agir com a Cho, ou até mesmo parecer indiferente se ele gostava ou não da mesma. Às vezes lhe dava vontade de estragar tudo dando os conselhos errados, mas ela não era capaz de fazer isto.


Novamente ele foi acordado por aquele sonho, o mesmo, que há alguns dias vinha lhe perturbando as noites.

Nele, Hermione sempre aparecia querendo lhe dizer algo, mas ele sempre acordava antes que ela terminasse de falar.

Nesses últimos dias em que passou no quarto (ele não tinha a menor vontade de se misturar com os Dursley), Harry andou pensando muito nos amigos, principalmente em Hermione, e em como os tratou.

Ele refletiu que agiu com muita infantilidade e egocentrismo. Harry percebeu que os culpara pelas coisas mais absurdas, que nenhum dos dois tinha a mínima culpa, e mesmo assim, nenhum deles deixou de considerá-lo e o tratar como amigo.

Depois de chegar a essa conclusão, o que não fora muito fácil, ele jurou para si mesmo que não ia mais os tratar assim, principalmente Hermione, que ele não sabia por que, não saía de seus pensamentos.

Mas o melhor de tudo era que seus tios e primo, nessas férias, não estavam incomodando-o muito. Já que pelo jeito, eles realmente se impressionaram com Olho-Tonto Moody, Tonks, e todo o pessoal da Ordem.

Toda a família ignorava Harry, quase que completamente, principalmente Duda, que quando saía com os amigos, sempre tomava o cuidado de evitar o mesmo caminho do primo.

Depois de todas essas reflexões que fez logo que acordou, Harry viu a coruja de Hermione, Anúbis, no parapeito da janela. Deixou a coruja entrar, que foi até a gaiola de Edwiges, deixando Harry pegar a carta antes.

Era uma carta comum, Harry constatou assim que acabou de ler. Depois, cuidando com as palavras que usava, escreveu a resposta, que deixou de lado até que Anúbis descansasse.

Harry achava perfeito ser ignorado pelos tios. Ele adquiriu o hábito de toda manha ler o Profeta Diário de "cabo-a-rabo", não que fosse realmente necessário, todas as noticias que ele esperara no angustiante silêncio do ano anterior, agora vinham sempre nas primeiras páginas.

No noticiário da televisão que ele assistia sem se importar com o incômodo dos tios, apareciam seqüestros, mortes, desaparecimentos todos muito misteriosos. E em todos os casos de morte, não eram encontradas as CAUSA MORTIS. Tudo era muito estranho, e os trouxas não faziam idéia do que realmente acontecia.

Harry já não estava mais tão preocupado quanto no verão anterior. Ele tinha consciência de que o que tivesse que ser, seria. Não importando se ele estava pronto ou não. Além do mais, a população bruxa agora já sabia que Voldemort havia voltado, então, conseqüentemente, estava mais preparada que no verão anterior.

Harry passou a se dedicar mais aos estudos, principalmente os de Transfiguração, Feitiços e DCAT. Ele sabia que quando chegasse a hora, deveria estar pronto para tudo.

Já era noite quando Harry voltou para o quarto. Ele escreveu outra carta e a prendeu na pata de Edwiges.

- Edwiges, esta carta vai para a Ordem. – e, se dirigindo às duas corujas – Tomem bastante cuidado.

Em seguida, se deitou e esperou o sono, que logo chegou.


- Hermione! Você já está pronta? Só falta você! – sua mãe gritou do andar de baixo.

- Ainda não! Estou quase pronta.

Hermione não conseguia se decidir qual roupa usar. Ela queria estar muito bem vestida, queria causar uma boa impressão para os tios de Harry, já que sabia que eles detestavam magia.

Ela enfim se decidiu por uma saia branca, blusa vermelha e sandália também branca. Os cabelos estavam pouco encaracolados (ela aprendera a baixar o volume dos cabelos). Passou apenas um brilho labial, e desceu as escadas correndo.


Sábado era um dia terrível para Harry. Seu tio ficava o dia todo em casa. Mas já tinha decidido ficar no quarto, provavelmente estudando, só sairia de lá para ir ao banheiro e para fazer as refeições.

Depois do breve almoço (Duda ainda estava de regime, e conseqüentemente os outros também), ele voltou para o quarto.


Finalmente estavam na Rua dos Alfeneiros, agora só faltava achar a casa de Harry, o que não foi nada difícil.

Na frente do nº4, uma mulher com cabelos rosa-pink estava sentada. Parecia estar esperando alguém. Essa mulher, quando viu o carro parando na sua frente, levantou-se de um pulo.

- Tonks! Te deixamos esperando muito tempo? – Hermione perguntou para a Auror.

- Não muito. Eu estava na casa da velha Figg até pouco tempo. – ela respondeu com o jeito de menina de sempre. – Vamos logo falar com o Harry.

Tonks foi à frente com os Granger seguindo-a, tocou a campainha uma vez e ficou esperando ate que Petúnia Dursley abriu a porta.

Continua...


E aí, o que acharam?
O primeiro cap. tá fraco, mas é como se fosse só uma apresentação de personagens...
Por favor, comentem... Eu preciso saber o que voces acharam da fic, para poder melhorá-la.

Agradecimentos para: Tonks, minha primeira beta, que corrigiu e melhorou esse cap um monte, se não fosse por ela não teria como lê-lo. À propósito: leiam as fics dela, são maravilhosas (Sempre Há Um Amanhã e Nove Meses Para Amar, as duas H²). Chris, outra beta que recorrigiu o cap. E para Camila, é, mais uma beta... Obrigadão!

Eu não sei quando eu posto o proximo cap, ele já tá pronto, só falta editar ele, mas eu to indo para a praia, então...

Malfeito Feito,

Moony Ju