Disclaimer: Não, sério. Você ainda não sabem?
Verão
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Ele amava seu sorriso. Seu sorriso, sua risada, sua gargalhada – quase sempre presunçosa. Na verdade, amava vê-lo feliz – e ele realmente ficava feliz com muita facilidade, o que era ainda melhor. E isso porque a felicidade de Alfred era contagiante, e era quase impossível ficar próximo a ele sem sentir-se feliz também. E quando América chegava, espalhafatoso e sorridente como se não houvesse dor no mundo, Rússia sentia que a dor e o frio simplesmente desapareciam.
(A risada dele era teu único conforto, Ivan)
Também amava seus cabelos. Eles eram dourados como o Sol, e eram mais suaves do que qualquer outra coisa que Ivan já tivesse tocado. E Rússia sempre ficava acariciando aquele cabelo, sentindo sua maciez – como se fosse feito de seda, por mais clichê que isso soasse – enquanto Alfred tagarelava sobre alguma bobagem aleatória. E Ivan realmente se decepcionava consigo mesmo por não encontrar palavras que não fossem piegas para descrever aqueles fios dourados.
(Os cabelos dele eram o Sol que nunca brilhava em tua terra, Ivan)
E seus olhos – tinha adoração por seus olhos. Olhos azuis como o céu límpido no auge do verão – e Ivan adorava os verões na casa de Alfred. Por outro lado, também eram azuis como o oceano, e era quase possível afogar-se neles. Porém, quando perdia-se naqueles olhos, Rússia não sentia o desespero de quem se afoga – sentia a leveza de quem voa no céu. Um céu azul como os olhos de América.
(Encaras tanto esses olhos porque nunca verás um céu tão azul, Ivan)
E sua voz era musical. Não exatamente musical – não era doce, não era suava. Era firme, estrondosa, forte e marcante – talvez até esganiçada, quando ele se exaltava. Mas era cheia de vida e emoção. Era uma voz capaz de despertar e animar, e por isso Ivan a amava tanto. E – ainda que Alfred parecesse incapaz de parar de falar – Rússia nunca se cansava do som daquela voz.
(Amas quando ele geme teu nome, Ivan)
Sua pele também lhe exercia um fascínio imenso. Aquela pele macia e rosada; aquela pele que compunha um corpo perfeito e belo. Isso, porém, não era o que mais deliciava Ivan – era tocar o corpo (nu) de Alfred e sentir todo aquele calor irradiando de sua pele. E Rússia adorava sentir aquele corpo quente de encontro ao seu – porque o frio ia embora quando tinha América em seus braços.
(És viciado nesse corpo, Ivan)
Também os lábios. Os lábios que procurava com tanta paixão, e que com tanta paixão buscavam os seus. Os lábios que sempre sussurram exatamente aquilo que queria – o que precisava – ouvir. Os lábios que Ivan jamais se cansava de beijar e saborear. Os lábios que sempre lhe fascinaram, e que sempre lhe faziam esquecer-se do mundo. Os lábios que tinham gosto de coca-cola e hambúrguer.
(E isto não é poético, mas é como amas esses lábios, Ivan)
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(Mas, na verdade, Ivan, o amas porque ele é teu verão)
N/A Escrevi durante o longo intervalo de vinte minutos entre uma aula e outra da Faculdade. Ou seja: eu havia acordado às cinco e vinte da madrugada e estava meio zumbificada – o que explica a falta de sentido dessa fanfic. Mas até que eu gostei dela (possivelmente, porque Ivan/Alfred é um dos meus casais favoritos). Ah, sei lá. Eu disse que ia escrever uma Cold War e escrevi – ainda que isso não seja exatamente Cold War, é uma Rússia/América, então acredito estar valendo. E sim, eu paro de falar besteiras agora.
(Mentira, paro não. Aliás, o CD com as músicas do China saem dia 24 desse mês, yay *-* /oiq)
Reviews? *-*
