N/A: Antes de começar a história vou fazer um pequeno Resumo:
Sango perdeu toda a sua família. Ela está só e se sente completamente desamparada. Sem rumo e sem saber o que fazer, ela decidiu que é hora de arrancar a dor do peito e se encontrar com a sua família falecida. Mas, alguém a socorre. Será que um homem desconhecido pode trazer de volta a Sango a vontade de viver?
Sozinha
Ela caminhava tranqüila pelas ruas. Não havia ninguém na rua. Também pudera, já que, nevava e em pleno domingo. Todos estavam em suas confortáveis casas. Suspirou. Continuou a caminhar.
Parou por um instante. Olhou para o céu. Seus olhos demonstravam tristeza.
Seguiu com os olhos um floco de neve... Estendeu sua mão e deixou que esse caísse sobre esta. Ela fechou sua mão. Cerrando seus punhos.
-A vida é assim. É só alguém vir e dar um empurrão para que ela suma.
Ela voltou a caminhar.
Para onde iria?
Não sabe.
A tristeza consumia seu coração.
Acabará de perder seus entes mais queridos.
Como?
Simples, em um acidente de avião. Seu pai e seu irmão... Estavam em um avião. Foram viajar para China. Nem é tão longe assim, né?Porém, algo aconteceu e o avião perdeu o controle. Ninguém sabe até agora o que aconteceu...
-Imagino que não só eu. Mas, alguém como eu também está sofrendo pela perda de alguém querido.
Claro. Naquele avião não estavam apenas os seus parentes, como estava de muitas outras pessoas.
Recebeu a notícia há poucos minutos. Como o avião caiu no mar... Ainda não tinha achado seus corpos.
Isso apenas, para deixá-la mais aflita.
Uma lágrima teimou e escorreu sobre sua face.
E agora?
O que faria?
E nenhuma resposta vinha em sua mente.
Limpou rapidamente aquela lágrima teimosa.
-Eu não vou chorar!-Sango segurou suas lágrimas.
E que por incrível que pareça nenhuma lágrima mais se atreveu a percorrer sua face.
Respirou fundo.
E olhou a sua volta. Ninguém!
Ninguém!
De agora em diante não haveria ninguém com que pudesse implicar ou apenas, falar que se gostava.
Ninguém?
Estaria agora sozinha no mundo?
Sozinha...
Nem mesmo quando sua mãe padeceu... Pensou que ficaria só. Já que, seu irmão, apesar de pequeno sorriu e disse:
-Mana, mamãe estará lá em um lugar muito bonito rezando por nós.
Apesar, de ele ser mais novo e um pouco inseguro. Sabia alegrar as pessoas.
Dizer as coisas certas.
Mas, agora não o teria...
Para alegra-la.
Nem seu pai. Que apesar, de severo, sabia sorrir e seu olhar lhe dava tamanha confiança.
Quando perdeu sua mãe. Sofreu muito. Ela era sua melhor amiga.
Pensando em amigos?
Sango teria algum?
Sempre estudou em uma escola só para , nenhuma era realmente sua amiga.E ela não fazia questão de se aproximar delas.
E agora?
Não tem uma amiga se quer.
E amigo?
Como?
Nenhum também.
-Sozinha... Qual pode ser o meu destino agora?-ela disse abaixando a cabeça.
Chegou até um parque. O qual tinha um imenso congelado.
"Será esse o meu destino?" Ela pensou enquanto olhava aquele lago...
-Eu não quero ficar só. -sussurrava para o vento. -Mamãe, papai, Kohaku... Não me deixem. -disse enquanto cuidadosamente se dirigia até o lago. Colocou um pé sobre o gelo e o outro. -Não me deixem. -deu uns dois passos.
Pode se ouvir um estalo. O gelo aos pouco se quebrava.
Ela começou a caminhar para o centro. Porém, foi em vão. O gelo se quebrou imediatamente.Não agüentou seu peso.
Ela caiu sobre aquela água gelada...
Seu corpo se paralisou imediatamente e não duraram poucos segundos para que desmaiasse.
"Não quero ficar sozinha! Não quero que vocês se vão".
*-*-*-*-*-*
Acordou. Estava em um lugar que nunca em uma cama que nunca vira.
Onde estaria?
Olhou para suas roupas. Quem poderia ter colocado essas roupas nela?
Será que tudo foi um sonho?
Poderia seus entes queridos estar ali naquele lugar?
Poderiam?
Ela levantou. Estava vestindo uma camisa, que era masculina, e uma calça moletom.
-Onde eu posso estar?
Escutou um barulho vindo da porta. Será que foi seqüestrada?
Agarrou um bastão estranho, dourado...
-Quem está aí?-ela gritou. Enquanto, a porta se abria.
Estendeu o bastão para o alto.
-Já acordou?-perguntou um jovem rapaz. Cabelos negros olhos também...
Ela bateu o bastão na cabeça de seu "salvador". Que caiu estendido no chão.
Levantou imediatamente com um galo imenso na cabeça. -Desculpa, senhorita... -disse ele educadamente, apesar, de que sua voz não demonstrasse tanta educação... Conseguem entender?-Mas, por que VOCÊ bateu o meu bastão na "minha" cabeça?-ele disse um pouco bravo.
-Foi uma reação.
-Tá!-ele disse se sentando na cama. -Que dor!-reclamou para si mesmo.
-Desculpe. -ela disse o olhando.
Ele sorriu. -Como se chama?
-Sango. -ela disse. -E você?-ela parecia um animal selvagem.
-Miroku.
-Ok, Miroku. Quem me trocou?-ela perguntou colocando o bastão encostado na parede novamente.
-Quem?Ora... É claro que fui eu. Quem mais seria?-ele disse como se um homem trocasse uma garota que ele nunca viu fosse normal.
-O que?-ela gritou. E deu lhe um soco.
-Nossa como você é violenta. -ele disse passando a mão por seu rosto. -Porém, você tem belas formas...
Um comentário inútil. Apenas, para que ele recebesse outro soco.
-Seu imbecil!-ela voltou a gritar.
Ele ficou sério de repente e olhou para seu rosto. O que a fez corar. Por que a estaria olhando daquela forma?
-Ainda não consigo entender o porquê de você ter ido passear pelo gelo. Não viu a placa: Cuidado?
Ela não respondeu.
-Eu assisti tudo. Gosto de passear pelo parque pelos domingos... Mas, nunca tinha visto alguém ir passear pelo gelo... E. - ele se calou quando viu o olhar triste dela. Ela já demonstrava tristeza em seus , naquele momento seus olhos não demonstraram tanta tristeza como também demonstraram escuridão e talvez, algo bem pior: a morte.
Ele se levantou. -Não era isso que estava fazendo?
-Não. -ela disse bem baixinho. -Eu só queria não ficar sozinha.
-Como assim?Se você se afogasse morreria e ficaria só.
-Eu não ficaria só. Pois, era isso que eu queria fazer.
Ela estava se abrindo com alguém que nunca tinha visto.
Por quê?
Ele a olhou não entendendo nada.
-Eu só não quero ficar sozinha. -ela repetiu. -Por isso, eu quero morrer.
Ele se assustou.
Uma garota em seus aproximados dezessete anos, não deveria e nem poderia ter pensamentos suicidas assim. Poderia?
Por que tanta tristeza?Por que tanta solidão?
E o que mais o espantava é que ela não chorava.
-Obrigada por sua hospitalidade. -disse olhando a sua volta.-Onde estão minhas roupas?
Como ela poderia não derramar uma única lágrima?Mulheres não são frágeis?Ele acreditava que mulheres mereciam seu respeito. Pois, as comparava com flores. Poderia entre uma de elas existir uma rosa?Uma rosa vermelha que demonstrasse doçura. Que demonstrasse paixão. Porém, tinha grandes e afiados espinhos.
Ficou absorto em seus pensamentos. Não a escutando.
Por que estava pensando isso?
-Por favor, me responda!-disse a tal de Sango. -Onde estão minhas roupas?-ela gritou.
Finalmente o tirando de tais pensamentos. Que nem ele pode entender.
-Ah, sim... Eu as pendurei no varal para secar. -disse ele um pouco confuso.
-Por favor, traga minhas roupas. -ela pediu. Entretanto, seu tom de voz parecia mais uma ordem.
Ele nada respondeu. Apenas, saiu do quarto.
Ela sentou na cama. E ficou olhando todos os objetos.
Um armário, uma escrivaninha, um baú no pé da cama, uma cômoda.
Olhou para a janela. Ei... Ela não havia reparado. Mas, ali era uma varanda. Levantou da cama e caminhou até a varanda.
A sacada, para ser exata. Olhou para a paisagem. Outros pré carros e pessoas por , uma árvore ali ou outra acolá.
-Sango?-escutou Miroku a chamar.
Sem olhara para trás ela respondeu. -Não tinha percebido. Você mora em um apartamento.
-Herança. -sentiu a voz se aproximar.
-Heran... -disse enquanto virava se para olhá o que ela fez foi dar eu tabefe na ele ter passado lhe a mã bufou e entrou no quarto.-Vou me trocar saia daqui.-mesmo que a casa não sendo dela ordenou para aquele garoto tarado.
Ele permaneceu parado. A olhando da varanda.
-Saia!-ela gritou.
Ele sorriu e obedeceu.
Só quando escutou a porta se fechar ela começou a se trocar.
-Meu Deus, olha aonde eu vim parar. E com quem!
Pobre Sango. Ela não sabe que isso é apenas, o começo.
Continua...
Pessoal mais uma fic antiga minha. Eu a postei no antigo ff Brasil. Espero que vocês gostem. É uma história muito bonita que fala sobre como podemos superar o que perdemos. Quem leu, eu gostaria muito de ouvir a opinião. Valeu!
Super beijos
Dani
