Roxton caminhava determinado pela floresta, lutando com os galhos emaranhados que insistiam em esconder a trilha, tudo o que ele queria era voltar para Londres precisamente para sua casa, e suas amantes, mas naquele minuto qualquer lugar longe da Sratª Krux seria o suficiente, ele estava mentalmente esgotado por causa de mais uma discussão ardente, mais que esgotado ele se sentia frustrado.
O caçador se perguntava porque ela tinha sempre que manter aquela maldita muralha de rocha entre eles, porque ela teve que se arrepender do que disse naquela caverna, porque ela parecia Ter tanto prazer em magoa-lo, apesar de não querer admitir estava sofrendo muito, nunca tinha amado uma mulher como amava Marguerite, nunca tinha pensado em se casar, mas com ela era diferente.
ele tinha se apaixonado por uma mulher que mais parecia uma caixa de surpresas que se encantava com jóias e tudo que cintilava, ele pensava tudo isso enquanto se despia e mergulhava no rio afim de esfriar a cabeça, ele não conseguia entender o porque de tantas coisas. mas se ela pensava que ele iria correr atrás dela outra vez para o que fosse, se ela esperava que ele voltasse como um cão arrependido, estava muito enganada, aquela dança tinha acaba ali no estante em que ela negou o que sentia por ele, e apesar de no fundo saber que tudo o que ela havia dito era mentira estava disposto a desistir dela se não fosse capaz de dizer aquela simples frase.
Na casa da arvore começava a surgir as primeiras lágrimas de arrependimento, Marguerite ficou parada no portão um tempo sem conseguir pensar em nada e irritada com as lágrimas teimosas que molhavam seu rosto, ela também estava esgotada e frustrada com aquela situação, foi muita ousadia da parte dela dizer tudo aquilo para o seu amado sabendo muito bem que aquelas palavras iriam cravar nele como um punhal e acabaria com o que eles tinham juntos, o que mais incomodava era que ele tinha ido embora sem dizer nada, ela preferiria que ele tivesse explodido e a magoasse também assim seria mais fácil para ela convencer-se de que ela não havia perdido muito e que assim era melhor, deste modo ele estaria longe de se meter em encrencas por causa dela e evitaria muito sofrimento pois isso era tudo que ela poderia proporcionar.
como seriam felizes vivendo juntos? em Londres! com um monte de credores querendo sua cabeça para empalhar ou pior empalhar a cabeça do Roxton e pendurar na parede, ela ria com o pensamento caminhando para o elevador, a casa da arvore estava vazia do mesmo jeito que ela se sentia, foi para o seu quarto, seu santuário, o sol brilhava como nunca brilhou antes no platô seus raios entravam pela sua janela causando um efeito bonito, o sol parecia sorri com aquilo tudo, pensou a herdeira ainda rindo e brigando com suas lágrimas até que a herdeira se rendeu ao choro abraçando o travesseiro abafando os soluços.
ela amava ele tanto que sentia medo, não que ela nunca tivesse se apaixonado por alguém antes, mas com ele era diferente ela sentia mais que paixão, sentia amor. Ela lutava contra aquele sentimento a tanto tempo "que ridículo", ela pensou, vir para um platô no meio de uma floresta hostil para achar um oroborus e encontrar seus pais e ao invés disso se envolver amorosamente com um Lord inglês e pôr tudo a perder.
Veronica, Finn e Challenger estavam viajando com os Zangas para estudar uma nova tribo que se alimentava de folhas, e apesar do povo ser muito simpatico e hospitaleiro, o habito de comer folhas estava sendo desagradável para eles e portanto resolveram voltar mais cedo para a casa da arvore, não viam a hora de chegar e comer um jantar feito pelo Roxton ou até um bolo feito pela Marguerite satisfaria a fome deles.
No caminho eles encontraram Lord Roxton sentado na margem jogando algumas pedras no rio, o cientista percebeu logo que seu amigo não estava muito bem e pediu para que as garotas fossem na frente, o caçador levou um susto ao ver o amigo que sorriu e perguntou o que havia acontecido, Jhon estava relutante em se abrir, mas por fim percebeu que não tinha nada a perder e lhe contou as novidades.
-Não acredito que você acreditou nela. Challenger falou rindo, mas logo ficou sério quando viu os olhos cheios de mágoa do homem.
-A questão, meu amigo, não é essa, o problema é que ela teve a coragem de dizer isso na minha cara, ela sempre me faz de palhaço, mas eu cansei disso. Atalhou Roxton e se levantou para voltar a casa da arvore.
-Se você quer um conselho amigo, dê mais uma chance, ela é uma mulher muito complicada...
-Eu sei o quanto complicada, interrompeu o petulante Lord, eu não vou pedir desculpas sendo que a culpa não é minha-Seja gentil se ela for gentil Jhon, o cientista tocou amigavelmente o ombro de Roxton-não deixe nunca o orgulho te vencer.Na casa da arvore, Finn estava preparando uma bandeja de frutas para o jantar e Veronica tinha tomado banho e pensou em fazer uma brincadeira com a herdeira fazendo sumir o hobby roxo que era o seu xodó, mas quando ela entrou no quarto achou que Marguerite parecia doente, pois estava dormindo agarrada com um travesseiro e os olhos pareciam levemente inchados, Finn entrou no quarto para chamar Veronica que pediu que ela ficasse quieta, mas ela não se conteve em fazer um comentário em voz alta acordando a mulher depois de uma bronca, observações indiscreta e algumas frutasÉ o Roxton não é? nós vimos ele no rio, ele também não parecia nada bem., por que voces brigaramÉ óbvio que vcs se amam!. Concluiu Finn
-Nós não podemos ficar juntos.., quer dizer... vocês não tem nada haver com isso! Finn não seja atrevida!. Repreendeu a moçae então ouviram o barulho do elevador e Challenger chamando por elas, a herdeira fez uma cara de assustada e Veronica disse
-Fique aqui Marguerite eu vou trazer alguma coisa p/ seus olhos desincharem, vamos dizer que esta dormindo não se preocupe.
