Break The Ice
por Sophia Prince
Entrou no local e observou a silhueta do homem próximo à janela. Como sempre, ele usava as vestes negras. Nunca o vira usando qualquer outro tipo de roupa além do preto. O cigarro fora apagado e virou os calcanhares, virando-se para fitar a jovem recém chegada ao quarto. Mais uma vez encontravam-se ali, naquele quarto de um motel trouxa. Não podiam ser vistos juntos, então optaram por fugir para o mundo trouxa pelo menos por algumas horas. Tempo o suficiente para matarem a saudade do corpo do outro.
Moveu-se na direção dela até estar próximo o bastante para sentir o calor que emanava de seu corpo. Ela estava queimando. Tão típico. E ela sentiu o frio do toque dele. Típico. Não trocaram uma palavra se quer. A boca rosada do frio procurara a dele, beijando-o com fervor, com paixão. Não era amor o que sentiam, era tesão. Menos conversa, mais gemidos. Era esse o tipo deles. Nada, além disso.
As mãos fortes agarraram o quadril dela, levantando-a e a pressionou contra a parede mais próxima. O gosto de nicotina impregnado na boca dele, passando para a dela. Mas ela não se importava com aquele gosto amargo. As pernas estavam fortemente apertadas ao quadril dele, prendendo-o em seu corpo e ela ofegou. O gelo estava sendo quebrado. Ela sentia tal coisa vinda debaixo do ventre dele. Detiveram-se aos beijos ardentes, recheados daquele tesão acumulado.
Quando os lábios passaram a arder, sabiam que era hora da ação. Retirou-a de seu colo, virando a ruiva contra a parede pelo cabelo. Exatamente do jeito que ela gostava. Ela gemeu e ele sorriu. Sua mão procurara o zíper, abrindo-o com pressa enquanto ela se preparava, já sabendo que estava prestes a acontecer. Entreabriu as pernas, abrindo seu próprio zíper enquanto ele se livrava de sua própria calça. As mãos fortes seguraram sua cintura fina, fazendo-a ofegar e automaticamente empinou seu corpo. Penetrou-a de repente. Ela gemeu de prazer e de dor. Segunda estocada. O aperto em sua cintura aumentara, a respiração era quase inexistente e só havia o prazer saindo por seus poros. O cabelo ruivo estava enrolado na mão do loiro, que os puxava com vontade.
Estavam com tempo, provavelmente se amariam o dia inteiro. E foi o que fizeram até o cair da noite.
