Olá pessoas!

Bem essa é a minha primeiríssima Fanfic de Twilight, então espero que gostem. É feita com um enorme carinho e dá um trabalhão do caramba... Então do fundo do meu coraçãozinho espero que agrade aos vossos gostos !

Nota da autora: Bem, eu acho que esse capítulo combina muito com a música: Stay Beautiful – Taylor Swift.

Boa Leitura!


Já impaciente peguei meu celular, um Nokia de última geração e verifiquei que horas os ponteiros marcavam, 16:30 horas em ponto, não se passara nem um minuto. Hoje o dia seria longo.

Esse ritual já estava virando rotina, todo dia a partir das 17:00 horas a equipe da produção de Breaking Dawn, filmavam tapes da Ilha Esme aqui em Ilha Grande - Angra dos Reis. E todo dia eu estava aqui.

Eu não morava aqui, meus parentes não viviam aqui, eu não tinha nada aqui. Minha casa era no Rio de Janeiro - capital, eu estava aqui por um puro golpe de sorte. Minha tia fez um investimento ano passado, ela comprou duas casas por aqui e sempre as alugava durante o Réveillon, Carnaval, essas coisas. Negócio muito lucrativo por sinal.

Como esse ano era o meu aniversário de 18 anos ela me emprestou uma de suas casas por 1 mês, sem me cobrar nada. Água, luz, gás, tudo erapor conta dela, ainda bem que sempre dei presentes ótimos. Ela ainda disse que poderia levar algumas amigas e minha família, se quisesse. Não tinha o menor problema, esse seria o seu presente de aniversário.

É tão bom quando seus parentes resolvem te dar algo realmente significativo, ao invés de roupas, caixinhas de jóias, bonecos de pelúcia e outras inutilidades. Só meus pais - quando nossa condição financeira permitia - e alguns bons amigos, me presenteavam com coisas decentes mais o resto...

Só passa de lembrancinhas, sem querer desmerecer, claro. Mal ou bem, eles se lembraram de mim, isso é o importante.

Falando nisso, guardei meu celular em minha bolsa, que ainda permanecia aberta e peguei um dos mini-potes de brigadeiro e fechei a bolsa. Minha amiga não poderia ter me dado presente melhor, exceto uma coisa que não estava ao seu alcance.

Ela fizera uns cinco mini-potes de brigadeiro, eu acho, que tinham mini colherzinhas do lado. Com as tampas recobertas de um tecido simples, xadrez preto, branco e roxo. Essa foi uma das melhores coisas que já ganhei. Sem mencionar o fato que ela estava montando uma confeitaria e a cobaia de seus doces era eu, Bianca Duarte Vasconcellos.

Nos últimos tempos nunca me senti tão feliz ...

Tão perto de Robert Pattinson e de minha Diva Ashley Greene, sendo cobaia de todos os tipos de doces, sendo aprovada em meu tão sonhado curso de Nutrição e finalmente completando meus dezoito anos . Tudo estava indo incrivelmente bem, de repente. Só foi elogiar, boca maldita.

- Ai finalmente vou ver o Edward, nossa como eu esperei por isso!

Disse uma garota do meu lado direito, com uma voz fininha e dando um gritinho no final. Poser's idiotas, ver o Edward. Nem ao menos sabiam o nome do Rob. São essas ridículas que estragam a dignidade das verdadeiras fãs, idiotas.

Okay, eu sei que exagerei ... mas isso é revoltante. Enquanto você leu todos os livros da saga – obcecadamente - sabe cada detalhe do livro, acompanha e conhece os atores, aí aparecem essas bestas querendo dar uma de mega fã.

- Você o viu naquele filme... acho que é Little Ashes, não sei direito? Já faz algum tempo que saiu, você sabia que ele beija um cara!

- Como assim ele beijava um cara? Nossa que horrível!

Disseram as garotinhas, bestinhas que se localizavam ao meu lado. Ainda bem que eu nunca achei um penhasco na minha vida, porque se não acho que jamais estaria aqui ! Além de posers não sabem o significado de ser um ator.

Estava tão concentrada saboreando meu brigadeiro que nem percebi a multidão que se encontrava no recinto. Mais uma vez, hoje o dia será longo. Peguei novamente meu celular e fui verificar que horas eram: 17:30, pelo menos uma hora havia se passado. Joguei o celular na bolsa e retirei um saquinho plástico – sempre fui ecologicamente correta – e despejei meu mini-pote já vazio dentro, fechando a bolsa.

Rotina é uma coisa entediante.

Mas até que hoje estava um dia agradável, a brisa estava gelada e o sol não ardia em minha pele. Contudo a brisa do mar estava muito gelada, isso era estranho. Será que iria chover ? Não ando acompanhando muito as noticias nesse mês de Janeiro. Além do mais, não tenho mais aulas e hoje é o meu aniversário. Não preciso me preocupar com isso.

Resolvi sair de baixo da árvore e fui em direção a rua lotada, empurrando levemente algumas garotas. Parei assim que cheguei na grade de proteção, que nos impedia de sair correndo para dentro de set, junto com uns cinquenta policiais, é claro.

Depois da ocasião em que uma mulher foi presa por tentar - de todas as formas, desde suborno a fingir que estava passando mal - ultrapassar a barreira, poucas se atreveram a fazer isso. O medo de ser presa, superava qualquer afronta.

Repousei meus braços na grade encostando minha cabeça neles e fiquei lá, mofando. Esperando um simples tchau do Rob, afinal já ganhei um sorriso da Kristen - que foi incrivelmente simpática conosco -, um autógrafo do Jackson – um doce de pessoa, eu já sabia disso – que me prometeu trazer a Ash para falar comigo. Um dos motivos que não saio daqui, o principal motivo é o Rob. Por fim, pelo Rob vale tudo.

- Gente, é impressão minha ou vai chover, ou melhor, vai cair uma tempestade?

- Desculpa me intrometer, mas como assim?

Disse me virando automaticamente para uma garota, que parecia ter quase a minha idade, uns dezesseis, dezessetes anos. Ela era bem bonita, mas parecia acabada pela espera como eu, sempre a via aqui.

- Não se incomode, não tem problema nenhum em se intrometer. Estamos aqui pelo mesmo motivo.

Ela disse dando um sorriso simpático. É por isso que gosto de cariocas, sempre falantes e cara-de-pau. Retribui o sorriso, quem sabe não ganho mais uma amiga, nessas desventuras de fã!

- Obrigada.

- Já disse, não se incomode. Ah, voltando ao assunto ... Você já deu uma olhada no céu.

Levantei a cabeça em direção ao céu, em questão de minutos tudo havia mudado. O céu estava de um cinza escuro, pelo jeito a minha suposição sobre a brisa estava correta. Iria começar a chover há poucos minutos, minha sorte tinha ido para o brejo.

- Arr, que ódio! Malditas chuvas de verão, sempre chove na merda do meu aniversário.

Meu bom humor sumiu com a ameaça de tempestade. Eu odeio chuva, não suporto chuva, não veria o Rob por causa dela. Que inferno!

- Nossa pobrezinha de você, mas mesmo assim meus parabéns.

Ela me estendeu a mão, logo em seguida apertei dando um sorriso meio forçado pra ela.

- Obrigada e perdoe-me por esse ataque de raiva. É revoltante esse tipo de coisa, logo hoje?

E realmente era, é sempre assim cara. O tempo passa, a vida continua mais tem coisas que não mudam! Não era possível isso, mais um dia não veria o Robert.

- Sem problemas. Olha, você vai continuar aqui? Eu vou embora, porque pelo jeito vai cair um dilúvio e minha mãe já está com raiva de mim. Se eu continuar então, posso declarar a minha morte oficialmente.

- Ah isso é normal, tive que enfrentar um briga com meus pais por passar o dia aqui.

- Vida de Twifan não é fácil !

Nós rimos com seu comentário, ela era bem legal. Gostaria que fosse minha amiga. Um trovão ecoou e se propagou pela rua lotada de gente, as conversas que borbulhavam rapidamente se encerraram. Já podia prever a tempestade de verão que iria cair.

- Bem eu vou embora, agora não tem mais jeito. Adorei te conhecer.

- Eu também, amanhã você estará aqui?

- Provavelmente ... Só não estarei se essa tempestade durar mais do que uma noite.

- Duvido muito, até mais então.

- Até mais!

Enquanto ia se afastando acenava para mim, junto com ela várias garotas começaram a ir embora. Deixando a rua completamente vazia, até os guardas se retiraram. Ainda procurei, verificando os cantos, atrás das árvores com os olhos, mas não tinha sinal de uma alma viva. Eu fui à única que fiquei, sozinha.

Agora tudo estava escuro, a rua estava começando a ficar um breu, com uma áurea tenebrosa. Relâmpagos começaram a tomar conta do céu, deixando-o aterrorizante. Qualquer pessoa que estivesse em sã consciência sairia dali imediatamente. Mas eu vou ficar, não me importo de enfrentar uma tempestade ou de ficar gripada, isso não é importante.

Já que iria me molhar mesmo, resolvi sentar no asfalto, ainda um pouco quente. Isso fez um bem enorme para minhas pernas, que doíam intensamente. Já mais por costume do que por necessidade, abri minha bolsa e retirei meu celular. Já eram 19:00, nem acredito que o tempo tinha passado tão rápido, ou eu que já não notava mais o tempo ?

Pesadas gotas de chuva me atingiram em cheio. Joguei meu celular dentro da bolsa e fechei-a velozmente, agradecendo internamente meu amigo por ter me dado uma bolsa impermeável.

Fiquei por mais um bom tempo, pensando, imaginando como seria encontrar o Rob. Tinha que cumprir uma antiga promessa, não poderia gritar de qualquer maneira e nem fazer nada que ele não desejasse. Apesar de ser o meu ídolo, divo, muso, ele era humano. Possuía livre arbítrio e liberdade de escolha.

- Atchim, que merda vou ficar gripada !

Virei-me para o lado, para poder espirrar. Por mais que não existisse qualquer pessoa em minha frente, era difícil controlar as normas de boa convivência.

Depois de uma hora e meia, finalmente a chuva cessou. Sei que foi desnecessário manter-me aqui com a esperança de ver Robert Pattinson, até porque ele nem passou por aqui. Mas estava fazendo isso mais por mim do que qualquer outra pessoa, não queria ir embora, eu não sairia tão cedo daqui.

Minhas roupas estavam coladas em mim, sentia meu cabelo totalmente escorrido em meu rosto, produzindo um nervoso intenso em meu ser. Abri minha bolsa, sorrindo felizmente por nada estar encharcado dentro dela, peguei um espelho e um pente. Abri o espelho e o repousei na bolsa semi-aberta. Peguei meu pente e comecei a pentear lentamente com uma calma inexplicável meus cabelos, quando de repente escuto uma voz mais conhecida do que deveria ser.

- Você está bem?

Eu não pude acreditar no que acabara de ouvir. Tive que piscar duas vezes, poderia ser uma alucinação esse sotaque tão perfeito inglês, eu estou tão louca assim? Levantei vagarosamente minha cabeça, com medo do que poderia ver. Isso não era possível.

- Oh Meu Deus, não posso acreditar nisso.

O inglês saiu normalmente, assim que o vi. Eu estava inflada e estupefata de alegria, a vida estava sendo imensamente grata comigo. Se soubesse que isso iria acontecer, teria pedido uma tempestade antes.

Às vezes a vida nos surpreende, cabe a nós agradecê-la e tentar
compreendê-la.