Yo, minna-san~! Estou aqui começando a minha mais velha sina.
Sim, velha por que eu sou apaixonada com essa historia desde a primeira oportunidade que eu tive de vê-lo.
Espero que gostem dessa readaptação!
* P.S: Naruto e seus personagens não me pertencem e sim ao Kishimoto-ojisan, muito menos The Lake House, que é todinho do Doug Davison! *
The Lake House
Capitulo I
Passou as mãos pelos cabelos loiros. Há trinta horas não dormia, não tinha nem encostado em um canto qualquer para tirar um cochilo. Deu um suspiro pesado e passou pelas portas automáticas do hospital.
Alem de estar cansada, tinha feito uma mudança antes de pegar plantão e o seu novo apartamento estava uma bagunça. Temari olhou em volta e viu as caixas e malas espalhadas por todo o canto. Pisou em cima de algumas coisas e foi direto para a sua cama.
Trinta horas de plantão e mesmo assim não parecia mais estar tão cansada agora que estava sob seu teto. Mas aquele não era o seu lar. Seu lugar no mundo estava a alguns quilômetros de distancia agora. O bloco de notas e a caneta não estavam junto de si por nada. Tinha coisas a fazer e sua correspondência não chegaria ali sozinha.
Um movimento a sua direita lhe chamou a atenção e antes que pudesse notar, a cadela já estava deitada ao seu lado. Brincou um pouco com seus pêlos e voltou a escrever.
x.x
Nevava quando ele finalmente chegou em casa. Casa. Essa palavra parecia tão estranha para ele agora. Parou o carro em frente a sua casa e começou a descarregar seus pertences.
Algumas horas depois Shikamaru estava andando a sua porta, observando a paisagem. Foi só então que percebeu que sua caixa de correio sinalizava que ele tinha uma correspondência.
"Caro novo inquilino, bem vindo à sua nova casa.
Sou a moradora anterior e espero que goste de morar aqui quanto eu gostei.
Eu pedi ao correio para guardar minha correspondência, mas você sabe que nem sempre dá certo. Se receber algo, poderia enviar para mim? Eu agradeceria muito. Meu novo endereço está abaixo.
Muito obrigada.
P.S: As marcas de patas na entrada já estavam ai quando me mudei, assim como a caixa no sótão."
Shikamaru estava sentado em sua poltrona quando terminou de ler. Levantou-se e foi verificar as tal marcas. Mas não havia nada lá, assim como também não havia caixa nenhuma no sótão. Decidiu, então, ignorar.
Cedo pela manha, ele pegou os potes de tinta que havia comprado anteriormente e decidiu começar a reforma pela entrada da casa. Aquela pequena ponte precisava de alguma ajuda.
Foi então que aconteceu. Estava sentado de frente as tabuas de madeira que ordenavam a frente de sua casa, quando um cão passou por ele, a toda velocidade, pisando na tinta fresca das primeiras tabuas e marcando toda a sua entrada com as marcas de sua pata que iam em direção a sua cozinha.
Levantou-se de supetão, afim de ir expulsar o cachorro intruso mas parou no meio do caminho, observando a trilha que ele havia acabado de fazer. Esqueceu momentaneamente do animal em sua casa e foi direto para o sótão reaver a carta esquecida lá.
x.x
Temari estava sentada a frente do hospital, comendo um sanduíche com uma das outras medicas, Sakura. Elas discutiam o porquê de estar tão quente em pleno mês de fevereiro.
_ É o aquecimento global. – disse a outra, fazendo-a rir.
_ Sinceramente, eu não ligo. – respondeu, fechando os olhos e aproveitando os raios de sol.
Uma buzina alta cortou o tão apreciado silencio. Temari abriu os olhos rapidamente e pode ver que um carro estava virado para o lado errado da rua a sua frente; um ônibus estava batido nele e um homem estava deitado no chão.
Algumas horas depois, Temari estava sentada na ala medica do Hospital St. Pitsburg, olhando um ponto fixo na parede a sua frente.
_ Hei... – chamou uma voz atrás de si. Ela se virou e viu Tsunade, medica chefe do hospital.
Não respondeu.
_ Disseram que você lutou muito para salvá-lo.
_ É. Eu fiz de tudo. – ele respondeu com a voz embargada, secando as lagrimas com as costas da mão.
_ Temari, eu vou dizer aquilo que eu digo a todos os jovens médicos. Talvez você seja a primeira a prestar atenção.
As palavras de sua superiora ainda ecoavam em sua cabeça enquanto dirigia pela rodovia estadual.
. "No seu dia de folga, vá para bem longe desse lugar. Vá para um lugar onde você se sinta bem."
Parou em frente aquele lado, lar da casa que ela tanto gostava. Desceu do carro e sua cadela a seguiu. Andou um pouco e reparou que o sinalizador estava levantado na caixa de correio.
"Cara Srta. Sabaku,
Recebi sua mensagem e acho que deve haver algum mal-entendido.
Que eu saiba, a casa do lago estava vazia há vários anos.
Talvez sua mensagem fosse para a cabana dos Uzumakis, já que ninguém mora nessa casa há anos.
Mas estou curioso sobre as marcas de patas."
Com uma sobrancelha arqueada, ela entrou em sua carro e pegou um pedaço de papel dentro da bolsa, começando a escrever.
"Caro Sr. Nara,
Eu conheço a cabana dos Uzumakis e posso garantir que nunca morei lá. E eu não chamaria de cabana uma casa com mais de 500m².
Vou tentar de novo.
Eu morava na casa do lago, mas me mudei. Agora eu moro em North Racine, 1620 – Chicago. Gostaria que mandasse minha correspondência.
Alias, estamos em 2008. Você errou a data. Pode perguntar a qualquer um."
x.x
Shikamaru estava concertando os canos debaixo da pia da cozinha, enquanto refletia sobre o que tinha acabado de ler.
_ 2008? O que ela quer dizer com 2008? - perdendo a concentração, ele soltou um dos canos, que começou a jorrar água por toda a cozinha.
