Percy Jackson e todos os personagens pertencem à Rick Riordan.

N/A: Depois de 2 anos, nova fanfic de PJ. Dedico à Sabaku no T.-sama e a Nihal-TonksLupin-Sama, não sei se vocês gostam de PJ mas espero que sim! Sentindo MUITO a falta de vocês! (16/04/12)

Boa leitura!


Speak

Beckendorf não falava muito, mas quando o fazia, as pessoas costumavam ouvi-lo.

Claro, filhos de Hefesto normalmente não falavam muito; trabalhar com objetos inanimados era mais simples para eles, mais... fácil. Criar um dragão robótico? Muito simples. Falar com a menina que gostava? Ele preferiria duelar com Cronos. Pessoas possuíam sentimentos, problemas, e havia todo um jeito de falar com cada uma delas.

Dizer a uma filha de Afrodite o que sentia, por exemplo, era impossível.

Charles já havia se metido em diversas armadilhas, mas obviamente escapulira fácil – pegou um de seus equipamentos de bolso e, em um instante, estava livre. Mas nunca se encontrara numa situação daquelas.

Por mais que admirasse o pai, mais do que quase todos os semideuses – "Ele não fala comigo, etc etc etc" -, ele muitas vezes pensava sobre isso e tinha vontade de esmurra-lo. Obviamente, era de família. Aquele homem feio procurou Afrodite, e seus filhos estavam condenados.

Ele era o primeiro deles.

Não pensava que a garota quebraria seu coração por querer – ela era incrível. Silena, com seus cabelos loiros e seu sorriso calmo, encantava a todos, e possuía um feitiço estranho nele. Ele gostaria de entendê-la, era estranho para um filho de Hefesto encontrar pessoas tão pacíficas.

O dia em que ela entrou, tímida, no acampamento... aquele dia nunca sairia de sua memória. Ele cedeu o seu canto no chalé de Hermes e protegeu seus pertences na única noite em que ela foi uma indeterminada.

E então, ele forjava. Inúmeras coisas, desde espadas mortíferas até um pequeno coração de metal, colocado na porta de Afrodite.

As semideusas, é claro, adoraram. Mais um coração para elas quebrarem. Em algum impulso incontrolável – deveria culpar aquela deusa bonita por isso - começou a forjar mais. Em poucos dias, os arsenais de guerra tinham dado lugar a flores de metal, ursos de metal, caixas de chocolates – o conteúdo, é claro, roubado pelos Stoll. – de metal. Ele dizia a si mesmo que estava sendo bobo, e depois de alguns dias começou a colocar o nome "Silena" nestes.

Até aquele dia em que a pequena armadura – que ela quase não usava – fora quebrada numa captura a bandeira. Depois de inúmeros presentes, ela descobriu o remetente – a letra dos Silena era a mesma em que ele assinava os relatórios de chalé para Quíron. – ela teve vergonha de bater à porta da forja, mas mesmo assim o fez.

- Sim? Oh, oi Silena-

Começou ele, tentando fechar a porta à suas costas. Suado, com aquela camisa fina e sem mangas, ela quase desviou seus pensamentos, mas eles retornaram ao lugar assim que viu vários corações mecânicos por entre a fresta da porta.

Ela pulou em seus braços, e o beijou.

Não era necessário falar.

Lembrando-se daquilo, Charlie apertou uma foto em seu bolso, dos dois juntos, ela segurando uma pequena corrente de ferro, presente de um ano de namoro.

Beckendorf sorriu à morte.

Eu esperarei por você, ele pensou.

O navio do titã explodiu.


N/A: Lala, acabou. Primeira fanfic de PJ desde muito tempo atrás então... me deixou um pouco nervosa. espero que tenha ficado ok .-. Também acho que foi a fanfic mais sem coração que eu já fiz, quero dizer ele morreu! Sempre que eu lembro disso eu começo a chorar D:

Reviews? .-.