Vivendo na eternidade.
Capitulo 1:
Não se escolhe quem amar. Ninguém sabe disso melhor do que Buffy Summers.
Ela certamente não escolheu se apaixonar por um vampiro, muito menos um vampiro que carrega uma maldição como Angel.
No entanto tê-lo sempre por perto, sempre cuidando dela mesmo a distância tornou impossível esquecê-lo por mais que tenha tentado diversas vezes.
Desde a primeira vez que o vira sentiu aquela atração, aquela fagulha que se ouve dizer pela vida toda que só acontece uma vez.
Ela tentou fugir e ele também tentou se esquivar, mas era impossível, havia esse magnetismo e essa química inegável.
Estava cansada de fingir que não sentia a falta da presença física dele, de escutar a voz dele, de seus beijos, seus olhares furtivos e seu jeito calado e solitário.
A última vez que o vira ele dissera que estaria sempre com ela e realmente fora assim durante os últimos sete anos, sempre que ela precisava lá estava ele.
Isso não era o bastante, necessitava do contato físico, estava cansada de imaginar os lábios dele a cada boca que beijava e lembrar-se do perfume dele a cada abraço que recebia.
Cada vez que era tocada sua mente flutuava e a levava ao toque frio que ele lhe proporcionava, fazendo sua pele arrepiar-se ao contato.
As memórias estavam gravadas nela como uma enorme cicatriz que não permitia jamais que ela apagasse tudo que havia acontecido.
Ele era vivo dentro dela e sendo assim ela não ligou mais.
Não havia vampiros, não havia patrulhas, não havia nada que a impedisse de fazer o pretendia. Nada faria com que mudasse de idéia.
Não havia nada na vida dela que valesse a pena o sacrifício. Ela estava disposta a perder porque no momento ele era o que mais lhe importava.
Estava cansada de ser altruísta, de pensar nos outros acima de si mesma, dessa vez ela respeitaria seu desejo.
E se não funcionasse, ao menos ela não teria mais sua alma para sentir-se culpada.
- Buffy? O rosto dele parecia ainda mais pálido do que de costume ao vê-la parada na porta de sua casa às duas da manhã. – Fazia uma semana desde a última vez que a vira e certamente não esperava vê-la tão cedo.
- Para sempre. Isso sempre foi tudo mesmo? Ela disse entrando mesmo antes de ele convidá-la. Não era necessário tais maneiras.
- O que? Ele perguntou ainda desnorteado.
- Eu tentei! Eu tentei por muito tempo... Mas agora eu desisto!
- Você está bem? Ele perguntou se aproximando dela ao notar o estado confuso e nervoso dela.
- Não. Eu estou cansada de fingir que eu agüento deixar as coisas como estão... Eu estou cansada de fingir que me contento com as suas visitas repentinas quando você julga necessário me proteger.
- Buffy... Ele tapou os lábios dela. – Já falamos sobre isso. Você sabe que nós não...
- Você me ama? Ela retirou a mão e a segurou. Angel abaixou a cabeça e se esquivou como costumava fazer quando algum assunto o aborrecia. – Você me ama? Ela repetiu mais altiva, fazendo-o olhá-la nos olhos.
- Você sabe que amo você! Ele disse finalmente. – É por isso que tenho que ficar longe de você.
- Angel... faça amor comigo, agora. Ela disse com as duas mãos no rosto dele, deixando as lágrimas escorrerem. – Eu não ligo pra maldição...
- Buffy... Ele tentou persuadi-la com tristeza. – Não se trata só do que você e eu queremos... Você acha que é fácil pra mim? Como acha que me sinto pensando que vou ter que carregar isso que eu sinto por você pela eternidade? E agora você é jovem e nós poderíamos tentar manter as coisas assim, mas você vai envelhecer Buffy e eu não vou. Você precisa de alguém que envelheça com você, alguém que posso tocar e ver o sol nascer com você. Já falamos sobre isso.
- Sim, já falamos e na teoria você tem razão, mas na prática tudo que eu quero é você. Você foi meu primeiro, Angel. E eu quero que seja o último. Ela disse segurando o rosto dele. – Pare de pensar no que é certo por um minuto e me diga o que você realmente quer. Ela continuou aproximando-se ainda mais da boca dele.
Angel correu os olhos até os lábios dela e quase podia sentir o gosto deles, a boca entreaberta o chamava deixando-o atordoado.
- Eu quero você. Nos meus 248 anos de vida só amei uma pessoa.
- Então não pense no amanhã, na sua imortalidade, em Ângelus, vamos fazer o que queremos. Pelo menos uma vez não pensar no mundo a ser salvo.
- Se fizermos isso, você que precisará de salvação. Ele advertiu enquanto ela se aproximava empurrando-o devagar até o caminho do quarto dele.
- Talvez. Mas pelo menos terá valido a pena.
Ela sorriu e finalmente beijou-o. Angel queria empurrá-la, queria dizer-lhe que não a queria, pois sabia o que iria acontecer e não queria machucá-la. Porém seu desejo não colaborava, sua vontade era tê-la inteiramente mais uma vez sem ligar para as conseqüências. Sendo assim línguas encontraram-se num beijo tortuoso, um beijo caloroso que despertava seus instintos mais selvagens. Podia sentir o sangue quente dela borbulhando em suas veias, as batidas fortes do coração contra o peito vazio dele e por mais força que tivesse, sentia-se fraco demais para afastá-la dele.
- Isso não trará nada de bom para nenhum de nós dois. Ele avisou mais uma vez carregando-a no colo cedendo ao seu desejo primitivo e predador.
- Quem sabe? Ela provocou mordendo suavemente a orelha dele instigando-o. Angel deu um suspiro e jogou-a na cama deitando sobre ela com pressa, porém lembrou que na manhã seguinte ele não seria mais o mesmo e resolveu aproveitar cuidadosamente cada instante ao lado dela.
Soltando os lábios dela fitou-a intensamente como se encarasse sua alma enquanto deixava suas mãos entrelaçarem-se as dela.
Ela ainda usava no pescoço o crucifixo que ele havia lhe dado há anos, ele ardia em seu peito tanto quanto o amor que sentia por ela.
Buffy o empurrou e sentou-se na cama arrancando o crucifixo do pescoço e deixando-o cair no chão, ainda encarando-o.
Começou a abrir os botões da camisa dele, deixando-a cair pelos ombros enquanto beijava o caminho que o tecido fazia pela pele fria que se arrepiava com os lábios dela.
Fechando os olhos, ele acariciou os cabelos dela trazendo-a mais perto enquanto erguia sua blusa e a retirava.
Buffy não se moveu, continuou com as mãos sobre o peito dele, contraindo-se involuntariamente quando ele beijou seu pescoço deitando-a novamente enquanto descia até os seios.
Ela soltou um gemido e enterrou as unhas no peito dele deixando-o que seus beijos viajassem pelas curvas dele suas costelas quando ele de repente sentou-se e acariciou os cabelos, nervoso.
- Não podemos fazer isso! Ele gritou. – Eu não agüentaria ter que passar por tudo aquilo de novo! Eu não quero machucar você.
- Quem decide isso sou eu! Ela disse com uma voz altiva parando em frente a ele e sentando-se no colo dele.
- Buffy... Ele resmungou tentando manter o controle, mas ficava difícil com ela respirando tão próxima dele, deitando-o na cama, esgueirando-se de um jeito felino que o excitava ainda mais.
Buffy começou a passar a língua pelo peito dele enquanto ele acariciava o corpo dela por inteiro, sem pressa, deixando-se levar pelo momento. Suas mãos encontraram o fecho do sutiã dela, então ele livrou-se dele com um resmungo prazeroso.
Puxando-a pela nuca ele beijou os lábios dela com vontade como se naquele beijo fosse possível apagar toda a distância que houve pelos anos.
Não tinha mais condições de negar que a queria, queria estar dentro dela, dar prazer a ela e ouvir seus gemidos enquanto ambos adormeciam de cansaço mesmo que soubesse que ele não acordaria.
Virou-se na cama, ficando por cima dela, acariciando seus seios, provando seus mamilos, degustando a pele dela enquanto ela sentia seus movimentos, abrindo a calça dele.
Movendo-se ele ajudou-a a retirar a calça dele, em seguida retirando a dela com uma agilidade precisa. Ela adorava o modo como ele se movimentava sempre sorrateiro e misterioso, surpreendendo-a deixando-a em total estado de encantamento.
Acariciando o rosto dela ele sussurrou no ouvido dela:
- Eu te amo. Os olhos dela estavam fechados e ela gemeu baixinho quando sentiu a mão dele deslizando pelas coxas dela e abrindo-lhe as pernas.
Angel deslizou dentro dela sentindo-se aliviado por atender aos seus desejos, Buffy agarrou-se a ele com toda sua força, mordendo-lhe o ombro para evitar um grito. Ambos agarraram-se aquilo com todas suas forças como se fosse o único fio de vida que os unia. E de certa forma seria, pela última vez. O único laço.
Movendo-se furiosamente dentro dela como um animal furioso Angel a fazia se contorcer de prazer enquanto ambos colidiam na mesma explosão de deleite.
- Eu nunca vou esquecer. Ela disse apertando-o contra ela num abraço gentil enquanto tentava recuperar o fôlego.
Rolando com ela pela cama, ele a beijou nos lábios novamente, deixando-os amortecidos com o contato.
O suor escorria pela pele dela que ele fazia questão de amar generosamente sabendo que seria a última vez.
Estava exausto mais não queria dormir, não queria acordar daquilo, adorava sentir o som da respiração dela sobre o peito dele, agora que estava adormecida em seus braços.
Beijou a testa dela uma última vez quando começou a sentir os efeitos da transformação. Afastou-se rapidamente tentando ir para longe dela, não queria que ela tivesse uma sensação de deja vu. Porém quando suas pernas não o obedeceram percebeu que era tarde demais. Já havia começado.
