nahtmmz: Obrigado por acompanhar e se apegar a história, te vejo em breve!
MoonWiccan: Você tem um ponto em parte disso, a rosada finalmente entendeu sobre o ritual, e se viu como uma mera posse dele, mas ela também foi pega pelo genjutsu de Obito, o que fez tudo se tornar ainda mais intenso. Eu concordo muito com você, sempre tive esperanças do Naruto dominar a técnica do Minato no canon, uma pena não ter acontecido, mas pelo menos implantei na fic para desfazer essa injustiça hahaha. O seu amor pela história jamais faria passar um ano sem atualizar, você é uma leitora fiel e amo isso! Pode deixar que vou agilizar na escrita kkkkkkkk Beijos
Capítulo 43: Busca
Itachi estava louco e ninguém o segurava mais. Haviam se passado meses, e ele não teve outra escolha senão retornar a Konoha em busca de um mínimo vestígio. Se sentia impotente e preocupado, imaginado as piores coisas, não conseguia comer nem dormir.
Brigava com os investigadores, exigindo mais respostas ou uma pista. Voltava ao local de batalha, onde foi vista pela última vez, procurava incansávelmente, já estava pensando em ir ao esconderijo da Akatsuki, talvez... Kisame soubesse de alguma coisa.
No início daquela manhã, Itachi esperava impacientemente enquanto o especialista em mente examinava o relátorio completo com cuidado. O homem prosseguiu com olhos atentos e a expressão relaxada. Quando terminou, Itachi estava com um humor sombrio.
— Então? Ele perguntou assim que o relátorio foi entregue a Godaime.
O especialista ergueu os ombros largos em um gesto impessoal.
— Nada. Tsunade amassou o papel com tanta força que pensou que esmagaria os próprios dedos.
Era como se fogo puro subisse por suas vértebras, ele sequer conseguia formular uma ideia, estava lívido de fúria.
— Descanse um pouco, não há nada que possa fazer agora. Eu o manterei a par dos acontecimentos. Disse o especialista.
Itachi o ignorou completamente, se aproximou e o encarou com um olhar frio. O homem inconscientemente deu um passo para trás, sentindo a ameaça velada no ar.
— Permissão para deixar Konoha, Goidaime. Itachi exigiu.
Tsunade ponderou por um momento, o fato é que via explícito naquele olhar, que ele não ia desistir, independente de seu veredito.
O especialista abriu a boca, mas Itachi impediu que objetasse, lançando um olhar sombrio a ele.
— Permissão concedida. Tsunade disse com voz grave.
Como se não visse nada pela frente, Itachi saiu em disparada.
— Hn. Foi tudo que Sasuke disse, as sobrancelhas franzidas em desacordo.
— E você, é melhor arrastar a bunda de Naruto de volta onde quer que ele esteja, ou eu mesma irei fazê-lo! A loira apontou um dedor acusador para o Uchiha mais novo. Seus olhos brilhando de raiva contida.
"Pela segunda vez, Sakura... Onde você se meteu?" Tsunade suspirou.
Em um pequeno vilarejo afastado, a rosada caminhava tranquilamente pelas ruas, não tinha muito dinheiro mas era o suficiente para sobreviver. Ela se certificou de encobrir quaisquer rastros, tão minuciosamente quanto aprendera com ele...
Irradiava um brilho diferente, seus cabelos caíam soltos pelas costas pegando a luz do sol. Usava um vestido simples amarelo que parecia a deixar mais bela do que nunca. Ela acariciou a barriga com um sorriso, entrando em uma pequena loja.
O que ela não imaginava, é que um par de olhos a acompanhava á distância.
Quando Sakura seguiu em frente, a figura passou a andar também, mantendo uma distância segura. E quando ela entrou em uma loja, ele se aproximou, cauteloso, com medo de que saísse de repente e desse de cara com ele. Parou em um canto e espiou dentro, era uma loja de bebê, ela circulava por lá, olhando tudo com um sorriso, dizendo algo a vendedora que a acompanhava.
A rosada pegou uma roupinha branca e a cheirou, emocionada. Ele observou-a do lado de fora, pelo vidro ao redor da madeira, Sakura olhava para a roupinha como se a quisesse, mas devolveu a vendedora e continuou a andar por ali. Então, pegou uma roupinha verde claro, pagou e já pegava a sacola com tudo.
Ele saiu do estado de transe e se escondeu, quando percebeu, ela avançava pelas ruas, mas não a seguiu. Foi para dentro da loja de bebês e se dirigiu a mulher loira que a tinha atendido.
— A moça de cabelos rosas que acabou de sair. Vi que gostou da roupinha branca. Naruto se aproximou com seu melhor sorriso.
— Hai. Faz parte de um pequeno enxoval. Ela respondeu, corando levemente.
— Eu quero levar. Ele se adiantou, pegando sua carteira de sapo familiar.
Quando pegou a roupinha branca e macia, fez como Sakura e levou ao nariz. Fitou aquela coisa minúscula em suas mãos grandes e sentiu uma emoção estranha... Sorriu novamente para a vendedora e pagou, saindo em busca da rosada rapidamente, seus olhos varrendo toda a rua.
Mas ela simplesmente havia sumido, sem deixar vestígios. Não demorou muito para encontrá-la, ao fechar os olhos e sentir todo o chakra da natureza ao seu redor, seus lábios se ergueram quando seguia a trilha apertada de uma pequena casa distante.
Batida
O coração de Sakura acelerou, suas mãos tatearam agilmente em busca da kunai próxima a cabeceira, seu corpo entrando imediatamente em modo de ataque. Ela não recebia visitas. Seus olhos se apertaram e ela mirou a entrada com hostilidade. Em passos suaves, inaudíveis, ela agarrou a maçaneta com força, abrindo a porta com violência.
A kunai escorregou de seus dedos quando o baque a atingiu, bem a sua frente estava Naruto. A rosada se preparou pro que viria a seguir, o julgamento, a decepção e até mesmo a raiva, ela abaixou os olhos e traçou a barriga com o braço esquerdo, como se quisesse esconder o óbvio.
Ela esperou os gritos e acusações, mas nunca vieram. Sakura ergueu os olhos, se deparando com um Naruto totalmente diferente do que idealizou, ela foi pega em um abraço de urso tão forte que lhe faltou ar, a pequena protuberância no estômago impondo a mínima distância. A rosada sentiu vontade de chorar, muita, mas segurou o tanto que pôde.
— Tudo bem eu já entendi, senti sua falta, mas preciso de um pouco de ar. Ela sibilou.
Os olhos de Naruto se iluminaram e ele sorriu.
— Eu trouxe uma coisa! Ele levantou a mão, mostrando a sacola com o kit de bebê.
Por um momento, ela nem se mexeu, então sorriu e pegou, ficando feliz na hora. Era o primeiro presente que ganhara para o bebê, sentiu-se tocada profundamente.
Pôs um dos embrulhos na cadeira de madeira e abriu delicadamente, era composto por meias, toquinha, luvas e sapatinho, havia uma manta macia como algodão, assim como a roupinha branca que ela desejara na loja a minutos atrás.
— Que lindo, eu aprecio muito Naruto. Ela o abraçou novamente, lutando para que os olhos não se enchessem de lágrimas.
— Eu estava pensando, e bem, sou um tio agora e preciso começar agir como um. Ele coçou a cabeça com um sorriso exuberante.
Ela suspirou sentindo o coração comprimir no peito.
— Venha, por aqui. Ela o guiou para os fundos, onde a saída era um floresta perdida em centenas de árvores.
Naruto olhava tudo admirado, quando sentiu uma cotovelada aguda na costela.
— Cuidado, é uma armadilha. Ela apontou para o fio quase invisível.
Ele gemeu de dor, evitando as incontáveis armadilhas pelo caminho.
— Chegamos. Sakura sentou-se na grama fresca e inalou, sentindo o sopro dos ventos.
Naruto se juntou a ela, dobrando os joelhos na altura do peito.
Enquanto Sakura falava sobre o local, ele não tirava os olhos dela, conversaram tranquilamente, evitando assuntos incômodos. Naruto tinha muitas perguntas, mas optou por não fazê-las, só de estar ali, em sua companhia, já se sentia outro.
Falaram sobre Konoha, sobre os tempos de genin, de tudo e de nada. Até o silêncio chegar e sugerir em seu subconsciente o que continuava como um nó atado dentro de si.
— E Itachi? Ela indagou sem tirar os olhos do horizonte.
Naruto se mexeu desconfortável, como se apenas a idéia de seu nome o fizesse querer entrar em batalha.
— Ele não deixou de procurar um dia sequer. Ele não vai parar. Naruto atirou uma pedra pra longe, os olhos soltando faíscas.
Sakura sentiu o coração bater forte, emoções ferozes a percorreram, jogaram por terra suas reservas. Mas algo intrísico dentro dela havia a mudado, seu bebê, e era nisso que ela se agarrava.
— Você deveria ir para Suna, lá vai estar protegida. Eu posso pedir a Gaara que...
— Não. Sakura o cortou. — As notícias correm e em um minuto Itachi estaria lá explodindo os portões. A rosada finalizou, rindo com o pensamento de um Itachi furioso invadindo Suna.
— Você tem razão. Ele franziu o cenho.
— Eu posso me virar. Ela o cutucou na bochecha, tentando aliviar o temperamento do loiro.
Foi quando a pontada a acertou em cheio, como um golpe. Sakura arregalou os olhos, sentindo o chute. Foi o primeiro movimento realmente brusco.
— O que foi? Naruto soou preocupado.
Sakura o agarrou pela mão e pressionou no ventre, logo, o movimento se repetiu, dessa vez no lado direito.
— Você devia ver o seu rosto. Sakura gargalhou com o espanto no olhar de Naruto, parecia uma criança que acabara de descobrir algo único.
Ele irrompeu em gargalhadas, sentindo uma estranha sensação de felicidade como nunca antes, mas aquilo foi substituido por uma dor momentânea.
— Naruto... Derrame. Ela cruzou os braços com um olhar afiado.
— No segundo semestre, vovó Tsunade me nomeará Hokage. Ele fez o melhor para não transparecer a tristeza em sua voz.
Sakura arqueou a sobrancelha, aquilo era o sonho de vida de Naruto, e vê-lo tão perto era gratificante. Sabia o quão importante significava pra ele, e mesmo que fosse um risco, ela o faria.
— Eu não perderia por nada. Sakura disse com firmeza.
Os olhos dele cresceram de surpresa, ele apertou o punho e ergueu no ar em comemoração. Já era tarde quando retornaram e Naruto sugeriu que ela fizesse uma mudança repentina, era o melhor a se fazer depois de encontrá-la.
Enquanto partia para casa, sentiu como se algo tivesse crescido aos poucos desde a manhã até aquele momento, ganhando forma dentro de si. No começo ele teve raiva, não poderia negar, saber que ela carregava um filho de Itachi o fez sentir uma raiva ardente, que o engolia vivo, era como levar um impacto tão forte que parecia impossível acreditar. Mas quando a viu, tudo foi por água a baixo, e ele não conseguiu sentir nada além de apego por ambos.
Ele olhou para trás, sentindo ela se distanciar e fechou os olhos, torcendo para que desse tudo certo.
Itachi parou em frente ao casarão e por um momento não se moveu, cansado, exausto de uma maneira como nunca se sentiu. Os músculos latejavam, suplicando descanso, mas ele não cedeu. Virou o rosto devagar e avistou Kisame, com seu sorriso de tubarão familiar.
— Eu estava pensando, quando você deixaria de jogar shinobi da folha. Ele zombou, mantendo Samehada no ombro.
Itachi não conseguiu conter o pequeno sorriso no canto dos lábios, a verdade é que ele sentia falta do companheiro de dupla, mesmo que nunca admitisse isso.
Muita coisa tinha acontecido e continuava acontecendo, mas ao menos, Itachi teria o apoio de Kisame. E era aquilo que contava para resolver tudo.
Ele não estava sozinho naquela jornada.
