Capítulo 1 – A moça misteriosa
Novamente Severo Snape acordava suado e feliz. Tomou o seu banho e desceu rápido para o salão principal, estava um pouco atrasado. O diretor e os demais professores já tomavam o café da manhã. Alvo Dumbledore já vinha percebendo a mudança em seu semblante e não pôde evitar a pergunta:
- Está tudo bem, Severo?
- Sim, por quê? - Responde já percebendo que o velho sabia de algo a mais do que devia e que tentava esconder.
- Por nada... se eu não estiver enganado, você me parece mais feliz ultimamente... - E abafou um risinho.
Severo então fechou a cara e pensou "velho intrometido, se estou triste me aborda por que estou triste e se estou feliz... que diabo! Não se pode ter sossego! "
Mais tarde enquanto corrigia as provas das turmas, largou a pilha de lado e afundou-se no sofá da sua sala para relaxar um pouco. Era final de semestre e a pilha era grande, porque aplicava provas discursivas em todas as turmas. Não confiava em métodos mágicos para sua correção. Fazia questão de ler cada resposta, de cada aluno. A única prova que ainda valia a pena corrigir era de uma certa aluna, mas desviou seus pensamentos para outros bem mais interessantes, que ultimamente lhe ocupavam boa parte do tempo. Eram os sonhos que tivera naquela semana, que invadiam sua mente e ele se permitia um pouco de felicidade. Era inacreditável que mesmo não sendo mais adolescente, aqueles sonhos tão eróticos mexiam tanto com ele.
A jovem que misteriosamente surgia em seus sonhos o deixava completamente excitado e o conduzia para um prazeroso desfecho sexual. Mas quem seria ela? Uma ex-aluna? Tinha quase certeza que a conhecia... Todas suas alunas ainda eram adolescentes... Talvez fosse uma Sonserina, ou Grifinória pela coragem... Mas Severo sabia apenas que a misteriosa moça tinha um belíssimo corpo, era muito sensual e realizava todas suas fantasias sexuais.
O sonho sempre começava igual, a bela jovem aparecia com uma capa e um capuz cobrindo totalmente seu rosto. Não conseguia identificar aquele rosto, sabia que era bem mais jovem que ele. Agora sentia uma curiosidade ou talvez uma necessidade de saber quem era. Seu subconsciente dizia que precisava encontrá-la, precisava falar com ela e talvez até se declarar a ela...
Flashback
Na primeira noite, era segunda-feira quando a jovem aparatou na sua sala, na Masmorra. Ele já estava se dirigindo para seu quarto quando foi abordado pelo vulto que o segurou por trás. Severo pensou em reagir, mas logo aquela mão delicada acariciou seu cabelo e beijou sua nuca. O arrepio que sentiu parecia tão real, por isso foi deixando se dominar no sonho. Imediatamente a moça se despiu, usava um vestido verde musgo em baixo da capa e mais nada. Ele procurou ver o rosto, mas seus olhos estavam fixos naquele belo corpo. Parecia enfeitiçado. Ela o ajudou a se despir e logo em seguida amaram-se no tapete da sala. Quando juntos atingiram o ápice do prazer, ela desaparatou e Severo acordou sem entender o que havia acontecido, era somente um sonho, mas sentia-se feliz, muito feliz.
Na segunda noite, Severo encontrava-se no jardim, próximo ao lago. Ele apreciava o luar quando ela aparatou a sua frente. Usava o capuz da capa escondendo todo o rosto e em baixo da capa o uniforme da escola. Usava uma mini saia preta e uma camisa branca, mas não havia emblema distinguindo qual casa pertenceria. Rapidamente as roupas foram deixadas no gramado. Amaram-se ali mesmo. Depois de um longo beijo, quando Severo finalmente se distancia do rosto da jovem, para tentar ver quem era aquela bruxa que tanto o enfeitiçava, ela desaparatou. Aquele beijo quente, intenso, dominado de paixão, surgia em sua lembrança ao longo do dia e o deixava misteriosamente feliz.
Na noite seguinte, quarta-feira, Severo pressentia que iria sonhar novamente com a jovem e por isso foi deitar-se mais cedo. Sonhou que viajava sozinho numa cabine do Expresso Hogwarts. Estava indo para um encontro da Ordem. Era noite e ele cochilava quando ela apareceu ao seu lado, sedenta de amor e paixão. Usava short e camiseta cor de rosa em baixo da capa preta com capuz. Amaram-se no sofá do trem, com o balanço da viagem. Quando seus corpos extasiados se separaram ela desaparatou. Novamente ele não teve a chance de perguntar quem era ou de ver o rosto, mas sentia-se inebriado com o perfume da jovem. Possuía um olfato ultra-apurado, que lhe facilitava reconhecer certos ingredientes para novas poções. Podia reconhecer aquele perfume, ficara impregnado em sua memória.
Passava o resto do dia perdido em devaneios lembrando o gosto dos beijos da moça misteriosa, do jeito como ela o tocava e principalmente aquele perfume.
