Capítulo 1: Pequenos Jardins, Grandes… Mundos?

Keid: [ onde estou? que lugar é esse?]

Perguntou o jovem Keid, parado em frente a uma clareira com uma árvore que aparentava se serão Carvalho, porém muito maior e largo do que o esperado. Ele estava de ajoelhado, no meio de uma floresta que nunca havia visto em toda a sua vida.

"Como eu cheguei aqui? eu só lembro de estar cuidando do jardim da senhorita (•••••••) e vim parar nessa misteriosa Floresta" pensava agora o jovem assustado.

Keid sempre foi um jovem prestativo. Com 17 anos ele trabalhava no jardim da vizinha e em vários outros lugares para arrumar dinheiro e ir para faculdade. Ele era um típico jovem com muito tempo de sobra, que queria um futuro melhor, e consequentemente conseguiu ganhar muito dinheiro cuidando de diversos jardins enormes em um bairro grande, porém, logicamente, ele tinha uma queda pela vizinha.

O Jardim era como se fosse a praia dele, isso sempre se divertir muito mexendo com as hortaliças da Moça, se é que me entende, ( ͡ ͜ʖ ͡).

Em uma segunda-feira, quando ele estava limpando o jardim das pragas que infestam aquele gramado já esquecido por Deus, ele foi pego de surpresa por uma estranha porta no meio da grama alta e muito densa. Sua expressão inicial foi de choque, porém ao abrir e entrar naquele lugar, ele viu um estranho portal azul brilhante. Como se fosse um destino muito estranho ele adentrou naquele portal de mansinho, porém sem poder fugir daquela luz misteriosa, o jovem se viu envolto com uma luz azul muito forte, dá cor o céu, e com um clarão, misteriosamente no mesmo instante foi parar naquela Floresta.

Keid: [ eu só lembro de estar debaixo daquela luz estranha e azul, então como eu cheguei nessa situação? será que é misteriosamente um daqueles círculos Mágicos que existem nos Mangás?] Indagou.

Pela primeira vez muito tempo o jovem estava assustado. Pensava que só existia naquele mundinho dos mangás e animes, por isso a existência do Sobrenatural para ele era meramente ilusória para uma mente racional de um jovem que cursava direito.

Aquilo tudo era só… estranho. O mesmo portal que o trouxe aqui agora não estava mais próximo a Keid. Seus pensamentos atravessaram seu cérebro e seus neurônios trabalhavam feito loucos para poder entender tudo aquilo. O jovem, que aparentemente estava em outro mundo, Era Ateu.

"Alguns buraco de minhoca? Para manter tal estabilidade deveria ser consumir uma enorme energia. Uma fenda dimensional? Não… sério difícil estabilizar a pressão dos dois lados. Como isso aconteceu? Seria um portal interdimensional? Isso na quebra todas as leis de Einstein? E outra: como estava estável, e não me desintegrou? Droga…" o jovem não sabia o que pensar.

Com um certo tempo passado, o jovem se levantou e olhou o seu redor. Era mesmo uma floresta fechada. Aparentemente ele havia realmente sido transportado lugar para o outro em um instante ele pensou. Ele talvez estivesse na Amazônia? Não, isso é realmente improvável, tendo em vista que não era uma mata úmida. Era fechada e verde, com gramas nos pés e animais fazendo sons estranhos, porém ele não tinha certeza de nada.

"Será mesmo que eu fui transportado assim sem mais nem menos? Eu ainda estou na terra? Não não, é impossível ter saído do planeta. Agora onde estou? Será que ainda estou no mesmo país?"

Enquanto sua cabeça fervilhava com milhares de pensamentos do antipático Rainer que finalmente havia reparado ao seu redor. Haviam milhares de olhos todos com brilho carmesim. Em instantes, Ele se viu cercado por dezenas senão centenas de criaturas verdes, baixas e com olhos ameaçadores, porém não assustadores.

Goblin: [Gubu Gu, Quem é tu, humano?] Disse Goblin mais próximo.

Aquilo chocou o jovem. Ele nunca havia presenciado tal coisa absurda. Seres que não eram humanos proclamando palavras! Ele estava numa das pegadinhas do programa do Gugu? Não… Recuperando sua postura, ele então retrucou:

[meu nome é Keid Rainer! sou de um país chamada Brasil. vocês conhecem?]

Então o Goblin mais próximo retrucou:

Goblin: [ não nos interessa o nome do seu país!! vai embora Humano! Tua presença neste local perturbas a mata!!]

Neste mesmo tempo,mais Goblins apareceram e cercaram o jovem com lanças primitivas. Aquilo com certeza não era uma pegadinha.

Tudo o que o jovem tinha mas não era seu kit de jardinagem. Um lança rapidamente fora jogada contra o jovem, que se defendeu milagrosamente com sua tesoura de jardinagem. Aquela tesoura quebrou a lança como se fosse papel, e surpreendeu não só o jovem como também os goblins. A Não do jovem tremeu por alguns instantes. Aquela Tesoura… vibrou?

Goblin: [Está… esta coisa em sua mão… por favor, nós não tínhamos conhecimento sobre tua força, ó grande sábio. Por favor, não nos massacre, senhor!] Disse muito assustado, enquanto tremia junto de seus irmãos de raça.

Keid: [ O que?? Não! Não quero estender o tempo de todos, sabe? Vocês que me atacaram e agora estão nessa forma tão estranha em relação a mim? Tudo bem, mas desejo lhes fazer perguntas. Poderiam me levar ao seu Líder? Eu sou novo neste lugar, e gostaria de maiores informações sobre a região e o lugar]

Sim, é isso mesmo que você deve estar pensando! Eu quero entender o máximo de informações possíveis. Eu não sei em que lugar eu estou, mas provavelmente não estou na terra. Um lugar onde tem Goblins. Eu imagino que tenha coisas mais severas por aqui".

Demorou um certo tempo até eu convencer aquele bando de Goblins que eu era amigável e que não iria fazer mal. Só de fazer isso já me cansou muito, sabe? Por mais que eles tenham um ótimo gosto para qualquer comida, já que suas comidas nunca me decepcionaram (uau, nem minha vizinha gostosa cozinhava tão bem, kk), Eles não tinham muito intelecto sobre outras coisas, como anatomia, conhecimentos gerais como química ou física, ou até mesmo sobre construção. Creio que na era da ciência, conhecida como século XXI, is conhecimentos gerais dessa forma são amplamente divulgados graças às menores intervenções religiosas e as grandes mudanças iluministas desde os séculos passados. Esse mundo não tem conhecimentos gerais dessa forma, então. Os conhecimentos são passados através de lendas, fábulas e mitos, só que muitos deles neste mundo são reais.

Aqueles Goblins eram meio lerdos, porém eles sabiam sobre muitos destes contos. Um cogumelo mágico que só crescia no sul da floresta que faria uma pessoa dormir para sempre. Uma montanha no centro comercial continente que continha um grande Deus do fogo. Um grande Deus do mar que jogava sua ira contra as pessoas no Noroeste do continente. Entre outras lendas claramente parecidas com as do antiga Grécia.

Eu andei muito tempo com o bando Gilka, da tribo Goblin do Sul. No começo foi um pouco difícil de conversarmos pois aqueles Goblins não eram muito inteligentes. Além do mais eles usavam palavras extremamente Arcaicas, e isso dificultou um pouco nossa comunicação, por mais que eu achava muito estranho que eles fazem português fluentemente. Não me pergunte como.

Assim facilmente me adaptei ao manejo das palavras que não se usavam a mais de 200 anos no meu mundo, afinal eu sempre serei o melhor da minha classe, não importa o mundo.

Aquela Floresta não era exatamente regular. Era composto com diversas montanhas, precipícios e rios, então eu dificilmente atravessaria sem um guia. Eu fiz a escolha certa.

Perguntei um pouco sobre esse mundo e realmente descobri que era verdade as minhas suspeitas. Estava na região de Belchior, na floresta Azaghal, que eu carinhosamente apelidei de Amazônia européia, em um mundo intitulado de Ractras. A minha atual posição nesta região era próxima a divisa com o país dos demônios, região regida pelo Rei Demônio denominado Bernardo.

Para mim aquele nome era simplesmente ridículo. Nunca teria pensado em um nome pior para um vilão do que aquele, e tenho certeza que o "Maou" tem complexo pelo nome.

Porém na visão daqueles Goblins, simplesmente por pronunciar o nome do demônio eles já tremiam de medo. Sinceramente eu ri por dentro, mas provavelmente aquele era o nome de um monstro terrivelmente poderoso. Não posso mexer com o Demônio Bernardo… (Risos).

Continuei em minha jornada pela Floresta durante outros dois dias eu vi os Goblins caçarem, comerem e dormirem e tudo mais. Acabei me estressando com eles quando foram incapazes de caçar um Lobo, e ensinando algumas técnicas de caça que quando eu era mais novo meu pai havia me ensinado. Aparentemente eu dei algum tipo de conhecimento proibido para eles, pois houve um rápido crescimento de sua técnica de caça. Aquelas estratégias eram extremamente poderosos em caçar e matar presas maiores que eles. Isso me assustou profundamente. O que aconteceria se eu dispersasse o conhecimento do meu mundo para este mundo, o quão fortes e espertos simples Goblins iriam ficar? Provavelmente se tornaria uma massa de guerreiros voltados para exterminar grandes animais como feras mágicas ou grandes exércitos humanos…

Ou não,talvez se tornem simples caçadores e coletores, como sempre.

Por ora acho melhor não dividir a informação de que eu sou de Outro Mundo com eles.

Após aproximadamente 3 dias de caminhada comecei a ver fumaça e disso os Goblins confirmaram: era Vila deles é denominada de Vila de Hikka.

Eles chegaram com uma incrível saudação do vilarejo pela grande quantidade de comida que estávamos trazendo.

Ah, o Chefe me ensinou o sistema de classificação tanto de feras, tanto quanto o de monstros e dos homens no caminho também, é isso me surpreendeu! Como Goblins sabiam do sistema humano? Não é realmente sensato isso… quem fez esse RPG? Qualé!

Um aventureiro classe B, é igual a um monstro de nível C, como um Ogro ou um Orc, que é igual a uma Fera Mágica de nível D, como um Lobo Carmesim ou qualquer outra bosta. Esse sistema se tornou um pouco complexo com tempo, já que a existência de dragões provou-se ser nível de Fera classe S.

Assim os únicos que poderiam enfrentar Feras de nível S, são os que contém o título chamado: "O Herói", que são os únicos que detém o nível de aventureiro nível SS. Porém ainda sim, um único herói não poderia derrotar um dragão, mesmo nos seus piores dias, sozinho.

Por isso tanto a Igreja quanto os cavaleiros de cada reino e as Guildas de Aventureiros criaram o sistema de Grupos, que funcionava assim: Aventureiros podem fazer parte de um grupo com cavaleiros que trabalhasse para o reino, ou para missionários que fazem parte da igreja, e em raros casos, um grupo extremamente forte contendo os 3 tipos, com ofensivo, os aventureiros, defensivo, com os cavaleiros, e Suporte, com os Clérigos e Missionários.

Não me pergunte como um bando de Goblins conseguiram essas informações, mas deixe-me continuar. Um grupo poderia conter até no máximo 8 pessoas assim cada um exercendo seu papel definitivamente. Se um trabalho fosse de larga escala, com um ninho de monstros ou até uma nova Dungeon fosse aberta, diversos grupos poderiam trabalhar juntos para executar a quest. Porém essas informações são de aproximadamente uns 30 anos e hoje em dia existem extremamente poucos dragões, assim a existência de grupos focados na subjugação de dragões quase não existem nos tempos de hoje. O ser humano é tão filho da puta que até uma raça diversas vezes mais poderosa, e extremamente eremita é colocada em extinção por um bando de babacas sem coração, chamados de heróis. Pqp.

Esses monstros não são muitos hoje em dia, porém a 20 anos atrás, um país somente deles foi legalizado, desde então, existem poucos grupos que se mantiveram nestes trabalhos. O pais dos monstros é um país onde humanos e outras racas nao podem se aventurar, e ainda não se sabe ao certo como criaram o país, mas se sabe que eles mantêm a boas amizades com os Elfos… SIM! Elfos existem!!!! Fico imaginando se os Elfos são como eu sonho... pois se forem, mal posso esperar. (Risos)

Em aproximadamente quatro dias de viagem e um com o chefe da vila goblin, eu absorvi uma extensão de informação de um mundo completamente diferente do meu. Foi mais fácil do que imaginei, e provou que este Mundo é exatamente igual aos mundos denominados "mundos de fantasia" do meu mundo.

Sério, cadê a criatividade? Onde você quiser se viu na vida a gente copiar e colar um grupo tão fácil assim? Não sei quem fez isso, mas é muito fã de RPGs jogáveis, e até invocou alguém para esse mundo: EU. Quem quer que seja, é um grandissíssimo filho da puta pra achar que eu vou fazer uma mudança total nesse mundo, como de costume nos Mangás e Animes convencionais. Não tô nem aí pra essa merda! Quero simplesmente entender o que aconteceu… não é como se existisse um Deus que me mandou aqui… não é?

Com final de todas essas informações e muito cansado tanto fisicamente quanto mentalmente, eu cheguei e me instalei na Vila de Hikka, a vila dos Goblins, com uma certa paz e tranquilidade… bem, mais o menos.