Chocolate quente

Autora: Theka Tsukishiro

Desafio 100 temas: Tema 85 - chocolate;

Resumo: Uma noite fria de inverno russo. Um convite inusitado para uma maratona de filmes, o que poderia ser o melhor acompanhamento a boa companhia, regada a doses de bebida doce, escura e quentinha.

Beta: Slplima meu carinho, amizade, sempre e sempre! Obrigado por sempre estar disposta a me ajudar, e até mesmo quando eu queria jogar para essa fanfic, você me deu a dica! Merci!

Notas da Beta: Olá minha amada amiga!
Tão delicioso vislumbrar mais um enredo, onde Viktor e Yuuri compartilham mais um pouquinho de suas vidas cotidianas e cheias de surpresas com a gente. Através das suas palavras palavras é possível sentir cada emoção.
Cada átimo dos caminhos que eles escolhem trilhar.
Sentir a vibração do tom das vozes; felicidade e irritação tão palpáveis e tão, tão vibrantes.
E como não rir ou se comover?
Yuuri, sempre sistemático e correto, contra um Viktor cheio e cheio de manha.
Ah ...
Puro deleite!
Eles se completam e se amam, mesmo quando nada está a seus favoritos.
E olha ... Makka é que não é bobo, hein?
Kkk E Yurio, também não!
Só posso dizer que para mim foi um prazer imensurável participar novamente, da construção de mais esse enredo lindo, fofo e suave.
O amor, em diversas nuances, descrito com perfeição pela Coelha mais maravilhosa do mundo. Porque tudo que você recebe enche nossos corações de amor!
E nosso perspicaz Kardia concordaria comigo, não é?
Parabéns querida girl e obrigada, sempre, pelo seu carinho e confiança preciosos.
Conte comigo, para todo o sempre.
Bjocas e fique bem!

Notas da Coelha: Eu estava aqui dando tratos à bola, imaginando o que escrever com o tema em questão. Confesso que pensar em várias coisas e hipóteses, mas nada me agradava, até que eu acabei por colocar os olhos na fanart que está a ilustrar esse texto. Espero de coração que gostem!

oOoOoOo

- Você já pegou tudo o que vamos precisar? - perguntou curioso ao espiar por sobre o ombro do moreno a lista que este tinha entre as mãos enluvadas. Aproveitando-se da proximidade, sapecou-lhe um beijo estalado bem próximo da orelha do mais baixo.

- Vitya! - sobressaltou-se Yuuri. E nem fora tanto por ter sido pego de surpresa pela voz tão próxima a si, mas sim e, principalmente, pela audácia de seu noivo, que parecia querer gritar aos quatro cantos do mundo que ambos estavam juntos, muito bem obrigado!

E é claro que deixava o patinador japonês sempre com muita vergonha. O que para Viktor Nikiforov era normal e, simplesmente, adorava constrangê-lo apenas para selecionar como ele ficava adorável levemente ruborizado!

Adorável e um tesão!

Sorrindo com esse devaneio fora de hora, o russo não respondeu nada e apenas ficou ali, esperando por sua resposta como se nada demais acontecido. Mordiscando o lábio inferior, tornou a olhar da lista para os olhos rubros brilhantes que o encaravam com espanto.

Suspirando ao ajeitar os óculos de aros azuis, Yuuri deu de ombros, seguindo mais a empurrando o carrinho sem responder nada ao noivo.

Arqueando as sobrancelhas, um pouco frustrado, o platinado inflou as bochechas como se fosse uma criança. Sem se dar por vencido seguiu atrás do mais baixo aproveitando para pegar um pacote de biscoito aqui e ali. Parou a frente da sessão de biscoitos amanteigados e escolha os dois que tanto o noivo, ele e o convidado da noite gostavam.

Viktor sabia que Yuuri havia passado pela parte a qual estava sem parar, pois tais regalias, em dias normais, não incluídos para nenhum deles, mas à noite poderia abrir uma exceção, não é? Depois ele poderia puxar nos treinos e exercícios para que as guloseimas completas à noite todas as queimadas incluídas.

Com um sorriso a iluminar o rosto, seguiu atrás de seu noivo. Ou pelo menos tentou, pois o mesmo havia continuado sem ele e, bem, lá estava o pentacampeão mundial perdido em meio aos muitos corredores daquele hipermercado onde estava.

Realmente, ninguém é perfeito, não é?

Arqueando uma sobrancelha e tocando levemente o queixo com o dedo indicador da mão direita enquanto sustentava, feito um malabarista desengonçado, tudo o que havia pego das gôndolas com a mão esquerda, mirou para ambos os lados. Sem uma pista, seguiu para a esquerda e arregalou os olhos ao não encontrar seu bem maior ali. Caminhando um tanto apressado, tornou a sair a frente do corredor anterior, de onde ele havia saído. Volvendo os olhos para todas as crianças, observando atentamente o setor de hortifrúti. Talvez, quem sabe, Yuuri estava ali pegando algumas frutas para balancear o café do dia seguinte. Mas nem sinal do moreno.

Seguindo para o lado contrário, por fim, avistou a quem buscava!

Marchando decidido, colocado como coisas dentro do carrinho sobre o olhar curioso do homem parado entre o objeto e a prateleira.

- Yuu-ri ... - choramingou sem pudor, fazendo beicinho. - Não faça mais isso, lyubov ! - pediu ao se aproximar e o abraçar. - Eu fiquei preocupado ao não o encontrar!

Revirando os olhos, o patinador nipônico controlou a vontade de rir, pois somente Vitya para se perder dele dentro do estabelecimento feito uma criança pequena!

Se não fosse fofo, seria terrivelmente hilário!

- Eu não fiz nada, Vitya! Se eu estava procurando atenção em mim saberia que eu estava procurando por leite. Hoje cedo você mesmo me disse que havíamos aberto a última garrafa! - comentou Katsuki ao apontar para as quatro garrafas grandes contendo o líquido esbranquiçado. Por fim, deu-se conta dos amanteigados e biscoitos recheados, sem contar os cookies! - E isso tudo? - perguntou abismado, não acreditando que o russo quase naturalista e exigente com a preparação física de ambos, estava a fazer vistas grossas.

- Ah! Moya snezhinka (meu floco de neve)! Essa noite é uma noite especial! - Viktor o soltou um pouco e viu quando este se dirigiu para uma gôndola do outro lado, para pegar uma garrafa de água gaseificada. - Vamos ter visitas e eu sei que não vamos exagerar, afinal, também aquele pedaço enorme do bolo de nozes que você fez ontem! - o russo adorava aquele tipo de bolo; era simples, mas o pessoal recordar de sua avó paterna e o noivo havia aprendido a preparar uma receita antiga, apenas para o agradar.

- Sei, você quer dizer que Yurio, eu e até mesmo você teremos de entrar no ritmo espartano imposto por Yakov e que você acaba por seguir à risca! - afirmou, já sabendo que nem precisaria ter feito isso, pois ah ... eles iriam ter de enfrentar uma bela sessão de desintoxicação de doces por alguns dias!

- Ah! Snezhinka ... você falando assim parece até que os treinamentos que seguimos são muito rigorosos ... - Viktor se calou ao receber um olhar de esguelha nada amistoso do japonês. Ele conhecia muito bem seu noivo para saber que seria melhor ficar calado, se não quisesse dormir aquela noite sozinho no sofá da sala.

Sem prestar muita atenção ao platinado, o Katsuki seguiu por fim para a sessão de carnes. Queria pegar um pouco de bife de lombo de porco e se caso Yurio quisesse ficar para almoçar, ele prepararia o prato que ele havia incutido e feito os russos também gostarem.

- Yuu-chan ... Yuu-ri ... - Viktor seguiu atrás dele empurrando o carrinho que o mesmo ali encontrado para trás de propósito. Ao ser encarado pelo outro, sorriu, tentando quebrar o gelo que estava sendo imposto pelo ser amado. - Precisa que eu pegue alguma coisa? - perguntou querendo ser prestativo.

Com um sorriso sacana, o patinador mais baixo arqueou um pouco sua cabeça para o lado direito. Estava fazendo charme e sabia que teria volta, mas agora não iria se importar muito.

- Maisanshain (Meu raio de sol) ... - Yuuri mirou o russo com um olhar angelical, afinal, não era só o platinado que sabia como jogar aquele jogo. O moreno também o sabia, e muitíssimo bem. - Você pode buscar para nós um pouco de tofu e pão integral? - pediu por fim, sabendo que ambos os produtos estavam em lados opostos.

Viktor, sem pensar duas vezes, saiu para buscar o que era solicitado, mesmo sabendo que aquilo para um modo que o noivo havia achado de dar-lhe um pequeno castigo, mas seguiu sem se importar, pois ele mesmo havia sido oferecido se oferecido, mesmo sabendo que este poderia lhe fazer ir por coisas inusitadas.

Enquanto estava sozinho, Yuuri esperava pelo resto da compra, lembrando sempre de ficar a vista para que o noivo o localizasse com facilidade. Quando finalmente, Viktor voltou, o moreno estava pegando algumas maçãs, bananas e mais algumas frutas da época.

Arrumando melhor o cachecol que o Katsuki estava usando, Viktor trocou um rápido olhar com ele e voltou os olhos para o que Deveria ser uma pequena compra. Com um sorriso de lado, preferiu se conter, pois seria cômico se não fosse trágico. Eles estavam a pé e muitas vezes sacolas para levarem até a residência deles.

Controlando seu temperamento, deu de ombros. Eles podem dividir como sacolas e como sempre dariam um jeito. A casa não era tão longe e ainda estava em tempo de chegarem.

Yurio ainda nem teria dado o ar de sua graça.

Quando terminaram de passar as compras, o platinado puxou sua tarjeta e não deixou que o nipônico pagasse a conta, o que o deixou levemente constrangido, mas era melhor não dizer nada, pois Viktor tinha o estranho prazer de custear tudo que podia para seu par .

Já com várias sacolas cada um, disponibilizada ou retorno para a casa. Em silêncio, ambos pareciam ruminar alguma coisa.

- Lembre-me e tente explicar mais uma vez, o por quê foi que não seguimos para o treino essa manhã de carro? - Fritada de Viktor, mais uma vez, naquele dia.

Bufando e tentando arrumar os óculos sobre a ponte do nariz, o moreno revirar os olhos e enfadado mirou o homem ao seu lado com uma vontade louca de gritar com ele e sair pisando duro. Mas não o fez, e contando até dez tentou não soar tão áspero.

- Por que, senhor meu noivo, o senhor teve uma ideia brilhante de que hoje seria um ótimo dia para irmos correndo para o ginásio! - Katsuki apenas o mirou de canto de olhos, sem, no entanto, desviar sua atenção total do caminho que restava para ambos percorrerem.

Naquele mesmo dia, pela manhã, o moreno insistira e tentara, várias vezes, antes de saírem, dissuadir o noivo loucura, mas esta garantira que seria deveras divertido e muito bom para ambos. E quem era o Katsuki na ordem do dia para contraria seu treinador e noivo?

Um tanto cabisbaixo, Viktor preferiu não cutucar seu comandado mais uma vez! Poderia ser muitas vezes um tanto nonsense, mas sabia quando deveria ficar quieto. De fato, não queria piorar a situação de estresse que seu homem parecia estar.

Olhando no relógio de pulso, o platinado entendeu o por quê o gênio de seu querido aluno havia dado uma guinada. Faltava muito pouco para o horário combinado de Yurio chegar e eles ainda nem tinha chegado em casa, guardado as compras e preparado alguma coisa para que pudessem beliscar. Conhecia muito bem a pessoa que elegera para ser seu companheiro de todo a vida e sabia que este era um ótimo anfitrião e não suportava atrasos!

- Está caindo um pouco mais a temperatura! - Nikiforov comentou ao acaso tentando iniciar uma conversa ao virarem na rua da casa deles. Mas tudo o que ele tinha para um resmungo nada agradável.

Yuuri parou na soleira da porta e esperou para que o russo a destrancasse com sua chave, que como sempre, estava em local mais acessível do que dele, caminhou em seguida para dentro do hall de entrada. Deixando como sacolas no chão por alguns minutos, enquanto retirava os sapatos e calçava como pantufas de patinhas de poodle, aproveitou para fazer carinho em Makka que pulava alegremente os saudando por, finalmente, terem chegado em casa.

Yuuri podia jurar que por detrás daquele entusiasmo canino estava implícita uma suave irritação.

Como a sua, a propósito!

" Esse é dos meus!" - satisfeito.

- Olá, Makka! - Viktor saudou ou cão que parecia mais interessado em seguir a Yuuri do que receber com festa. Arqueando como sobrancelhas imaginou que o poodle desviou de algum sexto sentido, pois era sempre assim: quando eles chegavam meio estremecidos por qualquer que fosse a situação, Makka parecia perceber e correr ficar ao lado de Yuuri. - Ora, mas vejam só! Novamente relegado a segundo plano! - murmurou ao calçar como pantufas dele, também iguais como do moreno, e seguir com suas sacolas na direção que o Katsuki havia tomado.

" Cachorro espertinho!" - refletiu, fazendo uma careta, sentindo a maciez dos adereços massagearem-lhes os pés cansados.

Ao entrar na cozinha, encontrou o moreno higienizando algumas coisas para poder guardar na geladeira e também na dispensa. Makkachin já se encontrava com a fuça atolada em seu pratinho de ração.

- Yuu-ri! - Viktor o chamou, fazendo questão de segurar nas vogais duplas do nome do noivo, e se aproximando o abraçou por trás impedindo que o mesmo fugisse de perto de si.

- Viktor, me deixa guardar as coisas em seus devidos lugares! - pediu ao revirar os olhos. Ele sabia que não conseguiria ficar por muito mais tempo embirrado com o platinado, mas não queria bancar o fraco e ir logo o perdoando por mais uma gafe que poderia ter sido evitada.

- Você está bravo comigo! - fungou bem próximo ao ouvido direito do moreno. Os braços fortes e másculos do pentacampeão não convite que o tricampeão fugisse de seu agarre perseverante.

- Viktor, eu não estou bravo contigo! - Yuuri respondeu ao segurar fortemente nos braços do outro. - Eu estou chateado! E antes que me pergunte, eu vou lhe contar o por quê! - bufou. - Pela manhã, mesmo com o frio que estava, mesmo com a neve fina que estava caindo, o senhor meu noivo quis ir correndo para o nosso treino. Eu não me aqueci daqui até lá e, depois, ainda voltamos com as compras nas mãos. Eu não iria dizer nada, apenas estava quieto para evitar qualquer situação que pudesse nos chatear. A palavra, Vitya, é de prata e o silêncio vale ouro! - resolveu exemplificar usando um velho dito popular.

Sentindo-se um idiota perfeito, o platinado enterrou o rosto no ombro do noivo. Não eram necessárias palavras. Eles já estavam juntos há muitos anos e em poucos meses eram esposos, cada um já conhecia muito bem o outro, mas o platinado podia ser um belo avoado, diga-se de passagem.

Virando nos braços do mais alto, Yuuri sapecou-lhe um beijo rápido nos lábios, um leve roçar apenas, e com a delicadeza que só ele possuía, se separou do agarre para continuar a guardar o resto das compras.

O casal poderia agradecer aos céus, pois foram sensatos em tomarem um banho antes de deixarem o ginásio. E Yuuri deixara algo pronto para comerem, pois ele tinha certeza que o russo loiro não teria jantado ainda. Assim, tão logo o nipônico havia conseguido terminar de colocar uns piroskis para assarem, a campainha soou.

Dando um beijo um tanto demorado no moreno, Viktor seguiu para o hall de entrada, escutando a campainha soar mais duas vezes. Dando de ombros abriu a porta e deu passagem para o jovem ranzinza de dezenove anos.

- Que demora, velhaco! Eu poderia começar a juntar teias de aranha esperando que viesse abrir para mim! - reclamou o russo mais novo ao marchar para dentro do apartamento, tirar seus tênis de animal print e colocar uma pantufa de tigre que sempre estaria ali para ele.

- Boa noite para você também, Yurio! - Viktor desejou ao revirar os olhos, e seguir para a cozinha, onde o loiro for em seu encausto.

- Katsudon! O que vamos ter para o jantar? - pergunte ao sentar à mesa que Yuuri encontrada no arrumar.

- Teremos pirsokis! - respondeu ao mirar o mais jovem e sorrir. - E logo vão estar prontos!

- O cheiro está muito bom! - comentou Viktor ao se aproximar do refrigerador, e buscar por suco para o mais jovem. Retornou e trouxe também uma garrafa de vinho, mas reparou como seu noivo revirava os olhos. Sem precisar dizer alguma coisa, ele voltou pelo mesmo caminho, guardando a garrafa de líquido rubro e regressando a mesa com apenas uma jarra de suco.

- Não vai demorar muito! - Yuuri comentou. E voltando os olhos para as íris verdes vivazes resolveu questionar. - Otabek volta quando do Cazaquistão? - estendeu um guardanapo para o loiro e ajeitou os outros tantos.

Yurio queria evitar esse assunto ao máximo, mas sabia que para o casal sentando a sua frente e que o mirava com interesse, não adiantaria mentir, nem muito menos desconversar.

- Beka volta da casa dele, creio que em mais duas semanas! - falou com certa revolta na entonação de voz usada. - Se tudo correr bem! - completou, um tanto amargurado.

Acostumados com aquele tipo de malcriadeza, Viktor e Yuuri apenas se dignaram a ficarem em silêncio. De nada valeria a pena cutucar o tigre com a vara curta. E por mais que o gato arisco nunca admitisse, tinha neles sua família de coração e isso era algo que não se escolhia! E os noivos tinha ciência de tudo isso.

A vontade que Yuuri tinha de pegar aquele loiro, já bem mais alto, em seu colo, calava fundo em sua alma, mas sabia que o tigre russo não veria aquilo com bons olhos e iria espernear mais que gato arisco. Sendo assim, deixou seus impulsos contidos e voltou sua atenção para a fornada da iguaria que todos ali gostavam.

Levando para a mesa uma forma grande com piroskis de todos os sabores que o japonês aprendera a fazer, se sentou ao lado direito de Viktor, e deu um tapinha primeiro na mão de Yurio e depois na de Vitya.

- Esperem um pouco, se não quiserem queimar as mãos e os lábios ao tentarem dar uma dentada nesses piroskis! - repreendeu com veemência. Na realidade o Katsuki não estava com vontade de ver ninguém reclamar que queimara a boca, ouvindo os dois protestarem! - Da última vez, tiva de correr comprar pomada para queimaduras, e com esse frio não quero sair de casa! - anunciou.

- Tem razão, Katsudon! - concordou Yurio a contra gosto. - Vocês conseguiram escolher o primeiro filme que vamos assistir essa noite?

- Então ... - Viktor começou, mas foi interrompido pelo noivo.

- Não, Yurio! Não conseguimos, devido ao seu conterrâneo achar que hoje de manhã seria um bom dia para se fazer exercícios físicos e irmos para o treino sem carro, e depois enfrentarmos o supermercado um tanto cheio! - Yuuri trocou um rápido olhar com o loiro e ambos sorriram.

- Somente esse velho senil para resolver seguir a pé na neve que caia sem cessar esta manhã! - Yurio não poupou seus exercícios ao platinado. - O que você tem na cabeça? - colocando as mãos na cintura, balançou a cabeça negativamente. - Não, não precisa nem tentar responder, pois eu faço uma ideia. - completou sarcástico, sem deixar Nikiforov se pronunciar.

Revirando os olhos, Viktor preferiu se servir de um dos deliciosos piroskis, tomando o devido cuidado para não se queimar, e deu uma mordidela para assim ficar com a boca cheia.

Se respondesse agora, sabia bem, assinaria sua sentença de morte. Dois contra um? Era demais até para um pentacampeão mundial.

Yuuri fincou seus olhos sem platinado esperando que ele recuperasse de qualquer pormenor, visto que ele não havia se pronunciado, e fornecido que, talvez, só talvez mesmo, Viktor estava refletindo sobre suas más ações. O moreno deu uma piscadela divertida para o loiro e também serviu-se de um dos piroskis.

- Katsudon! - replicou surpreso Yurio ao sentir o gosto delicioso daquele, para ele, poderia ser considerado um manjar dos deuses! - Está delicioso! Claro, não igual ao meu avó, mas comível!

- Sim, eu me arrisquei dessa vez! - Yuuri murmurou ao sorrir um tanto envergonhado. - Fico feliz que você tenha gostado!

- Está uma delícia, lyubov ! - Viktor aproveitou a deixa para servir a todos de suco de laranja e, claro, melhorar sua situação nada favorável.

- Arigato , Vitya! - respondeu ao levar morder mais um bocado de massa deliciosa.

- O casamento de vocês está se aproximando, não? - Yurio perguntou apenas para ter uma certeza de que ele, como um dos padrinhos de Viktor, não estava atrasado com sua roupa.

- Sim, está! - Viktor respondeu com emoção. - E eu conto contigo e Otabek, juntamente com Chris e Masumi, para meus padrinhos!

- Beka e eu já escolhemos os nossos fumadores! Pode ficar tranquilo que seguimos o padrão de núcleos que vocês sugeriram. - Yurio revirou os olhos ao dizer aquilo, pois não havia gostado de usar gravata lilás claro em conjunto com o smoking preto. Ele preferia algo como Marsala, mas tanto Viktor como Yuuri surgido, após uma descolada, finalmente escolhido aquele tom, e bem ... Plisetsky era o rebelde da turma, e mesmo não aceitando, deixou-se ser vencido, pois ele sabia que aquilo era uma vez só e era o dia especial dos amigos.

Faria esse sacrifício enorme por eles!

Enredaram em conversar sobre os preparativos para o casamento, e quase se esqueceram das horas.

Enquanto Yuuri retirava os objetos utilizados da mesa e colocava os pratos e utensílios sujos na máquina de lavar louça, Viktor e Yurio seguiram para uma sala a fim de ajeitarem as coisas, e buscarem mais cobertas.

Sentando-se ao lado do platinado, subiu os pés para cima do acento fofo, se aconchegou no ombro do noivo, deixando-se abraçado, e arrumou melhor o cobertor grosso sobre eles.

Mesmo a casa sendo toda calafetada, ea lareira acesa, ainda assim o japonês sentia muito frio.

- O que vamos assistir? - perguntou já um tanto ressabiado ao ver o loiro se encolher no sofá de dois lugares. - Sem suspense e terror essa noite! - falou sério o moreno ao desencostar um tanto do platinado para poder observar-lhe a fisionomia, arqueou a sobrancelha. - Vitya?

- Não escolhemos nada do que já prometemos não mais assistir. - Viktor respondeu ao mostrar o nome do filme, fazendo o mesmo surgir na tela ao acionar a tecla correspondente ação. - Vai ser `Invasão a Londres '! - comentou para ver se a escolha era aprovada.

Yuuri arqueou como sobrancelhas. Aquele filme ele e Phichit já adquirido assistido juntos, mas devido ao tempo tinha esquecido uma boa parte do que acontecia no filme. Sossegando ao lado do noivo, recostou-se buscando o calor e o aconchego do corpo maior, sorriu enternecido, ao imaginar aquilo acontecendo com mais vezes!

Tamanha para uma concentração na trama bem elaborada da película escolhida, que nem deseja pararem para fazer o que quer que fosse, o filme não foi parado. Agora quando já estão nos créditos finais, Yurio aproveitou para ir ao banheiro, deixando o casal sozinho na sala.

- Está caindo mais a temperatura! - Yuuri reclamou ao abraçar mais a Viktor.

- Se quiser eu reavivo mais o fogo da lareira, e posso aumentar um pouco o termostato! - sugeriu o russo ao sapecar-lhe um beijo sobre os cabelos ébano.

Voltando os olhos para o patinador mais velho, o nipônico sorrio. E deixar-se levar pela proximidade, quando lábios lábios foram capturados em osculo lento e sedutor.

- Eiii! Vão para o quarto de vocês! - ordenou. - Eu ainda estou aqui e não quero saber dos detalhes sórdidos! - Yurio rosnou ao voltar para sala, acabando por assustar ao casal.

Envergonhado Yuuri acabou por não responder nada, mas Viktor ... Ah! Esse claro que iria responder.

- Quando você está com ... ai, ai! - gemeu ao receber uma cotovelada do homem ao seu lado, quase mordendo a língua.

- Vocês querem algo quente para esquentar? - Yuuri perguntou para desconversar e chamar a atenção para si.

- Não sendo gemada ... - Yurio tinha aversão a essa bebida quente.

- Não, não vai ser! - o moreno respondeu e se colocou em pé, pediu antes de deixar a sala. - Vitya, arruma a mesa de centro pra podermos apoiar como xícaras e algumas coisas para beliscarmos?

- Precisa de ajuda? - Yurio se ofereceu, e ao notar o moreno assentir, seguiu atrás dele, enquanto o velhote ajeitava tudo para que pudessem ter espaço para tudo o que viria da cozinha.

Enquanto o leite era fervido, o nipônico preparou uma bandeja com os Petit four, pegou o bolo de nozes e pediu para o loiro levar para a cozinha, e que se quisesse, poderia ficar lá na sala.

Sozinho, Katsuki se virava melhor na cozinha. Não que se atrapalhasse, mas poderia perder a concentração, e estragar tudo.

Com calma foi adicionando um pouco de amido de milho, achocolatado em pó, açúcar, misturando muito bem no leite que ainda não havia levantado fervura. Assim que a mistura ficou homogênea e cremosa, Yuuri as despejou nas canecas que os três pretendiam usar: os poodles para Viktor e ele, e o gato para Yurio.

Em uma bandeja colocou as xícaras, um pouco de canela em pau, pois sabia que pelo menos Viktor gostava daquilo em seu chocolate quente, e seguiu para a sala, onde encontrou os dois russos conversando sobre a escolha do novo filme.

- Cuidado que está quente! - deixou o objeto sobre a mesa, e indicou ao noivo - Trouxe canela para você! - sorriu e ao sentar-se novamente, pescou um pedaço de bolo já cortado e sua xícara.

- Saúde! - elevando a sua caneca, Yurio sorriu divertido; em uma das mãos tinha um Petit four. Havia puxando uma almofada para o chão no meio do casal para poder ficar mais próximo da mesinha com as guloseimas.

- A nossa saúde! - Viktor brindou a caneca na do loiro e, em seguida, na de Yuuri. Dando uma piscadela para o mesmo, deixou que a canela afundasse um pouco em sua bebida antes de levar aos lábios.

Sem precisar anunciar, o loiro acessou o próximo filme, e com um sorriso divertido, começou a cantarolar junto com a música de abertura de um anime conhecido.

Um tanto ressabiado, Katsuki voltou os olhos para o noivo, que deu de ombros deixando o menor fazer o que queria.

- Shingeki no Kyojin? - o moreno preparado baixinho somente para o platinado ouvir.

- Lyubov , eu até tentei persuadi-lo, mas não tive muito sucesso! - sorveu um pouco do chocolate quente e, sorrindo, aproveitou a proximidade do japonês para lhe plantar um beijo estalado nos lábios. Um beijo com gosto do delicioso chocolate quente!

E pelo visto, com um sabor a mais ... o de reconciliação.

oOoOoOo

Momento Coelha Aquariana no Divã:

* Coelha arrumando uma correção para poder colocar no ar a nova fanfic, ouvindo no headset `Stop the World - Extreme 'e cantarolando *

Kardia: Se eu implicar com ela, essa Coelha malvada não volta a escrever uma fanfic que eu vi no caderninho dela que é minha e do meu gelado! Agora eu gostaria de saber por qual motivo ela travou em diálogo tão interessante e promissor! * pensando alto *

Dégel: Talvez devido a ela estar mesmo enferrujada para escrever conosco! E bem, se eu fosse você parava de ficar bisbilhotando nas coisas dela! Sabe muito bem que ela não gosta!

Kardia: Supõe-se que você deveria estar ao meu lado, e não contra mim! * olhar enviesado para o aquariano *

Dégel: E sim, eu estou, só não compactuo com os seus métodos!

" Todo o mundo é um baile de máscaras"

Dégel: Kar, se sabe o que é bom para a tosse, melhor colocar os cadernos de fanfics da Coelha de volta no lugar que achou! A música está terminando e ela vai baixar o fone de ouvido!

Mas o que acontece aqui? Ah! Mas é muito xereto! Coloca meus cadernos no lugar, seu bichinho de rabo torto! E sabe a sua fic? Esquece, finito, não escrevo mais!

Kardia: Apelona ... sem graça! Pra esses fresquinhos do gelo tem fic a dois por quatro!

E se reclamar vai ter mais que isso! Ciau, bambino, vaza!

Desculpa minha gente, esse meu demonho é um xereta mesmo.

Agradeço de coração quem aqui chegou e espero que tenham gostado. Se sim, façam essa ficwriter feliz, comentem!

Beijos e até meu próximo surto!

Theka Tsukishiro