Continuação de: Logros, brincadeiras e fantasias.
Agradecimento pela primeira colocação no Desafio de Inverno 2020 do grupo "Severo Snape Fanfictions".
Fanfic produzida com meu parceiro Severus_PS (Twitter)
O Professor assistia em silêncio a lenha queimando dentro da lareira do seu escritório, enquanto bebia uma dose de Fire Whisky. Não recordava a última vez que pode sentar em sua poltrona e manter uma conversa com sua mente, visto que sua rotina não lhe permitia desperdiçar tempo com um conjunto de vários nadas, que era sua situação no momento.
Acabara de engarrafar o restante das Poções para o Ministério ainda na noite anterior, de modo que só lhe restou a tarefa de escrever os nomes nos frascos, algo que tratou de agilizar durante a tarde, visto que a Ministra passaria em seus aposentos durante a noite para buscar a caixa.
O Mestre de Poções passou a semana repassando mentalmente o que ocorrera a alguns dias atrás no Ministério da Magia, mais especificadamente, no elevador e no armário de vassouras
em seguida.
Os olhos castanhos e presunçosos passaram a visitá-lo durante todas as noites seguintes, em seus sonhos, em suas leituras, em suas aulas e em toda sua rotina. Nem a Oclumência fortemente estruturada durante longos anos servindo como Comensal da Morte era capaz de afastá-la de sua memória. Na verdade, Snape se quer tentou.
Repentinamente, foi tirado de seus devaneios quando leves batidas ressoaram pela porta. Sentiu o líquido amarelado amortecer sua língua e todo trajeto que percorreu até chegar ao seu
estômago. Suspirou profundamente enquanto depositava o copo sobre a mesa de centro e rumava em direção a porta de carvalho escurecido, que rangeu ao ser aberta.
- Granger. – Disse sem surpresa, erguendo sutilmente o canto da boca e colocando-se de lado para que ela adentrasse no recinto. Hermione sorriu ao ver o homem em pé a sua frente.
- Boa noite, Snape. - Ao vê-lo dando-lhe passagem a moça entrou no recinto um pouco surpresa pelo ato, ela observou o copo com destilado pairando sobre a mesinha de centro e virou-se para ele. - Atrapalho?
Snape vagou os orbes negros sobre a camisete preta e a saia marrom que adornava da cintura
até as coxas da mulher se soltando levemente até alcançar seus tornozelos, flashes do evento passado lhe vieram à mente, sabendo perfeitamente bem o que estava resguardado sobre elas.
- Se sua presença atrapalhasse, não tenha dúvida que saberia disso... – Disse após fechar a porta e voltar-se de frente para ela, fitando-a de cima. – Velhos hábitos, apenas. Imagino que também tenha os seus... de todo modo.
- Ah sim, com o tempo pegamos esses hábitos... eu também sempre tenho em companhia um bom Vinho dos Elfos...
Hermione se posicionou atrás de uma poltrona e apoiou suas mãos nelas. Snape saiu de sua frente e fez sinal para que ela o seguisse até a escrivaninha que se localizava no canto direito da sala. Sobre a madeira escura, havia uma caixa de tamanho mediano, cheia de pequenos frascos, cada um deles contendo doses variadas das Poções que havia solicitado, incluindo uma grande quantia de Veritaserum. O Mestre de Poções pegou um pergaminho e se posicionou ao seu lado, desenrolando-o em frente os olhos da mulher.
- Não quero receber uma correspondência do Ministério amanhã alegando que está faltando frascos. Confira-os, Ministra.
Ela hesitou em desenrola-lo, porém o fez e pode admirar a letra miúda que a tanto tempo vira pela última vez em um de seus ensaios de Poções. Ela passou rapidamente o olho por uma anotação e depois o enrolou e se inclinou colocando entre os frascos no caixote na mesa de centro.
- Não é necessário, confio no seu trabalho.
Snape arqueou uma sobrancelha e voltou a fitá-la, falando com a voz arrastada e inclinando-se em sua direção.
- A responsabilidade quando essa caixa sair por aquela porta passa a ser inteiramente sua, por confiar piamente em alguém que "pensa" que conhece. Não esqueça do que eu fui...tsc, tsc. - Desdenhou enquanto voltava a sua postura ereta.
- Se o que viesse de você não fosse confiável e de qualidade certamente não seria nosso fornecedor a tantos anos... Senhor. - Hermione disse calmamente enquanto olhava para o homem tediosamente devido ao comentário. - Eu sei muito bem quem você foi, e sei os motivos que o levaram a tais coisas... se diz que não te conheço então diga-me, quem você é? – Ela olhou para os frascos e um brilho divertido passou por seus olhos enquanto pensava em instigar o homem.
- Por que a irritante sabe-tudo não diz para mim quem sou, já que acabou de confirmar que me conhece muito bem. - O Mestre de Poções jogou sua própria pergunta contra ela mesma, sabia que era uma provocação da bruxa apenas pelo olhar desafiador que lhe lançou.
- Eu sei o que tem por trás dessa máscara de indiferença que usou todos esses anos, suas palavras podem até manter a pose da imagem que tenta vender para as pessoas, mas suas ações sempre se mostraram muito contraditórias, sempre fazendo o bem, mas escondido.
O Professor não respondeu a bruxa, deixou suas conclusões pairarem no ar enquanto fitava com veemência os olhos castanhos em sua frente. Ele deu um sorriso sagaz como se aquilo lhe fosse irrelevante e tratou de voltar ao assunto em questão, as Poções.
- Perdoe-me a curiosidade, Ministra, mas para que o Ministério exigiu uma quantidade tão grande de Veritaserum?
- Sinto muito, mas é um assunto confidencial. – Devolveu-lhe no mesmo tom.
Snape crispou os lábios com a impertinência da bruxa enquanto dava alguns passos em sua direção, anulando de vez o espaço entre eles. Snape contornou os dedos esguios em seu braço bruscamente, puxando-a mais perto. Ela se assustou com o rápido movimento do homem e involuntariamente deu um passo para trás, enquanto um gemido de dor saía de seus lábios.
- Acha que sou sua marionete, Ministra? Onde você e a corja que compõem o Ministério "mexem os pauzinhos" enquanto eu danço? – Disse-lhe entredentes. – Seja lá qual for o trabalho que estão desenvolvendo, não gosto da ideia de ter meu nome por trás. Existem implicações de usar o soro da verdade para julgamentos, ou para extrair de alguém informações, isso é um trabalho sujo. Pelas mesmas razões que os trouxas não usam testes de polígrafo no tribunal, o Veritaserum não é mais confiável do que sua contraparte trouxa. Uma vez que alguns bruxos e bruxas podem resistir aos seus efeitos enquanto outros não. O Veritaserum é injusto e não confiável para uso em um julgamento, seria difícil de usar como prova definitiva de culpa ou inocência. Outro problema é que a vítima afirma o que apenas ela acredita ser verdade, portanto, a sanidade da vítima e a percepção da realidade também são fatores durante os interrogatórios. Embora as respostas do bebedor sejam sinceras, elas não são necessariamente verdadeiras. Apesar de ser o soro da verdade mais poderoso que existe, ele ainda pode ser resistido por meio de diferentes métodos, incluindo a ingestão de seu antídoto e Oclumência.
A atenção que ela tinha foi se dispersando em cada palavra que saía da boca dele, e logo ela não conseguiu entender uma palavra se quer, a única coisa que conseguia compreender era o hálito que emanava o destilado que o homem tomava antes de sua chegada e agora lhe invadia os sentidos lhe trazendo as lembranças da semana anterior fazendo com que elas ficassem mais vividas com ele em sua frente do que quando se recordava sozinha. Os olhos castanhos se prenderam nos lábios finos e um calor invadiu seu corpo só de se lembrar do que aquela boca era capaz.
Em um impulso, a jovem envolveu os braços no pescoço do homem moldando seu corpo no dele e grudou seus lábios macios nos lábios finos. O Mestre de Poções ficou estático quando sentiu a bruxa desvencilhar-se de suas mãos para agarrar-lhe o pescoço, enquanto unia seus lábios. Involuntariamente, Snape deu um passo para trás, mas seus movimentos foram refreados quando tocou as costas de uma das poltronas.
Seus ouvidos captaram a respiração descompassada acompanhada de um gemido rouco da mulher que investia compulsivamente contra seus lábios. Um cheiro adocicado invadiu suas
narinas e embaraçou sua mente, um cheiro que já conhecia muito bem.
Sua mão esquerda - que outrora estivera apoiada no encosto da poltrona - percorreu pela cintura fina da mulher, enquanto a direita subiu apressadamente em direção a sua nuca, embrenhando-se entre os fios castanhos de seus cabelos. O Professor empurrou-a contra a
escrivaninha e permitiu-se beijá-la lascivamente, sentindo a própria língua indo ao encontro
da outra, provando um sabor agridoce que lhe recordava anis-estrelado.
Por um segundo uma linha de preocupação se formou na testa de Hermione pelo medo da rejeição quando o viu recuar um passo, mas ao toque da mão firme em sua cintura e a outra
em sua nunca fez a linha desaparecer agora, dando suavidade em sua feição.
Ao sentir a língua do homem em sua boca a mulher movimentou a sua própria em volta da dele que tinha um gosto inebriante, soltou um gemido ao se sentir pressionada na escrivaninha e deu um leve sorriso entre o beijo enquanto fechava seus lábios em torno da língua do homem e a chupou lentamente. Na certeza de que ele não fugiria mais, ela soltou o pescoço e colocou uma de suas mãos sobre o ombro largo, enquanto a outra pousava delicadamente em seu rosto.
O Professor soltou o ar dos pulmões com força quando a sentia investir sedutoramente contra seus lábios. Abaixou-se brevemente, sem romper o contato entre suas bocas, afim de segurar suas pernas e ergue-la de modo que ficasse sentada sobre a escrivaninha. A mulher arfou alto quando sentiu o contato das mãos firmes sobre sua pele quente, um arrepio percorreu sua espinha e um calor se instalou em seu ventre, suas bochechas estavam coradas. Ele voltou a prender seus cabelos entre os dedos e mordiscou com certa força o lábio inferior da bruxa, que
gemeu em resposta.
A sensação de formigamento crescia entre suas pernas devido aos avanços da mulher em sua
frente. Enquanto sua mente trabalhava com certa dificuldade. Um grunhido de surpresa saiu pelos lábios de Hermione quando se inclinou para frente e sentiu a ereção contida pela calça
contra o tecido de sua própria roupa, quando estava prestes a descer a mão para acariciá-lo,
ouviu o homem murmurar contra sua boca.
- Não... – Snape sussurrou com dificuldade... – G-Granger... Basta! - E em seguida, desvencilhou-se, gerando um gemido insatisfatório da mulher pelo afastamento brusco.
Recolhendo o pingo de sanidade que lhe restava, o professor desvencilhou-se de seu toque dando alguns passos para trás engolindo algo em seco, que parecia lhe cortar a garganta.
- Não tornará a acontecer, Ministra, creio que está fantasiando novamente com minha pessoa... e eu me deixei levar. – Disse-lhe atordoado desviando o olhar daqueles orbes cor mel, quase negros devido à dilatação de suas pupilas, que brilhavam sob a fraca luz do ambiente. – Creio que seria conveniente se retirar... – Snape atravessou a sala de estar e bebeu o resto do Whisky que havia restado em seu copo, de costas para ela. Olhá-la parecia errado agora.
Enquanto o homem que como sempre dizia algo totalmente contraditório de suas ações se afastava, a bruxa perpassava a própria língua nos lábios úmidos e inchados. Com um pulinho
ela ficou em pé e caminhou até suas costas em silêncio, ela levantou a mão direita mas deixou-a pendida no ar, indecisa se o tocava ou não... mas como chegara a conclusão de que não estava sobre o efeito de nenhum estímulo como da última vez, o pior ela já fizera - que foi beija-lo - tocar-lhe o ombro não seria tão terrível assim, então ela o fez, sentido os músculos do temível Professor de Poções tencionarem sob sua mão.
- Uma fantasia não dura mais de dez anos... - Agora ela tinha um semblante angustiado. - Então devo presumir que o que aconteceu no Ministério aquele dia, se deve totalmente ao efeito dos ingredientes no bombom...- Aquilo não soava como uma indagação, e sim uma constatação que se tornou óbvia naquele momento. Ela segurou a dobra do braço esquerdo com a mão direita e olhou tristemente para as costas de seu ex-professor. - Se eu sair por aquela porta agora, eu não volto mais... - sua voz tinha um tom diferente, decepcionado, porém decidido.
Snape olhou para o lado contrário, para o nada. Uma gargalhada rouca saiu de sua garganta ecoando pela sala, jogou a capa para o lado com uma das mãos enquanto girava os calcanhares para voltar a fitá-la.
- A Senhorita está se ouvindo, por acaso? Está movida pelos seus desejos carnais de uma forma tão grotesca ao ponto de falar coisas sem... sentido. Antes daquele doce idiota nunca tivemos contato algum para que nutrisse algo por mim a mais de dez anos.
Snape deu um passo em sua direção e vagou o olhar em seu rosto e nas mechas desgrenhadas de seus cabelos. Involuntariamente, ergueu uma mão em direção ao seu rosto, esperançando os olhos castanhos que foram escondidos quando as pálpebras se fecharam. Mas o tão esperado toque não veio, pois antes que os dedos esguios tocassem a pele, Snape repreendeu- se mentalmente e voltou a abaixá-la.
Ela abriu seus olhos e olhou profundamente para os olhos do homem, negros como túneis vazios, impassíveis. Naquele instante, sem poder identificar nem um mísero sinal de emoção nele, foi que Hermione percebeu, que o que aconteceu no Ministério não significou nada para
ele. Ao contrário dela, que reviveu as memórias sem o intervalo de um dia, desde que se separou dele naquele dia.
A mulher se virou, e caminhou até a porta. Segurou a maçaneta e de costas a ele sem condições de olha-lo disse. – Lhe deixarei em paz, só peço que não faça do que te confidenciei motivo de chacota contra mim.
Snape ficou estático enquanto seus olhos negros a acompanhavam ir em direção a saída, ainda
tentando assimilar todas as palavras e confissões da bruxa. Quando prendera seus olhos nos dela a momentos atrás, percebeu que não havia mentira em suas palavras, mas sim algo verdadeiro por trás daquele brilho perolado dos orbes cor mel.
Ela havia confesso algo semelhante ao dia no elevador, mas a diferença era que não estava sob efeito de nenhum ingrediente mágico que pudesse lhe alterar os sentidos. Seria ele tão imbecil ao ponto de rejeitar tudo o que ela poderia lhe oferecer? Sentimentos que por anos buscou compreender?
"Suas palavras podem até manter a pose da imagem que tenta vender para as pessoas, mas
suas ações sempre se mostraram muito contraditórias". Ela tinha razão. Tinha razão pois agora Snape empurrara com uma das mãos a porta, impedindo-a de sair. A mão de Hermione deslizou pela maçaneta e o susto pelo baque da porta mal teve tempo de se formar através de alguma reação, pois quando se virou para vê-lo, o Professor capturou seus lábios sem demora, como se dependesse daquilo para respirar, para sustentar a própria vida.
Era um beijo diferente dos outros que já dera nela, visto que apenas deixou os próprios lábios repousarem sobre os seus com uma delicadeza atípica. Ele não a tocou com as mãos, assim como não uniu o próprio corpo ao dela.
Quando se afastou, havia algo naqueles túneis negros inexpressivos, mas também muita coisa parecia os ter deixado. Eles vagaram lentamente pelos lábios, pescoço e todo o restante do corpo da jovem mulher e um sorriso pairou sutilmente em um canto dos lábios finos do homem, repleto de presunção.
- Me disse que possuía uma fantasia, Senhorita Granger... no decorrer dessa semana também acabei criando uma e pensei na possibilidade de juntarmos o útil ao agradável e realiza-las de uma única vez, o que acha?
A mulher estava de boca aberta e piscando os olhos repetidamente, confusa pelo que aconteceu. Pela mudança repentina e brusca de comportamento dele. Ela percebia agora, um brilho diferente no olhar dele, uma emoção que ela nunca tinha visto ele transmitir. Geralmente o que ele dispensava para as pessoas nunca passou de impaciência, ironia, seriedade, e uma que ela havia vislumbrado a mais: o desejo. Mas esse... esse era novo. Um sorriso se formou em seus lábios quando ouviu as palavras dele, ela consentiu levemente coma cabeça.
- Mas para que possamos realizar ambos, Senhorita, precisarei lhe aplicar uma Detenção.
Snape, então, sacou a varinha negra de dentro das vestes de iguais características e cortou o
ar com um movimento brusco, fazendo as vestimentas que ela trajava outrora se transformarem no uniforme que usara durante seus anos de estudante, com as cores vermelho e dourado, características da casa que pertencia.
Os olhos negros fitaram-na profundamente, talvez tenham se passado instantes ou até minutos
antes que o Professor conseguisse desprender os olhos da bruxa, ele se quer soube dizer. Em contrapartida, o par de olhos castanhos também não parecia interessado em romper aquele profundo contato.
- Qual será meu castigo, Professor? - Um semblante de falsa inocência havia se instalado em sua face e no timbre de sua voz.
Snape semicerrou os olhos quando ela o chamou pelo seu título após tantos anos, mas nada disse. Assim, ele passou por ela em silêncio e se dirigiu até uma porta que se localizava atrás da escrivaninha, dando-lhes acesso a um pequeno cômodo no canto esquerdo do Laboratório de Poções.
No cubículo, as paredes eram revestidas de animais conservados em frascos de tamanhos variados, com vidros de cores diferentes e cada um deles continha um tipo de substância: desde aguada à espessa; transparente à esverdeada. Cada um com uma característica particular que o diferenciava dos demais.
- Já que não anda cumprindo suas funções de maneira esperada, gosta de ser uma irritante Sabe-Tudo, assim como apresenta uma presunção fora do comum a ponto de me desafiar... hoje a Senhorita irá reorganizar meu estoque particular de Poções. Sua tarefa nada mais é do que reescrever os rótulos apagados; identificar as Poções nos frascos que estão sem nome, observando suas características e coloração; e, principalmente, limpar a sujeira a modo trouxa.
O Professor girou a varinha e conjurou um balde com água e sabão, alguns tecidos e uma esponja. Junto com eles, surgiam sobre uma pequena bancada alguns pedaços de pergaminho, uma pena e um tinteiro.
- Se a senhorita, quebrar, extraviar, confundir ou estragar os conteúdos, haverá consequências severas... Não coloque a mão nos produtos, não cheire e não coloque na boca. Se morrer envenenada jogarei seu corpo no Lago Negro! – Disse ameaçadoramente.
A cada instrução sobre como realizar a tarefa ela demonstrava uma falsa atenção, uma vez que já conhecia muito bem aqueles métodos. Uma mordida em seus lábios quase não fora suficiente para abafar o risinho que se formou ao comentário do Lago Negro. Aquele tom de voz que o homem utilizava poderia levar qualquer um a questionar a veracidade de suas palavras.
Ela entortou o nariz ao ver um vidro que continha um material no qual aparentava ser extremamente desagradável, seu líquido era grosso e ela tinha certeza de que era pegajoso. Aquele ingrediente certamente não era usado para nenhuma Poção que não fosse menor que
de 4º Grau, disso ela tinha certeza.
Uma vez que estava ali com outro intuito, ela resolveu juntar o útil ao agradável, decidindo colocar o frasco nas prateleiras superiores para que nenhum aluno dos primeiros anos o pegasse por acaso, e ainda assim, seguir com seu plano.
Ela pegou o frasco com cuidado em uma das mãos, e com a outra segurou na lateral da escada, enquanto lentamente subia degrau por degrau até que alcançasse a última prateleira onde o depositou. A cada lance que se elevava, ela dava uma visão privilegiada para o professor, deixando-o que observasse sua saia e o que estava de baixo dela, ou melhor... a ausência da peça que deveria estar de baixo dela. A Ministra já saíra de casa com tais intenções.
O Professor havia se escorado na soleira da porta com os braços cruzados em frente ao peito, enquanto fitava atentamente aos movimentos que a bruxa fazia. Ele estava ciente desde o instante que a viu olhá-lo sobre o ombro que planejava algo, dessa forma, não ficou admirado
ao constatar que ela estava sem sua peça íntima, nem que a escolha de começar pela prateleira
mais elevada para distribuir o primeiro frasco foi proposital.
Ele saiu pela porta e ela inclinou a cabeça para ver onde o homem havia ido, fazendo com que
seus cabelos pendessem no ar como cascatas. Ao vê-lo retornar arrastando a cadeira sobre o piso de pedra, ela o olhou com curiosidade, que se transformou em frustração por sua provocação ter sido ignorada. Snape posicionou a cadeira de carvalho escuro de sua escrivaninha no lugar onde ele mesmo se encontrava instantes atrás.
- Está errado, Granger! – Disse-lhe com a voz arrastada e repreensora. – As Poções nesta sala,
como bem pode ver, não estão classificadas por nível de periculosidade, mas sim por conteúdo. Isso que tens em mão é a Poção Mata-cão e pertence à primeira prateleira: venenos e antídotos. Pense comigo, é imprescindível que ambos estejam em um local de rápido e fácil acesso, precisam estar juntos para que seja possível identificar a substância perigosa no indivíduo que a ingeriu e, metodicamente, sua contrarresposta. Cometeu seu primeiro erro, desça da escada, agora! -
Ela pegou o frasco novamente e desceu as escadas, empinando sua bunda ao fazê-lo, ciente de
que agora com ele sentado, a visão estaria melhor ainda.
- Uma pesquisa comprovou que em um supermercado, as marcas mais caras de um determinado produto são colocadas na prateleira que se encaixa ente 1,65 a 1,80 metros do
chão. Isso se dá devido ao fato que nossa atenção automaticamente se dirige ao que está diante de nossos olhos. - Ela colocou o frasco onde ele indicou. - Esta primeira prateleira... - Ela indicou com o dedo enquanto o olhava. - ... se encontra na altura dos olhos dos alunos do Primeiro e Segundo Ano, talvez até o Terceiro. Não acho que seja a prateleira mais favorável uma vez que eles ainda são inexperientes e não saberão fazer o uso do antídoto ou identificar o veneno. Um material perigoso como esse em tão fácil acesso pode justificar alguns caldeirões derretidos... é claro que não são todos os alunos que com tão pouca idade tenham esse conhecimento, é raro, mas existem... - Um sorriso travesso se formou em seus lábios enquanto ela acrescentava. - Eu, por exemplo. - A mulher se virou e agachou pegando uma caixa com vários frascos que estavam no chão.
- Não estamos em um supermercado, Granger, assim como que ninguém aqui pediu sua opinião. A Senhorita está aqui para fazer o que eu lhe orientar, sem dar pitacos na forma como um Mestre em Poções organiza seu estoque. Não me vê lhe sugerindo formas de administrar o Mundo Bruxo, portanto, mantenha-se calada acerca de suas teorias de irritante Sabe-Tudo. -
Snape respondeu-lhe de uma única vez, sem uma breve pausa entre suas palavras para que ela
tivesse tempo de formular completamente o que dissera. Ele, então, levantou-se de sua cadeira
e andou em passos largos em sua direção, posicionando-se atrás de suas costas.
- Antigamente a figura do professor era tida como sagrada. Uma pessoa muitas vezes austera,
que dificilmente demonstrava seus sentimentos, detentor de todo o conhecimento e formador
do caráter e costumes adequados à sociedade. Sua missão era transmitir o saber acumulado culturalmente e historicamente pela sociedade para o aluno, numa posição totalmente submissa para que, passivamente, pudesse receber toda e qualquer informação. A sua relação
com os alunos era vertical, baseada na obediência e no medo. Caso o aluno não compreendesse o conteúdo ou questionasse o conhecimento do professor, ele era... castigado.
As palavras do homem a lembraram do tempo em que de fato era aluna, ela sempre tivera a obediência acima de tudo, e sempre repreendia quando via seus amigos faltando respeito com
qualquer professor, mesmo que pelas costas... esse era um comportamento no qual ela abominava. Porém, uma brecha havia ali para uma breve anotação mental, para Hermione, o
respeito se era conquistado, e não adquirido através de medo.
Quando as palavras de Snape morreram contra seu ouvido, ele abaixou-se sobre suas costas
para pegar a caixa que estava no chão, roçando sutilmente o sobretudo negro contra suas pernas, sem um contato físico de fato, mas que foi o suficiente para que a respiração da mulher ficasse presa em seus pulmões.
- É assim que iremos brincar hoje, já que tem se mostrado extremamente provocativa.
Ele largou a caixa sobre uma das prateleiras e voltou a se sentar na cadeira. Snape queimou-a
com os olhos negros, que brilhavam com malícia por baixo da máscara de impassibilidade que
vestia.
- Venha! – Deu um tapa em sua própria perna.
Sentindo-o voltar a se sentar, a mulher se virou para observá-lo, e seu coração disparou quando ele deixou claro suas intenções. Ela tinha certeza de que havia o provocado para isso, mas não pode deixar de sentir um pequeno receio. Ela se aproximou cautelosamente, se posicionou do lado direito dele, e em seguida sentou na sua perna.
-Assim? - Perguntou ela enquanto mordia o lábio inferior de forma apreensiva.
- Não... – Respondeu o Professor assim que ela sentou sobre sua perna esquerda. Ele passou os braços pelas suas costas e a empurrou para baixo, obrigando-a a deitar de bruços sobre suas pernas. – Assim! – Corrigiu ele.
Ele emaranhou os dedos pelos cachos castanhos da mulher e puxou-os levemente para cima,
enquanto percorria sob a pele clara das cochas da bruxa com a outra mão. Snape sentiu a pele
se arrepiar com o toque de suas mãos, saltando da macies para a asperidade em questão de instantes.
Algo contorceu dentro de si, uma espécie de desconforto pela série de pensamentos que se passavam em sua mente naquele instante. Mas era esse mesmo desconforto que lhe aquecia e
lhe fazia continuar o que havia começado.
Ele ergueu a saia revelando os dois montes elevados e firmes de sua bunda, onde estapeou com força, não ao ponto de machucar, mas de fazer com que a palma da sua mão e seus dedos se desenhassem sobre a pele alva da mulher.
Apesar de já esperar, um grito surpreso escapou dos lábios da mulher ao sentir o primeiro tapa. A ardência pendia muito mais para o prazer do que para dor. Um arrepio tomou conta de seu corpo todo enquanto sentia as mãos pálidas passearem por suas coxas.
Novamente, ele deslizou seus dedos pelo vale entre suas nádegas até chegar em sua intimidade, passando os dedos por entre seus lábios, constatando o que já imaginava.
- Está... excitada, Senhorita Granger? – Sussurrou ele pouco mais alto que um sussurro antes de depositar mais um tapa e outro em seguida.
Concentrada na localização dos dedos do professor, a pergunta óbvia foi respondida por um aceno positivo e muito breve com a cabeça. Seus dedos apertaram o tecido da calça dele quando sentiu novamente a palma da mão se chocando com uma de suas nádegas.
O Professor voltou para sua intimidade novamente, escorregando os dedos para a frente afim
de atingir o ponto mais sensível da mulher, onde acariciou algumas vezes, sempre voltando para trás e os molhando em seu próprio líquido. Hermione sentia que seus dentes seriam capazes de rasgar seu lábio enquanto era contemplada com as carícias em seu ponto fraco,
mas quando estava prestes a pedir por mais sentiu o homem a soltando e abaixando sua saia.
- Volte ao que estava fazendo!
Ela ficou em pé somente para pular de volta ao colo do Professor, mas agora, sentada de
frente para ele, apoiando suas coxas sobre as pernas abertas do homem, deixando sua intimidade totalmente exposta. Ela levou a mão esquerda até a nuca dele, e colou seus lábios
em sua orelha, onde sussurrou com a voz embargada de desejo.
- Não existe castigo pior, do que me deixar passar vontade... - enquanto isso sua mão direita
puxava o cinto a fim de desafivela-lo.
- É mesmo? - Disse Snape em resposta a mulher que lhe abria o cinto.
Ele pegou-a pela gravata vermelha e puxou-a diante de seu rosto, falando muito próximo aos
seus lábios. A proximidade fora tamanha que permitiu que Hermione se inebriasse com o hálito do homem, que indicava que ele havia tomado Whisky recentemente. Os olhos amendoados se fixaram nos lábios finos a sua frente, e por um segundo ela quase os atacou.
– (...) Mas eu ainda não estou nem um pouco interessado. Talvez pudesse dançar para mim,
venho fantasiando isso há alguns dias. O que acha?
Ele desceu o olhar para todo seu corpo, demorando-se mais em alguns pontos em específico
apenas para provocá-la ainda mais. Soltando-a, Snape voltou a se escorar na cadeira com desinteresse e apoiar ambos os braços nos encostos laterais. Ela semicerrou os olhos ao perceber que ele a estava desafiando, não poderia esperar menos de um Sonserino... mas ele
se esquecera da leoa com a qual estava se metendo.
-Como quiser... - Ela aproximou os lábios de seu ouvido - ... Professor. - Deu ênfase em seu
título.
Após a confirmação, Snape conjurou um toca disco de venil. A agulha desceu magicamente,
tocando a superfície negra e ressoando a música pela sala. Do The Cha Cha Cha - Michael
Bublé.
Olhando-o de forma presunçosa, levou um dedo até o nó de sua gravata e a afrouxou. Ela se
levantou e o contornou enquanto deslizava a mão pelo ombro dele por toda a extensão do
braço segurando seu pulso atrás da cadeira.
Com a mão livre ela levou até o outro ombro e fez o mesmo processo que segundos antes fizera com o outro braço, ela segurou as mãos do Professor massageando-as e novamente se inclinou para frente, pressionando as mãos dele contra sua intimidade coberta pelo tecido da saia, sussurrando-lhe contra o ouvido.
- Saiba que com música eu dou um show ainda melhor... - Enquanto falava de forma sorrateira, ela envolveu os pulsos do homem de forma frouxa com sua gravata, puxando de uma só vez e fazendo com que o tecido juntasse os pulsos do homem.
Ele podia ter esquivado os braços logo que percebeu as intenções dela, mas preferiu não o
fazer. Sabia que a bruxa queria devolver a provocação e provar que era capaz de fazer ainda
pior do que ele.
Hermione o contornou novamente ficando frente a frente com ele, colocou o pé sobre o
espaço da cadeira amostra entre as pernas do homem, deixando seu sapato preto lustrado
quase tocando-o.
- Assim fica mais interessante, não acha?
Ela sorriu e recuou dois passos, ainda em frente a ele. As mãos da mulher se dirigiram até os botões da camisete que agora era branca, seus quadris começaram a se mover sensualmente
para os lados enquanto seus dedos trabalhavam nos botões desfazendo-os de cima para baixo;
ela pegou a peça branca e a jogou no colo dele.
Agora seus seios medianos estavam à mostra e de frente para o Professor. Ainda movimentando seus quadris, agora ela também acrescentara uma mobilidade ritmada em seus braços, acompanhando o som sexual da música. Hermione pousou suas mãos na cintura e deslizou-as para cima até agarrar seus seios, tomando cada um deles com suas mãos e os apertando, fazendo com que seus mamilos aparecessem pela fenda da distância de um dedo para o outro. Ela se aproximou dele e inclinou-se para baixo, deixando-os muito próximos da boca de Snape, movimentando seus ombros chacoalhando-os, oferecendo-os.
A cadeira rangeu quando ela passou os seios tão próximos ao seu rosto, em uma vã tentativa
do Mestre de Poções de estourar o tecido que lhe prendia as mãos. Mas na realidade, Snape
não sabia se queria se soltar de fato ou se preferiria continuar a assistindo.
Snape acompanhou cada um dos movimentos que a bruxa realizava, seus lábios não se
separaram uma única vez para falar alguma coisa ou fazer um comentário afiado. Ele apenas
concentrou-se no que vivenciava naquele momento.
Na realidade, o Professor estava se detendo a cada detalhe da mulher, a cada movimento e a
cada palavra que saia pelos lábios rosados da bruxa, que tanto queria provar novamente.
Os olhos negros queimavam como brasas sobre as curvas que ela tanto fazia questão de exibir. Havia malícia e desejo naqueles túneis normalmente inexpressivos, e havia calor, ele mesmo sentia algo queimar dentro de seu próprio corpo. Iria eternizar em sua mente aquela memória, o corpo, a mulher e aquele típico aroma floral adocicado que tanto lhe embaralhava os sentidos nos últimos dias.
- O que acha de tirarmos essa peça também?
Hermione se referiu a saia, última peça que ainda estava no devido lugar, arrebitou sua bunda
e inclinou seu tronco para frente, lentamente deslizou a saia para baixo fazendo-a cair sobre
seus pés como uma poça. Ela rebolou timidamente e em seguida sentou no colo dele, sorrindo
maliciosamente ao sentir algo a cutucando.
O Professor deu um sorriso cínico para ela quando despiu-se completamente em sua frente lhe
tocou com o próprio corpo o membro rígido preso entre as justas vestes negras.
- Quer que eu realize o seu desejo ou acha mais adequado que eu permaneça aqui sentado lhe
devorando em meus pensamentos?
Quando a voz grave e arrastada começou a soar, Hermione imediatamente inclinou-se para
trás colando suas costas no peitoral largo do homem, ela pendeu a cabeça apoiando-a no ombro dele e pode se deliciar com a voz e a respiração quente diretamente em seu ouvido.
Com a sugestão, Hermione quase pulou do colo dele para correr até a mesa, mas se conteve
enquanto cravava as unhas um pouco acima dos joelhos dele onde se segurava para se apoiar.
- Ainda não.
Ela começou a cavalgar sobre o colo dele, sentindo o membro tão duro e posicionando-o
perfeitamente em um ângulo que mesmo impedidos pelo tecido, ele lhe tocasse diretamente
em seu clitóris. Ela continuou a movimentar os quadris de forma sensual e soltando gemidos
abafados consequentes da fricção que o tecido estava lhe causando.
Snape sentiu os músculos tencionaram com as provocações da mulher que escorregava em
movimentos sedutores sobre sua intimidade, onde uma dor latejante de desejo quase fez o
Mestre de Poções praguejar... quase. Seu autocontrole era muito bem trabalhado, a ponto que
nem mesmo o calor do corpo feminino contra seu peito fez com que ele se desestabilizasse.
Insaciada e sedenta por mais, ela se levantou e saiu da salinha, ciente de que ele conseguiria
se desfazer sozinho da gravata, uma vez que era mais uma barreira figurativa do que uma de
fato.
Logo após a porta estava a escrivaninha, com um pequeno pulinho ela se sentou nela de forma
que suas pernas pendessem no ar, ela apoio seus pés na borda deixando sua pernas abertas e
levou seu dedo indicador e o do meio até sua boca, onde chupou os molhando. Abaixou sua
mão e levou a ponta dos dedos úmidos até seu botão de prazer novamente acariciando-os
enquanto aguardava.
Quando ela o deixou sozinho dentro do cubículo, Snape fitou sem membro sob as calças, local
onde ela esteve a poucos instantes, constatando que havia deixado rastros de sua excitação
sobre o tecido negro. Pacientemente, ele se desfez do nó da gravata que o prendia na cadeira e
andou até a porta, segurando o tecido em uma das mãos.
Os olhos negros faiscaram com a cena que presenciou logo adiante, obrigando-o a estancar
logo depois que passou pela soleira da porta. Havia uma certa admiração e surpresa sob as
linhas duras de sua face, nem em seus mais remotos pensamentos Snape imaginou que um dia
presenciaria a Ministra Hermione Granger se tocando sobre a mesa de seu escritório.
Ele passou o tecido para a outra mão, segurando lado a lado ambas as pontas, aproximando-se
sorrateiramente, sem desprender um segundo se quer o olhar que dirigia para os olhos
castanhos e quentes da mulher.
Snape parou entre as pernas da bruxa e escorreu os orbes negros de cima para baixo do seu
corpo, até levar uma de suas próprias mãos ao encontro daquela da bruxa que estimulava com
tanta compenetração a própria intimidade. Ele se permitiu sentir pelo tato os movimentos que
ela realizava, a velocidade, ritmo e pressão.
Mas logo prendeu seu pulso e o outro em seguida, impedindo-a de prosseguir. O Professor
puxou-a para baixo da mesa e a virou de costas para si, enquanto entrelaçava o tecido
vermelho e dourado da gravata, prendendo os braços da mulher atrás das costas.
-Sua vez, Senhorita! - Ele sussurrou contra seu ouvido antes de inclina-la sobre a mesa, de
modo que seus seios tocassem a madeira gélida.
O Professor puxou-a para baixo e a virou de costas para si, inclinando-a sobre a mesa, de
modo que seus seios tocassem a madeira gélida. Com o próprio joelho, Snape afastou as
pernas da bruxa e abriu a própria calça, baixando-a junto com as cuecas até um ponto que
possibilitasse que seu pênis saltasse para fora.
Ouvindo o barulho dele abrindo a calça, a mulher inclinou sua cabeça para trás tentando ver o
membro que queria muito dirigir total atenção entre seus lábios, entretanto pela posição que
estava não conseguiu ver muita coisa. A visão que queria deu lugar ao tato, quando ela sentiu
a cabecinha macia passeando em sua pele úmida.
Snape guiou-se pela sua entrada, apenas provocando-a, deslizando seu membro por entre os
grandes lábios de sua intimidade e escorregando-o em direção ao clitóris, pressionando levemente. Repetiu o movimento uma série de vezes, deliciando-se com a inquietação da
mulher que não conseguia se desvencilhar da posição que estava. Snape, em resposta, penetrou-a apenas com a cabeça do seu pênis, que adquirira um tom ainda mais rosado devido
a excitação e antecipação por possui-la. Ele repetiu a ação ouvindo-a soltar muxoxos de
descontentamento.
- Pode brincar comigo, Senhorita Granger, mas saiba que nunca irá me vencer ou me dobrar. -
E dito isso, ele a penetrou com força e de uma única vez.
O prazer que estava sentindo a inebriou de tal maneira que ela demorou a perceber que estava
sendo provocada tendo noção disso apenas quando ele lhe dirigiu a palavra, ela rebolava e
ficava na ponta dos pés se elevando tentando desesperadamente encaixar seu corpo no dele.
Seu ventre pulsava em desejo e quando finalmente sentiu a estocada de uma só vez dentro de
si, ela segurou com força a borda da escrivaninha de forma que os nós de seus dedos ficaram
totalmente brancos, jogou a cabeça para trás enquanto um gemido alto se espalhou pela sala.
Não demorou muito para que Snape começasse a se movimentar com intensidade contra a
bruxa, com um desejo latente de ouvir mais daqueles gemidos que agora preenchiam e ecoavam pelas paredes ásperas de pedra. A mesa escorregou alguns centímetros para a frente
com a força dos impactos dos corpos, obrigando a madeira a ranger e desconectando o
Professor do êxtase que havia se apoderado em seu âmago com a sensação e consciência de
que toda aquela excitação feminina era direcionada apenas para ele naquele instante.
Ele girou-a de frente para si e a posicionou sentada sobre a mesa. Snape passou as mãos sobre
as pernas da bruxa e a puxou para o canto da mesa, enrolando-as contra a própria cintura,
voltando a penetrá-la. Enquanto executava movimentos ritmados de entra e sai contra sua
intimidade, ele abocanhou um dos seios expostos da mulher, e o outro em seguida, chupando,
lambendo e mordiscando os mamilos rígidos. Ele poderia se perder naquele perfume e na
dança de seus cachos castanhos sobre os ombros e clavículas. Por fim, ele finalmente tomou
os lábios da bruxa em um beijo efervescente.
Agora que finalmente a tivera por completo, o Professor não sabia explicar o quanto desejou
sentir novamente todo aquele conjunto de emoções e prazeres, o toque macio da sua boca;
ansiava por aquilo todos os dias desde quando deixaram o Armário de Vassouras no Ministério. Embora ele jamais admitiria aquilo em voz alta.
- Abra... os botões, se conseguir... – Disse em meio ao beijo e ao ritmo acelerado de seus
movimentos
Os lábios da mulher se movimentavam com urgência sobre os do homem, e sua língua se
escorregava de encontro a dele, onde a rodeou e sugou antes de segurar os dentes no lábio
inferior dele e puxa-lo. As mãos foram até os botões do sobretudo dele e com dificuldade ela
desfez apenas os primeiros e repetiu o movimento na camisa social branca de baixo, deixando
o tórax de Snape amostra. Ela levou as mãos até os cabelos negros e os puxou para trás, deslizando sua língua e dando mordidinhas até que chegassem na curva do pescoço com o
ombro onde lhe sugara a pele deixando-a avermelhada.
O Mestre de Poções arfou quando sentiu-a atacando-lhe uma parte tão sensível do seu corpo,
certamente aquilo deixaria uma marca escura no dia seguinte. Esse pensamento fez com que
ele se desvencilhasse brevemente e a fitasse com certa repreensão.
Hermione espalmou suas mãos na escrivaninha se apoiando e colocou seus pés na borda da
escrivaninha flexionando suas pernas e impulsionando seus quadris para frente no mesmo
ritmo em que o professor investia nela. Ela se impulsionou com força contra o corpo do
homem, mas não se retornou do movimento, ficando com ele totalmente dentro de si
envolvendo-o com a pulsação e aperto de seu ápice.
Snape movia-se cada vez mais profundamente ao seu encontro. Sentiu seu membro ser
fortemente mastigado pelas paredes internas da bruxa que chegou ao próprio ápice de prazer.
O Professor sentiu seu corpo esvaecer em exaustão enquanto os músculos de sua intimidade
relaxavam aos poucos. Passaram-se apenas instantes para que ele mesmo atingisse o próprio
clímax e se derramasse dentro dela, apoiando o próprio rosto em meio aos fios castanhos e
desgrenhados de seus cabelos enquanto recuperava rapidamente o folego.
- A realização de sua fantasia excedeu suas expectativas ou deixou a desejar? – Sussurrou.
Mas antes que ela lhe respondesse, Snape corrigiu sua postura, puxou para cima as calças e
andou em direção à porta que se encontrava ao lado esquerdo da escrivaninha. Ele parou
brevemente e voltou seu olhar para a mulher, em um pedido mudo para que ela o seguisse.
Sem esperar, o Professor atravessou os próprios aposentos até uma outra porta que dava
acesso ao seu banheiro, onde despiu-se e tratou de entrar embaixo do chuveiro.
Hermione demorou-se perdida em pensamentos sobre a mesa, ainda assimilando tudo o que
acabara de ocorrer dentro daquele recinto, e não pode impedir que um sorriso satisfeito
pairasse sobre seus lábios.
Quando ela finalmente seguiu o trajeto traçado anteriormente pelo homem, pôde vê-lo completamente nu embaixo do chuveiro. Ela se apoiou no batente da porta e pendeu sua
cabeça apoiando-a também enquanto o observava, gravando cada um dos detalhes. Snape não
olhou em direção a porta, mas sabia que a bruxa estava lá, olhando cada movimento que fazia
embaixo da água.
Logo, os vestígios do prazer dos dois começavam a escorrer por entre as pernas da bruxa, o
que a fez se juntar a ele. Enquanto caminhava, ela levou as mãos em seus cabelos fazendo um
coque para não os molhar. Hermione ficou de frente para Snape e o beijou no rosto.
- Excedeu. - Lhe ofereceu a resposta tardia. Ela levou as mãos nos ombros dele e empurrou-o
levemente para trás, para que o fluxo de água a atingisse também.
Aquele rápido beijo o aqueceu, embora ainda lhe era estranho dividir um espaço extremamente intimo com aquela mulher... mas na realidade ele já estava aquecido internamente, desde o instante que a vira em frente à sua porta. Após conjurar uma toalha limpa para a bruxa, ele virou-se para ela e pareceu cogitar por breves instantes o que falaria.
-Fique essa noite... se quiser.
O homem saiu rapidamente, não sendo possível que ele visse o sorriso que se formou no rosto
da mulher devido seu convite. Então, após sair pela porta, Snape vestiu uma cueca limpa e
deitou-se na cama larga de dossel - com cortinas verde escuro que pendiam nas laterais - que
ocupava o centro dos seus aposentos e aguardou até que a bruxa saísse do banheiro.
Hermione se enxugou e pegou suas roupas transfigurando-as em sua forma original, o que lhe
permitiu ter a calcinha que trouxera no bolso. Ela a vestiu, era uma peça de renda preta, e em
seguida voltou ao banheiro parando em frente ao espelho, onde soltou o cabelo e levou as
mãos até sua face beliscando levemente suas maçãs do rosto para cora-las. Ela o seguiu até o
quarto e optou por não o observar muito, mas não pode evitar de fingir uma cara de desagrado
quando tocou na cortina verde da cama.
O Mestre de Poções mantinha o olhar atento aos movimentos da mulher, que engatinhou até o
lado dele, e deitou-se em seu ombro, levando a mão até seu tórax e passando os dedos nos
pelos ralos enquanto acariciava a pele exposta.
Snape esticou um braço e a aconchegou contra o próprio corpo, ele afastou alguns fios que
caíam em frente à sua face e depositou um demorado beijo sobre sua testa, antes de apagar os
candelabros suspensos nas paredes com um aceno de sua varinha, desejando um boa noite. A
penumbra atingiu o quarto, mas os olhos do homem continuavam abertos.
– Sabe, Hermione, eu tenho uma outra fantasia também... de poder desfrutar de sua
companhia mais vezes.
