Era uma noite comum. Lucid dançava sorridente como sempre nos braços de um desconhecido. A música tocava enquanto ela e outras moças dançavam com seus companheiros. Ela olhava nós olhos de seu companheiro que guiava os movimentos.
Lucid já estava trabalhando com aquilo a um bom tempo. Sua família não sabia disso, afinal, se soubessem, com certeza não aceitariam. Todos achavam que essas mulheres eram perdidas, mulheres da noite. Abominavam aquilo. Mas na verdade uma boa parte delas eram mesmo desse tipo. Mas não Lucid.
Ela era direita, pura. Apenas dançava e nada mais. Logo a música acaba e Lucid se depara de seu parceiro. Ela faz uma breve reverência e o homem lhe beija a mão. Lucid, por educação, sorri gentilmente. Ela vai se sentar e esperar seu próximo parceiro.
Enquanto esperava, Lucid olhava ao redor admirando o belo e iluminado lugar. Sua visão então foca em algo um tanto incomum. Uma raposa, visivelmente uma mulher. Ela estava trajada em roupas mais comuns aos homens. Ela observava as moças dançando.
Lucid imagina o que ela estaria fazendo alí. Afinal, com aquela roupa, ela não atrairia nenhum homem para dançar com ela. A raposa percebe os olhares de Lucid que apenas desvia o olhar rapidamente.
Quando olha de novo, a raposa não estava mais lá. Lucid, então, balança a cabeça e volta sua atenção para a pista de dança. Outro homem havia a escolhido para dançar. Ela se levanta e vai com ele até a pista.
[Time skip trazido por Lucid dançando valsa consigo mesma]
Era tarde. Lucid estava prestes a ir embora. Ela havia acabado de terminar sua última dança e havia se trocado para ir embora. Ela se despede de suas amigas e segue seu caminho. Enquanto andava, Lucid sente que estava sendo seguida. Ela olha para trás e é surpreendida por um homen que a puxa para um beco.
Lucid tenta gritar mas o homem pressionava sua mão na boca de Lucid. Ele cheirava a álcool. Lucid tem medo do que poderia acontecer. Ela começa a chorar enquanto o homem sorri para ela.
—Por que o... *Hic* Choro menina? Você não é uma perdida? —Ele diz. A embriaguez nítida em sua voz. —Eu vou *Hic* Ser bem bonzinho... Eu prometo...
O homem se aproxima de Lucid retirando sua mão da boca dela. Ela continua a chorar.
—P-por favor... N-não... —Disse ela aterrorizada. O homem passa a mão em seu rosto.
—Acalme-se ur*Hic*sinha... Eu não vou fazer nada de mal... —Ele se aproxima um pouco mais.
—Você não ouviu ela falar que não quer? —Disse uma voz feminina mas imponente da entrada do beco. O homem olha para lá. A escuridão não permitia que os dois vissem quem era.
—Quem é você? —Pergunta o homem.
—Alguém que vai te fazer se arrepender se fizer alguma coisa com ela... —Disse a figura que parecia estar com os braços cruzados. O homem rosna.
—Isso é um *Hic* desafio?! Se for pode vir! —Ele diz soltando Lucid e se preparando para atacar quem quer que fosse.
—Tá bem... Você que pediu... —Diz a pessoa que começa a se aproximar.
Chegando perto é possível ver que era a raposa a quem Lucid observava antes. Ela se impressina. O que ela estaria fazendo alí? O homem apenas riu baixo da situação.
—Você *Hic* é quem vai me impedir? Hah! Que piada... —Ele diz rindo.
—Você vai mesmo rir de mim? Saiba que isso é um grande erro... —Disse a raposa olhando de cima a baixo do homem. O mesmo continua a rir não acreditando na palavra da raposa a sua frente.
—Pode *Hic* tentar, docinho... —Ele diz. A raposa parece se enfurecer.
—Quer me chamar de docinho é? Então vai me chamar disso no inferno! —Ela diz e acerta um soco forte e direto no nariz do homem.
O mesmo cai para trás desacordado. A raposa observa. Lucid apenas observava. A raposa a olha. Lucid fica um tanto temerosa quando ela começa a se aproximar. A raposa estende a mão para Lucid.
—Você devia tomar mais cuidado andando por aí a noite... Quer que eu te leve pra casa? Pra prevenir novos ataques... —Propôs a raposa.
Lucid ascente e pega na mão da raposa. As duas saíram do beco. A raposa leva a ursa pelas ruas vazias da cidade. Ela apenas observava a raposa tentando entender quem era ela.
Continua...
