Jogo Arriscado

Capítulo único

Draco revirou os olhos ao avistar pessoas com o rosto pintado de verde. Típicos torcedores fanáticos. E pensar que um dia ele havia sido assim. Já havia sonhado em voar por aqueles campos, agora só queria paz.

Fazia quatro anos que havia se formado em Hogwarts e consequentemente, passado por todo o terror que foi a guerra bruxa. Ficou aliviado que depois de tudo aquilo as coisas se ajeitaram. Ele foi absolvido dos crimes ao ajudar na reconstrução do castelo e passar por um interrogatório.

Estremeceu só de lembrar dos aurores sérios fazendo perguntas demais. Após algumas doses de Veritaserum, para ajudar, ele contou a verdade. Disse que só fez o que fez, pois estavam ameaçando sua mãe.

O primeiro ano foi o pior. Vigia constante em cima dele até concluírem que, de fato, Draco não era mal e não tinha intenção de continuar como comensal da morte. Depois disso as coisas foram se ajeitando.

Mudou-se para Londres trouxa, onde achou paz longe dos olhares frios que recebia do resto da sociedade bruxa. Conseguiu um emprego, apenas para matar o tédio, visto que sua herança era o suficiente para não trabalhar até a morte.

Na realidade, não era bem um emprego. Draco havia comprado um espaço no Beco Diagonal e abriu uma loja de utensílios para poções, afinal, aquela sempre fora sua matéria favorita.

Contratou seu antigo colega de casa, Blaize Zabini e tocava as coisas com tranquilidade. Ficava sempre nos fundos da loja e não tinha que ver ninguém;era bom.

O som do amigo lhe gritando, lhe tirou de suas lembranças e ele olhou para onde ele apontava, ao longe distinguiu uma cabeleira muito ruiva, acenando para eles.

— Aquela é a Weasley, cara. Ela virou capitã das Harpies esse ano! — O moreno contou acenando também.

— Por que ela está acenando tão animada para você? — perguntou erguendo as sobrancelhas.

— Ela foi na loja outro dia, comprar material para algum sobrinho. Me lembrei dela na hora. Sempre a achei muito gostosa,mas agora… céus, que mulher!

— Então foi com ela que conseguiu os ingressos para virmos?

— Pois é, cara! Muita sorte, 'né? Eu comentei que meu sonho era ver um jogo dela e ela me deu dois ingressos.

O loiro concordou com o amigo. Era muita sorte mesmo. Ele sabia que Blaise morreria por aqueles ingressos e aquele lugar no camarote.

Isso explicava tudo. Havia cogitado a ideia do amigo ter roubado alguém para conseguir aqueles lugares.

— Blaise, você veio mesmo, que legal! — Ouviu a voz animada da garota e se virou, encarando-a. — Malfoy?

— Oi, Weasley. — comprimentou a analisando.

Zabini estava certo. Aquela mulher à sua frente era uma Deusa. O uniforme marcava seu corpo esbelto perfeitamente, e seus cabelos, presos em um rabo de cavalo alto, lhe davam um aspecto sapeca. Ela era uma mistura perfeita de sensual e fofinha.

— Você não mudou nada! — Ela exclamou observando.

— Você também não está diferente. Só… Mais crescida — falou sem pensar e viu a mulher erguer as sobrancelhas.

— Treinos constantes e jogos durante toda a temporada. A gente fica em forma. — brincou, no entanto seu olhar fitava Draco intensamente.

— Ginevra, já vamos entrar! — Uma mulher alta gritou, aparecendo na porta do camarote.

— Cacete, Britany! Já falei 'pra me chamar de Ginny! — Ela gritou se virando para a porta. — Desculpem por isso…

— Bom jogo, Ginny! — Blaise exclamou animado. — Sei que os Harpies vão vencer!

— Não tem como ser diferente! — falou sorrindo. — Fico feliz que tenham vindo. Tenho que confessar que nunca imaginei o Draco Malfoy assistindo um jogo meu.

— As coisas mudam. — O loiro disse sorrindo de lado e dando de ombros.

— Ótimo saber disso — declarou com a voz arrastada. — Apreciem a vista!

Dizendo isso, ela saiu rebolando discretamente, mas não o suficiente para Draco, que acompanhou o movimento todo com os olhos. Definitivamente ele aproveitou a vista.

— Cara, achei que ela aceitaria sair comigo se eu chamasse, mas já vi que você ganhou essa.

— Do que está falando, Blaise? — perguntou finalmente olhando o amigo.

— É, 'né? Acha que não notei?

— Isso na sua voz é inveja.

— E é mesmo, mas vai com tudo cara. Eu me lembro bem que no nosso sexto ano você chamou ela de gostosa e ela te azarou! — comentou rindo. — Acho que finalmente vai ser diferente a história.

— Vai se ferrar, Zabini!

[...]

Draco sentiu o coração falhar uma batida quando viu a goles em posse de Ginny e ela se aproximando do arco principal. Era impressionante como a ruiva se desviava de todos e disparava para marcar o ponto. Quando ela arremessou a bola e o goleiro errou a defesa, o estádio todo gritou.

O nome de Ginny era ouvido pela torcida que estava eufórica com a jogadora favorita. Draco sequer percebeu que carregava um sorriso enorme no rosto enquanto fitava a mulher acenando feliz para o público.

Quando ela se virou para onde ele estava, assumiu uma expressão divertida e piscou para ele, fazendo-o arfar maravilhado. Naquele campo, Ginny parecia emanar um poder assustadoramente forte, e Draco, estava perdidamente rendido.

O jogo voltou e todos se sentaram novamente, Draco sequer tinha percebido que estava em pé. Ele olhou para o lado e encontrou Blaise com um sorrisinho contido, revirou os olhos e ignorou o amigo, mesmo que em seu interior, quisesse sorrir também.

O jogo permaneceu tranquilo por um bom tempo, Draco já quase não prestava atenção na partida, seus olhos estavam mais interessados em Ginny, que voava com graciosidade pelo campo.

Um balaço voou em direção a mulher e Draco sentiu um medo surreal, ele arregalou os olhos e prendeu a respiração, somente quando uma batedora entrou na frente da ruiva e desviou a bola foi que o loiro suspirou aliviado e relaxou na cadeira.

— Essa foi por pouco! — Blaise exclamou impressionado.

— Por Merlin, Ginevra, fique atenta… — Draco sussurrou preocupado.

A Weasley ao ver o balaço sendo desviado gargalhou de forma divertida antes de voltar a avançar em direção a goles. Draco teve certeza que aquela ruiva era muito maluca, porém achou aquilo ainda mais interessante nela.

O final do jogo chegou e os Harpies marcaram 150 pontos contra os Cannons, levando a uma vitória sensacional e a uma explosão de fogos e gritos por todo o estádio. Draco sorriu orgulhoso e aplaudiu discretamente, contrastando com Blaise, que pulava, assobiava e gritava a plenos pulmões.

Draco riu do amigo e balançou a cabeça, voltando a olhar para o campo e vendo as mulheres dos Harpies se abraçando no chão e comemorando, Ginny lançou um olhar para cima e os olhos se encontraram, ela sorriu feliz e o loiro retribuiu. A melhor parte viria agora, ele sabia disso.

[...]

Parou em frente ao camarim separado para a capitã do time e prendeu a respiração. Seus pés o levaram até lá de maneira quase automática e ele apenas cedeu. Era o que queria e não seria capaz de esperar mais.

A porta foi aberta e revelou Ginny usando apenas um short curto e um top verde, escrito o nome do time. Draco imaginou que aquela fosse a roupa que ela usava depois do banho em seu jogo, visto que seus cabelos estavam molhados e uma toalha jazia esquecida em seu ombro direito.

Naquela roupa, dava para ver todas as suas tatuagens, os arcos do quadribol no abdômen, as bolas do jogo no antebraço esquerdo, o pomo em especial no pulso direito, o número sete em romano, no mesmo braço e as coxas torneadas e enfeitadas com belos desenhos também.

— A que devo a honra de te receber em meu camarim, senhor Malfoy? — perguntou com um sorriso debochado.

— Ginny, você tem que prestar mais atenção nos balaços. Eu quase infartei hoje! — O loiro disse de forma séria, fazendo-a gargalhar.

— Draco, eu sou treinada, relaxe — falou enquanto o puxava para dentro e trancava a porta.

— Mesmo assim, acidentes sempre podem acontecer!

Ginny sorriu de lado e negou com a cabeça, rindo da preocupação do homem. Ela se virou de costas e pendurou a toalha em um gancho na parede antes de virar para ele com as mãos na cintura.

— Eu ainda não acredito que você veio ver o jogo com o Blaise. Eu sempre te chamo e você arranja uma desculpa!

— Ele insistiu muito, acredite. E outra, acha que eu não sei que deu dois convites a ele de propósito? — perguntou se aproximando dela.

— Você só viria se seu macho te chamasse. — revidou mostrando a língua para ele.

— Ginny, meu amor, você sabe que eu não consigo te ver jogando sem quase ter um ataque cardíaco. A prova foi hoje, quase não suportei!

— Fala sério, Draco, eu não vou morrer se um balaço me acertar! Talvez só quebrar uns ossos… mas eles voltam para o lugar depois.

O loiro sorriu amorosamente e quebrou a distância que ainda havia entre eles, segurando a mulher pela cintura e juntando seus lábios. Ginny suspirou e passou os braços pelo pescoço masculino, juntando ainda mais os corpos e o beijando com intensidade.

— O que foi aquele "só está mais crescida"? — Ela perguntou quando o loiro passou a distribuir beijos pelo seu pescoço. — Foi brega!

— Foi o que eu te disse a primeira vez que ficamos — justificou-se olhando-a nos olhos.

— Eu te disse naquele dia que era brega!

— Bom, você está comigo até hoje…

— Seu convencido! — exclamou antes de puxá-lo para mais um beijo sedento.

Draco apalpou as nádegas da ruiva e a içou para cima, fazendo-a enrolar as pernas em sua cintura. A mulher desgrudou os lábios e deixou mordidas e lambidas pelo pescoço claro, fazendo o homem gemer baixinho.

— Você estava incrível hoje no campo. Muito gostosa — Ele sussurrou enquanto se sentava no sofá que havia ali, a mulher ainda em seu colo.

— Eu sei… — sussurrou de volta, fazendo-o rir. — O que você disse ao Blaise quando veio para cá?

— Que eu ia visitar seu camarim, simples.

— Cafajeste, ele vai pensar que você veio transar comigo!

— Mas é exatamente o que vim fazer! — O loiro riu enquanto tirava o top da mulher e revelava seus seios empinados. — Céus, você é tão perfeita!

— Você sempre fala isso — falou sentindo o rosto corar levemente.

— Para você nunca esquecer o quanto é perfeita, meu amor. — Draco disse passando as mãos pelos cabelos ruivos.

— Ainda bem que eu resolvi beber em um bar trouxa… Se não acabaria não te conhecendo — comentou olhando fundo nos olhos cinzentos.

— Quem diria que aquele lugar nos juntaria… Faz quase dois anos. Acho que deveríamos oficializar para o mundo. O que acha?

— Acho que está dizendo isso porque ficou com ciúmes do jeito que Blaise me olhou…

— Aquele bastardo! — O loiro falou enrugando a testa.

— Se estiver pronto para enfrentar os Weasley 's, eu enfrento o que for preciso por você.

— Ah, ruivinha, você é incrível! Vou hoje mesmo falar com seus irmãos que estou te pegando.

— Boa sorte! — exclamou rindo antes de voltar a beijá-lo.

Draco levou uma das mãos até um seio e apertou, massageando e fazendo ela arfar entre o beijo. Com a mão livre, segurou os cabelos ruivos pela nuca e puxou levemente, fazendo Ginny expor o pescoço. Deixou um chupão ali antes de descer os lábios até o seio livre, sugando-o exageradamente devagar.

— Draco… Por favor… — gemeu manhosa.

O loiro soltou uma risada nasalada antes de morder o bico rígido, sem força, apenas arranhando os dentes. Ginny gemeu alto e rebolou de forma automática, sentindo o membro duro do homem abaixo de si.

Continuando as carícias nos seios, o homem desceu uma das mãos até a intimidade da garota, adentrando o short verde e sentindo a umidade em sua mão. A ruiva se esfregou mais em suas mãos, gemendo seu nome.

— Sem calcinha, ruiva? Você é tão atrevida… — perguntou, levantando o rosto e encarando-a enquanto a penetrava com dois dedos.

— Você… ia tira-lá… de qualquer jeito… — falou ofegante, sentindo os dedos do homem entrando e saindo de si com velocidade.

— Tem razão… Vamos tirar esse shortinho também? Quero te fuder.

Tirando os dedos de dentro dela, ele a ajudou a se levantar e observou com entusiasmo ela se virar de costas e desceu o short sensualmente, lhe dando uma visão perfeita de sua bunda e de sua intimidade rosada.

— Puta merda, Ginevra… — sussurrou se levantando e tirando o suéter verde de torcedor que usava.

Antes que tivesse tempo de desabotoar as calças, Ginny se aproximou e o puxou para mais um beijo enquanto arranhava de leve o tórax definido do loiro. Draco sentiu quando ela desceu as mãos até seu zíper e terminou o trabalho de se livrar da calça e cueca dele, passando a estimular seu membro com as mãos.

— Cacete, gostosa… Você é tão boa…

— Ainda nem comecei, amor — falou de maneira safada.

Ginny o empurrou até o sofá e o deixou sentado antes de se abaixar com um sorriso sapeca e distribuir uma lambida por toda a extensão ereta do homem. Draco gemeu e segurou os cabelos ruivos com as duas mãos, adquirindo maior visibilidade da mulher o chupando lascivamente.

O membro rosado entrava e saia da boca da mulher, fazendo o Malfoy gemer e rosnar a cada instante, sem se aguentar mais, ele puxou Ginny mais uma vez e a colocou sentada sobre si enquanto a beijava.

A ruiva se posicionou melhor e encaixou o penis em sua entrada, sentando em seguida e gritando de prazer. Draco levou as duas mãos a sua cintura e apertou ali enquanto mexia o quadril e intensificava a fricção dos órgãos.

Ginevra cavalgava no loiro e gemia descontroladamente enquanto ele a pressionava cada vez mais forte. Ela jogou a cabeça para trás e continuou sentindo as estocadas fortes e rápidas, atingindo-a perfeitamente.

Draco usou o dedo indicador e estimulou o clítoris da mulher, que gritou e voltou a quicar freneticamente em cima dele, o fazendo rosnar de prazer. Sem aguentar mais, o loiro inverteu as posições e deitou Ginny no sofá, colocando-se por cima dela e se apoiando no encosto do objeto para penetrá-la mais forte e rápido.

— Draco… É tão bom…

— Eu amo te fuder, Ginny. Eu amo você todinha…

A ruiva sorriu ao ouvir aquilo e apertou o membro do homem dentro de si, vendo-o revirar os olhos de prazer, ela também tinha suas técnicas. Ela também amava ele.

— Gostosa do caralho! — Ele exclamou bombeando mais forte. — Goza 'pra mim, Gin. Gritando meu nome…

A mulher gemeu e fechou os olhos quando sentiu as ondas de prazer subirem e se formarem em seu baixo ventre, ela sentiu ainda uma última estocada forte e gritou o nome de Draco enquanto se permitia escorrer.

O loiro chegou ao ápice junto à ela, derramando-se por completo e sussurrando o nome da ruiva repetidas vezes. Ele se jogou no sofá ao lado dela e a puxou para um abraço apertado, enquanto esperavam as respirações normalizarem.

— Uma dúvida, amor… Essa sala tem o feitiço Abaffiato, não tem? — Draco perguntou depois de alguns minutos.

— Eu não transaria com você no trabalho se todos fossem ouvir meus gritos, Draco — respondeu rindo e lhe roubando um selinho em seguida. — Eu também te amo muito.

— Eu também. Muito, muito mesmo.

Se abraçaram forte, sentindo os corações compassados e sorriram um para o outro antes de se levantarem e se arrumarem para irem embora.

— Preparado para falar com minha família? — perguntou já na porta.

— Preparado eu nunca estou, Ginevra, mas disposto, sim.

— Vai ser um jogo engraçado e interessante — falou entrelaçando suas mãos com as dele.

— Vai ser um jogo arriscado, isso sim! — proferiu rindo. — Mas vamos conseguir.

— Vamos sim. Juntos.

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