Nami tinha garantido a ele: a melhor maneira de foder um ex era tendo o mínimo de contato possível.

Trate-o basicamente como uma prostituta, não o beije, passe o menor tempo possível com ele.

Sanji tem estado insatisfeito com sua vida sexual ultimamente. Ele estava transando muito, com certeza. Mas o problema era que isso estava acontecendo exclusivamente com mulheres e homens que apenas eram passivos.

E, claro, comer alguém era incrível. Mas seus brinquedos não o satisfariam por muito mais tempo. Ele tinha necessidades que precisavam ser atendidas.

Mas ele não conseguiria encontrar um ativo decente nem que sua vida dependesse disso. Estava começando a ficar irritante e ele não conseguia entender por que as pessoas não eram versáteis como ele.

Ele quase desistiu, depois de tentar todos os aplicativos de pegação possíveis, boates, encontros às cegas, tudo.

Até que Zoro começou a surgir em sua mente. Seu ex-namorado que sabia exatamente como fodê-lo.

Era uma ideia muito ruim. Não é como se ele ainda estivesse caído pelo homem ou algo assim. É só que... Fazia dois anos que ele não via Zoro e, para falar a verdade, ele passou muito tempo que estava meio com medo de vê-lo.

Mas Nami o convenceu de que não havia mal, contanto que ele fizesse o que ela lhe dissera.

Então ele manda uma mensagem para Zoro.

Sanji sabe que seu ex não se dá ao trabalho de transar casualmente por aí, Zoro tinha pouco ou nenhum interesse nisso, sendo o marimo preguiçoso que é. Então ele provavelmente nem vai concordar de qualquer maneira.

Mas ainda assim vale a pena tentar.

E falar com ele não é tão difícil quanto ele pensava que seria. A dinâmica deles sempre flui sem esforço, começa com insultos, provocações e, eventualmente, eles conseguem trocar algumas palavras sérias.

"Você quer dormir comigo então?" Zoro pergunta.

"Sim. Mas apenas foder. Nada mais."

Sanji espera a chegada da mensagem. Espera Zoro rejeitar sua oferta de maneira grossa ou talvez até zombar dele.

"OK."

É uma resposta simples, mas pesa nos pensamentos de Sanji. Há um fardo nisso que ele não quer reconhecer. O pensamento de que Zoro só está concordando com isso porque é a única coisa que Sanji está oferecendo a ele.

"Então, você quer comer ou?..." Zoro interrompe a frase no meio, como se não tivesse certeza de como abordar a questão.

O quarto do motel parece desconfortável quando Sanji se lembra de que uma de suas últimas brigas foi sobre isso.

Porque Sanji se queixava de que ele dava muito mais frequentemente do que Zoro. Embora, é claro, isso só acontecesse porque ele mesmo não resistia a levar na bunda quase todas as vezes. Mesmo assim, ele ainda reclamava infantilmente depois porque o número deles era desigual e ele estava 'perdendo' para Zoro.

Que perda de tempo ridícula, ele pensa amargamente.

Ele não pode acreditar que já foi tão infantil algum dia. Talvez seja esse o efeito que Zoro tivesse sobre ele, ele o fazia agir como um pirralho de cinco anos...

"Não, marimo. Eu só quero uma coisa de voc seu pau na minha bunda."

Sanjj imagina que deve ser um choque ouvi-lo dizer coisas assim com tanta indiferença, afinal ele mal tinha saído do armário quando namoravam. Mas Zoro apenas arqueia as sobrancelhas e não faz perguntas.

"Mas sem beijos." Sanji avisa quando Zoro está prestes a puxá-lo para perto de seus próprios lábios.

"Tudo bem. Eu só pensei que você gostava muito."

Eu realmente gosto, Sanji pensa, tentando lembrar de como era beijar o homem.

Mas Zoro não o deixa sentir muita falta disso enquanto ele o fode contra o colchão como Sanji estava desejando há séculos.

Sanji logo se cansa de quartos de motel. Sim, Nami disse que era a melhor opção para evitar intimidade desnecessária, mas ele não queria gastar tanto dinheiro e sabia que Zoro estava sem grana como sempre.

Além disso, sua casa era muito mais confortável, sua cama ótima e macia ... não que isso realmente importe quando eles nem mesmo a alcançaram agora.

Assim que fecha a porta, as mãos famintas de Zoro estão sobre ele, tateando por toda parte, provocando cada canto de seu corpo sensível.

"Já que não posso te beijar, vou te dar algo para fazer com essa boca."

Zoro coloca dois dedos grossos em sua boca e Sanji pode apenas gemer e ansiosamente lamber e chupar os dois.

Ele não tem certeza de como isso é realmente diferente de beijar, já que consegue sentir o gosto de Zoro em sua boca de qualquer maneira, e sua cabeça já está tonta com a sensação das pontas dos dedos contra sua língua. Mas ele ignora detalhes técnicos e finge que ainda está seguindo suas próprias regras.

Então Zoro continua a segurá-lo e tocá-lo em todos os lugares enquanto o fode contra a porta. Deveria parecer casual e distante. Mas Zoro não é um estranho, não importa o quanto ele tente fingir que é, não importa quanto tempo se passou desde que eles estiveram juntos, ou o quão bravo eles estavam um com o outro alguns anos atrás.

Suas mãos calejadas sobre ele não parecem estranhas. Eles parecem familiares como se nunca tivessem partido, e a pele de Sanji adora o toque, anseia por isso.

E Sanji se permite achar que talvez eles se lembrem de seu corpo também, porque Zoro certamente o toca como se ele se importasse.

Já se passaram tantas vezes que ele nem consegue contar. Ele não tem certeza do que exatamente Nami quis dizer com passar pouco tempo com seu ex, mas se for sobre frequência, ele certamente está ferrado. Bem, se é sobre a quantidade de horas fodendo, ele está igualmente ferrado.

Claro que eles não se limitam a encontros rápidos e sexo apressado por muito tempo. Esta é uma daquelas tardes preguiçosas, e eles estendem seus toques por horas sem pressa.

Sanji já está escorrendo, fruto de toas as vezes em que foi preenchido, a sensação é incrível contra sua coxa, fazendo-o se sentir sujo e seu pau meio duro pulsar com interesse.

Zoro está metendo nele devagar, enchendo-o completamente e tirando quase completamente para fora, apenas para meter de volta preguiçosamente e sem pressa.

É maravilhoso e ele mantém esse ritmo até que Sanji se satisfaça mais uma vez, caindo exausto na cama. A cama de Zoro.

"Estou muito cansado pra levantar" É redundante e ele poderia não dizer, mas ele ainda precisa expressar em palavras de qualquer maneira. Para fazer com que pareça natural e não carente e pegajoso.

Zoro não parece se importar. Que Sanji fica, que ele continua abraçando suas costas musculosas, respirando seu cheiro até que adormecer.

Sanji está olhando para um bolo na mesa. Zoro deve chegar daqui a pouco e ainda não tem certeza se isso é certo. Certamente parece certo. Comemorar seu aniversário novamente, cozinhar para ele.

É apenas um bolo de aniversário, mas Sanji colocou tanto cuidado e esforço nele que parece pessoal. Mais íntimo do que as noites passadas nos braços um do outro, do que Zoro deixando suas coisas aqui, do que querer vê-lo sem a desculpa de foder.

Este bolo é estúpido e ele não sabe por que o fez. Ele só sabe que adora o pequeno sorriso no rosto de Zoro ao ver o bolo verde e a indecisão entre ficar feliz ou irritado com Sanji.

Infelizmente, de repente, o sorriso para. Zoro congela como se tivesse acabado de se lembrar de algo, sua postura relaxada ficando rígida.

"Você não pode fazer isso." Ele diz com firmeza, mas ainda como se estivesse se forçando a dizer.

"Fazer o quê, comprar bolo pra você?" O olhar que Zoro lhe dá diz que o homem sabe muito bem que Sanji quem o assou sozinho.

"Não. Isso. Você disse que não queria." Ele tem razão. Sanji é um hipócrita maldito e está fazendo tudo o que proibiu quando eles começaram isso.

"Eu não mudei, você sabe." Zoro continua. "Eu ainda não transo com qualquer um."

Sanji sabe. Desde o início. Ele simplesmente não queria pensar sobre isso. Não queria admitir que sabia exatamente por que Zoro concordou com isso. Ou exatamente por que ele mesmo queria isso em primeiro lugar.

"Eu sei. Apenas cozinheiros loiros, lindos, teimosos e difíceis, certo?"

"Precisamente."

"Me beija então." Sanji pede em voz baixa. "E fique. A gente resolve o resto depois."

Sanji admite o que quer em voz alta, como nunca teria admitido há dois anos. E Zoro faz o que ele quer obedientemente, como talvez também não tivesse feito quando era mais novo.