N/E: Boa noite, meus amores! Tudo bem com vocês? Espero que sim.
Bem, esse capítulo está escrito já tem um tempinho, mas não postei por estar pequeno. Porém, entretanto, todavia, como faz muitooooo tempo que não atualizo essa fic - porque a D. Luisa aqui, resolveu fazer vários cursos mais faculdade ao mesmo tempo, daí fiquei sem tempo - decidi postar assim mesmo. Então, desde já, peço desculpa pela demora e pelo capítulo curto. Também aproveito para dizer que agora as atualizações serão mais seguida.
Então, sem mais delongas...
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Atônita com o que ouviu, Shina acompanhou o pisciano ir embora com o olhar crispando de raiva. Sua vontade era ir atrás dele e falar mais algumas coisas que achava que ele merecia ouvir, porém recuou, quando as últimas palavras do sueco preencheram novamente sua mente enchendo seu coração de tristeza e mágoa.
Afrodite havia mexido numa ferida que julgou já estar cicatrizada, mas que agora, percebia que ainda lhe machucava, então, temendo fraquejar, preferiu encerrar o treinamento dos soldados rasos. Não permitiria em hipótese alguma que eles a vissem triste. Saiu do local onde estava treinando, rumando a passos largos em direção a Vila das Amazonas, quando avistou sua casa, apressou o passo para chegar mais rápido. Quando passou pela porta, a fechou com brusquidão, encostou suas costas na parede e deslizou seu corpo até o chão, onde, enfim, permitiu-se chorar.
"Mal-amada", a forma tão displicente que Afrodite dissera aquilo fez com que um gosto amargo e uma bola surgisse em sua garganta, quase a impossibilitando de respirar e a maldita frase ficou repetindo-se em sua mente trazendo à tona toda a dor causada pela rejeição de Seiya que sofreu anos atrás. Durante todo esse tempo que havia passado, achou que havia superado esse momento, mas agora percebia que não; ela sempre esteve ali guardada, só esperando o momento certo para reaparecer e tudo o que almejava era superá-la de uma vez por todas.
A Amazona não sofria pela rejeição em si, pois agora percebia que o amor, que um dia julgou sentir pelo Cavaleiro de Pégaso, não tinha passado de um erro causado pela Lei das Máscaras, mas sim porque era difícil aceitar que talvez Afrodite estivesse certo. Ela, Shina de Ofiúco, a Amazona que era temida por muitos não passava de uma mal-amada e uma mulher que não era capaz de ser amada, afinal, que homem iria se interessar por alguém como ela? E para piorar seu martírio, seu coração amava intensamente uma pessoa; justamente aquele que havia proferido as duras palavras que agora lhe fazia sangrar.
— Droga! — murmurou enquanto secava inutilmente as lágrimas que saíam em abundância de seus olhos — eu sou mesmo uma estúpida. Mas também, fui me apaixonar logo por quem!? — soltou um riso anasalado, em frustração. — De novo meu coração escolheu o homem errado. Será que meu destino é ser infeliz no amor? — as últimas palavras saíram num murmúrio dolorido.
A Amazona não sabe quanto tempo ficou ali permitindo que sua mente lhe martirizasse por algo que só acontecia em sua mente, mas quando enfim se acalmou um pouco, foi até seu quarto onde ficou até o restante do dia. Ela não tinha disposição e nem queria sair de casa; preferia ficar ali, sentindo pena de si mesmo.
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Assim que deixou Shina para trás, Afrodite rumou imediatamente em direção aos Templos Zodiacais. A Amazona havia realmente o tirado do sério e isso era algo que poucos conseguiam. Durante o caminho, Máscara da Morte até tentou soltar uma piadinha aqui e acolá para tentar quebrar o clima tenso, porém como o amigo permaneceu sério resolveu parar, afinal ele melhor que ninguém sabia que quando o pisciano se irritava, ficava igual a um vulcão prestes a entrar em erupção.
Subiram as escadarias em silêncio e quando chegaram no Templo de Câncer, o guardião se despediu do amigo, entretanto este sequer ouviu. "Só espero que depois de hoje esse molenga fale o que sente pela Amazona", pensou o canceriano enquanto observava o sueco sumir de suas vistas.
Quando enfim chegou em seu Templo, Afrodite foi direto para o seu jardim. Aquele era o lugar que ele sempre procurava para relaxar. Quando lá chegou, sentou-se no banco de mármore que havia no local, fechou os olhos e tentou se acalmar, todavia, sua mente foi preenchida pelo rosto com feições delicadas de Shina, fazendo-o bufar.
— Mulher, você vai fazer com que eu perca o juízo, completamente. — murmurou enquanto pegava uma rosa vermelha em sua mão e inconscientemente comparou-a com a italiana; bela, delicada e venenosa. Quando se deu conta do que havia pensando, acabou rindo e levou a flor até o rosto para aspirar o seu perfume — Será que o perfume de vocês é igual? — Todavia, logo o sorriso se desfez de seus lábios bem desenhados ao lembrar-se da última coisa que havia dito para Shina — Eu não deveria tê-la chamado de mal-amada — soltou um longo suspiro de insatisfação. — Mas também, ela queria o quê? — murmurou depois de alguns segundos — ela me provocou até que eu perdesse a paciência. Falou o que queria, ouviu o que não queria — sua razão parecia querer trazê-lo para a realidade — Mesmo assim, eu não deveria tê-la chamado assim. Com certeza ela me odiará com todas as forças agora.
