Parte 2: Buscando a Felicidade
"Senhorita. Está passando bem? Isso...só pode ser piada. Diga que é piada."
"Lamento, Tatsume, mas não é. Falo absolutamente sério e com todas as letras." Respondeu Saori de olhos fechados, como fazia ao tratar de um assunto com convicção.
"Mas pense no que acontecerá se, bem...as pessoas souberem deste acontecimento."
"E o que tem de mais? Devia saber como eu fui a minha vida toda e da minha escolha sexual. Não ligo nem um pouco pro que dirão ou pensem. Minha vida é minha e uma vez que não sou mais Atena, minhas responsabilidades agora se resumem à Fundação do vovô...e o que minha consciência e coração decidirem."
"Já considerou como se dará caso descubram? Isso poderá manchar profundamente a reputação da Fundação."
"Não vejo como pode ser um transtorno. Com o trabalho que a Fundação realiza no mundo todo e tantos que ela ajuda a cada dia, não será uma razão ou desculpa pra nos virarem as costas."
"E quanto ao mestre, o seu avô? O que acha que ele pensaria?"
"O Vovô? Ele concordaria com minha decisão. Toda a vida ele me apoiou e respeitou minhas escolhas. Antes de morrer, ele me contou estar ciente do meu seguimento e falou para ser feliz como eu era."
Era bem clara a expressão de indignação impressa na face de Tatsume. Por toda a vida, ele criou aquela jovem como se fosse sua filha, ensinando-lhe tudo que precisava saber sobre a vida da alta sociedade e como ela deveria agir perante os outros. Entretanto, neste ponto talvez tenha focado na direção oposta, pois se recordava da maneira como Saori tratava Seiya, Shiryu e os demais, agindo como que tivesse sua vontade satisfeita quando desejasse, sem respeito à eles, o que algumas vezes levou a ser repreendido por seu mestre, Mistsumasa, que preferia ver sua neta respeitando os garotos e todos ao redor.
Agora, sua atual patroa manifestava algo que nunca pensou em ouvir e da qual seria a última coisa que escutaria dela. Sem deixar sua frustração, logo desviou à atenção para Shina, a qual ficou só observando e ouvindo a discussão. "VOCÊ."
"Eu o quê?"
"'Eu o quê', você pergunta. Está claro que foi a culpada por virar a cabeça da senhorita Kido pra essas bobagens. Já não bastasse ter me nocauteado e me amarrado como carne no açougue, conseguiu botar um monte de asneiras na mente dela e torná-la uma pervertida. Eu devia..."
"Tatsume, já basta." Saori falou bem irritada.
"M-mas, senhorita. Não compreende que..."
"Não vou ficar quieta enquanto você ofende minha noiva. Eu abri meu coração à ela porque eu a amo. Não há nada demais nisso."
"Nada demais? Acha que ficarei parado, aceitando tamanha indecência? Eu me nego a ficar debaixo do mesmo teto com uma...lésbica." Shina ia avançar, mas Saori pediu para ela esperar.
"Então, como quer resolver isso, Tatsume?"
"De uma decisão sua...Saori: ou ela vai embora, ou eu me vou. Não tem lugar pra nós dois nesta mansão."
Ouvindo os duros argumentos de seu mordomo, Saori ponderou por algum tempo e finalmente, foi até sua mesa, escrevendo algo. Tatsume e Shina só olhavam a jovem escrever em silêncio, sem emitir um pio. Logo depois, se levantou e foi até os dois.
"Bem, Tatsume. Concordo quanto à questão de não haver espaço pra você e Shina aqui, e que um dos dois precisa de fato ir."
"Ha, ha. Eu tinha razão de que tomaria a decisão correta." Tatsume riu em triunfo, ao passo que Shina sentiu-se derrotada, contudo, decidiu aguardar.
"Claro que decidi corretamente, Tatsume, e com base no seu pedido..." Saori lhe entregou os papéis que tinha escrito, sorrindo com malícia, fingindo inocência. "...seu último contracheque com um extra e aqui, uma carta de recomendação. Boa sorte no próximo emprego."
"COMO É QUE É? O QUE SIGNIFICA...ISSO?"
"Significa simplesmente...que não vou abandonar o meu verdadeiro amor pelo capricho de um reles empregado." Saori veio pra perto de Shina, acariciando carinhosamente seu rosto com o dela. "E devo dizer: não me receio de te mandar embora, pois pensando bem, só me ensinou coisas erradas na infância, como destratar as pessoas e afins. Vovô tinha razão ao me dizer que eu devia ter sido mais gentil com os meninos, uma vez que no futuro seríamos companheiros em prol da paz e segurança do mundo. Mas não mais terei de aguentar sua má influência perto de mim. Então, trate de fazer as malas em 15 minutos ou será escoltado à força para fora da minha casa. Agora, se nos der licença, Shina e eu estamos ocupadas com nosso casamento."
O homem calvo mal continha sua raiva e desgosto pelo que sua ex-patroa lhe tinha feito, mas não ia arriscar protestar, especialmente por haver uma amazona presente no recinto. Dessa forma, simplesmente ajeitou a gravata e saiu, deixando a residência pouco depois. Após sua saída, Shina e Saori se olharam e riram animadas.
"Puxa vida. Não pensei que...pois achei que...bem, quer dizer...você não..."
"Fica calma, minha confusa namorada. Nem de brincadeira ia me desfazer da mulher mais bonita, charmosa e mais sujeita à cocegas que conheci." Saori foi tocando a companheira com as pontas dos dedos, fazendo-a rir.
"Ei, ei, pare. Ha, ha, ha, ha, ha. Isso é covardia. Para, eu não aguento." "Só se falar que me ama e casará comigo." "Ha, ha, ha, ha. Está bem, eu digo. Eu te amo e vamos nos casar, eu prometo, mas para."
Saori a soltou, mas logo veio pra perto dela, beijando-a profundamente. Shina podia sentir o quão amoroso era o contato de seus lábios com os dela. Pra ela, estar com aquela mulher se comparava com a estar no paraíso.
"E aí, minha linda? Quando casaremos?" Indagou a moça de cabelo roxo.
"Pensei o bastante e quero o mais cedo possível. Talvez esta semana e nem precisamos de uma festança ou cerimônia majestosa. Pensei em algo simples, só com nossos amigos e no seu quintal. Tudo que importa...é estar com quem amo." O feliz casal tomou as mãos e abraçaram-se com muito carinho.
"Acho uma boa ideia. Quanto as roupas de casamento, prefere vestido ou fraque?"
"Por mim, vestido, mas como você ficaria de fraque?" Saori ficou muda pela resposta da noiva, vendo como ela era brincalhona.
"Engraçadinha, hein? Pois agora, seu castigo." Saori fez cócegas em Shina novamente, determinada a não largá-la desta vez.
"Ha, ha, ha, ha, ha, ha. Não aguento isso. Para. Sabe que é minha maior fraqueza, sua malvada. Ha, ha, ha, ha." "Pois se acostume. Minha noiva deve ser uma moça bem forte...e bem fofa."
Dias depois, os preparativos pro casamento estavam sendo feitos. Como Shina sugeriu, Saori manteve tudo bem simples e moderado, apesar de ter feito umas extravagâncias como alugar brinquedos de playground para as crianças do orfanato Filhos das Estrelas, convidadas juntamente com Seiya e Miho que agora cuidavam juntos das crianças. Shiryu e os demais cavaleiros vieram não só como convidados, mas para darem um apoio na preparação. Foi inacreditável para eles saberem que Saori e Shina se casariam.
"Devo dizer, Saori, que essa foi de cair de costas." Comentou Hiyoga.
"E eu tinha o palpite de que você ia ficar com Seiya." Disse Shun.
"Pois é. De todos que conhecemos, não achei que seria com Shina que iria ao altar."
"É sim, Shiryu, mas não é novidade. Desde que nos conhecemos, Saori nunca mostrou muito interesse em garotos, exceto para suas brincadeiras de se achar a maioral."
"Nisso você adivinhou, Ikki. Minha atenção sempre foi focada em garotas e falando no passado, espero que me perdoem por minhas atitudes tão egoístas. Vovô tinha razão em dizer-me para ser mais gentil e buscar ser mais amiga de todos em lugar de patroa."
"Deixa pra lá. Ficou no passado. O que conta é o agora e digo que agora, é ocasião de festa."
Saori se emocionou pela declaração de Ikki, do qual tinha de tudo para ser o menos pretenso a perdoar e esquecer os erros, que deu-lhe um abraço aconchegante. O cavaleiro de Fênix ficou contente por aquele gesto.
"Obrigada, Ikki, amigos. Ficou feliz de todos sermos amigos, ou melhor dizendo, uma família, algo de quem poderemos desfrutar com a Terra em segurança."
"E por falar em família," Marin veio por meio do grupo. "é hora de arrumarmos a noiva. Rapazes, por favor, nos deixem a sós. June, vem comigo. Saori, nos acompanhe, sim?"
Acatando o pedido da amazona de Águia, os rapazes saíram do quarto, deixando a noiva com suas amigas prontas à ajeitá-la para a cerimônia.
Em outro aposento da mansão, Shunrei, Miho e Eiri davam os toques finais no vestido de Shina. O coração da moça de cabelo verde batia tanto que era como se fosse pular pra fora. Por fim, o trabalho foi concluído. Shina mal conseguia acreditar em como se via no espelho.
"Uau. Que lindo, que fantástico. Obrigada, meninas. Vocês são uns amores."
"De nada, Shina." Respondeu Shunrei. "Tudo por uma amiga."
"Espero ficar deslumbrante assim quando Hiyoga e eu nos casarmos."
"Estou certa que sim, Eiri. Vai derreter o gelo dele no primeiro beijo." Brincou Miho.
"Caramba. Que visão. Com certeza as amazonas não se parecem em nada com homens." Seiya comentou da porta do quarto. As moças o viram surpresas.
"Seiya. Deu pra xeretar agora, é?"
"O-o que? Não, não, Miho, garanto que não. Eu só quis vir aqui ver como ficou nossa adorável noiva e pelo jeito...nada de que se possa queixar." Veio um silêncio geral no quarto como que disfarçassem a insinuação do cavaleiro, mas não durou muito. "Mas falando seriamente, Shina. Eu juro, está deslumbrante. Você parece até uma princesa de contos de fada."
"O que é isso, Seiya? Está falando por falar." Shina ficou meio vermelho pelo que ouviu.
"Não, estou falando com franqueza. Shina, está muito bonita. Nunca consegui entender por quê pensava não ser digna do amor de ninguém, ainda mais do meu e por isso querer me matar. Devia deixar de lado essa insegurança e abrir espaço pro amor. Não foi o que fez por você e Saori?"
"Honestamente, sim. Tem razão, Seiya. Devia ter tido mais coragem em ser sincera comigo mesma e ter te falado antes. Quem sabe, não fosse nós a nos casarmos."
"E por acaso, ainda deseja isso?"
"Não, Seiya. Agora sou uma nova mulher e prestes a me casar com a pessoa mais gentil e amável que conheci, mas de todo modo, Seiya, lhe sou eternamente grata...por ter sido o primeiro a me mostrar o que era ternura e carinho e não fosse por tal, talvez minha vida acabasse com um completo vazio." Shina beijou o cavaleiro de Pégaso no rosto. "Mas te aviso: perdeu duas boas mulheres em prol da Miho. Se a fizer chorar ou algo do tipo, não terá onde se esconder de mim."
"C-certo, certo, eu p-prometo. Miho terá todo meu amor e proteção, embora com ela por perto, tem vezes que sou eu que necessito de defesa."
"Aham. Disse algo, Seiya?" Miho se aproximou com um punho fechado.
"Eu? Nada, nadinha. Bem, se está tudo em ordem, creio ser a hora de nos juntarmos aos outros. Shina, como seu acompanhante, posso fazer as honras?" Seiya estendeu o braço para a bela noiva, recebendo sua companhia. Os dois saíram do quarto, juntamente, com três das damas de honra.
Era a hora do casamento. Sentia-se um clima de amor em pleno ar, unindo nessa ocasião festiva tantos que lutaram lado-a-lado e às vezes em raras ocasiões uns contra os outros e em geral, arriscando-se até além do limite por um objetivo: a segurança da humanidade e do mundo todo. Foram muitos também que acabaram perdendo suas vidas por essas motivações e ainda que tenham se ido desta vida, em espírito se encontravam presentes e atentos aos amigos que reunidos, celebravam o casamento de duas pessoas tão importantes que como todos ajuntados, eram parte de uma só família.
Shina foi a primeira a vir, escoltada com segurança por Seiya. Era uma imagem de intenso amor e beleza que retratava a amazona, completamente segura de seu amor e não ter que ocultar sua face, tudo graças à sua amada depois que revogou a lei da máscara.
Chegando ao altar, sua ansiedade aumentava pela espera, que não foi demorada ao ver sua companheira indo entre os convidados. Qual não foi a mente sacudida de ver a ex-deusa da sabedoria trajando um smoking de noivo? Mesmo tomados por tal cena, ninguém fez comentário algum, só observando-a indo ao altar pra sua união. Shina mal conseguia se conter.
"S-Saori..."
"E então, você gostou? Quando sugeriu que eu usasse fraque, pensei no assunto e resolvi usar. O que achou?"
"Francamente, eu estava brincando quanto a isso, mas jurando de coração...está admirável. Nunca te vi mais bonita em minha vida. Lhe caiu muito bem."
"Da fato foi um desafio ao alfaiate, mas valeu a pena só pra te fazer sorrir. E aí? Pronta?" "Como nunca." "E pra não dizer que não sou atenta, Shina...está uma verdadeira dama." "Obrigada."
Shina e Saori ficaram perante o sacerdote e foram ouvindo cada pronunciação dele. Ainda que tentassem prestar atenção, mal conseguiam tirar os olhos mutuamente. Os convidados assistiam atentos e animados pela cerimônia que corria.
Por fim, os votos de casamento foram feitos, as alianças, trocadas e as esperadas palavras finais do sacerdote. "Eu as declaro, pelos poderes a mim investidos, casadas. Beijem-se e meus cumprimentos."
"Eu te amo, Saori." "E eu amo você mais ainda, Shina." Foi um beijo repleto de calor e ternura, segundo as recém-casadas. O soar de palmas dos amigos ecoaram pelo lugar inteiro. Em verdade, vários dos amigos mal aguardavam pelo dia em que se uniriam com suas paixões.
Shina se virou para jogar o buquê com todas as garotas se empurrando pra disputá-lo. Uma vez arremessado, cada uma tentou pular sobre a outra, esforçando-se para pegar as flores e por fim, Marin o pegou sem dificuldades.
Os rapazes se posicionaram pela captura da fita da noiva, exceto Ikki bem quieto num canto, e acabou num Deus-nos-acuda com cada um empurrando o outro, mas buscando conter sua força total. Após uma grande passada de mãos, o acessório, ironicamente, terminou nas mãos do cavaleiro de Fênix.
"Hã? Como é? Não, não, não. Eu não quero. Toma, Shun. De irmão pra irmão, te dou de todo coração."
"Lamento, Ikki. Eu agradeço, mas você pegou e deve seguir a tradição."
"Shun tem razão, Ikki. Deixe de tirar o corpo de campo e trate de fazer." Falou Hiyoga.
Sem poder escapar, o irmão de Shun foi até Marin, que ergueu o vestido e levantou a perna. Embora meio apreensivo, colocou a fita em sua perna e ao vê-la nos olhos, reparou o quanto ela era linda.
"Olhe, sabemos que é só uma tradição, correto, Marin?"
"Claro, Ikki. Só tradição. Ninguém disse que devemos levá-la à sério."
"Sim, eu sei, mas...bem, eu...ah, esquece. Não sei se poderia...?"
"Como dizem, tudo pode se dar no futuro. Talvez não role nada, mas...quem sabe."
"Sim. Quem sabe..."
Não houve um que tivesse incerteza sobre o que rolava entre os dois amigos, mas resolveram que deixariam ambos se acertarem, uma vez que era hora de celebração. Foi uma tarde divertida e de bastante entretenimento, indo de futebol até karaokê, sem contar o buffet que quase foi todo graças as crianças e Ikki.
Já batia a noite quando a festa terminou. Todos se despediram das amigas casadas e as deixaram para se prepararem pra viagem de lua de mel que iriam ter no Brasil, contudo Shina e Saori tinham alguns planos pré-viagem em mãos.
"Já está tudo no jeito?"
"Sim, Shina. Todos se foram e dispensei os empregados até amanhã. Por hoje, temos a mansão inteira pra nós duas. Vem aqui." Saori pegou a mão de sua nova esposa e a trouxe pros seus braços, beijando-a.
Ficaram trocando beijos e carícias por longos minutos, evitando a tudo se separarem, mas logo o fizeram pios tinham outras ideias para executarem.
"Você está pronta, Shina?"
"Sim, estou, mas não sei se está certo. Sabe que te amo e daí..."
"Fique calma, eu confio em você. Agora, se você em ama de coração, trate de fazer que estou ansiosa."
"Bem, se insiste...espero me perdoar por isso." Se posicionando em frente à esposa, Shina pareceu receosa, mas cumpriu o pedido dela...esbofeteando-a com força o bastante para derrubá-la no chão.
"Hã? Saori, você está...?" "Err, sim, estou. Foi tão bom esse tapa. Vai lá e me dê mais, me bate bastante. Quero sofrer mais do que já tenho embaixo me estimulando."
Vendo que o assunto era real, Shina avançou e foi batendo e chutando Saori de início meio travada, porém logo foi tomada pela euforia e seguiu com uma sequência de sovas e humilhações sobre sua amada apaixonada por sadomasoquismo.
"Está gostando, vadia? Sua puta, desgraçada, vagabunda. Acha que está com tudo com sua mansão, seu dinheiro, seus privilégios? Você não presta, não vale nada. É assim que quer se sentir? Gosta da humilhação, das surras? É dessa maneira que deseja que eu demonstre meu amor? Apanhar de mulher que ama...e que te ama?"
Saori bufava e gemia. "Sim, sim, é como eu gosto. Apanhar e sofrer da mulher que amo me excita, me aumenta o tesão. Estou ficando louca de prazer. Quanto maior o castigo, mais gostoso fica. Quero algo mais doloroso. Hora de pegar o 'estalante'."
"'Estalante'? Ah, fala do presente de casamento da June. Vou pegar, e junto com outros brinquedos." Shina saiu do quarto até o aposento onde ficavam os presente ganhos dos convidados. Voltou logo depois com 2 caixas. De uma, tirou um chicote azul com pontas de borracha e da caixa pequena, algemas, mordaça e uma coleira de couro. Saori já aguardava preparada depois de ter tirado o terno de noivo, ficando só de calcinha e se notava algo por baixo dela, tanto pela frente quanto por trás.
"Hmmm. Estou vendo que segurou bem os vibradores durante o casamento. Ainda estou com os meus, e ligados à toda." Shina levantou seu vestido, exibindo sua calcinha e os volumes internos.
"Quando sugeri usarmos o dia todo, jamais pensei ser resistente o bastante pra não gozar e que só você seguraria, mas está aí toda segura."
"Isso é aparência. Não faz ideia de como estou apertada para liberar. Já é hora?"
"Não, esperemos mais um pouco. Vamos soltar no momento certo e enquanto isso, sabe o que fazer com esses trecos." Afirmando com a cabeça, a mulher de cabelo esverdeado tratou de preparar sua esposa pra outra sessão de tortura prazerosa. Ao acabar, Saori tinha a boca amordaçada, a coleira presa no pescoço e sua mãos algemadas no encosto inferior da cama. Era a imagem perfeita de uma escrava sexual. Shina tinha o chicote bem firme nos punhos.
"Se deseja o 'estalante' em sua carne macia e lisa, então...LÁ VAI." Num movimento veloz, Shina estalou o chicote, batendo suas pontas borrachudas nas costas desprotegidas da ex-deusa, levando-a e gemer bem alto pois o mordaça a impedia de gritar.
Sem deixá-la se recuperar, a amazona puxou o chicote novamente, a acertando com mais força, porém sem utilizar demais pra não passar dos limites e feri-la gravemente. A companheira de cabelo roxo chorava baixo, mas não era de tristeza e sim de emoção por tamanho prazer causado pela moça que tinha tomado seu coração. Em vez de mágoa, era gratidão e carinho que sentia ganhar por cada surra e sova tomada no corpo.
"Vamos, gema. Gema mais, vadia. Se você me ama, demonstre acatando o sofrimento que passo e seu corpo frágil e esguio." E Shina continuou com a sessão de chicotadas. Se por um lado parecia estar se divertindo causando dor à mulher presa aos seus pés, por outro algo a fazia chorar pelos maus tratos que infringia nela, pois era o amor de sua vida que estava humilhando e machucando. Logo, não podendo mais seguir com aquilo, deixou o chicote cair e ajoelhou-se perante Saori, arrancando sua mordaça e abraçando-a com lágrimas caindo.
"Saori, Saori. Me perdoe. Não posso mais feri-la. Te machucar é como achar que te odeio e na real, eu te amo. Sei que se agrada com dor, mas...não posso continuar."
"Certo, eu compreendo. Eu não queria te sujeitar à essa coisas. Eu que peço desculpas. Entendo se disser que não me quer mais."
"Nunca direi isso. Saori, eu te amo, minha paixão por você supera as maiores forças da natureza e serei sua pro resto de minha vida. Além disso, se continuasse te batendo, iam estranhar quando fôssemos a praia e quero te ver num biquíni brasileiro, que contam estar entre os menores do mundo."
"Ora, sua danadinha." Saori, depois de solta das algemas, reivindicou a boca de sua amada, provando o sabor doce de seus quentes e agradáveis. De todas as sensações experimentadas, o beijo era a sua favorita. Toda vez que ligavam os lábios, não queriam cessar por nada.
"Saori. Sei que me pediu pra te fazer tudo isso e não te censuro, mas me doí te maltratar assim, mesmo não sendo intencional e por tal, mereço uma punição. Escolha meu castigo e aplique-o." Shina se postou de cabeça baixa diante da esposa.
"Shina, eu..." "Por favor, Saori. Mostre que me ama me punindo como devo ser."
"Está certo, se insiste. Vamos ver...ah, encontrei. Tire a roupa, ficando só com a calcinha e de costas para a cama." Obedecendo sua esposa, Shina despiu-se completamente de seu vestido de noiva e ficou na posição pedida e sem notar, Saori subiu na cama e logo, em sua costas. "Pronto. Você vai ser minha montaria. Minha égua, pra ser mais exato. Acha que pode me carregar?"
"Bem, está um pouquinho mais pesada do que antes da festa, mas creio poder encarar. Para onde?"
"Pela casa toda. Vamos, minha linda eguinha. Quero muito passear, mas primeiro..." Saori agarrou uma vara de bater de dentro da caixa de instrumentos, segurando sua amada com um braço e com o outro, desferindo leves golpes em seu traseiro.
"Ui. Isso machuca, mas admito ser sido bom. Vai me bater toda vez que eu não obedecer?" "Sim, e caso cumpra minhas ordens, também." E outra batida foi novamente no mesmo lugar. Shina gemeou, mas continuou andando.
"Vejamos se éguas descem ou não escadas. Anda, ou vai levar na bunda." Sem discussão, a moça seguiu conforme lhe fora ordenado por sua ex-deusa, mas agora sua mulher. Teve que seguir por cada aposento da enorme mansão, carregando Saori que parecia se divertir com a situação, embora no fundo sentisse certa angústia ao se recordar da maneira como agia com Seiya e os demais quando garotos, obrigando-os a servi-la sem escolha, tipo usá-los pra andar de cavalo. Claro que se arrependia do que tinha feito e se desculpando e agora, repetia a mesma ação, contudo por pedido de Shina que se sentia mal por tê-la surrado, ainda que fosse sua escolha.
"Shina? Tudo bem aí? Quer parar?"
"Não, tudo bem, querida. Sinceramente, até que está divertido te levar desse jeito, mas confesso não estar podendo me conter embaixo. Por favor, Saori, deixa eu...gozar de uma vez."
"Quer saber? Não consigo suportar também por mais tempo. Me leva lá fora, por favor."
Atendendo o pedido, Shina apertou o passo e correu até a cozinha e de lá, pra porta dos fundos, acessando o quintal, perto da piscina. Uma vez fora da casa, Saori desceu de cima de Shina e puxou rapidamente a calcinha. Sua esposa fez igual e logo, as duas se sentaram no gramado, ambas de frente. Sus rostos mostravam-se ofegantes e suados de excitação elevada ao clímax.
"Saori. Está tão perto. Não posso segurar mais." "N-nem eu, então vamos no três. Um..." "D-dois..."
"TRÊS. VAMOS GOZAAAAAAR." No exato instante, uma enxurrada branca disparou de suas vaginas, juntamente com os vibradores disparados de ambos os orifícios inferiores, indo até a alto e caindo como uma chuva de leite, molhando seus corpos nus e entrando por suas bocas.
Tomadas pela exaustão, deitaram na grama, respirando com dificuldade como se saídas de uma maratona de centenas de quilômetros. Até Shina, que já treinara nas mais duras condições, sentiu-se mais cansada do que nunca. Uma vez recuperado seus fôlegos, as duas amantes se aproximaram e abraçaram-se com delicadeza.
"E aí? Como se sentiu?" Saori perguntou sorrindo com leveza.
"Mais realizada do que nunca. Não pensei ser capaz de algo tão ousado, tão pervertido e tão...libertino." Ela encostou a cabeça sobre o peito da esposa, massageando-o. "Hmmm, que peitinho macio. Dá vontade de nunca sair de perto dele."
"Sei como é. Que delícia." Saori lambeu os dedos cobertos pelo gozo espirrado sobre ela. "Nada como uma cobertura natural para hidratar a pele."
"É isso aí. Olha, já que estamos peladas aqui fora e a piscina parecendo bem convidativa, que tal um mergulho?"
"Certo, amor...mas eu vou primeiro." Saori se ergueu com pressa, deixando Shina.
"Ah, é, sua tapeadora? Vem que vai ver só." E correu bem atrás, caindo com ela nas águas cristalinas e frias da piscina, mas sua euforia nem lhes permitiu sentirem a frieza, com uma jogando água em cima da outra em meio à risadas e ficando desse jeito por quase toda a noite.
Continua...
Não lembro se já citei antes, mas sempre me veio à mente de que parte(senão todo) do mau comportamento de Saori em relação aos garotos vinha exatamente de Tatsume, uma vez que o cara não hesitava em dar algum sofrimento ou dor à Seiya e os demais. Lembram do ep. onde Saori foi ferida pela flecha do mal e ela teve aquele devaneio da infância?
A lua de mel delas seria nas Bahamas, mas pensei: o Brasil tem mais pra oferecer e o que elas vão passar no capítulo seguinte, vai ser bem legal.
