Capitulo Um
Honras a um herói
Hoje faz exatos quinze anos que Harry Potter, o menino que sobreviveu ao Lorde das Trevas faleceu em um terrível acidente enquanto na casa de seus únicos parentes (cujo também morreram no acidente) no mundo trouxa.
A dor em nossos corações ao saber da perda de nosso salvado nunca desaparecerá. Aquele que como muitos lutaram em uma guerra, mas o único que conseguiu vencê-la. É demasiado irônico saber que ele viveu para vencer um mago poderoso uma vez, mas não conseguiu vencer o destino, que assegurou que sua hora deveria chegar naquele dia fatídico. (ou simplesmente não conseguir se salvar do erro de seus parentes trouxas que acenderam uma vela no meio da noite no quarto de crianças).
Harry Potter, onde quer que esteja saiba que nossas mentes e corações estão com você, e que seremos gratos pelo que fez há muito tempo atrás nos dando quatorze anos de paz e harmonia. Nesse dia nossas varinhas se erguerão em sua homenagem.
*Bando de besteiras* pensou o jovem ao ler o pequeno jornal que havia encontrado no chão do grande hall de entrada do ministério. Ele jogou o jornal ao chão e continuou a andar até o gabinete do ministro o mais rápido que conseguia. A poção polissuco só duraria mais alguns minutos, o suficiente para que ele entrasse.
A "mulher" passou pela secretaria que não se importou em pará-lo pela sua forma adotada no momento como a subsecretaria sênior.
— Ola Dolores. – cumprimentou o Ministro quando "ela" entrou pela porta a fechando às suas costas e trancando-a com um ferro retorcido passado nas maçanetas impedindo de ser aberta manualmente.
— Durma. – sussurrou ele com uma voz baixa e suave como a brisa da manha tocando a grama molhada com o orvalho, a poção se desgastando e sua forma voltando ao normal. O ministro piscou algumas vezes antes de tombar para o lado e dormir. – fraco. – disse ele colocando uma mecha de seu longo cabelo preto atrás da orelha e dando um sorriso torto. Sua pele branca dava destaque a seus lábios rosados e aos olhos verdes esmeraldas que brilhavam em divertimento. Ele rodeou a mesa do ministro com um frasco em sua mão onde ele jogou os fios de cabelo recém tirado do homem desmaiado e tomou.
Seu corpo começou a borbulhar e a queimar em desconforto por alguns minutos até que se olhou em um reflexo e bufou em sua aparência. *Será que um dia irei me transformar em alguém bonito?* se perguntou divertido enquanto entrava na lareira gritando alto e claro para ser levado ao escritório da chefe de execução das leis mágicas.
A mulher ruiva o olhou com uma sobrancelha levantada e expressão confusa. Amélia Bones era seu nome pelas pesquisas que ele havia feito antes de voltar.
— Amélia, preciso dos registros de qualquer coisa que tenha sobre Remus Lupin, Peter Pettigrew e Sirius Black. – disse ele fazendo sua melhor imitação do ministro.
— posso saber o motivo? – perguntou ela o encarando curiosa e confusa com o pedido.
— não, eu sou o ministro da magia e preciso ver esses documentos agora, o mais rápido possível. – disse ele erguendo a cabeça pomposamente.
Ela suspirou e balançou a cabeça, mas fez o pedido. Abrindo uma porta de um armário ela acenou com a varinha entoando um feitiço convocatório para as três fichas que foram pedidas e entregou-as as mãos do "ministro".
— obrigado. – disse ele secamente voltando à lareira para o escritório do ministro para no mesmo instante pegar o pó de fluo onde foi para um bar chamado caldeirão furado, e de lá para o três vassouras. Ele caminhou até uma mulher loira e de cabelos cacheados que atendia o bar. – tenho uma encomenda aqui. – disse ele fazendo com que ela o olhasse. – pois no profundo olhar é onde a morte irá reinar. – ela sorriu para ele o entregando um lembrol.
— para encontrar basta perguntar. – sussurrou ela de volta a ele antes de voltar a atender seus clientes.
Ele apertou a bolinha com força. – Reaper. – sussurrou ele ligando a chave de portal, Minutos depois ele estava no centro de uma sala ampla e iluminada com uma decoração rústica nas cores prata, branco e dourado. Uma mulher morena olhava para ele divertidamente sentada em uma poltrona, ao seu lado havia duas outras pessoas, um homem alto e magro com feições inexpressivas, cabelos negros na altura dos ombros e olhos acinzentados, e o outro era da mesma altura só que com um porte maior e mais largo, com a cabeça raspada olhos duros e uma cicatriz ameaçadora na nuca que descia até seu ombro. Eles eram sua família, Marlene, Regulus e Marcel.
— conseguiu? – perguntou Marlene sorrindo suavemente olhando para o homem a sua frente.
— sim mãe. – respondeu ele balançando as copias das fichas e as jogando na mesinha de centro da casa.
Eles sorriram radiantes traçando olhares um com os outros ate que Marlene se levantou e beijou sua têmpora. – muito bem Harrison. – murmurou ela.
Sentados nas poltronas em frente à lareira eles pegaram as fichas e começaram a lê-las, e colocar as peças nos lugares que faltavam. Escusado seria dizer que ficaram irritados e confusos com tudo que leram.
Regulus franziu o cenho quando leu a ficha de Peter e colocou-a aberta na mesa junto com a de Sirius. – eles não sabem que eles são animagus. – disse ele.
— isso é importante? – perguntou Marcel levantando os olhos da ficha de Remus.
— não, o problema é que antes de eu supostamente ser morto, Peter estava do lado do Lorde. – disse ele apontando a foto do homem gordo e baixo com dentes da frente maiores e os olhos assustados. – ele era o nosso espião, e aqui Sirius é acusado de matá-lo junto com treze trouxas horas depois do incidente na casa dos Potter.
— o que você esta pensando? – perguntou Harrison.
— Sirius não mataria os trouxas. – assegurou Regulus. – e se Peter estava próximo a casa, sendo perseguido por Sirius, um animagus ilegal e trabalhava para o Lorde...
— ele pode ter sido o traidor dos Potter. – cortou Marlene terminando o raciocínio.
Regulus assentiu. – Sirius nunca foi julgado e tudo que encontraram foi um dedo que dizem ser de Peter. Algo está muito errado nessa história, não há julgamento, não há sobreviventes ao ataque, e não há testemunhas.
— então precisamos perguntar a ele. – disse Marcel dando de ombros. – esse tal de Remus desapareceu uma semana antes do incidente dos Potter, apareceu quase dois anos depois quando soube da "morte" do Harry e sumiu novamente para voltar a um ano com o ressurgimento do Lorde das Trevas.
— então temos que ir atrás de Sirius. – suspirou pesadamente Harrison. – se Remus realmente sumiu antes do incidente ele não vai ser de grande ajuda, não agora, e não temos tempo de sair à procura de Peter, só resta Sirius.
— então vamos invadir Azkaban? – perguntou Regulus.
Harry deu um sorriso divertido. – vamos mostrar a eles que trouxas podem ser mais superiores quando querem, e que os bruxos podem ser mais lesados do que pensam. – disse ele se levantando. – vou arrumar minha mochila com todo armamento pesado que possa precisar, Mamãe vai comigo, ela é boa com feitiços de proteção indetectável para que ninguém consiga seguir o rastro da magia.
Eles assentiram e voltaram a conversar sobre as fichas enquanto o rapaz se dirigia ao seu quarto. *Ia ser uma longa noite, mas o dia amanha ia de longe ser pior, para eles* pensou Harrison divertido, amanhã Azkaban seria invadida do modo trouxa.
|| Ele estava machucado, sangrando, e com dor, mas ele estava proibido de parar e por isso ele se levantou novamente. Ele cambaleou novamente até se firmar em pé ao longe ele via sua mãe olhando para ele com um sorriso triste.
— continue. – rugiu Marcel.
— eu estou cansado. – resmungou ele colocando a sua adaga novamente na posição certa.
— se um inimigo aparecer ele não vai parar por que você esta cansado e sim porque ele esta cansado. – disse Marcel avançando para o lado do garoto de doze anos para um soco que ele quase custou a desviar e depois um chute no alto que o fez se abaixar e se jogar para a direita subindo a adaga que acertou o calcanhar do homem que se abaixou rápido puxando uma rasteira forçando o garoto a se levanta e se jogar para trás em um mortal com as mãos. Antes que se firmassem o homem surgiu em sua frente com uma serie de socos que ele desviava o mais rápido que podia batendo seu braço no dele para desviá-lo e tentando se abaixar a cada esquiva e acertá-lo até que um soco chegou a seu rosto o jogando a um metro de distancia.
— você durou dez minutos a mais que a semana passada. – disse Marcel. – espero que dure mais na próxima.
Essa era a forma dele dizer que Harrison se saia bem. Ele o treinava desde que ele aprendeu a andar, mas assim que ele completou onze anos os treinos passaram a ser "mano a mano", ele segurava-se ao máximo para não matar, mas realmente o machucava, mas ele entendia o motivo, sua mãe nunca escondeu dele, haveria uma guerra e nada garantia que eles conseguiriam fugir ou se esconder ele precisava estar preparado para tudo. ||
Quebra de tempo
Eles estavam na praia olhando para o norte do mar mediterrâneo onde se encontrava a prisão mais conhecida do mundo bruxo. Eles já estavam prontos.
– tudo pronto. – concordou Harrison. – lembre-se de seus postos, Marcel, você vai ficar e garantir que os Auror's não encontrem a chave de portal ou cheguem a nos encontrar quando chegarmos à costa. – Marcel assentiu enquanto recarregava sua pistola beeman 4,5. – Regulus você ficará no mar no meio do caminho entre os dois pontos pronto para substituir o tempo do Guelrricho e para se juntar a nós. – ele acenou com a cabeça e foi para o pequeno barco.
Harrison esticou a mão pegando um pequeno broche junto com a Marlene. – Azkaban – sussurraram juntos e no minuto seguinte eles estavam em uma ilha rochosa, fria e escura com uma enorme construção monstruosa e acabada a frente. Eles ouviram os barulhos e ambos apertaram suas armas na mão, Harrison com uma AK-97 e Marlene com uma pistola taurus PT-738.
Harrison olhou para frente onde ele viu alguns guardas. – venha para mim. – começou a sussurrar ele. Esse era um dom que ele havia aprendido a controlar há dois anos, Regulus acredita que ele havia somente aprendido a usar um imperius sem varinha, Marcel acredita que possa ser um dom que veio junto com seu novo sangue. Um ou outro, foi difícil aprender controlar, mas funcionava bem. – venham para mim, venham ate mim. – minutos depois sete guardas estavam à frente dos dois como se fossem zumbis. – vocês são os únicos? – ele perguntou ganhando um aceno de todos eles. – Celas ômegas, onde ficam? – perguntou ele.
— vigésimo lance de escadas. — respondeu um deles.
— ótimo. — sorriu ele e com um pequeno, mas rápido passo e chutou-os os fazendo cair da pedra que estavam ate a água rochosa.
Quebra de tempo
Eles corriam rápido pelos portões enferrujados da grande construção, mesmo na corrida com capas longas negras e mascaras nenhum dementador se atrevia a se aproximar dos dois intrusos. Há um ano Harrison havia aprendido uma técnica mais poderosa de impedir os dementadores sem precisar de magia, era uma pedra incrustada em seu colar com um símbolo rúnico de proteção fundido com a runas de felicidade e pensamentos positivos. Os dementadores fugiam por onde eles passavam deixando os corredores e as escadas livres para que eles chegassem ao seu destino.
— Aqui! — gritou Marlene olhando a inscrição numérica escrita nas pedras da parede em cima das grades.
Harrison olhou para o portão, as grades estavam cruzadas uma entre o outro formando quadriculado minúsculos, as barras eram grossas com vinte centímetros de espessura. Ele se aproximou colocando a mão sob a grade e sentiu a magia fluindo.
— esta cheia de enfermarias. — disse ele fechando os olhos por um momento. — defensiva e ofensiva, e se eu puxar a varinha outra ala vai disparar. — ele abriu os olhos extremamente verdes e os focou no rosto de Marlene coberto pela mascara negra assim como a dele. Ela o olhou interrogativamente e ele suspirou. — vamos ao modo trouxa. — ele agachou pegando uma maleta preta que ele carregava armamento trouxa. - os bruxos têm uma burrice incrível e um senso de superioridade sem sentido. — murmurou ele. — não é porque é impossível um trouxa chegar aqui que significa que eles não tem que encontrar alas poderosas para pará-los.
— Reaper. — chamou Marlene. — você esta divagando novamente.
Ele deu um sorriso sob a mascara e colocou a mão na maleta puxando um cilindro de gás combustível pequeno e o colocando no chão ele começou a montar um maçarico, conectando a mangueira de gás no regulador na boca do cilindro e a outra ponta em uma válvula de oxigênio ele puxou o tubo para ponta onde ele enroscou o bico e a borracha de contenção.
— quem está ai. — perguntou uma voz rouca e seca do mau uso do outro lado da grade.
— saia da frente. — disse Marlene quando Harrison ligou o instrumento que fazia um tipo de laser com o fogo que saia do bico formando uma pequena "linha" no ar de chama quente e alta pronta para queimar e ate mesmo cortar qualquer ferro ou aço.
Ele virou a parte acesa para a grade e viu quando ela começou a esquentar e derreter enquanto era "cortada". Os minutos foram se passando até que ele conseguiu fazer uma abertura de um metro de largura por um de altura. — saia da frente. — ele gritou antes de levantar o pé e chutar a grade a lançando do outro lado da parede fazendo um estrondo.
— quem esta ai? — uma voz gritou ao longe nas escadas.
Harrison jogou tudo de volta a maleta e junto a Marlene entrou na cela olhando para um homem de cabelos negros longos e emaranhados e olhos cinzentos os encarando com curiosidade e talvez um pouco de temor. Harrison pegou uma seringa com uma agulha e apontou para o homem.
— quem são vocês? — ele perguntou dando um passo para trás. — o que querem?
— Relaxe. — disse Harrison pegando o braço do homem com mais força do que parecia ter e aplicando um liquido vermelho em sua pele. Minutos depois o homem estava de pé olhando como alguém que havia acabado de acordar e bem mais animado. — pimenta up. — esclareceu o garoto mascarado.
— Reaper nós temos que ir. — gritou Marlene.
— Confie em mim. — pediu o garoto, o homem o olhou por um momento, o que ele tinha a perder realmente, ele já estava morto trancado ali. E com esse pensamento ele assentiu. — vamos.
Eles saíram pela grade e viram dois guardas correndo na direção deles. Harrison puxou as duas mãos nas costas sacando duas armas pistolas 38 e atirando em direção a eles, fazendo todos puxarem um protego, a bala foi como em câmera lenta em direção aos dois deles passando pelo escudo de proteção transparente e acertando em cheio o meio de suas testas, enquanto eles caiam no chão o som de aparatação foram ouvidas próximas as escadas sinalizando que os Auror's foram avisados.
— temos que ir. — repetiu Marlene com mais força.
— não existe outra saída. — assegurou o ex-prisioneiro encarando os dois lados do corredor.
— então criamos uma. — Harrison guardou sua arma e puxou da maleta uma arma de ferro grossa e verde, retorcida com um metro e meio de comprimento, um projétil de vinte centímetros grosso e oval prezo na parte de trás e um pequeno gatilho a ser puxado na parte inferior embaixo. Ele jogou a maleta ao lado do corpo o prendendo em seu cinto e começou a correr para o outro lado em direção ao final do corredor. — confiam em mim?
— sempre. — respondeu Marlene. — não tenho escolha. — respondeu o outro.
Puxando a mira na frente do olho ele apontou para o centro da parede que se aproximavam a cada minuto, puxou o gatilho e deixou o projétil ser lançado com força bruta na parede a frente causando uma explosão e fazendo fumaça e poeira subir cobrindo tudo. Jogando a arma na maleta novamente e fechando. Não parando de correr ele passou o braço no corpo magro do homem correndo o mais rápido que podia ao lado, segurou-o firme o enlaçando em seu corpo maior e mais forte e quando chegaram ao buraco na parede que levava ao outro lado da ilha onde não existia rochedos na água ele pularam.
Ele viu quando Marlene caiu no mar gelado e submergiu, abraçou a cabeça e o corpo do homem e sussurrou em seu ouvido: — prepare-se. — antes que o homem o respondesse eles caíram no mar gelado afundando. O homem começou a se debater e Harrison percebeu que ele não estava conseguindo prender a respiração. — Ele puxou um pequeno saquinho transparente do bolso e o enfiou em sua boca o forçando a mastigar.
Quando ele fez seu corpo começou a queimar e o ar começou a entrar em seus pulmões o forçando a puxar o ar profundamente.
Marlene e Harrison já haviam se transformado e o encaravam esperando-o se acostumar. — tudo bem? — perguntou Harrison com a voz suave e baixa. Ele assentiu rapidamente. — não temos tempo, temos que ir. — E assim eles seguiram para mais fundo e começaram a nadar em direção ao sul para a praia.
