Capítulo 2

Alguns dias passaram e a ordem era sempre a mesma. Francesco havia deixado Paula encarregada de cuidar de Catherina para ele. Não deixava de pensar no que mais queria fazer com a irmã e as prostitutas que dormia não controlavam mais a vontade que tinha de terminar o que tinha começado. Mais uma noite, depois de ter deixado Catherina mofando na prisão, foi para a cela da irmã e sorriu quando viu que ela dormia. Foi para o seu lado sem fazer barulho só para ter o prazer de assustar.

- Paula tem cuidado muito bem de você - comentou já ao lado da cama, girando a moeda no ar, o que indicava que teria mais.

O cansaço a fazia dormir de forma profunda, mesmo que pouco fizesse naquela prisão. Por isso acordou apenas quando escutou a voz de Francesco, ao que se virou imediatamente para ele, encostando-se na parede.

- O que quer agora?

- Quero foder você - respondia na lata, sem pudor algum. Mostrou a moeda que sempre usava para testar a sorte da irmã e guardou. - Hoje você vai precisar de mais do que sorte - disse passando uma das mãos nos cabelos dela, sorrindo sádico.

A porta se abria e entravam quatro homens tão grandes quanto ele. A diferença é que estavam de capuz dessa vez.

Catherina se afastou do irmão bruscamente, fugindo do toque em seus cabelos. Viu aqueles homens encapuzadas entrarem, ao que se voltou para ele e questionou:

- Qual será o jogo doentio dessa vez?

- Surpresa.

E dois homens já vinham para cima dela, pegando pelos braços e colocando deitada em cima da mesa, sem cuidado algum.

- Não ouvi você responder se já tinha sentado em alguém - era óbvio que sabia a resposta, mas ouvir ela falar era muito mais gostoso. - Então eu vou conferir. Abra as pernas.

Ela deixou escapar um grito quando foi segurada pelos dois grandes homens e levada para cima de uma mesa, ao que eles não a soltaram, de forma que não pudesse nem tentar levantar. Suas pernas travaram, muito bem fechadas para que fosse impossível de abrir.

- Claro que não! - Acabou por responder, bastante constrangida, imaginando se isso o faria parar com o que parecia um exame de virgindade

- "Não", nunca sentou ou "Não", não vai abrir as pernas? - Se fez de desentendido, sorrindo. Puxou a arma e apontou para entre as pernas da irmã, falando pausadamente. - Abra as pernas.

Era uma arma. Catherina estava chocada, mas era uma arma, ele estava apontando uma arma para ela.

- Vai ter que atirar - o desafiou.

Francesco apenas olhou para os outros dois homens que estavam parados e rapidamente vieram, segurando cada um em uma perna, deixando-a aberta para Francesco. Levantou o vestido dela, estava sem calcinha, esse era um pedido especial dele para Paula.

- Do jeito que eu gosto - engatilhou a arma olhando para a irmã. - Se balançar, vou te machucar mais do que pretendo.

E deslizou a ponta da arma pela intimidade da irmã, entre os lábios, sorrindo enquanto olhava o que fazia bem sádico.

Ela se debatia tentando fugir quando os dois homens seguraram as suas pernas, porém, quando escutou a arma ser manobrada, parou bastante assustada. Ficou petrificada, assistindo enquanto ele a tocava com a ponta do cano da arma, quase forçando para entrar. Era gelada e isso a fazia se retrair um pouco.

Francesco forçou como se realmente fosse colocar a arma dentro dela. Enquanto brincava, podia ouvir sussurros de apoio como "coloca tudo nessa vadia", "ela merece" e até mesmo "atira nela", aquilo só dava mais vontade ainda de continuar, mas não queria quebrar seu brinquedo tão cedo. Encostou a ponta da arma na boca dela e ordenou.

- Lambe.

Com a mão livre tocou a irmã entre as pernas, fazendo o mesmo percurso que a arma antes, só que agora com as pontas dos dedos.

O corpo de Catherina tremia, ela estava apavorada, mas não daria a ele o prazer de fazer qualquer som, de verdadeiramente demonstrar medo. Então ele afastou e ela sentiu que poderia respirar, o que durou apenas instantes, pois agora ele a tocava.

- Irmão! - Protestou sentindo os dedos tocando dentro de si, onde ninguém mais havia estado.

Ele aproximava a arma de seu rosto e ela virou de forma a se defender da aproximação do objeto.

Para ele, ouvi-la chamando de irmão tão desesperada causou algo muito melhor do que vê-la lamber a arma. Deixou de lado o objeto, agora queria mais. Anunciou:

- Vamos tirar um lacre hoje, meus amigos!

Festejava junto com os outros homens na sala, que riam ansiosos pelo momento. Um chegou a fazer com a boca som de garrafa abrindo, ao que todos os outros, inclusive Francesco, caiu na risada enquanto abria as calças.

- Só acredito vendo - ele disse.

Catherina engoliu em seco. A "brincadeira" com a arma havia parado, porém agora era hora de uma nova diversão entre aqueles homens, o que ela já entendia ao ver o irmão tirando as calças de novo.

- Francesco, irmão, pare!

Ele puxou a irmã pelo quadril para a ponta da mesa e os homens forçaram as pernas dela para flexionar, deixando a irmã muito mais aberta para ele. Chegou a morder os lábios.

- Isso só melhora.

Abaixou as calças, cuspiu entre as pernas dela e encaixou o membro ali, tirando e colocando só a ponta por um tempo, assistindo o que fazia de cima, segurando a barra da camisa para não perder nada. Não demorou para penetra-la lentamente, até o fundo, como se quisesse sentir tudo o que fazia com ela, tão apertada. Nem acreditava que tinha conseguido. Era o primeiro.

Catherina, por sua vez, não tinha força para evitar ser posicionada e logo sentia que o membro do irmão a tocava, ficando muito constrangida. A ponta era o bastante para doer, e como doía, era como se a rasgasse, mas não foi pior do que colocar todo o resto, o que a fez gritar enquanto o sentia deslizando para dentro. As lágrimas escorriam, ela estava arrasada.

Francesco chegou a fechar os olhos de prazer ao sentir que estava todo dentro dela e o grito, era uma vitória. Começou com o movimento de vai e vem até que lento dentro dela, realmente aproveitando aquela situação. As mãos foram para a cintura da irmã, segurando-a firme enquanto a puxava contra o corpo.

Ela jogou a cabeça para trás, fechando os olhos ao sentir o irmão dentro de si por inteiro. Estava destruída, usada, ferida, havia sido dominada e ele havia vencido.

Então os movimentos ficavam mais bruscos, mais rápidos e já surgia a dúvida se Francesco deixaria mais alguém brincar. Os homens já criavam uma fila entre eles, já sabiam quem seria o próximo e ele nem tinha terminado ainda.

Catherina respirava com dificuldade, mordendo a parte interna do lábio inferior. Aquilo era loucura, era absurdo, se perguntava quando acabaria, se acabaria. Mas o movimento rápido provocou um calor estranho em seu corpo. Ela gemeu alto, gostoso, estava tendo um orgasmo intenso.

Olhou muito surpreso para a irmã quando percebeu que ela tinha tido um orgasmo, agora sim estava com o ego bem inflado. Aquele gemido gostoso, as reações do corpo dela, não aguentou e ele também alcançou seu máximo, gozando forte dentro da irmã, puxando-a pela cintura contra o corpo e todos ali já começavam a falar "ela gostou", "que safada" e "é minha vez!". Afastou-se da irmã e subiu as calças, dando dois tapas leves entre as pernas dela.

- Próximo!

Catherina ainda recuperava o fôlego, seus ouvidos zumbiam, quando o irmão gozou dentro dela e sentiu o líquido quente escorrer ao se afastar. Estava tão cansada, acreditou que havia acabado, mas veio outro, o que segurava um dos seus braços, assumindo o lugar de Francesco e entrando nela com violência, já que "não havia mais lacre". Ela virou o rosto para a parede e só deixou que a usasse.

Francesco foi para o lugar do que segurava os braços e abaixou ao lado da mesa, bem onde a irmã olhava. Encarou seus olhos e sorriu sádico, afastando os cabelos da cara dela. Afirmou:

- Você gostou.

Sentia o soldado anônimo entrar e sair de seu corpo, empurrando-a de forma agressiva para cima e para baixo como se fosse menos do que uma boneca. Olhava o irmão, pois ele a obrigava a isso.

- Você gostou. Eu não - maldito corpo que havia cedido por ordens físicas

- Próximo! - Ele ordenou.

- Mas eu nem terminei! - Protestou o soldado.

Outro homem já empurrava o que estava entre as pernas dela, indo ele agora também sem cuidado algum enquanto Francesco ficava ali, fixado nos olhos da irmã e em todas as suas reações.

Homem atrás de homem veio, usou-a, gozou. Mas Catherina não reagia, sequer parecia sentir. Seus olhos ficavam fixos e inexpressivos no irmão e nas ameaças que recebia. Ela estava suja, imunda por dentro e por fora, cheia de líquido que lhe escorria pela mesa até o chão.

Ainda faltavam mais homens, mas não surtia o efeito desejado, então não tinha mais motivo para continuar. Francesco levantou e empurrou quem ainda estava entre as pernas dela.

- Por hoje já está bom. Saiam.

Todos obedeciam, deixando os dois ali. Olhou para as pernas da irmã e sorriu satisfeito.

- Hoje você merece se alimentar bem, foi uma boa menina. Vou pedir para descer seu prato favorito.

Pelo visto havia feito algo certo, pois ele parara. Tinha que aprender exatamente quais botões apertar. Ficando sozinhos, sentou-se e se levantou da mesa. Nem se importava mais com a sujeira, era algo comum naquela cela. Abaixou o vestido e apenas foi até o banco que servia de cama e se deitou, de costas mesmo para o irmão.

- Não estou com fome - ela disse.

Sua voz não tinha raiva, não tinha ódio, não tinha tristeza. Tinha exatamente isso: nada. Ela estava morrendo por dentro, cheia da semente de todos aqueles homens, inclusive de seu irmão.

- Mas, é melhor se alimentar… - Comentou enquanto acompanhava a irmã com os olhos sem nem ir para perto, só arrumava as roupas para poder sair de lá. Mostrou a moeda para a irmã. - Amanhã é dia dos prisioneiros. Ou dos cavalos.

E jogou a moeda para cima e pegou no ar, enquanto assobiava e batia na porta, saindo da cela com uma mão no bolso, feliz e satisfeito.

Paula automaticamente entrava assim que Francesco sumia, indo ajudar Catherina e levá-la para um banho.

A Duquesa queria chorar, isso a estava destruindo, consumindo, levando a loucura, mas não podia, pois logo Paula entrava e ela não queria que ninguém visse como estava se sentindo, ainda mais alguém que era fiel a seu irmão. Então apenas ia para o banho e depois, limpa, se deitava no exato mesmo lugar e posição.

A freira procurava ser o mais cuidadosa possível, sabia pelo que Catherina estava passando mas, nunca tinha visto Francesco tão descontrolado assim, então após o banho, questionou a Duquesa antes de sair da cela:

- Posso ajudar com mais alguma coisa?

- A não ser que vá me ajudar a fugir ou me dar uma arma, não há nada que possa fazer - Catherina respondeu sem nem olhá-la, ainda deitada.

- Não acho certo o que estão fazendo com você, se quer saber - respondeu de longe, quase da porta já para sair. Estava verdadeiramente preocupada com a irmã do Papa. - Não quer nada mesmo?

- Você sabe o que quero - queria ser libertada e inocentada, apenas isso, como sabia que deveria ser.

- Eu não posso ajudar com isso, está muito longe do que posso oferecer - falou até com certa tristeza, pois se colocava no lugar dela. - O máximo que consigo é um cobertor, comida e água limpa

Catherina fez então um gesto com a mão de que a freira poderia apenas ir, pois não desejava nada que pudesse oferecer. A comida ainda estava sobre a mesa, intocada, uma salada de lagosta, lula e camarões, e permaneceria ali da mesma forma

A freira saiu chateada e fechou a porta, deixando a Duquesa sozinha.

Agora sim Catherina poderia chorar e sofrer em paz sabendo que ninguém, nem mesmo Tres ou Abel, viriam para salvá-la.