CAPÍTULO 2 - A PRIMEIRA NOITE
Mais alguns minutos em silêncio quarto e então ele se rende.
- Desculpe, sim? Já que vamos ter que ficar aqui neste "cubículo", um pouco de civilização será extremamente necessário!
- Concordo com o senhor!
- E então, posso saber a que cargas d'água aquele elfo esquisito me prendeu aqui dentro?
- De acordo com Dobby, o castelo foi fechado por causa da pandemia. Ninguém mais entra ou sai do castelo!
- A senhorita só pode estar de brincadeira ...
Agora era ele que se preparou e começou a andar em círculos.
- Antes fosse brincadeira ... Ao menos se eu estivesse dentro do castelo, não haveria conforto ... agora aqui, neste lugar esquecido há milênios, como se fosse um rascunho de uma enfermaria mal projetada ...
- Volto a repetir! O que estou fazendo aqui? Bruxos são imunes ao coronavírus!
Snape braveja ao dizer uma frase. Hermione na maior calma responde:
- Bruxos puros o senhor quer dizer ... Sabemos nossas origens, professor ... Logo é melhor o senhor se acalmar e aceitar. Vai doer menos!
- Eu posso muito bem enumerar o que dói menos, senhorita ...
E se arrepende se ele for fundado em sexo naquele momento. Ruborizou, sentou na beirada da cama e abaixou a cabeça para não ser pego em flagrante. Ela publicou que ele corou e também apagou o mesmo que ele, pois foi induzida. Hermione engole em seco, retira o copo da garrafa mais próxima à sua cama e coloca água. Bebe com vontade aqueles goles. Estava com sede. O ar frio e seco dava sede. A temperatura começava a cair. O silêncio reinou mais uma vez.
- Estou com fome e frio!
Disse Hermione mais para si, do que para ele, pois qualquer coisa a ser dita invariavelmente terminava em discussão, ou mal-entendidos.
- Deve ter cobertor aquele armário. Vou regular o termostato do quarto.
Ambos se levantam ao mesmo tempo e caminham para lados opostos do quarto. Severo regula o termostato que se encontra acima da mesa e depois pega sua varinha de dentro da mochila. Hermione vai até a entrada do quarto, abre o armário, mas não consegue retirar um cobertor sem derrubar o outro.
- Olha o que a senhorita está fazendo!
- Desculpe! Não consigo pegar. É pesado ... O senhor pode ajudar?
- Que tal usar sua varinha? Accio cobertor!
Severo entrega para ela o cobertor e aproveita para pegar o outro também. Ela deixa o cobertor em cima, no final da cama, e vai até a mesa para pegar a varinha dela de dentro da mochila. Ao ver o sininho ali ao lado, lembra que o elfo lhe deu para pedir o que precisa. Precisava de tantas coisas, mas estava faminta. Então imediatamente balançou o sino.
- Vejo que tem o artefato mágico, valioso como a lâmpada do gênio!
Exclamou o professor. Ela não sabia se ele ironizava ou não, ao dizer tal frase. Ele invariavelmente ironizava tudo, então achou melhor ficar quieta.
Dobby rapidamente surge na frente dela.
- Pois não, senhorita Granger! Dobby irá lhe atender com imenso prazer! O que a senhorita precisa?
- Me tira daqui! Ou tira ELE daqui!
Dobby olhou para o professor e respondeu.
- Dobby não pode atender ao seu pedido, senhorita! São ordens do diretor Dumbledore! Qualquer pessoa que chegar no castelo, deverá ficar em quarentena! Ninguém entra e ninguém sai do castelo! Em que posso ser útil, senhorita?
- Só tem este quartinho de isolamento, Dobby?
- Dobby sabe que os demais quartos que ficam no corredor, estão ocupados com bruxos apontados. A madame Pomfrey determinou que quem não tem sintomas ocupasse este quarto, fora do corredor. Dobby pode levar a senhorita para outro quarto, lá dentro se assim desejar ...
- Não, Dobby, melhor não! Por favor, traga nossa janta, sim? Estou com fome!
- É um prazer, senhorita! Dobby já vai providenciar!
E com um estalo nos dedinhos finos, o elfo sumiu.
- Eu ouvi direito? Estamos em quarentena aqui fechados? Eu e você? Não, isso não é possível!
Ela olhou atentamente para ele.
- Só agora que o senhor foi entendre? O senhor não lê as notícias, não?
- Eu sei que o vírus atingiu Londres ... Mas estamos em Hogwarts! E este elfo esquisito não falou comigo antes. Só me jogou aqui dentro, sem me dar uma explicação única!
- Certamente o senhor o xingou! Ele só obedeceu às ordens do diretor! Da próxima vez trate-o como um ser humano! Talvez ele converse com o senhor também!
- Ser humano? Ele é um ELFO! Pelo visto sua memória anda falhando para significado de palavras ... Ele é um CRIADO, está aqui única e exclusivamente para nos servir!
- Eu não vou discutir com o senhor! Não vale a pena!
- Não tem argumentos, mocinha? Já vai desistir?
- Quer saber? Os elfos são criaturas mágicas essenciais para o nosso conforto! Eles merecem no mínimo o nosso respeito! Dobby não é um elfo esquisito, é um elfo adorável e tem sentimentos, se o senhor não sabe!
A divisão terminou ali, pois o elfo surge com uma divisão enorme.
- Ah, ótimo! O nosso jantar!
Ele exclama com sarcasmo e com sua varinha libera a mesa, colocando como mochilas e sua pasta dentro do armário. Dobby coloca a bandeja na mesa e arrumação dos pratos e talheres. Depois vira-se para o professor com os olhos arregalados e diz:
- Dobby agradece, senhor!
Severo fica estático tentando entender o motivo do elfo agradecer a ele, uma vez que sua atitude foi mecânica e não para facilitar a vida de ninguém. Já Hermione o agradece;
- Muito obrigado por trazer nosso jantar, Dobby!
- Se precisar de mais alguma coisa, Dobby atende com prazer, senhorita!
- Dobby, eu cheguei hoje de tarde e minha mala está em cima da minha cama, lá no quarto da Grifinória. Você pode fazer o favor de trazê-la para mim, até aqui?
- Com todo prazer, senhorita! Dobby pode trazer as coisas do castelo até aqui, mas Dobby não pode levar as coisas daqui para o castelo. Apenas como louças e roupas de cama, pois ficam sob os cuidados dos elfos. Os elfos são imunes ao vírus humano.
- Dobby, por favor, você pode trazer a minha também? Eu também cheguei hoje à tarde e deixei a mala no sofá da sala da masmorra, sim?
- Dobby tem o prazer enorme de atendê-los! Dobby voltará em breve com as bagagens! Bom apetite!
E o elfo após os estalos dos dedos finos.
Hermione o encara e ele sabe muito bem o que significa olhar dela.
- Tens razão ... Ele é um elfo educado!
- Se o tratarmos com educação!
Ela completa.
- Vamos jantar?
Ele pergunta e ela tem vontade de ironizar, mas fica quieta. Ela se aproxima da mesa e ele puxa uma cadeira para ela.
- Obrigado!
Ele espera ela se servir. O jantar estava farto e delicioso com diversas saladas, carnes, massas, cremes e suco. De sobremesa havia torta de maçã, que ambos adoram e o último pedaço, ele partiu no meio. Jantaram em silêncio.
Após o jantar Hermione foi até o acessório, pegou a agenda da sua mochila e uma caneta. Sentou-se na cama e começou a escrever. Severo pegou um livro na sua mochila, sentou-se na cama e começou a ler.
Dobby aparece com as duas malas e deixa na frente de cada cama.
- Aqui estão, senhorita e senhor!
- Obrigado, Dobby!
- Obrigado, Dobby!
Severo responde um tanto a contragosto. Ele ainda pensa que os elfos tem obrigação e que os bruxos não precisam agradecer a cada ordem executada.
- Dobby se sente muito agradecido!
Depois ele vai até a mesa, coloca como louças na bandeja, limpa tudo.
- Boa noite, senhorita! Boa noite, senhor! Se precisar de Dobby, é só chamar!
- Boa noite, Dobby!
Hermione responde e Severo não. O elfo com os estalos dos dedos, desaparece do quarto.
Ficaram um bom tempo em silêncio. Hermione termina suas anotações na agenda e guarda na gaveta do criado mudo. Ela abre sua mala, retira seu pijama, roupão e os chinelos. Vai até o banheiro, fecha a porta e se ajeita para dormir. Abre uma das embalagens da escova de dente e faz surgir suas iniciais no cabo. Escova os dentes, faz xixi e por último penteia seu cabelo, que lhe dá um aspecto melhor ao se olhar no espelho. Abre uma porta e volta para a sua cama. Severo ergue os olhos do livro para olhar a aluna com trajes de dormir. Ela tira o roupão e pendura num gancho na parede para esta plataforma. Ele ergue a sobrancelha ao vê-la de pijama. Ela vira-se para ele e vê que está sendo visto.
- O senhor se importa em apagar a luz?
- Estou lendo ... Ou não segure ainda?
- O senhor pode se sentar lá no fundo. Tem uma luminária em cima do armário, caso não tenha visto ...
Ele fecha o livro com raiva e coloca na gaveta do criado mudo. Pega seu pijama, roupão e chinelos da sua mala. Apaga a luz e entra no banheiro.
Depois que ocupou o banheiro, ele sai de roupão. A luz do banheiro banheiro que Hermione o visse com trajes de dormir. Ele pendura o roupão no gancho, ao lado do criado mudo, Hermione estica o pescoço para ver se enxergava seu professor de pijama. Ele apaga a luz do banheiro e se deita. Ninguém falou mais nada naquela noite. Ficaram horas em silêncio ouvindo os pensamentos próprios. Ambos estranharam a cama, o quarto. Não se desejaram boa noite, afinal não seriam sinceros.
Aquela foi a primeira noite de outras tantas que viriam pela frente.
Continua ...
