CAPÍTULO 2
Os dois caminhavam nos primeiros raios da manhã. O garotinho esforçava-se para seguir as passadas largas do pai, sua mãozinha sumindo na do adulto.
- Você está gostando da escola? – Shiryu perguntou quando viraram a esquina e os arredores de repente se encheram de crianças e seus responsáveis indo na mesma direção. O filho confirmou.
- Tenho muitos amiguinhos. – ele acreditava, já presenciara o poder atrativo do pequeno.
Escolhera uma escola um pouco mais longe de casa, mas que tinha uma área verde onde deixavam as crianças brincarem no intervalo. Os dois percorriam todos os dias as ruas do bairro, o que permitia os momentos tão preciosos para eles. Na saída, uma van escolar o deixava no apartamento da srta. Kwan e ela o levava para casa.
Ele o levou até a porta da sala e entregou a uma das professoras. O garotinho correu para dentro, para ficar com os coleguinhas. De lá, acenou para o pai.
"Ainda bem que ele nunca deu trabalho para ficar na sala."
Então, voltou para casa para organizar, limpar e cuidar das roupas.
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Ela chegara às 05:30 hs.
Um dos seus pacientes tivera complicações e precisaram adiantar a cirurgia. Era um garotinho de três anos que sofrera traumatismo craniano quando fora arremessado fora do carro em que estava com os pais. Ele passara por uma primeira intervenção e estava se recuperando quando a pressão intracraniana subiu demais.
Após deixar o paciente na UTI para monitoramento, foi para sua sala com uma caneca de chá, observando os jardins bem cuidados abaixo.
"Preciso começar a lista da equipe e dos equipamentos. Só as compras vão levar meses."
- Com licença. – a voz da amiga a surpreendeu. Abriu um sorriso antes de se virar para a porta.
- Saori! Não sabia que já estava por aqui. – abraçaram-se. – Pensei que fosse dormir até mais tarde depois da reunião de ontem.
- Perguntei à sua secretária qual o melhor horário para te encontrar. Preciso falar com você.
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- E, então, como estão as coisas? – Seiya largou-se no sofá, elétrico como sempre. – Encontrou um apartamento bacana.
- Nós gostamos. – Shiryu terminava de estender as camisetas que lavara. - É pequeno, mas fica perto da farmácia e da escola de Ryuho.
- Ele se adaptou? – Seiya levantou, olhando pela janela da sala, depois vindo até a área de serviço. – É maior do que o meu antigo, perto do porto em Tóquio, lembra? – Shiryu confirmou.
- Às vezes, ele pergunta quando vamos voltar para casa, mas na maior parte do tempo está tranquilo. – Shiryu ofereceu suco ao amigo. – Ele vai gostar de ver o padrinho novamente. – Seiya sorriu, balançando a cabeça.
- E eu vou gostar de vê-lo. Você vai levá-lo no domingo?
- Não, ele ainda é muito novo. Combinei com uma vizinha de ficar com ele no horário.
Os dois estavam na pequena mesa da cozinha. Shiryu sabia que Seiya queria conversar algo longe dos ouvidos de Marin.
Esperou paciente. Até que o amigo começou a falar.
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Saori terminara o relato de sua aventura e Shunrei encostou-se na poltrona, tomando fôlego. A expressão da amiga era de ansiedade.
- Conhecer pessoas poderia ser mais fácil. – Saori concluiu. - Quero pessoas de quem eu goste cada vez mais mesmo sem ter expectativas.
- Deixa ver se entendi. – Shunrei disse pausadamente. – Há três meses, em Tóquio, você foi vítima de uma tentativa de sequestro? – falava devagar. – E esse homem, esse campeão de artes marciais, conseguiu impedir pulando com você de um penhasco? – Saori assentiu, rindo do espanto da amiga.
- Colocando em palavras, fica meio surreal. Se você estivesse lá, não acharia tão esquisito. Os bandidos estavam infiltrados numa festa na casa de um amigo em comum. – Saori tinha uma expressão sonhadora ao reviver a experiência. - Quando ele me viu sendo arrastada, se jogou sobre um dos sequestrados e nós acabamos caindo, mas a altura não era grande. – pensou um pouco. – Bem, ele machucou o pulso...
- Certo. – Shunrei comentou, tentando permanecer séria. – E agora, você o encontra aqui em Gangseo-gu, distrito de Seul – seu tom sinalizando que era algo impossível - , correndo no parque onde você estava agora de manhã?
- Fez um bom resumo. – Saori ergueu as sobrancelhas.
Shunrei ficou em silêncio.
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- Ela estava caminhando e eu não a vi. Acabei esbarrando nela. – Seiya respondeu à pergunta.
- E era a mesma mulher da festa em Tóquio?
- Sim, mesmos cabelos lilases curtinhos, mesmos olhos violeta. – Shiryu o escutava, sério. – Marin ficou furiosa comigo por ter ferido o pulso tão próximo do campeonato, mas na hora eu nem pensei. Shun me atendeu bem rápido e conseguimos diminuir os danos. – exibiu o pulso, envolto em faixas de gaze.
- Que história. – Shiryu ainda estava espantado. – E ela é Saori Kido, dona da Fundação Graad. – Seiya assentiu. – Realmente, a Fundação tem um Hospital aqui, que investe bastante em neurocirurgia. Ela deve estar aqui para algo relacionado a isso.
- Como você é meu amigo ponderado, vim te perguntar o que acha dessa história toda.
- Você quer saber se eu o incentivarei a ir atrás dela? – Seiya sorriu. – Primeiro, como ela reagiu quando vocês se encontraram agora?
- Ficou espantada, assim como eu. Depois nós conversamos um pouco, ela agradeceu novamente o salvamento.
- Vocês trocaram telefone? – Seiya confirmou. - Olha, Seiya, provavelmente ela vai estar com a segurança reforçada depois do que aconteceu. E com muito receio de confiar nas pessoas em geral. Sendo assim, se você quiser se aproximar, precisa ser cauteloso.
- Você tem razão. Quando eu esbarrei nela, quatro homens enormes vieram correndo. Ela precisou dizer que estava tudo bem para eles se afastarem. Mas eu não sei ser cauteloso. – Shiryu ergueu uma sobrancelha.
- Vai ter que tentar. Ela vale a pena?
- Tem alguma coisa que me atrai. Ela parece ter uma força interna, um brilho diferente... Desde o salvamento, eu tenho pensado nela e de repente a mulher me aparece no subúrbio de Seul.
Shiryu sorriu.
- Você pode fazer o seguinte...
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- Um primeiro encontro pode bastar para se apaixonar. – Shunrei afirmou para uma Saori desconfiada. "Claro, ela cresceu sendo advertida de que todos se aproximam dela pelo dinheiro. Não é fácil." - Pode ser o destino.
A amiga riu.
- O que aconteceu, Shunrei? Você não acredita nem em horóscopo. Que bicho te mordeu?
- Não é que não acredite. Só nunca vi acontecer. Eu acredito na construção do relacionamento. Para construir, é preciso conviver. Mas o encanto do primeiro encontro existe.
Saori estranhava a amiga com essas ideias românticas. Então se lembrou que na infância, quando as duas se conheceram nos Cinco Picos Antigos de Rozan, na China, Shunrei tinha um olhar inocente e puro. Fora esse olhar que a fizera confiar instantaneamente nela. Procurou sinais desse olhar e não encontrou.
- Não gosto que me digam o que fazer ou que minhas ações sejam restritas por alguém. – Saori afirmou.
- Não seria ruim uma aventura de vez em quando, então.
- Mas você não gosta de aventuras. – Saori estava em dúvida agora. – Ou gosta?
- Quem tem a oportunidade de se aventurar? Você vai à escola, faz faculdade, arruma um emprego. No fim, você só trabalha e sai com amigos de vez em quando. – Shunrei a surpreendia mais e mais a cada declaração. "Aconteceu alguma coisa recentemente."
Ia perguntar como estava o relacionamento dela e Julian quando seu celular vibrou. Era um local e horário no domingo e o convite.
# Vem?
Mostrou para Shunrei.
- Quer ir nessa aventura comigo?
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Como as nuvens avisaram durante o dia, começou a nevar. Ele via os transeuntes apressados, com os casacos fechados e os cabelos cheios de flocos brancos.
- É a primeira neve do ano (1) e eu estou sem namorado. – Lee Ha-Ra suspirou, pegando a bolsa e fechando o casaco.
- E precisa? – Shiryu brincou, repondo algumas caixas nas prateleiras.
- Claro. É a tradição. – ela desviou os olhos do celular para reprová-lo. – Você nunca viu um dorama? – ele negou. – Recomendo. Quem sabe assim você arruma uma namorada?
- Deixe de dizer bobagens, Lee Ha-Ra! – a sra. Yin Seon-in exclamou, vindo também pronta para sair. – Boa noite, Shiryu.
As duas abriram a porta para ela entrar.
- Você veio. – ele se desconcertou. "Como ela é linda." Com calça e camisa brancas e um casaco xadrez. A expressão séria.
Ela veio com a carteira na mão.
- Por que não me deu o número da sua conta? – ela percebia como os cabelos dele brilhavam e os olhos pareciam sorrir para ela. Tentou afastar esses pensamentos e entregou-lhe o dinheiro.
Ele pensou se deveria ser sincero.
- Para te ver mais uma vez. – ela abriu a boca e ficou sem saber o que fazer com a mão por um instante. Ele achou adorável. Seus lábios queriam sorrir, mas ele manteve a seriedade.
Ela não soube o que responder.
- Pode me dar o troco? – ele olhou as notas.
- Já jantou? – "Onde eu estou com a cabeça?" - Podemos comer alguma coisa com isso.
Ela piscou várias vezes. Olhou para trás. "Será que estou mesmo numa farmácia ou é num universo paralelo?"
- Não gosto de comer com estranhos. – essa declaração o fez rir. - O que foi?
- Você decorou meu número. – ela enrubesceu. - Como posso ser um estranho?
- Minha memória é boa, só isso. – ele a observava. - Você se precipitou se pensou que significaria algo mais. – contraiu os lábios, vendo-a guardar a carteira na bolsa. - Nossos caminhos não vão mais se cruzar. – assistiu-a se afastar. - Se cuide.
Shiryu abriu a boca e respirou fundo. Nunca fora tão ousado com nenhuma mulher. Não podia mais deixar isso acontecer.
"Ela deve ter ficado muito assustada com meu comportamento."
Ele saiu para procurá-la e se desculpar, mas não a encontrou.
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Shunrei parou na calçada e hesitou.
"Volto lá e esclareço tudo? Ele vai pensar que sou louca." Decidiu que era melhor assim. Passou na loja de conveniência a caminho do apartamento de Moon Cha Young. "Cerveja sem álcool para mim hoje."
Se tivesse se virado, teria visto o farmacêutico a procurando do outro lado da rua.
Andou depressa, a cabeça girando os dois diálogos com ele, fazendo-a sentir emoções que julgava adormecidas.
"Ou que você colocou fora de uso." Uma vozinha a alfinetou.
Quando deu por si, estava na porta da colega.
Moon Cha Young era a única amiga que conseguira nos sete anos de Coréia, o que era um pouco frustrante, embora compreensível. Shunrei investira pesado na carreira, deixando a vida pessoal de lado. E se estava ali no apartamento da chefe da enfermagem se devia à insistência da outra. Porém, não conseguia se abrir completamente com Cha Young, nem com ninguém.
Ainda assim, era bom ter alguém para conversar além dos amigos de Julian e das confraternizações entre os médicos. As duas sentavam-se na mesa da sala, riam, contavam casos antigos ou comentavam algum fato do trabalho.
A campainha tocou.
- Acho que o frango chegou! – Moon Cha Young comentou.
- Pode deixar que eu vou pegar.
Shunrei abriu a porta para esperar o entregador subir. Viu uma pessoa com casaco preto subindo e abriu espaço na escada.
Quando olhou uma segunda vez, não acreditou.
- Como sabia que eu estaria aqui? – ele parou de chofre no mesmo patamar que ela. - Está me seguindo? – ele não respondeu. Ela notou que ele parecia quase não estar respirando. Ouviu o barulho do entregador e o chamou. O farmacêutico continuava mudo. - Vá embora senão vou chamar a polícia.
O entregador deixou a sacola com o frango frito e partiu. Quando ela ia mandá-lo sair novamente, ele subiu e entrou no apartamento de cima.
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Shiryu ficou completamente paralisado quando a viu ali, parada na porta. Sabia que ela conhecia alguém no prédio, mas foi pego desprevenido.
Queria se desculpar, mas as palavras dela apenas confirmaram suas suspeitas de tê-la assustado com sua atitude na farmácia. Não conseguiu responder.
"Talvez seja melhor assim."
Despediu-se da srta. Kwan, verificou o sono de Ryuho e tomou um banho demorado para esfriar a cabeça. Fez um chá e sentou na mesa da cozinha, assistindo a neve cair, serena.
Seu celular indicou nova mensagem.
# Shunrei Nishi: Estou indo para casa. Me desculpe pelo mal-entendido.
Estranhamente, seu coração disparou. Ele pensou um pouco antes de responder.
# Farmacêutico: Está nevando bastante. Chegue bem em casa.
# Shunrei Nishi: Obrigada pela preocupação.
Dessa vez, ele pensou mais tempo. Rodou o celular na mão, tentando voltar a pulsação à normalidade.
# Farmacêutico: Gostaria de me encontrar com você para explicar algumas coisas.
A resposta demorou a chegar.
# Shunrei Nishi: Pode ser agora?
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- Olá. – ela fez uma reverência quando ele abriu a porta. – Com licença.
Foi uma sensação boa entrar no apartamento quente.
Ele indicou a mesa da cozinha.
- Não vai demorar. – ela afirmou, observando-o ligar a chaleira elétrica. - Só quero dizer uma coisa. – ele sorriu.
- Vai ajudar as palavras a encontrarem seu caminho.
Enquanto aguardava, ela observou discretamente como o apartamento estava limpo e organizado. Tinha uma estante cheia de livros. Um sorriso rápido apareceu em seus lábios.
"Gosto de livros." Embora não lesse muitos ultimamente, até a faculdade era leitora voraz de tudo que caísse em suas mãos.
Shiryu escolheu um dos chás que lhe pareceu mais apropriado, com sabor fresco e adocicado. Assim que colocou as ervas na infusão, o aroma espalhou e ele conseguiu respirar melhor.
"Vamos lá." Serviu as duas canecas e sentou-se de frente para ela na mesa estreita.
Shunrei colocou as duas mãos em volta da caneca e aspirou.
- Que bom! – ele sorriu em resposta e ela sentiu seu coração pular uma batida. "Ele é o homem mais bonito que eu já vi." - percebeu que o estava encarando e desviou a atenção para o chá. - - Devia ter ficado só nas mensagens. Isso não parece certo.
Shiryu estivera preocupado que a conversa pudesse acordar Ryuho, mas a voz dela era suave.
- Também tenho algo a dizer. – afirmou, a voz baixa, torcendo para seguirem assim até o final e para que ela seguisse seu exemplo.
Shunrei se esforçou a buscar os olhos dele, pois queria que ficasse bem claro.
- Tenho namorado e pretendo me casar. – ele engoliu em seco.
"Os olhos dela são azuis como os de Ryuho." Esse pensamento lhe deu coragem.
- Tenho um filho. – viu os olhos dela arregalarem e correrem para a porta do quarto e de volta para ele.
- Você é casado? – ele negou, contraindo os lábios. – Então como foi...? – ele não desviou o olhar. Precisou respirar fundo. - Quer dizer, isso não é da minha conta.
Ela sabia, claro, de todo o estigma de mães e pais solteiros. Numa sociedade tão tradicional como as orientais, era quase um crime e um atestado de fracasso. Sentiu uma enorme vontade de dizer que não se importava com nada daquilo.
"Ele confiou em mim. Por quê?"
Shiryu estudou a reação dela, mas era uma ferida tão dolorida que ele temia que sua avaliação fosse prejudicada pela emoção. Viu surpresa e preocupação passarem pelos grandes olhos azuis.
"Pelo menos, ela não me olhou com pena. E não quebrou o contato visual."
- É isso que queria dizer? – ela perguntou, a voz mais suave ainda. Os lábios de moveram num sorriso mínimo.
- Claro que não. Bem, eu teria que contar em algum momento. O que eu quero dizer é o seguinte: estou curioso para saber quem você é. – ele se moveu colocando a caneca sobre a mesa. - Tenho pensado em você desde que nos vimos. Até cogitei que pudesse ser comprometida. O que torna o meu comportamento hoje mais cedo inadequado. Por favor, me perdoe, srta. Nishi.
Ela mordeu o lábio inferior, finalmente entendendo o que acontecera. Ele tentou não achar cada movimento dela adorável, mas estava difícil.
- Não foi minha intenção, - ela afirmou. - mas acabei criando uma situação confusa. Peço desculpas.
Ele sorriu, negando com a cabeça. Ela notou os cabelos longos acompanhando o movimento e flexionou os dedos para pararem de formigar.
- Pelo quê? Não durou muito, mas fiquei feliz. – quando ela sorriu também ele percebeu a tristeza que ela tentava esconder. - Não quero colocar um peso em cima de você. Por favor, esqueça o que eu disse. Só quis ser honesto com você.
Ela tomou um grande gole de chá.
- Como se fosse possível.
Ele engoliu em seco.
- Eu te deixei numa situação difícil.
Ela negou, buscando novamente seu rosto.
- Não deixou, não se preocupe. De qualquer forma, vamos ser amigos. – ele abriu e fechou a boca. - Não se conhecem pessoas assim todos os dias, então vamos ser amigos a partir de agora.
Ele piscou seguidas vezes, rodando a caneca nas mãos.
"O que essa mulher quer de mim? Ela não entendeu que pode ser alvo de especulações e fofocas?"
- Me desculpe, mas não me sinto confortável com isso.
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(1) O Ano Novo coreano acontece, geralmente, no início de fevereiro, então a primeira neve do ano acontece já no finalzinho do inverno. Nos doramas, se você passa a primeira neve com alguém, é um indício muito forte de que o destino os está unindo. =)
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Eu estou gostando muito de escrever essa história. Espero que vocês estejam gostando de lê-la. Me contem como está sendo imaginar nossos amados personagens nesse universo diferente, mas nem tanto, do deles.
Vou tentar postar dois capítulos por semana, um no início e outro no final.
Beijos e até o próximo capítulo!
